Antero de Quental

1842-1891

Livros disponíveis

«O seu convívio fez-me muito e muito bem. Chamou-me à realidade viva, humanamente natural, de que por um insensível mas continuo desvio, o meu temperamento místico tende sempre a afastar-me, em não havendo influências externas que me chamem à razão — e você é para mim essa razão… como direi? A boa razão numa palavra, positiva, real e justa.»

"Tem na sua natureza o mar das ilhas atlânticas dos Açores, o azul da bonança que, num instante, se levanta em ondas agitadas. Antero de Quental (1842-1891) é esse espírito inquieto que vive entre “o sentimento e a razão, a sensibilidade e a vontade, o temperamento e a inteligência.”

"Antero de Quental dizia “pertencer à primeira geração que em Portugal saiu conscientemente da velha estrada da tradição”. Referia-se à Geração de 70, uma das mais importantes de sempre da cultura portuguesa, onde se encontravam Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Manuel de Arriaga, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins, entre outros. Mas de todos e entre todos, apenas Antero de Quental, o poeta das ilhas atlânticas, é considerado “o inventor do pensamento moderno em Portugal”.