Neste estudo, aprendemos alguns aspectos da história da comunidade surda, destacamos a trajetória de lutas em busca dos seus direitos, tanto políticos, quanto educacionais.
O trabalho do professor, na época do oralismo, tinha um viés clínico e o resultado dessa educação, conduzida pelo deficit do aluno, foi extremamente danoso para os surdos. A partir da implementação da educação bilíngue, os alunos surdos conseguiram avançar academicamente, hoje temos surdos professores universitários, doutores, formados nas diversas profissões.
Apresentamos a linguagem, sistema simbólico fundamental para todos os grupos humanos. Inicialmente, a linguagem surge da necessidade de comunicação, com uma função social. A segunda função da linguagem é possibilitar o pensamento generalizante. No caso da criança surda que não tem acesso a uma língua natural nos primeiros anos de vida, apresenta lacunas em seu desenvolvimento. O atraso no desenvolvimento da linguagem pode provocar dificuldades cognitivas e, dependendo da idade em que o jovem ou adulto seja exposto ao aprendizado da Língua de Sinais, os danos causados ao seu desenvolvimento intelectual pela falta de linguagem são quase irreversíveis.
A pessoa surda utiliza o canal visual como entrada de aprendizagem para receber as informações, as quais os ouvintes recebem auditivamente.
A sala de aula precisa ser um espaço bilíngue, no qual a Língua de Sinais seja a língua utilizada na mediação de todos os conteúdos e a Língua Portuguesa, significada por meio dessa língua visual, tornando-se, assim, mais fácil a compreensão do aluno.
Assim sendo, o que contribuirá para o aprendizado do aluno surdo que não conseguiu adquirir a linguagem precocemente serão as condições de ensino a ele oferecidas, as interações, as trocas em sala de aula, enfim, as metodologias alternativas e os recursos diferenciados de ensino empregados pelo professor na mediação com o aluno. É necessário que o professor seja bilíngue e faça a mediação do conteúdo por meio da Língua de Sinais.