Inequivocamente, o Brasil assume a liderança da sindemia da covid19, no mesmo período em que Biden assume a presidência nos EUA. Assim, escancara-se a realidade de um padrão negacionista, o qual, foi comprado as cegas pelo mandatário brasileiro.
Bolsonaro é filho do trumpismo, e isso não há como discutir. No texto do Michael Moore sobre o trumpismo, existem coincidências grandes demais para serem ignoradas em relação aos dois movimentos.
Soma-se a isso ao apetite voraz dos ricos brasileiros em se acharem americanos, e quererem repetir como Micos de Realejo os mesmos erros e devaneios americanos. Combinado com uma classe média e elite dirigente empobrecida econômica e culturalmente. Chegamos ao que chegamos e todos são parte importante dessa engrenagem que gera mortes no caminho.
Não há narrativas que passem no escrutínio dos dados. Enquanto o governo continua sua aposta errônea de jogar no colo de estados e municípios o custo do controle da pandemia.
Não a toa a pandemia aqui no Brasil se tornou uma sindemia, ou seja, junta em um mesmo saco, problemas com saúde, mas também economia fragilizada e problemas sociais agravados.
Hoje, além de liderarmos o número de mortes per capita, somos também o país que mais mata infectados. A mortalidade explodiu, e era óbvio. Havia salientado isso, mas não esperava que aconteceria na segunda onda. Afinal, algum aprendizado o mundo e a história já deixaram para aqueles que sabem ler.
O esgotamento dos insumos para os tratamentos auxiliares, aposta em tratamentos a lá João de Deus, como a cloroquina, dão pistas de como o Brasil chegou nesse cenário.
Para além disso, o papel das instituições como o legislativo escancaram ainda mais a fragilidade do sistema democrático brasileiro. A CF88 é clara em termos de crimes de responsabilidade. Ainda mais em se tratando de questões de saúde pública, que está prescrita no art. 196.