tempo zero

tempo esgotado

tempo curto demais

E, havendo aberto o sexto selo, olhei,

e eis que houve um grande tremor de terra;

e o sol tornou-se negro como saco de cilício,

e a lua tornou-se como sangue;

E as estrelas do céu caíram sobre a terra,

como quando a figueira lança de si os seus figos verdes,

abalada por um vento forte.

E o céu retirou-se como um livro que se enrola;

e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.

E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra

levantou a sua mão ao céu,

E jurou por aquele que vive para todo o sempre,

o qual criou o céu e o que nele há,

e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há,

que não haveria mais demora;

setimo selo

2013

sexto selo

sem tempo para adiar

sem tempo para brincar

sem tempo para blasfemar

sem tempo para enrrolar

sem tempo para enganar

sem tempo para mentir

sem tempo para duvidar

sem tempo para negligenciar

HOLOCAUSTO

Impérios destruídos,

cidades saqueadas

pela fúria bárbara

desenfreada.

Sangue de inocentes,

de vagabundos

alagam ruas,

encharcam tudo.

Heróis pelo chão

olham o mundo.

Bêbados cambaleantes

pisam conceitos,

procuram um gole,

procuram uma taverna,

murmuram às paredes...

“maldita guerra!...”

Choros, lamentos

feridas abertas

na cara das gentes,

pobre gente da terra

de dominantes cruéis,

tiranos desumanos -

que matam crianças, velhos,

rios, oceanos -

enlouquecem o planeta.

Não haverá amanhecer

sem o matraquear -

som de estilhaços

a cortar os ares -

granadas, obuses,

balas aos milhares;

sangue aos borbotões

formando mares

de lama vermelha,

cheiro adocicado

podridão humana

corpos mutilados...

Finda a esperança

nesse tempo obscuro

que será do HOMEM?

Haverá futuro?

- thania -

Crianças do Mar

Numa manhã nublada, na rabeira do tempo

Nós perdemos o sol nascente, um último sinal

Enquanto a manhã nublada passa distante para morrer

Tentando alcançar as estrelas, nós encobrimos o céu

Navegamos pelo ar antes que aprendêssemos a voar

Nós achávamos que isso nunca pudesse terminar

Pisamos com firmeza sobre o chão, antes que aprendêssemos a correr

Agora parece que o nosso mundo veio destruído

Oh eles dizem que acabou

E tem que ser assim

Ooh eles dizem que acabou

Nós somos as crianças perdidas do mar

Fizemos as montanhas tremerem com o

nosso sorriso enquanto brincávamos

Escondendo-se no nosso cantinho do mundo

Então fizemos a dança do demônio

e bem apressados para nunca mais

Jogamos fora a chave e trancamos a porta

Oh eles dizem que acabou

E tem que ser assim

Ooh eles dizem que acabou

Nós somos as crianças perdidas do mar

Numa manhã nublada, na rabeira do tempo

Perdemos o sol nascente, um último sinal

Enquanto a manhã nublada passa distante para morrer

Tentando alcançar as estrelas, nós encobrimos o céu

Oh eles dizem que acabou

E tem que ser assim

Ooh eles dizem que acabou

Pobres crianças perdidas do mar

Preste atenção! o céu está desabando!

Preste atenção! O mundo está girando, girando, girando!

Preste atenção! O sol está ficando escuro, escuro

Preste atenção! Isso nunca, nunca voltará, preste atenção!