Chegamos a parte em que Amber terá de passar mais de 12 horas dentro dessa caixa (que era sua casa), ela irá fazer escala em Houston no Texas e chegará no Brasil em São Paulo onde seu avô (meu pai) irá busca-la de carro para Londrina seu novo Lar.Esta foi uma experiencia traumatica para ela, isto porque ela já estava magoada comigo porque haviamos deixado ela num hotel de cachorro por uns 15 dias antes de voltarmos para o Brasil. Voce não esperava que voltassemos para o Brasil sem ao menos dar uma passeada pelo Estados Unidos.
Sai com o carro de 100 dollares, de Salt Lake, fui para San Francisco, Los Angeles,
San Diego e voltamos para Salt Lake passando por Las Vegas. Nesse tempo a Amber ficou num hotel de cachorros perto de onde moravamos, esta não seria a unica vez que ela teria de ficar num hotel assim...Ao final da viagem todos meus amigos queriam comprar meu Ambermovel, simplesmente ninguem acreditava que aquela lata velha de 100 dollares andaria mais de 3500 milhas sem quebrar na estrada, como disse anteriormente o Ambermovel foi vendido pelos mesmo 100 dolares que paguei quando comprei. A pessoa foi buscar o carro no Aeroporto no dia que fomos embora. Como voce pode ver nem precisei ir de taxi, o que custaria mais ou menos o mesmo preço do carro, 100 dollares.
Dava para ouvir a amber latindo la embaixo no bagageiro do avião,... quando fizemos escala tambem deu para ouvir, deu uma dó danada, mas não havia nada que eu pudesse fazer..... ela demorou um pouco para me perdoar, ela ficou achando que eu era o culpado, esta situação ficou bem clara, isto é, a rejeição dela contra eu devido a essa sacanagem que fiz com ela. Nos primeiros dias aqui no Brasil quando eu chamava ela, ela chegava perto e dava meia volta, era bem claro que ela tinha ficado chateada comigo por eu ter deixado ela passar por tudo aquilo na viagem, sem contar os dias abandonada no hotel de cachorro. Mas como voces ja suspeitavam foram só alguns dias.... nada que o verdadeiro amor não vença, afinal das contas era o unico meio de ficar com ela, alias na epoca que minha esposa me convenceu a ficar com ela sua passagem para Brasil seria apenas uns 20 dollares, mas agora que estavamos voltando a passagem dela custou mais do que a nossa, isso sem contar o imposto que cobraram dela quando chegamos no Brasil.
A novidade para todos os familiares nem era tanto a nossa chegada, mas todo mundo queria conhecer a nossa filha. Nesta época quando voltamos para o
Brasil quase não havia cachorros dessa raça por aqui. Isso foi no ano de 2001 voltamos dos Estados unido pouco antes de derrubarem as torres gemeas (World Trade Center) em Nova York. No começo quando saia para passear com ela na rua era sempre parado por pessoas que queriam reservar um filhote quando ela desse cria, mas infelizmente isso não seria possivel, pois ela foi castrada quando pegamos ela no canil (era procedimento padrão do canil e nos nem pensamos e pedir que a castração não fosse feita).
Aqui no Brasil ela tambem teve suas regalias, uma piscina, de vez emquando quando tomava banho podia entrar e ficar dentro de casa como fazia quando estava nos EUA. Ela teve um choque de cultura, as coisas não eram exatamente como eram por lá mas nem todas as mudanças foram ruins. Aqui no Brasil ela deixou de ser uma pessoa para ser um cachorro de verdade, seu instinto animal floresceu ao encontrar e conviver com os seus primos (cachorros do meu pai).
Algumas coisas sempre ficam,... por exemplo a comemoração de halloween permanece:
Depois que os irmãos da Amber nasceram (Bernardo e Isac) estando eles hoje (2013) com 8 e 6 anos de idade, ...costumamos cortar uma melancia em vez de abobora para colocar uma vela dentro e fazer como fazem os americanos, não é a mesma coisa mas fica legal e eles gostam.