O objetivo deste trabalho é discutir o uso de processos participativos de design de jogos analógicos em contextos da Educação Básica. Apresentamos dois projetos participativos de criação de jogos, com abordagens distintas: um fundamentado no Design em Parceria e o outro na metodologia iterativa de design de jogos, que utilizou métodos e técnicas de Design e um modelo de visualização do processo de projeto. Partindo dessas experiências, buscamos refletir sobre como promover a participação dos estudantes em processos projetuais. A visualização sistemática e a representação em artefatos-jogo de processos e sentidos, mediadas pela atuação de designers em um viés participativo, promoveram pontos de contato entre grupos socialmente distantes, inserindo saberes de grupos sociais invisibilizados em contextos educacionais formais. Tais projetos proporcionaram processos participativos e espaços de interação polifônicos, coerentes com um posicionamento de "design em uma democracia", bem como o exercício da modelização da complexidade. Sustentamos que a atuação de designers em contextos de educação formal, promovendo a incorporação de métodos e técnicas projetuais como disparador de práticas interdisciplinares, podem colaborar com cruzamentos de saberes e propor práticas mais democráticas e polifônicas.

O espaço público configura-se como um elemento de qualificação do cenário urbanos, bem como desempenha um papel significativo para a socialização de pessoas, de modo que seus inúmeros componentes devem propiciar condições funcionais e sociais oportunas para o desenvolvimento de atividades humanas relacionadas ao convívio entre diferentes grupos sociais. Dentro desse contexto, a pesquisa considera o parque da Liberdade, localizado na cidade de Campina Grande-PB, como objeto de estudo desse trabalho, que tem como cerne entender as relações de placemaking entre a comunidade e o lugar, focando na importância do design urbano associado ao design participativo, levando em consideração aspectos como os elementos morfológicos que o compões, os arranjos do mobiliário urbano e a influência das gentilezas urbanas para estes lugares; tais atributos contribuem na determinação do comportamento humano, assim como na maneira como esses espaços são utilizados e percebidos pelos usuários. Desse modo, a observação dos espaços públicos e a maneira como a população tem se apropriado, será uma maneira de identificar quais as relações com o meio e quais atributos atraem ou repelem as pessoas desses espaços, especificamente, baseado nos tipos de atividade que são desempenhadas por grupos sociais de diferentes tipos, através de uma avaliação da importância que eles desempenham no desenvolvimento de espaços mais convivais. Com relação a metodologia utilizada, busca-se realizar um breve apanhado teórico, a fim de embasar a pesquisa, que se caracteriza como qualitativa, utilizando a combinação da pesquisa-ação, a fim de que seja possível constatar a relevância desses espaços para a cidade e principalmente para os seus usuários.

O presente trabalho foi apresentado no PDC 2020 e tem como objetivo trazer à tona a discussão da relação salvacionista do design e da sociedade, além de refletir sobre as funções e demandas a que metodologias de design são utilizadas. São apresentados dois conceitos / metodologias; Design Participativo e Design em Parceria como exemplificação e explanação referente ao debate apresentado no texto. Assim, segue-se questionando a responsabilidade social do designer e a inserção dos indivíduos de diferentes contextos sociais, buscando colocar em destaque como o trabalho em parceria do designer com os indivíduos pode melhorar a concepção, o desenvolvimento e aplicação de projetos em diferentes contextos sociais, promovendo um design que potencialize uma sociedade mais equânime e plural. Complementando o texto original, trazemos como exemplos, ações práticas nas nossas pesquisas de mestrado.