Olá, estudante! Animado para a Lição 6? Espero que sim! Depois de ver sobre projeto de navegação, projeto de entrada e projeto de saída nas lições anteriores, chegou o momento em que nosso objetivo será conhecer as melhores práticas para interface, ou seja, o que de melhor você pode fazer para ter uma interface que contemple todas as vantagens que aprendemos nas lições anteriores.
Com certeza, você já deve ter ouvido falar sobre usabilidade e navegabilidade. Nesta lição, vamos aprofundar esses assuntos e trazer umas dicas extras que vão ajudá-lo a fazer interfaces ainda mais eficientes. Então, fique ligado para botar a mão na massa com os temas que serão apresentados. Combinado?
Essas melhores práticas visam criar uma experiência de usuário eficaz, intuitiva e agradável, ao mesmo tempo em que garantem a funcionalidade e a usabilidade do software. Dentre elas, podemos ressaltar, por exemplo, a compreensão do usuário e do contexto, ambas realizadas por meio de uma análise detalhada dos usuários, suas necessidades, objetivos e características. Isso ajuda a criar interfaces adaptadas ao público-alvo. Com relação ao contexto, inclua o ambiente de utilização do software, dispositivos e situações em que ele será utilizado.
Outras práticas que você verá serão: design centrado no usuário, hierarquia visual e organização, consistência, feedback e responsividade, simplicidade e clareza, testes de usabilidade e acessibilidade. Essas práticas que veremos na lição de hoje podem variar dependendo do tipo de software, do público-alvo e do contexto específico do projeto.
Imagine que uma equipe de desenvolvimento de software está criando um aplicativo de gerenciamento de tarefas. Inicialmente, eles projetam a interface para funcionar perfeitamente em um desktop, com uma ampla tela e espaço disponível, no entanto, ao testar o aplicativo em um smartphone, fica claro que os desafios surgem, como: os elementos da interface estão sobrecarregados na tela pequena, os botões são difíceis de pressionar com precisão e as informações se tornam ilegíveis devido ao tamanho reduzido. Aqui, a responsividade entra em jogo para resolver esses problemas como uma das melhores práticas de interface.
Você pode proceder com adaptação à tela onde os elementos da interface podem ser reorganizados automaticamente para se ajustarem ao tamanho da tela. Pode ter uma usabilidade aprimorada com botões e controles que podem ser redimensionados de acordo com a tela, tornando-os mais fáceis de tocar ou clicar além da legibilidade melhorada que trata de textos e imagens.
Ao resolver os problemas de criação de software usando a responsividade, a equipe de desenvolvimento pode oferecer aos usuários uma experiência harmoniosa e eficiente em qualquer dispositivo. Isso reflete além de tudo a dedicação da equipe em fornecer um produto que se adapte às necessidades variadas e em constante evolução dos usuários modernos.
Na lição de hoje, veremos sobre a empresa Widget Solutions, uma empresa líder no mercado de soluções de automação residencial. Seu aplicativo EcoHome permite aos usuários controlarem dispositivos em suas casas, como iluminação, termostatos e câmeras de segurança, por meio de seus smartphones e tablets. Após alguns anos de uso, os usuários começaram a relatar dificuldades em navegar e utilizar o aplicativo, devido à complexidade de sua interface.
O EcoHome foi, inicialmente, projetado para ser abrangente e oferecer controle total sobre os dispositivos, mas, agora, estava se tornando cada vez mais complicado para os usuários, principalmente para aqueles que eram novos na automação residencial. Os usuários tinham dificuldade em encontrar as funções desejadas, entender a lógica de organização dos controles e configurar seus dispositivos de forma eficiente.
Sendo assim, com o intuito de melhorar a usabilidade do EcoHome, a equipe de design adotou uma abordagem de simplificação da interface, com foco no usuário. Por isso, realizou uma análise do feedback dos usuários, identificou os recursos essenciais, reorganizou a lógica, reduzindo, assim, a complexidade e dando ênfase na ação com melhoria do feedback visual ao utilizar o aplicativo.
