Propriedades

Propriedades Físicas, Químicas e Radiológicas

O urânio tem uma ocorrência de 2-4 ppm na crosta terrestre. As minas mais activas encontram-se no Canadá, Rússia, Austrália e África Central. Depois de extraído sob a forma de uma mistura de óxidos, pode ser reduzido para formar um metal branco prateado, maleável, flexível, fracamente paramagnética e quase tão denso como o tungstênio. Como o alumínio, reage com o ar produzindo um revestimento de óxido protector. Três configurações metalo-estruturais (alótropos) são conhecidas: ortorrômbica, tetragonal e cúbica de corpo centrado. 

Na tabela periódica o urânio encontra-se no grupo dos actinídeos, podendo existir em qualquer um dos seis estados de oxidação (0, +2, +3, +4, +5 e +6). O estado +4 é relativamente estável e está associado com hidróxidos, fosfatos e fluoretos. O estado +6 é o mais estável quando presentes como octaóxido (U3O8), mas como hexafluoreto  dissocia-se rapidamente em contacto com a água em estado líquido ou vapor de água. Estes dois últimos estados são os mais relevantes para a exposição humana.

Todos os 22 isótopos reconhecidos actualmente (217-219, 222-240, 242U) são radioactivos. Os três que ocorrem naturalmente (234, 235,e 238U) fazem parte de duas cadeias de decaimento, liderado pelos dois últimos. Nestes, um átomo de 235U transforma-se 11 vezes em diferentes nuclídeos radiogénicos até finalmente se tornar 207Pb, ao passo que o 238U transforma-se 14 vezes (uma das quais produz 234U) e eventualmente, se torna 206Pb.

Source: http://geoinfo.nmt.edu/resources/uranium/what.html

A relação de 234U, 235U e 238U na crosta é de 0.000055:0.0072:0.99275 em massa e 0.489: 0.022: 0.489 em radioactividade, respectivamente. (ATDSR, 2011; Nordberg, GF et al, 2007)

Source: Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR). 2011. Toxicological profile for Uranium (Draft for Public Comment).

 Atlanta, GA: U.S. Department of Health and Human Services, Public Health Service.

Métodos Analíticos

Vários métodos analíticos estão disponíveis para determinar a presença, concentração ou quantidade de urânio (e dos seus compostos). Os métodos são geralmente caracterizados como sendo:

                Qualquer um desses métodos pode ser utilizado para análises in vitro de amostras biológicas (urina, fezes, sangue, cabelos/unhas ou tecidos) ou de amostras ambientais (água, solo, sedimento, ar, flora ou fauna). A avaliação in vivo exige a detecção de radiação gama emitida por espectroscopia gama, porque as partículas alfa e beta são absorvidas dentro do organismo.

                As amostras podem ser analisadas ​​directamente, mas medidas adicionais de preparação da amostra são seguidas quando a concentração de urânio é muita alta ou baixa para o método, ou se a auto-absorção de radiações emitidas ou de interferência com outras substâncias é significativa. Esta preparação da amostra pode variar desde a simples diluição ou concentração em coluna de troca iónica, a processos químicos mais complexos que podem envolver a redução a cinzas, a incineração a húmido (com ácido e/ou peróxido), a dissolução, a co-precipitação e eletrodeposição. (Nordberg, GF et al, 2007)