Roteiro EP 2 - Quando toca o sinal
TEMPO DO EP: 24min01s
[BARULHO DE ESCOLA]
LOC: A Escola Estadual de Educação Básica Professora Margarida Lopes foi fundada em 23 de outubro de 1940, com o nome de Grupo Escolar Estação Colônia./ Só em 1951, a escola passa a ser Grupo Escolar Professora Margarida Lopes, em homenagem a uma educadora santa-mariense falecida em 1949./ O nome, que tem hoje, só veio apenas em 20 de abril de 2000./
[TRILHA SONORA]
LOC: Atualmente, fica localizada em frente a um campinho de futebol, na Rua Gonçalves Lêdo, no Bairro Camobi, a apenas três quilômetros da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)./ E, como uma boa estudante santa-mariense, vou ainda adicionar que a escola fica no coração do Rio Grande do Sul, como muitos falam (risos)./ A escola é da cor verde e logo na entrada do portão principal, os muros, com pinturas desbotadas, fazem homenagem ao poder da educação: A que mais me chamou atenção foi a flor margarida com a escrita “liberdade”, no miolo amarelo.//
[TRILHA SONORA]
LOC: A instituição de ensino atende 635 alunos desde o primeiro ano do fundamental até as turmas de Educação de Jovens e Adulto (a EJA)./ Com 83 anos de existência, a Professora Margarida Lopes foi e ainda é um local de acolhimento para milhares de alunos./ E, é essa Escola que vamos conhecer um pouco mais neste episódio.//
[TRILHA SONORA]
BLOCO 1 TRILHA - INTRODUÇÃO ESCOLA
LOC: Oi! Meu nome é Eduarda Paz. Sou estudante de jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria e esse é o “Educação em Trilha”.
[TRILHA SONORA]
LOC: Neste último ano, pesquisei e produzi conteúdos sobre o Novo Ensino Médio. Nos três episódios, vou te apresentar sobre o conturbado cenário da educação brasileira./ Depois de você conhecer o contexto da aprovação da lei, agora vamos partir para quem de fato é afetado pela reforma do NEM: os professores, os coordenadores e os alunos./ SEGUNDO EPISÓDIO - QUANDO TOCA O SINAL.//
[BARULHO DO SINO DA ESCOLA TOCANDO E TRILHA SONORA]
SONORA ELIZANDRA: 0’22 até 01’22 - E como é que foi essa mudança do novo ensino médio? Ela é bem frustrante na verdade porque a gente reconhece que há necessidade de uma reforma na educação, urgente inclusive, mas só que ela vem de cima para baixo. A gente não foi questionado, não se leva em consideração as peculiaridades de cada escola, né, porque cada escola tem uma necessidade muito específica, tem características muito específicas. E aí, esse plano ficou tudo uma coisa só e não se levou em consideração essas peculiaridades. Os alunos não foram questionados, os professores não foram questionados, e a gente está completamente perdido, porque ela foi implantada, não veio no plano, não veio o que fazer, a gente não foi preparado e a
gente tem que sempre se virar nos 30, né? Para não prejudicar ainda mais os alunos e ainda mais a questão da educação.
SONORA EVERTON: 0’30 até 01’31 - E tá muito trágico, até vamos dizer assim, né? Porque há uma uma diminuição da carga horária das disciplinas que eram consideradas ali como vamos dizer assim, como as obrigatórias que são aquelas disciplinas que a gente tem a cultura empregada, como História, Sociologia, Filosofia, Educação Física, né. Então, é uma grande diminuição de carga horária dessas disciplinas. E a gente meio que a toque de caixa assim, meio sem estrutura, sem condição, a gente tem que ofertar a possibilidade de estudantes escolherem aí as trilhas e itinerários que querem seguir, só que também é uma coisa assim meio fajuta, né, porque independente das escolhas dos estudantes tu não vai ter quadro do RH que tu necessita para poder apresentar para o estudante.