Por meio da simplificação da interface com foco no usuário, a Widget Solutions conseguiu resolver os problemas de usabilidade do aplicativo EcoHome, melhorando a satisfação do usuário e fortalecendo sua posição como líder no mercado de automação residencial. Dessa forma, neste case, mesmo sendo uma empresa e situação fictícia, conseguimos observar um momento em que foi necessário que a equipe desenvolvedora do aplicativo olhasse para as necessidades dos clientes e realizasse mudanças para que a EcoHome continuasse a atender à demanda dos usuários. Essa ação realizada pelos desenvolvedores nos mostra que é necessário avaliar as melhores práticas para uma interface, visto que, este é um ponto crucial para uma avaliação positiva por parte dos clientes.
A interface de um software é a ponte de conexão entre os usuários e a tecnologia. Ela descreve como as pessoas interagem visual e funcionalmente com um programa ou aplicativo, além disso, é fundamental para garantir uma experiência eficaz e agradável, tornando-se um aspecto crucial no desenvolvimento de software. A importância e a necessidade de uma interface bem projetada são evidentes em diversos aspectos. Veja a seguir os aspectos relacionados à importância:
Usabilidade: uma interface bem projetada facilita a utilização do software. Quando os elementos da interface são intuitivos, os usuários podem realizar tarefas de forma mais eficiente, minimizando a curva de aprendizado e evitando frustrações.
Engajamento: uma interface atrativa e funcional mantém os usuários envolvidos. Design, cores e layouts bem pensados tornam o software mais atraente, incentivando os usuários a explorarem mais e usar o programa com frequência.
Comunicação eficaz: a interface é responsável por comunicar informações de maneira clara e concisa. Ao apresentar dados, gráficos ou mensagens, uma boa interface ajuda os usuários a entenderem o que está acontecendo.
Feedback instantâneo: a interface fornece feedback imediato sobre ações dos usuários. Quando um botão é clicado ou uma ação é realizada, um feedback visual ou sonoro ajuda os usuários a entenderem que sua ação foi reconhecida.
Em relação às necessidades, podemos elencar os seguintes aspectos:
Diversidade de usuários: diferentes pessoas usarão o software e a interface deve se adaptar às necessidades de todos, independentemente de suas habilidades ou experiência com tecnologia.
Múltiplos dispositivos: hoje em dia, os usuários interagem com software em diversos dispositivos, como computadores, smartphones e tablets. A interface precisa ser responsiva e funcionar bem em todas essas plataformas .
Uma interface bem projetada é essencial para a experiência do usuário e o sucesso de um software. Ela promove usabilidade, engajamento, comunicação eficaz e feedback instantâneo. Com uma abordagem centrada no usuário e seguindo melhores práticas, uma interface pode tornar a interação com o software suave, eficiente e agradável, proporcionando um valor significativo para os usuários. Veja alguns pontos importantes sobre as melhores práticas para a interface:
Simplicidade: mantenha a interface simples, evitando excesso de elementos e informações. Menos é mais quando se trata de design.
Consistência: mantenha uma aparência e comportamento consistentes em todo o software. Isso ajuda os usuários a se familiarizarem com o sistema.
Organização lógica: organize os elementos de forma lógica e sequencial. Os usuários devem ser capazes de encontrar o que precisam sem esforço.
Feedback visual: fornecer feedback visual claro para ações dos usuários ajuda a transmitir que suas ações foram reconhecidas e compreendidas.
Acessibilidade: garanta que a interface seja acessível a todos, incluindo pessoas com deficiências visuais, motoras ou cognitivas.
Testes com usuários: realize testes com usuários reais para identificar pontos problemáticos e fazer melhorias antes do lançamento.
