O Efeito Estufa
Colégio Estadual Eunice Weaver
Introdução
O Efeito Estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela
superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência
disso, o calor fica retido, não sendo liberado ao espaço.
O Efeito Estufa tem sido a causa da evolução do clima ao longo dos tempos. Embora a sua
evolução seja natural, nos últimos tempos o Homem tem sido grande responsável uma vez que a
população mundial tem aumentado e consequentemente, registou-se um aumento de 25 % de
dióxido de carbono (CO
2) na atmosfera.
Este aumento deve-se especialmente à combustão de combustíveis fósseis, a desflorestação, ao
número crescente de indústrias e ao consumismo desmesurado.
O Efeito Estufa provoca um desequilíbrio no sistema natural da Terra pelo que é urgente se
reduzirem as emissões dos gases prejudiciais e propor alternativas.
Pontos Positivos
O Efeito Estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como
a conhecemos não poderia existir. Ele sozinho não é ruim, já que permite que a Terra fique aquecida o
suficiente para que a vida continue.
Influências do Efeito Estufa na Saúde
De acordo com alguns cientistas, um aumento consecutivo da temperatura à superfície da
Terra, provoca uma alteração climática o que leva a um aumento de ondas de calor, que será
responsável pelo aumento no número de doenças infecciosas através da proliferação de pestes.
Um caso bastante atual refere-se ao fenômeno do El Niño, um aumento de temperatura no
sistema oceânico, que deu origem a uma onda quente por todo o mundo. Como resultado direto,
verificou-se uma deslocação dos mosquitos responsáveis pela propagação da malária e febre
amarela para regiões temperadas a altitudes mais elevadas, atacando os grupos de pessoas mais
vulneráveis da sociedade.
A variação climática irá provavelmente aumentar a frequência de dias de intenso calor, o que
representa um aumento do número de mortes.
Esses e muitos outros fatores podem ser apontados aos montes como pontos negativos do
aquecimento global, que tende a piorar cada vez mais a qualidade de vida em nosso planeta, os
aspectos positivos desse fenômeno (se é que de fato existem) só poderão ser aplicados às pessoas
que ainda não se deram conta do tamanho da gravidade que esse problema apresenta, afinal os fatos
citados acima são apenas uma parte do que ainda está por vir.
O Protocolo de
Kyoto e o Efeito Estufa no Brasil
O
objetivo do Protocolo de Kyoto é firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente
estabelecer metas de redução na
emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos
países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante
àqueles países em pleno desenvolvimento.
O Brasil assinou o Protocolo de Kyoto em 29 de Abril de 1998, porém a Assembléia Legislativa
aprovou o texto do Protocolo apenas em 20 de Julho de 2002, sob o Decreto Legislativo nº 144 de
2002. Sendo assim, a ratificação do Protocolo de Kyoto pelo Brasil foi feita somente em 23 de
Agosto de 2002. Como parte dos países Não-Anexo I, o Brasil pode participar através de projetos
de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) podendo gerar recursos com a venda de
"créditos de carbono", que por sua vez, podem ser utilizados em investimentos de tecnologia limpa,
com o intuito de diminuir as emissões de GEE.
O Governo Federal possui programas como "Ciência, Tecnologia e Inovação para a Natureza e
Clima" responsável por pesquisa e desenvolvimento sobre mudança global do clima e "Gestão da
Política de Ciência, Tecnologia e Inovação" responsável pela realização do
inventário nacional das
emissões
, bem como pela gestão das pesquisas e operacionalização dos Mecanismos de
Desenvolvimento Limpo. Estes programas, ainda em fase inicial, buscam parcerias com instituições
nacionais de pesquisa para gerar informações corretas sobre as emissões brasileiras, assim como
tecnologias e metodologias para o acompanhamento destas emissões.
Pontos Negativos
O clima do planeta vem sofrendo alterações influenciando na manutenção das calotas polares e no
aparecimento de fenômenos naturais que estão ocorrendo com freqüência em diversas regiões do
globo terrestre.
Alteração da temperatura além de ameaçar a sobrevivência de diversos seres vivos em algumas
regiões, a alta na temperatura pode ocasionar na redução das geleiras que poderá ameaçar o
suprimento de água para 50 milhões de pessoas.
- Elevação do nível do mar: capaz de aumentar o poder erosivo em algumas áreas como praias,
além de ameaçar diversas ilhas do pacífico que poderão ficar submersas ou inabitáveis.
- Alterações climáticas: ocasionam fenômenos naturais como tempestades, chuvas freqüentes e
constantes, capazes de provocar inundações como a do estado de Santa Catarina, por exemplo.
- Mortes: tanto pela desnutrição, como por doenças como a dengue e a malária, além do risco de
extinção de muitas espécies de animais, como ursos polares.
- Fome: Comprometimento do solo em algumas regiões, diminuição de safras agropecuárias e
também na variedade de alimentos disponíveis.
- Sede: Diversas regiões enfrentarão a escassez de água, que poderá resultar em milhões de mortes.
- Nações: Alguns países correm o risco de ter áreas de seu território transformadas em novos
desertos, ou até mesmo extintas do mapa, algumas geleiras como a do Himalaia tendem a
desaparecer prejudicando a população de alguns países.
Curiosidade...!
O que são os Créditos de Carbono?
Os créditos de carbono são uma espécie de moeda que se pode obter em negociações
internacionais por países que ainda desconsideram o efeito estufa e o aquecimento global. Esses
são adquiridos por países que tem um índice de emissão de CO2 reduzidos, através desses fecham
negociações com países poluidores. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo
com a quantidade de emissão de carbono reduzida. Para cada tonelada reduzida de carbono o país
recebe um crédito, o que também vale para a redução do metano, só que neste caso o país recebe
cerca de vinte e um créditos.