LOC: Eu escolhi colocar esses dois áudios no início, o primeiro da professora de História, Sociologia (e do que surgir, como ela mesma fala) Elizandra Machado, e o segundo do coordenador do turno da manhã do Ensino Médio, Everton Ávila Barboza, para deixar bem claro qual é a opinião geral da comunidade escolar do Margarida Lopes, sobre como está sendo a implementação em 2023./ O primeiro episódio é apenas uma pincelada sobre as críticas e controvérsias que a reforma apresenta./ Agora, a ideia é que você, ouvinte, compreenda de fato quais são as problemáticas da medida para a educação no país ou pelo menos na cidade de Santa Maria.//
[TRILHA SONORA]
LOC: Tá, vamos recapitular as trilhas de aprofundamento das áreas do conhecimento./ Além das disciplinas obrigatórias que são matemática, língua portuguesa e inglesa que compõem uma
parte do currículo, a outra é preenchida pelas trilhas ou itinerários formativos./ Na Escola Margarida Lopes, são duas trilhas: “Expressão Cultural, protagonismo e cidadania”, que faz parte do itinerário “Expressões Culturais”, da área de conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias./ A outra é “Sustentabilidade e aplicações quantitativas”, do itinerário “Sustentabilidade”, da área de conhecimento: Ciências da Natureza e suas Tecnologias./Ufa, terminei, os nomes são gigantes mesmo (RISOS)./ Enfim, não sei se você se lembra do áudio do professor Luiz, no primeiro episódio, quando ele fala das cores das trilhas?
SONORA PROFESSOR LUIZ: 48’06 até 49’05 - Então aqui ó, você tem um cara que sei lá escolheu aqui, ciência da natureza e você escolheu…
BLOCO 2 TRILHA - TRILHAS NA ESCOLA E PROFESSORES
LOC: Então, no mapa do ensino médio gaúcho, a trilha “Expressões Culturais” está com a cor amarela, porque podem ser distribuídos conteúdos para professores da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas./ Já a “Sustentabilidade” está com a cor rosa, ou seja, professores de matemática podem desenvolver atividades com os alunos.//
[TRILHA SONORA]
LOC: A questão é, como que uma escola com só duas trilhas, vai fazer para docentes, que não são das áreas de conhecimento disponíveis no local, cumprirem a carga horária?/ É por causa dessa integração entre todas as trilhas./ Por exemplo, uma professora de história ou de geografia consegue dar aula para a trilha de “Expressão Cultural, protagonismo e cidadania” e preencher a outra parte da carga horária com a formação geral
básica, que é a outra metade estabelecida pela Base Nacional Comum Curricular.//
SONORA EVERTON: 09’10 até 10’08 - Os professores se queixam muito vão dar noção de legislação ambiental. Aí o professor vai dar isso, professor de matemática, fala “Bá, não é minha área”. Estatística Ambiental, aquelas que tem ali, uma que tem a ver com intervenção social, é uma professora de matemática que está dando. Aí eles dizem “não é, nós não temos preparação para isso” só que é o seguinte, é os professores que eles têm é o quadro que tu tem, e eles não têm formação especial. Eles dizem que fazem formação, a formação deles é ir no lugar para eles te convencer que é uma boa. Não tem uma formação sabe. Falam “é bom vale a pena”.É complicado, tu lida com os professores que tu tem uma formação completamente diferente daquilo que está sempre proposto. Então até a gurizada não leva a sério, muito complicado, muito ruim.
LOC: Além das trilhas, o primeiro ano, como já havia comentado, começou com apenas algumas disciplinas para introduzir o Novo Ensino Médio, a partir do segundo ano./ No caso do Rio Grande do Sul, as matérias são “Projeto de Vida”, “Mundo do Trabalho” e “Cultura e Tecnologias Digitais”.//
SONORA EGGRES DA CRE: 06’58 até 07’42 - É a partir da escuta dele, né? É a partir de toda uma nova postura metodológica que os professores precisem ainda, então as formações intensivas que a gente tem feito, que a professora Sônia colocou agora pouco, e também com o Projeto de Vida, porque se o aluno dizia que ele não tinha perspectiva é porque não visualizava projeto de vida. Então, isso tem vindo com muita força e não só no país como nos outros países que que tem dado certo, que tem desenvolvimento, que a gente também olha aí e que de certa forma avaliar e copiar algumas coisas que são positivas não é
feio, né? Se tem essa preocupação, né, de ouvir o jovem ver o que ele pensa e quais são as perspectivas para ele.
