Absolutismo

Absolutismo

Sistema de governo no qual o poder é centralizado na pessoa do governante, característico da Europa entre os séculos XVII e XVIII. A hegemonia está nas mãos dos reis, que controlam a administração do Estado, constituem exércitos permanentes, dominam a burocracia e a padronização monetária e fiscal, procuram estabelecer as fronteiras de seus países e promovem a economia nacional através de políticas mercantilistas e coloniais. Também criam uma organização judiciária nacional – a Justiça Real –, que se sobrepõe ao fragmentado sistema feudal.

O absolutismo nasce a partir da crise do feudalismo. O apoio da burguesia e a influência do Direito Romano, que defende um poder centralizado, são decisivos para que o predomínio da nobreza seja diminuído em favor do rei. O Estado absolutista típico é a França de Luís XIV (1638-1715), conhecido como o “Rei Sol”. A ele é atribuída a frase que se torna o emblema do poder absoluto: “O Estado sou eu”. Luís XIV atrai a nobreza para o Palácio de Versalhes perto de Paris, onde vive num clima de luxo inédito na história do Ocidente. O monarca interfere na economia de várias formas: cria companhias de comércio, concede privilégios e monopólios, determina taxas e impostos. Também torna o catolicismo a religião oficial do Estado e promove guerras para fortalecer o poder nacional.

O processo de extinção do absolutismo começa com a Revolução Francesa. Na França é substituído por um regime republicano. O sistema chega definitivamente ao fim com as Revoluções Liberais.