Professores:
Dra. Tatiana dos Santos
Me. Marieuza Endrissi Sander
Esp. Ricardo Ernani Sander
Refletir sobre o percurso histórico e social da Educação de Surdos.
Discutir o papel da linguagem na aquisição do conhecimento.
Apresentar a Língua de Sinais destacando a sua importância no desenvolvimento do aluno surdo.
A Educação de Surdos: Resgate Histórico
O Papel da Linguagem na Aquisição do Conhecimento
Conhecendo a Língua de Sinais e seu papel determinante no desenvolvimento do aluno surdo.
Caro(a) aluno(a), neste momento estudaremos a educação de surdos, fazendo um resgate da história dos sujeitos surdos, os quais, inicialmente, eram vistos como "doentes” e depois, como deficientes que precisavam ser reabilitados por meio de técnicas exaustivas com o objetivo de aprender a falar para serem integrados, tanto na sociedade quanto na escola. O movimento de integração é contrário ao da inclusão.
O paradigma da inclusão tem como princípio o fato de que a sociedade e a escola precisam se modificar para receber todos os alunos, pautando-se no direito de igualdade dos alunos.
Na contemporaneidade, entende-se que os surdos possuem uma diferença linguística, usam a Língua de Sinais para compreender e interagir com o mundo e manifestam a sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais − Libras. Eles tiveram a sua língua reconhecida por meio da Lei nº 10.436/2002 e regulamentada pelo Decreto nº 5.626/2005. Por meio dessa língua, é possível acessar qualquer conhecimento, garantindo às pessoas surdas uma participação efetiva em qualquer espaço, seja social, ou escolar. É necessário somente que se garanta a acessibilidade comunicativa por meio de um intérprete da Libras − um profissional bilíngue com proficiência em Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa, que traduz/interpreta de uma Língua de Sinais para outra língua (LS/LO) ou vice-versa. Esse profissional teve a sua profissão reconhecida por meio da Lei nº 12319/2010. A atuação do profissional intérprete de Libras ocorre há muitos anos. Nos relatos registrados a respeito de intérpretes, sugere-se que esse profissional surgiu junto com os surdos.
Trataremos ainda do lugar que a linguagem ocupa no funcionamento humano, partindo do princípio de que o aluno surdo necessita de uma educação bilíngue em que a Língua de Sinais seja a sua primeira língua e a Língua Portuguesa, a sua segunda língua, tanto na modalidade escrita quanto na oral. Na escola, é trabalhada a modalidade escrita. Por meio de um desenvolvimento adequado de linguagem, o aluno surdo consegue acessar os conhecimentos produzidos historicamente pela sociedade.