O filme foi lançado em 26 de janeiro de 2017, com a direção de Mel Gibson, (que dirigiu “A paixão de Cristo”, de 2004); baseado na história real de Desmond Doss (interpretado por Andrew Garfield), o primeiro soldado a alegar imperativo de consciência ao ser condecorado com a Medalha de Honra do governo americano.
Em resumo, Doss se recusava a pegar em armas e a matar, por motivos pessoais e religiosos, mas mesmo assim se alistou no Exército durante a Segunda Guerra Mundial, porque acreditava ser a coisa certa a fazer. Depois de uma batalha sangrenta em Okinawa, uma das últimas batalhas da guerra que ocorreu entre abril e junho de 1945, Desmond Doss salvou sozinho algo entre 50 e 100 soldados feridos, deixados para trás no alto de um penhasco quando a companhia sofreu forte ataque dos japoneses e bateu em retirada.
Um dos momentos marcantes do filme ocorre ainda no início, quando o protagonista se alista no exército e começa a ter problemas com relação à suas crenças. Durante o treinamento, o soldado precisa passar por diversas etapas, sendo uma delas, o treinamento com armas de fogo. Tendo se recusado a passar por esta etapa, por não querer tocar em armas, Desmond desencadeia uma série de conflitos com seus colegas e superiores, que passam a menosprezá-lo e a não o querer mais na equipe. Este foi um dos maiores desafios na vida de Doss. Depois de tanto ser humilhado pelos superiores, ele conseguiu virar médico de campanha. Durante a guerra, talvez a lição mais marcante é que ele não abandonou seus companheiros de pelotão.
Desarmado, com o risco de ser morto pelos japoneses, ele não teve medo, e procurou salvar todos os feridos da batalha. Com os ataques incessantes dos japoneses, após a descida da companhia da montanha, somente ele permaneceu na colina com os feridos (que estavam com o perigo de serem mortos pelo inimigo, que avançavam cada vez mais). Ao invés de recuar junto com os outros soldados, ele tentava resgatar a todos. E, a cada resgate bem-sucedido, sua oração era: “Senhor, me ajude a resgatar só mais um ferido”. E conseguia. Inclusive, resgatou seu superior, que tanto o desprezou (isto realmente aconteceu).
Além de ser um filme histórico (muito bem produzido e dirigido, por sinal) que conta a história de um soldado que fez a diferença na guerra, ainda deixou pontos que podem nos ajudar a crescer na vida, seja nos aspectos espiritual, profissional, emocional ou financeiro.
Mesmo ouvindo de várias pessoas que o seu objetivo não daria certo, Doss continuou insistindo, trabalhando e no final deixou todo mundo orgulhoso. Esse é o maior ensinamento: não desistir dos seus sonhos, por mais difícil que ele possa ser de realizar, seguir na luta mesmo que outras pessoas digam que não dará certo. Afinal, aposto que você já ouviu de algum parente ou amigo: “Porque estudar tanto?”, “Porque você perde tempo com isso?”. Mas se você sabe onde quer chegar, ninguém pode te tirar do caminho.
Por: Anthony Matheus Cavalcante de Melo
A série “Anne with an E” é uma adaptação canadense do livro “Anne de Green Gables” de 1908, escrito por Lucy Maud Montgomery, e foi lançada em 2017 pelo canal CBC Television e pela Netflix. A história se passa na cidade fictícia de Avonlea, no final do século XIX.
Anne Shirley, interpretada por Amybeth McNulty, é uma menina muito inteligente e carismática, seu espirito competitivo e seu amor pela natureza a impulsionam, assim como sua imaginação e seu amor pela leitura. Criada em um orfanato, não teve uma infância fácil, passou por vários lares adotivos, mas nenhum deles definitivo.
A história se inicia quando os irmãos Matthew e Marilla Curtbert, interpretados por Robert Holmes Thomson e Geraldine James, decidem adotar um menino para auxiliar nas atividades da fazenda, mas, devido a um engano, são surpreendidos com Anne. Sua chegada irá transformar a pacata vida dos irmãos e da cidade de Avonlea para sempre.
Repleta de reflexões e aprendizados, principalmente no que diz respeito à forma como lidamos com as diferenças, a série apresenta uma trama envolvente e, apesar do século XIX estabelecer o tempo da narrativa, busca retratar de forma crítica os padrões estabelecidos socialmente, abordando discussões atuais como racismo, questões direcionadas a comunidade LGBTQIA+ e feminismo.
“Anne with an E” é uma série leve, indicada para toda a família, com visuais estonteantes e que nos mostra como coisas simples podem ser magnificas.
Por: Rikelly Rafaella Marques Lima
Na dica de livro dessa edição, falaremos da obra “Quem mexeu no meu queijo? ” (Who Moved My Cheese?, no original), que de maneira bem didática, de fácil compreensão e sem delongas, trata de como lidamos com as mudanças. Ele é escrito por Spencer Johnson, e apresenta, de forma leve e cheia de aprendizados, uma parábola envolvendo quatro personagens. O livro possui uma versão integral, e outra para jovens, ou seja, para todas as idades. Essa curta fábula nos leva a vários questionamentos de como lidamos com as mudanças.
O livro tem como principais: os dois ratinhos, Sniff e Scurry, e os homenzinhos, Hem e Haw. Os quatro vivem num labirinto em uma fonte (aparentemente) inesgotável de queijo. No livro, o queijo é uma metáfora para qualquer coisa em nossas vidas. Para os ratinhos, é apenas um alimento. Para os homenzinhos, podem ser trabalho, dinheiro, relacionamento, felicidade e etc. Quando a fonte de queijo acaba, cada personagem age de acordo com sua personalidade.
Ao decorrer da leitura, a parábola nos deixa pequenas frases de efeito e questiona muito a mudança e como podemos/devemos agir diante dela, mas de maneira sutil. Assim, nos é mostrado que a vida pode ser um caminho cheio de obstáculos e adversidades, e que podemos controlar é como agir diante disso.
Por: Nathalie Oliveira de Souza