Methane production from lignocellulosic biomass using hydrothermal pretreatment
Methane production from lignocellulosic biomass using hydrothermal pretreatment
Dutra, J. C. F.; Passos, M. F.; Moretti, É. R.; Nascimento, L. A. S.; Silva, A. J.; Silva, T. F.; Aguiar, R. H.; Rodrigues, L. S.; MOCKAITIS, G. Methane production from lignocellulosic biomass using hydrothermal pretreatment. Biomass Conversion and Biorefinery, v. 14, n. 3, p. 3699-3713, 2024.
Este estudo investigou como resíduos de plantas aquáticas, como Egeria densa (conhecida como "elódea"), Typha domingensis (junco), Eichhornia crassipes (aguapé) e Cyperus papyrus 'Nanus' (junco de papyrus), podem ser usados para gerar biogás, uma fonte de energia limpa. Essas plantas, que são comuns em corpos d'água, podem ser difíceis de controlar e, muitas vezes, são consideradas invasoras. No entanto, este estudo revelou que elas têm o potencial de se transformar em uma valiosa fonte de energia renovável.
Durante a pesquisa, os cientistas descobriram que, ao utilizar a biomassa dessas plantas (a parte da planta que pode ser transformada em energia), eles poderiam produzir metano (CH₄), um dos principais componentes do biogás. Eles também investigaram como diferentes tipos de processamento, como a hidrólise (quebra das moléculas da planta), afetavam a produção de metano.
Os melhores resultados para a produção de metano foram obtidos com a Egeria densa (elódea), que produziu 180,57 mililitros de metano por grama de material vegetal. Esse processo não só gerou energia, mas também ajudou a reduzir os impactos ambientais causados pela presença excessiva dessas plantas em ecossistemas aquáticos.
Além disso, a pesquisa mostrou que, ao aplicar um tratamento com calor e pressão (conhecido como pré-tratamento hidrotérmico), as plantas se tornaram ainda mais eficazes na produção de metano. Esse pré-tratamento ajudou a liberar mais carboidratos das plantas, tornando-os mais acessíveis aos microrganismos que convertem essas substâncias em biogás.
O estudo destacou que a Egeria densa (elódea), uma planta que frequentemente cresce em áreas de água doce, pode ser uma excelente fonte de energia renovável, aproveitando ao máximo uma planta que, de outra forma, seria um problema ambiental. Este estudo abre novas oportunidades para gerar energia limpa e sustentável a partir de resíduos orgânicos, ao mesmo tempo em que resolve problemas ambientais, como o acúmulo dessas plantas em lagos e rios.