Falei muito de conceitos importantes que garantem que você, enquanto técnico em desenvolvimento de sistemas, consiga implementar as melhores práticas para interface, mas, agora, apresentarei mais especificamente da parte técnica sobre como fazer isso, pois, até então, você sabe o que precisa ser feito, mas ainda não sabe como fazer! Para isso, aqui estão algumas das melhores práticas que os desenvolvedores costumam seguir:
Padrões de design: utilize padrões de design comuns, como Material Design, Bootstrap ou outros, para manter a consistência e facilitar a familiarização dos usuários com a interface.
Responsividade: certifique-se de que a interface seja responsiva, adaptando-se bem a diferentes tamanhos de tela, como desktops, tablets e smartphones.
Hierarquia visual: use tamanhos, cores e espaçamento para criar uma hierarquia visual clara, destacando elementos importantes e guiando os olhos dos usuários.
Minimize a clutter: evite sobrecarregar a interface com muitos elementos. Mantenha apenas o necessário para evitar confusão.
Acessibilidade: siga as diretrizes de acessibilidade, como o WCAG (Web Content Accessibility Guidelines), para garantir que a interface seja utilizável por pessoas com deficiências.
Navegação intuitiva: organize a navegação de forma lógica e intuitiva. Use menus, botões e links para facilitar a exploração do software.
Feedback visual e animado: forneça feedback visual imediato para ações dos usuários, como animações de botões pressionados ou transições suaves entre telas.
Formulários e entradas: ao criar formulários, use rótulos claros e posicionamento lógico dos campos. Forneça sugestões contextuais e valide as entradas para evitar erros.
Testes e iterações: teste a interface com usuários reais e ajuste conforme o feedback. Isso ajuda a identificar pontos fracos e aprimorar a experiência.
Compatibilidade com navegadores: certifique-se de que a interface funcione corretamente nos principais navegadores, como Chrome, Firefox, Safari e Edge.
Design mobile first: comece projetando a interface para dispositivos móveis e depois adapte para telas maiores. Isso ajuda a garantir que a interface seja limpa e funcional em dispositivos menores.
Cache e otimização de imagens: otimizar imagens e usar cache para acelerar o carregamento da interface, melhorando a velocidade geral do software.
Feedback de carregamento: mostre aos usuários quando o sistema está processando informações ou carregando conteúdo para que eles saibam que algo está acontecendo nos bastidores.
Testes de estresse e performance: realize testes de estresse e performance para garantir que a interface seja rápida e responsiva, mesmo sob carga intensa.
Lembre-se de que a interface é uma parte vital da experiência do usuário e requer atenção cuidadosa em todas as etapas do desenvolvimento. Integrar essas práticas específicas a sua abordagem de codificação contribuirá para a criação de interfaces de usuário eficazes e agradáveis.
Este tipo de abordagem usa a especificação de Media Queries Level 3 que torna o design responsivo possível. Segundo MDN (2023), com essa ferramenta, é possível uma abordagem de criação de um layout de única coluna para dispositivos de telas pequenas, para, então, fazer a checagem para telas maiores e implementar um layout de múltiplas colunas quando houver largura suficiente. Esse design é frequentemente descrito como Mobile first.
A prática de Mobil first (primeiro para dispositivos móveis) é uma abordagem de design e desenvolvimento que prioriza a criação e otimização de interfaces de usuário para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, antes de expandir para telas maiores, como desktops. Essa abordagem reconhece a importância crescente dos dispositivos móveis como plataformas de acesso à internet e busca criar experiências de usuário excelentes para esse público. São os princípios do Mobile first:
Design simplificado: como as telas móveis são menores, o Mobile first incentiva um design mais enxuto e simplificado. Isso ajuda a focar nas funcionalidades essenciais e a evitar a sobrecarga de informações.
Priorização de conteúdo: ao começar pelo design para dispositivos móveis, você é forçado a identificar o conteúdo e funcionalidades mais importantes do seu aplicativo ou site. Isso resulta em interfaces mais diretas e eficazes.
