História

Em 1780, o farmacêutico  Martin Heinrich Klaproth no seu laboratorio em Berlim, descobre que após ter adicionado ácido nítrico a um material rochoso este é dissolvido e precipita formando um composto amarelo quando neutralizado com hidróxido de sódio. Também verificou que quando aquecia este precipitado  com carvão,  obtia um pó preto, assumindo desde logo que tinha descoberto um novo metal. Na época tinha se descoberto o planeta Urânio, por isso decidiu dar o nome a este metal de “uran” que mais tarde se tornou urânio. Além do urânio também descobrui o zircónio e o titânio. Klaproth foi o principal químico do seu tempo na Alemanha.

Testes posteriores mostraram que o metal descoberto por  Klaproth era de facto um dos óxidos de urânio, mas foi  Eugene Peligot, professor de Química Analítica  em Paris, que consegui isolar a primeira amostrade urânio metálico,  em 1841 pelo aquecimento de tetracloreto de urânio com potássio.

Durante a maior parte do século XIX, o urânio não era considerado particularmente perigoso.

A descoberta de que o urânio era radioativo só veio em 1896 por acidente, quando Henri Becquerel em Paris, constatou que uma amostra de urânio colocado por acaso em cima de uma gaveta juntamente com  um rolo fotográfico não exposto, danificou o rolo, como se tivesse sido parcialmente exposto à luz.

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Em 1934, Enrico Fermi-cientista italiano desintegrou átomos pesados, pulverizando-os com neutrões. Sem se aperceber tinha acabado de promover a fissão nuclear do urânio. Mas só em 1938, Otto Hahn e Fritz Strassman numa experiência semelhante detectam este fenómeno.

Enrico Fermi foi o primeiro cientista a desencadear uma reacção em cadeia, usando o processo de fissão nuclear, em 1942. O seu reactor era constituído por uma pilha de camadas alternadas de combustível (U e UO2) e de um moderador (grafite). Tiras de cádmio serviam para absorver neutrões e assim controlar a reacção em cadeia.

A 6 de Agosto de 1945, os Estados Unidos da América lançam a primeira bomba atómica utilizada como arma sobre Hiroshima, desenvolvida  no âmbito do programa nuclear Manhattan Project. Denominada Little Boy, causou uma explosão nuclear com base na fissão nuclear de urânio enriquecido, que resultou na morte de cerca de 90 000 a 166 000 pessoas.