Caio Oliveira da Silva (ICMC/USP)
Edmundo B. de C. Martins (ICMC/USP)
Este minicurso visa introduzir alguns invariantes da Topologia Algébrica moderna (números de Betti e grupos de homologia) e ensinar a traduzir tais invariantes para que seja possível calculá-los computacionalmente, visto que muitas vezes na pesquisa matemática é praticamente inviável calculá-los sem a ajuda de um computador. Tal minicurso assumirá que o/a aluno/a tenha um bom conhecimento de conceitos básicos de Álgebra Linear, sendo um dos principais o quociente de espaços vetoriais. Também assumiremos conhecimento de programação, com o conteúdo do curso de Introdução à Ciência da Computação I sendo mais do que o suficiente para nossos propósitos. No entanto, vale ressaltar que os algoritmos desenvolvidos durante o minicurso serão escritos em Python e, portanto, será necessário que o/a aluno/a tenha tal linguagem instalada caso queira acompanhar os códigos escritos durante as aulas.
Itala M. Loffredo D’Ottaviano (Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência-CLE/Unicamp)
Iniciaremos este minicurso por uma discussão sucinta sobre os objetivos da lógica, considerada como a ciência do raciocínio, o estudo da razão, o estudo da relação de consequência. A partir das leis básicas do pensamento aristotélico analisaremos o significado lógico de contradição, consistência e trivialidade, e do ex falso, e sua relevância para o paradigma lógico-clássico da racionalidade durante mais de vinte séculos. Delinearemos uma análise histórica sobre como se constitui uma perspectiva paraconsistente no pensamento ocidental e como princípios, regras e sistemas lógicos começam a expressar conceitos distintos de paraconsistência. Discutiremos como as lógicas paraconsistentes, propostas e desenvolvidas a partir da segunda metade do século XX, constituem sistemas lógicos capazes de lidar com inconsistências, permitindo-nos a superação das limitações que as contradições parecem impor sobre teorias racionais.
Beatriz Brandão da Silva (ICMC/USP)
Os processos de ensino e aprendizagem da Matemática podem acontecer de diferentes formas nos mais diversos contextos. No entanto, frequentemente nos deparamos com um padrão educacional nas salas de aula brasileiras, sem conhecer exatamente os motivos que levam muitos professores a adotarem uma metodologia que costumamos chamar de tradicional. Neste minicurso discutiremos o que caracteriza essa tradição, seus potenciais, limites e de que maneiras podemos superar este modelo ao planejar uma ação pedagógica. Ademais, vamos abordar algumas metodologias de ensino alternativas, exemplos e sugestões de como podemos incluí-las em planejamentos e aplicá-las na Educação Básica, pensando, principalmente, em ambientes e situações comuns às instituições públicas do Brasil.