A Mata Atlântica é uma floresta tropical úmida que se estende por alguns países da América do Sul e por 17 estados brasileiros. Apresenta grande diversidade de flora e fauna, mas infelizmente a atividade humana (queimadas, poluição, desmatamento para agropecuária e expansão urbana) tem causado grande devastação e hoje resta uma pequena porcentagem da área original deste bioma.
O projeto apresentado a seguir foi pensado levando em conta a importância da preservação de ecossistemas e da manutenção da biodiversidade e recursos naturais. Junto com o Clube de Astronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (CAUTEC), desenvolvi um projeto para usar foguetes feitos de garrafa PET como dispersores de sementes da Mata Atlântica. Aplicamos a atividade em duas escolas, incentivando alunos de diferentes idades e contextos sociais a refletirem sobre conservação de espécies.
O CAUTEC já utiliza foguetes de garrafa PET em oficinas para estudantes da educação básica, com o objetivo de incentivá-los a gostar de astronomia e ciências espaciais. Eles funcionam com água pressurizada, e os componentes podem ser feitos com materiais cotidianos: duas garrafas PET para o corpo do foguete e papelão para fazer as aletas. Com um pouco de água e uma bomba para encher pneus de bicicleta, o foguete é impulsionado e voa.
Neste projeto, nós adaptamos o modelo para que ele funcionasse como dispersor de sementes. Fizemos vários testes até acharmos um modelo ideal, com tubos (feitos do próprio plástico da garrafa) para depositar as sementes. Os tubos são abertos e as sementes escorregam e caem uma vez que o foguete está no ar.
Para este projeto, escolhemos usar sementes de pitanga e ipê-amarelo, espécies nativas da Mata Atlântica.
Pitangas.
Fruto do ipê.
Germinação da pitanga e ipê amarelo, cerca de um mês depois que as sementes foram plantadas.
Nós construímos foguetes e fizemos o lançamento e dispersão de sementes com alunos de duas escolas: uma privada, em Curitiba, e outra pública em um assentamento na Lapa. Eu também elaborei um folheto didático sobre as espécies que dispersamos.
Atividade no Colégio Madalena Sofia, em Curitiba.
Este projeto foi realizado como parte das minhas horas de atividades extensionistas da Licenciatura em Biologia.
Atividade realizada na Escola Municipal do Campo Contestado, na Lapa.
Este projeto foi apresentado como comunicação oral na XLVIII Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira.