Natural de São Caetano, Pernambuco, Íris Vieira iniciou sua trajetória musical sob a orientação do maestro Mozart Vieira (PE), cuja atuação pedagógica foi determinante para a consolidação de sua formação artística e humana. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instituição na qual também obteve o Mestrado em Educação Musical (2020) e o Bacharelado em Música com habilitação em Tuba (2008), sob a orientação do professor Valmir Vieira. Sua formação acadêmica abrange ainda a Licenciatura em Geografia (2002) pela Autarquia Educacional de Belo Jardim (AEB) e a Especialização em Metodologia do Ensino de Música (2010), realizada pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX) e pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER.  Sua trajetória artística e pedagógica é marcada por ampla atuação no cenário musical brasileiro. Como tubista, integrou a Orquestra dos Meninos de São Caetano (1993–2013) e a Orquestra Sinfônica do Recife (2003–2015), participando de turnês, gravações e projetos de difusão cultural. Entre 1993 e 2014, lecionou tuba na Fundação Música de Pernambuco, contribuindo para a formação de jovens músicos no estado, e de 2008 a 2014, atuou como professora na Escola Técnica Estadual de Criatividade Musical (ETECM), instituição de referência na educação musical de base.  Desde 2015, Íris consolida sua carreira docente como professora de Tuba e Eufônio na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas à performance instrumental, formação de músicos-professores e à reflexão sobre práticas pedagógicas contemporâneas. Como pesquisadora, dedica-se a estudos que abordam as perspectivas decoloniais na formação do tubista e do eufonista no ensino superior brasileiro, buscando tensionar paradigmas curriculares tradicionais e propor caminhos mais inclusivos e plurais para o ensino da música.  Sua atuação artística também se manifesta em grupos camerísticos como o Grupo de Metais Nordeste/UFPB, o Sexteto Brassil/UFPB e o Grupo Instrumental Brasil/PE, com ênfase na interpretação de repertórios contemporâneos e na experimentação sonora em música de câmara. Além disso, ministrou masterclasses e oficinas em importantes festivais nacionais, como o Gramado In Concert, o Civebra e o Festival MI, contribuindo para o fortalecimento da prática e do ensino dos metais no Brasil.  Entre suas funções de liderança e gestão acadêmica, destacam-se a coordenação da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB), entre 2018 e 2019, e a coordenação da classe de tuba no 1º Festival Brasileiro Sopra Metais (2020). Desde 2015, é idealizadora e coordenadora do Grupo de Tubas e Eufônios da Paraíba (EuTuPB) e do Encontro de Tubas e Eufônios Valmir Vieira (ETEVV) — projetos de extensão que, além de promoverem a integração entre ensino, performance e comunidade, têm contribuído de maneira significativa para a valorização, visibilidade e democratização do ensino da tuba e do eufônio no Brasil.