SONORA EGGRES DA CRE: 13’54 até 14’37 - Opção, nós tínhamos essa opção quando nós implementamos as escolas, as primeiras piloto no primeiro ano, e aí a gente se deu conta de que no primeiro ano ficou um pouco difícil para ele avaliando o processo, né. Vimos que era importante então trabalhar um Projeto de Vida no primeiro ano e estimular esse estudante a esse jogo no primeiro ano, né? Para que ele pudesse ter condição, com auxílio dos professores e até mesmo da família, dessas discussões, da própria amostra da feira das trilhas. Enfim, para ele optar então por uma trilha a partir desse mundo, então esse já foi um ajuste que a gente viu que na caminhada nos indicou fazer essa alteração enquanto rede. Então até para esclarecer, um dos ajustes que a gente já fez nesse sentido, aí ficou, então, ao final do primeiro ano faz a opção da trilha.
LOC: A voz do áudio é do José Luis Eggres./ Ele é coordenador da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (A cré) em Santa Maria./ Na fala dele você pode identificar aquela formação dos professores, que o Everton comentou, e compreender para quê serve o Projeto de Vida, no primeiro ano do Ensino Médio, segundo estudo do governo do estado./ Ou seja, o Projeto de Vida é para ajudar os estudantes a escolher a trilha que querem seguir, quando a escola oferecer a Feira de Trilhas no final do primeiro ano./ Só que, será mesmo que o aluno tem essa autonomia na escolha, como falam? Essa foi uma das premissas do ministro da educação da época, Mendonça Filho, lá em 2017, como foi lembrado no primeiro episódio.//
SONORA EGGRES CRE: 12’34 até 13’37 - É importante que a gente salientar que nós trabalhamos numa rede de 2.400 escolas.
Sendo que dessa nós temos aí 1500/1600 escolas que são de médio, então quando se trabalha em rede nós temos que ter alguns critérios para que se tenha um parâmetro para que a gente tenha uma coisa que se chama de coesão sistêmica, que é para uma escola não fazer uma coisa tu fazer outra e nem criar algo que seja demasiadamente drástico no que diz respeito a uma mudança e não conseguir dar conta daquilo que você queria. Então nós temos que ter esses cuidados, não tem um critério do número mínimo de alunos. Enfim, esta opção também da escola oferecendo no mínimo duas trilhas o aluno faz a opção por uma, em municípios maiores que se o aluno não interessa em nenhuma das trilhas, por exemplo no Colégio Manoel Ribas, se quiser matricular no Cilon Rosa não tem nenhum problema, cem municípios menores nós não temos essa possibilidade. Então a gente tem que trabalhar com transparência com realidade, né? Para que as famílias também possam, junto com os alunos, terem isso tudo claro.
SONORA EVERTON: 05’11 até 06’23 - A gente fez todo o processo que eles pediram, fizemos feiras apresentando. Tudo aquilo que vem pronto lá do Governo do Estado, né? Quais eram as possibilidades, quais eram os itinerários, quais eram as trilhas, e em cima disso fizemos feira, fizemos debate com os estudantes. Tentamos que eles se apropriassem o máximo possível do que que era né? Tentamos tirar dúvida e tal. E aí eles votaram lá em setembro. E aí as duas maiores que tiveram mais votos acabaram sendo seguidas. Porque isso é um engodo, né, que o estudante pode “fazer o que quer”. Na verdade numa turma de 25 alunos, por exemplo, se 20 querem uma trilha e cinco querem outra e que não tenha na escola, porque a gente teve capacidade de ofertar duas só, se 20 querem uma trilha e cinco quiserem uma outra que não tem lugar, nem nenhum da escola, ele vai ter que se adequar as que tem ele vai ter, que não vai escolher, ele vai escolher entre as duas que foi
escolhido pelos outros. É vendido que não né, que o estudante escolhe que ele tem direito, aí o que nos dizem é o seguinte: “não, mas se ele não quiser nenhuma das duas de vocês, eles podem ir pra outra escola”. É uma coisa surreal, né?
LOC: O que o Everton está querendo dizer é que o aluno, geralmente, estuda na escola mais perto de casa ou pelo menos, em bairros próximos./ E se a trilha que ele quiser cursar tem apenas do outro lado da cidade? Talvez tenha que pegar dois ônibus para ir e dois para voltar./ Por isso, que esse poder de escolha, como foi construído desde 2017, apresenta controvérsias.//
[TRILHA SONORA]
BLOCO 3 TRILHA - ALUNOS
LOC: As dúvidas que eu tinha antes, começaram a se multiplicar./ Porque a reforma, que tem caráter nacional, deixou cada estado ter autonomia para decidir o número de trilhas e quais disciplinas que vão ser iniciadas já no primeiro ano?/ Bom, a ideia é que as trilhas sejam flexíveis de acordo com a realidade daquele estado, mas pensando no aluno, que quer cursar o Ensino Superior,/ como que o ENEM vai conseguir juntar todas esse conjunto de trilhas, de um país como Brasil, em uma única prova?/ Junta tudo isso, com o contexto das diferenças entre as escolas públicas e as particulares.//
SONORA ELIZANDRA: 01’25 até - 02’55 Na sua visão, como que eles estão aceitando essas novas disciplinas? Estão meio perdidos? Meio? Eles estão 90% perdidos, justamente por essa nossa insegurança dos professores. Então a gente não tem nem como dar para eles uma segurança porque a gente pegou disciplinas que não temos o hábito de trabalhar, que não tem diretrizes nenhuma, como acontece comigo e com aquela colega,
a gente fica se repetindo porque eles tiveram que improvisar e tinha que ficar repetindo conteúdo. Extremamente cansativo para eles, e as matérias não tem muita utilidade, eles estão bem perdidos na situação que eles não veem uma real utilidade uma mudança de verdade na educação. Não melhorou em nada, muito pelo contrário sobrecarregou ainda mais, porque aumenta disciplina, adicionar mais disciplinas e fica repetindo com todas as outras que ficam ocupando o tempo, e fica mais cansativo ainda. E aí, tem preocupação deles, porque algumas diminuíram a carga horária, e são disciplinas que são essenciais para vestibular, para um Enem. Eles se sentem prejudicados com relação às escolas particulares que tem autonomia, coisa que a escola pública não tem.
LOC: Encontrei a Elizandra, por acaso, na sala dos professores./ Sentei na frente dela e pedi se poderíamos conversar um pouco. No início ela não quis. Mas conversamos por mais de 15 minutos sobre a situação da escola, em especial dos alunos./ Naquele dia eu fui de sala em sala, nas turmas de primeiro e segundo ano do ensino médio do turno da manhã da escola, para falar do meu projeto de TCC e se alguém toparia falar comigo…/ Para minha sorte, tiveram estudantes dispostos a comentar sobre o NEM.//
SONORA ARTUR: 00’16 até 01’07 - A minha opinião sobre o Novo Ensino Médio é que eles adicionaram algumas coisas que não tinham no velho Ensino Médio e que são irrelevantes na nossa carreira acadêmica, e não é interessante aprender no geral. Assim, claro que tem matérias e professores que dão conteúdos que valem a pena, mas na maioria das vezes não são professores capacitados que ensinam essas matérias, eu me refiro a Projeto de Vida e Mundo do Trabalho.
Eduarda: Vocês já começaram a ter essas matérias?
Artur: Sim, desde o início do ano.
Eduarda: E você já sabe qual itinerário vai seguir?
Artur: Provavelmente exatas.
LOC: O Artur Freitas Paulos, de 15 anos, foi o único das turmas do primeiro que quis falar comigo, logo depois que acabou a aula./ A trilha que ele fala de exatas é aquela de “Sustentabilidade e Aplicações Quantitativas” que eu mencionei no início do episódio./ Acompanhei o Artur até o pátio da escola, onde tinha começado o recreio, e dois alunos vieram falar comigo./ O estudante do segundo ano, Gabriel Rodrigues Maciel, de 17 anos, aceitou falar comigo ali no hall da escola mesmo./ Já o Otávio Martins Barros, de 15 anos, do primeiro, preferiu ficar com o meu número para me mandar um áudio, depois.//
SONORA GABRIEL: 00’10 até 01’08 - Para mim, agora foi um abalo, já era diferente o ano passado , então para pegar o ritmo e as matérias diferentes, né? Foi complicado, algumas matérias mudaram, acrescentaram mais tiraram algumas, das minhas tiraram Artes, Espanhol e acrescentaram outras. Então, não gostei muito. Assim, tá difícil cada semana uma semana ou duas semanas inteira repetindo, prova, trabalho então é difícil a gente pegar o ritmo. Até então já estamos no meio do ano, quase acabando o ano, e tá difícil ainda.
Eduarda: E qual trilha ou itinerário você está?
