Estabelecida em 1964, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza evoluiu para se tornar a fonte de informações mais abrangente do mundo sobre o status de conservação global de espécies de animais, fungos e plantas. 16 A Lista Vermelha da IUCN é um indicador crítico da saúde da biodiversidade mundial. Nela a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) aparece como ameaçada (endangered- EN), ou seja, a espécie analisada enfrenta um risco alto de entrar em extinção no meio ambiente, segundo o último estudo feito em 08 de janeiro de 2019 com publicação em 2020.
de conservação da flora (CNCFLORA) é o responsável, apesar de em muitos sites aparecem que a arara azul está em extinção, algumas fontes falam que essa extinção é exclusiva da caatinga.
Porém até o ano de 2008, a espécie encontrava-se na categoria criticamente ameaçada, sendo incluída no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) e na Lista Oficial de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (MMA 2003). Após a verificação de que sua população havia alcançado o número de 960 indivíduos, foi considerada com espécie “Em Perigo” de acordo com os critérios da CITES.
As maiores ameaças à arara-azul-de-lear são a extração e colheita de madeira que resulta na degradação do habitat e na diminuição da fonte do alimento principal da espécie, o licuri, e o fato de elas serem abatidas quando atacam plantações de milho. Uma das principais ameaças à conservação da espécie é sua captura para atender à demanda do comércio ilegal, dentro e fora do país. Devido à sua raridade, a arara-azul-de-lear é uma das espécies de aves mais desejadas. Como já dito anteriormente nesse projeto os traficantes utilizam do rapel para ter acesso as cavidades dos paredões que alguns possuem a abertura grande o suficiente para permitir a entrada de uma pessoa. Mas aves adultas também podem ser capturadas nos ninhos e dormitórios em redes que são içadas durante a noite, fechando a saída dos ninhos/dormitórios deixando as aves presas na rede quando deixam a cavidade pela manhã
Uma outra forma de captura de adultos ocorre em áreas de alimentação. Os apanhadores utilizam ceva de milho para atrair as aves, que são então capturadas com redes, porém ainda existe a triste possibilidade de aves serem capturadas com tiros nas asas.
Além de que a caatinga brasileira vem sofrendo com modificações naturais do sistema e com incêndios que normalmente são provocados pelo homem.
O CEMAVE realiza o monitoramento populacional da espécie desde 2001, contando com a parceria de diversas instituições e pessoas. Este monitoramento é realizado através de censos simultâneos nos dois principais dormitórios conhecidos utilizados pelas araras, utilizando-se método padronizado. A espécie vem se recuperando nos últimos anos, graças às ações do seu programa de conservação que conta com as pesquisas e monitoramento de locais; proteção da terra em que essas araras habitam; manejo correto das espécies e educação, conscientização da população.