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Fala do Mundo

De longe... muito longe...

Trago nas mãos esta maçã

Comida e carcomida

Que me deu a minha mãe.

E não a largo.

Seu travo amargo

que fora doce

no primeiro olhar,

tornou-se

em fel

e em fogo.

Deus! Oh! Deus! eu te rogo

tornai em mel

esta maçã

comida

e carcomida

que me deu a minha mãe

quando me deu a vida !

Aceito, Senhor, o teu castigo

Mas, vem viver ao menos

um dia comigo...

A água que choveu,

E a morte para tanta gente;

E o arco unindo terra e céu,

Eras tu... Só eu estava ausente.

Tinha sabor celeste

o pão que tu me deste

Após o mar aberto

No ardor daquele deserto..

E tu falaste...

As tábuas, a serpente numa haste

Eras tu presente... Só eu estava ausente

Mas, Senhor, quem pode mais viver sem ti?

Ao sol e animais

eu trago rendidos

prantos e ais

alma e sentidos...

No oiro que gerou

a tua mão bondosa

ergueu a minha mão

bezerros e pendões de ingratidão!

E tu falaste

E castigaste...

Mas eu estava ausente,

entregue ao coração

que te neguei,

rasgando a tua lei,

correndo à perdição!

Mas agora,

Senhor,

Eu peço à luz da aurora,

ao rumor das fontes,

à graça de cada flor,

ao canto dos passarinhos,

à distância dos horizontes,

e às pedras dos caminhos,

Que venhas,

que venhas!

e fiques entre nós,

ao menos um só dia!

Não sei como virás...

Não sei...

Mas tens de vir!

Virá contigo a paz...

mas tens de vir!

Virá a tua lei!

tua alegria!

Virá o amor perdido.

Virá por cada boca o teu sorriso;

Virá, que eu sei, o laço

que prenderá num abraço

a terra e o paraíso!

Vem, Senhor, Vem! Vem!

Que esta maçã

Que eu trago em minhas mãos

na minha boca

na minha mente louca

é um veneno horrível

causando a cada hora

a minha morte!

E tu vieste!

Vieste lá do alto,

E entre nós estás.

Rasgaste da soberba o túmido planalto,

Brilhou na escuridão a tua doce paz.

O verbo dos profetas

está coado em leite...

E vem junto de ti o bardo dos poetas

trazido pela graça para teu deleite.

E eu que não sabia

Ao meu andar o rumo

E tinha dentro em mim reinando a perfídia

juntei por ti o oiro, a mirra, o incenso em fumo

E fiz que o tempo as mãos

pusesse ao pé de um berço...

Os anos em redor rezaram como irmãos

E eu fiquei, no teu divino amor, imerso.

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Créditos: Dionísio de Sousa contacto:dionisiomendes@gmail.com