Gabriel: Exatas. Para mim, é o mais difícil. Não só pra mim, mas a sala toda comenta, não tô gostando muito.
Eduarda: E você escolheu por gostar mais de exatas?
Gabriel: Gosto mais de exatas, mas tá difícil.
SONORA GABRIEL: 01’28 até 01’39 - Então, a gente muda, muda o nosso ritmo, então a gente pega caminhada diferente pra um, pra outro, então muda toda hora.
Eduarda: E você pretende cursar o Ensino Superior?
Gabriel: Pretendo, sim.
Eduarda: Qual curso?
Gabriel: Estou pensando ainda!
SONORA OTÁVIO: 00’08 até 01’06 - Bom, tem sido um pouco complicado o Ensino Médio com essas mudanças que tiveram nele. Algumas coisas se tornaram mais fáceis, mas outras eu tive que aprender na marra, mas acabaram ocupando espaço de matérias importantes tipo Português e Matemática. Não diria que são difíceis, apenas que acabam ocupando um espaço específico, justamente por isso acabam sendo um pouco mais fáceis também, e dão um pouco mais de tempo para a gente estudar. Eu ainda não escolhi nenhuma trilha, e futuramente eu pretendo acabar escolhendo uma e tentando lidar um pouco mais com esse Novo Ensino Médio
SONORA OTÁVIO PARTE 2: 00’31 até 00’48 - Eu adoraria cursar o Ensino Superior, gostaria de fazer algo envolvendo design gráfico, ou alguma coisa que envolvesse desenho digital, principalmente na área de jogos.
LOC: O que eu notei, conversando com eles, foi que mesmo com as disciplinas para introduzir o aluno ao Novo Ensino Médio, continua difícil de decidir a trilha e que, muitas vezes, nem eles lembram o nome delas (risos)./O Gabriel e o Otávio falaram de disciplinas e trilhas que ocupam o lugar de outras mais relevantes,/ questões já abordadas aqui no episódio pelas falas do Everton e da Elizandra./ E no áudio do Artur, que é a voz do primeiro aluno, ele fala de professores que não tem, de certa forma “qualificação”, para essas novas matérias do primeiro ano./ O que vai ao encontro com o que o Everton comentou sobre a formação dos professores.//
SONORA SÔNIA CRE: 49’01 até 49’42 - E digamos a afinidade do professor com o perfil profissional, eu vou verificar. Quais as disciplinas do itinerário correspondente que eu posso trabalhar? Mas aí, exige um planejamento de área. O itinerário é diferente, ele não é focado em trabalhar teoria da base, ele tem toda uma estrutura que exige que os professores tenham uma qualificação diferenciada, e que não existe na formação básica inicial do professor atualmente, né. Isso é um problema que a gente vai enfrentar ao longo do tempo, que é a formação básica dos professores. Antes, nós trabalhávamos em caixinhas, em gavetinhas.
[TRILHA SONORA]
LOC: Junto com o Eggres da 8ª CRE também estavam as assessoras pedagógicas Sônia Suzana Farias Weber, que você acabou de escutar, e Marta Helena Lima Pereira./ Mesmo que eu tenha começado a entender um pouco mais como está a implementação na Escola de Educação Básica Margarida Lopes e em Santa Maria, uma dúvida sempre me incomodou:/ Como fica a Educação de Jovens e Adultos (a EJA)?/ E por isso, no terceiro episódio vou tentar te explicar como essa modalidade de ensino, em um primeiro momento, não fez parte da reforma.//
[TRILHA SONORA]
BLOCO 4 TRILHA - ENCERRAMENTO
LOC: Eu sou Eduarda Paz e esse é o Educação em Trilha. Um projeto experimental para o meu Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Federal de Santa Maria./
[Trilha Sonora]
LOC: Esse episódio foi roteirizado, produzido, gravado e editado por mim, Eduarda Paz./ A orientação é do professor Maicon Elias Kroth./Siga o projeto nas redes sociais @educaemtrilha./ Para contextualizar a história da Escola Estadual de Ensino Básico Professora Margarida Lopes, foram utilizadas informações do artigo “Revisitando o Projeto Político Pedagógico para Torná-lo Vivo e Participativo”, de Jorge Luiz Fernandes e Daniela de Oliveira Pires, para o curso de Especialização em Gestão Escolar, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).//
[Trilha Sonora]