Performance otimizada: dispositivos móveis muitas vezes têm recursos limitados em comparação com computadores. A abordagem Mobile first incentiva a otimização de desempenho, carregamento rápido e consumo de recursos reduzido.
Design responsivo natural: quando você inicia com um design otimizado para dispositivos móveis, a adaptação para telas maiores se torna mais fluida. Isso resulta em interfaces responsivas que funcionam bem em todos os dispositivos.
Foco na usabilidade: telas menores exigem maior foco na usabilidade e na experiência do usuário. Isso incentiva a criação de interfaces intuitivas e fáceis de usar.
Desenvolvimento progressivo: com o Mobile first, você pode adicionar recursos e funcionalidades gradualmente à medida que a tela fica maior. Isso evita o excesso de funcionalidades em telas menores e permite adaptações mais inteligentes.
No saiba aplicar da lição de hoje, deixarei para você os passos que deve seguir para criar uma interface Mobile first, buscando a responsividade como prática, essa abordagem envolve projetar a interface começando pela versão móvel e, em seguida, expandindo-a para dispositivos maiores. Isso garante que a interface funcione bem em telas menores antes de ser escalada para dispositivos maiores.
Defina os objetivos e público-alvo: entenda os objetivos do projeto e quem são os usuários-alvo. Isso ajudará a direcionar o design da interface para atender às necessidades específicas.
Crie um esboço inicial: comece com um esboço simples da interface móvel, focando nas funcionalidades essenciais. Isso ajuda a definir a estrutura básica da interface.
Identifique os elementos prioritários: determine quais elementos e informações são mais importantes para a versão móvel. Isso ajudará a manter o foco nos recursos essenciais.
Defina a Estrutura HTML/CSS básica: crie o esqueleto HTML da interface móvel, incluindo estrutura básica, cabeçalho, navegação e conteúdo e aplique estilos CSS mínimos para criar uma base visual
Teste em dispositivos móveis: teste a interface em vários dispositivos móveis reais ou usando emuladores para garantir que a experiência seja suave e que todos os elementos se ajustem corretamente.
Adapte para telas maiores: agora, comece a expandir a interface para telas maiores, como tablets e desktops. Use consultas de mídia CSS para aplicar estilos diferentes com base na largura da tela.
Reorganize e ajuste elementos: à medida que a interface é expandida, reorganize e ajuste os elementos para aproveitar o espaço extra. Pode ser necessário redesenhar certas partes para uma melhor experiência em telas maiores.
Teste em dispositivos maiores: teste a interface em diferentes tamanhos de tela, garantindo que os elementos estejam bem-posicionados e legíveis.
Teste de usabilidade: realize testes de usabilidade com usuários reais para identificar problemas e coletar feedback. Isso ajudará a refinar a interface.
Aperfeiçoe os detalhes: revise e ajuste os detalhes de design, como espaçamento, tipografia e cores, para garantir consistência visual e estética.
Valide a responsividade: teste a responsividade em uma variedade de dispositivos e tamanhos de tela para garantir que a interface se adapte de forma consistente.
Documente o design: crie documentação detalhada do design, incluindo diretrizes de responsividade e estilos, para ajudar a equipe de desenvolvimento.
Com esse passo a passo, você conseguirá criar sempre suas interfaces usando a abordagem Mobile first para responsividade, resultando em uma interface que ofereça uma experiência de usuário consistente e de alta qualidade em uma variedade de dispositivos. Compreender esse passo a passo é importante, pois enquanto técnico, isso poderá fazer parte da sua rotina de trabalho diário! Sendo assim, nada melhor do que dominar o assunto, não é mesmo?
CONCEITOS gerais de programação assíncrona. MDN web docs, [s . l.], c2023. Disponível em: https://developer.mozilla.org/pt-BR/docs/conflicting/Learn/JavaScript/Asynchronous/Introducing. Acesso em: 8 nov. 2023.