Nos dias de hoje é cada vez mais comum presenciarmos mulheres utilizando acessórios para auxílio no aleitamento materno. Parece que de uma hora para outra eles se tornaram parte da malinha da maternidade do bebê. Porém, todo o cuidado é pouco! Esses acessórios se usados incorretamente poderão causar grandes problemas.

Você deve lembrar que cada pessoa vive uma experiência diferente e o que funciona para uma pode não funcionar tão bem para outra. Por isso, se você tem alguma dúvida ou problema na amamentação procure a ajuda de um profissional especializado, pois ele te dará o suporte adequado para fazer a melhor escolha.

É dever do profissional que atua no aleitamento materno informar, orientar e avaliar as reais indicações de uso de cada um deles. É importante que o profissional ofereça à mulher a oportunidade de tomar a melhor decisão para o momento.

Visando garantir a proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno, em 2006 foi sancionada a Lei n° 11.265, que institui um conjunto de regulamentações sobre a pratica comercial e a rotulagem de produtos para recém-nascidos e crianças de até 3 anos de idade- a chamada Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).

Esta lei vem com o objetivo de assegurar o uso apropriado desses produtos de forma que não ocorra interferência na prática do aleitamento materno. Por esse motivo, neste site iremos expor os riscos que estes acessórios podem causar na amamentação.

O uso da chupeta ainda é controverso entre especialistas multiprofissionais. Evidências afirmam que o uso da chupeta está relacionado a menor duração ou interrupção da amamentação exclusiva. Alguns pesquisadores acreditam que a criança possa preferir sugar o bico artificial influenciando na sucção na mama. Esse fenômeno é chamado de “confusão de bicos”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Ministério da Saúde (MS) não orientam o uso da chupeta. Essa recomendação faz parte de um dos 10 Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, o passo número 9 e da NBCAL.

Riscos para o aleitamento materno: funções orais e amamentação; dentição; otite média aguda; segurança química, física e imunológica; níveis de inteligência; e vícios orais na vida adulta.

O uso da mamadeira deve ser evitado, pois além de ser uma fonte de contaminação para a criança pela má higiene, pode atrapalhar a amamentação.

A criança que é alimentada com mamadeira pode fazer confusão de bicos, que é denominada como a diferença entre a sucção no mamilo e no bico artificial.

Além disso, pode também fazer confusão de fluxos, pois o volume na mamadeira flui abundantemente logo após a primeira sucção. Já na mama, a criança deve fazer um estímulo antes até que ocorra o reflexo de ejeção do leite que tem início em torno de 1 minuto.

Também chamado de adaptador, intermediário ou protetor de mamilos, é um acessório feito de silicone, fino e maleável, com o formato semelhante ao de um mamilo para se encaixar no seio.

Sua indicação deve ser individualizada, avaliada e acompanhada até a sua interrupção por um profissional especializado.

Riscos para o aleitamento materno:

Risco de diminuição da produção de leite;

Risco de contaminação por má higiene;

Lesões mamilares, como por exemplo aparecimento de bolhas na ponta do mamilo.

São dispositivos de plástico rígido que são colocados sobre os mamilos, embaixo do sutiã. É importante que a parte do disco interno seja de silicone e a parte côncava tenha orifícios para ventilação. A ausência destes orifícios podem causar lesões mamilares, devido a pouca circulação de ar e aumento de umidade e calor.

Alguns estudos concluíram que o uso da concha não parece ser efetivo na redução da dor mamilar, porém podem ser usadas se os mamilos estiverem muito doloridos a ponto de não suportar a pressão do sutiã ou das roupas.