94) Recuperação e Alargamento de Galerias

DRENAGEM URBANA

CONTROLE DE ENCHENTES E PLANO DIRETOR

AUTORES

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

CARLOS ALBERTO PORTELA

CARLOS ALBERTO RAMIN

As galerias fazem parte do sistema de drenagem e manejo de águas, destinadas ao transporte, retenção, tratamento e disposição final das águas das chuvas. É através delas que as águas pluviais são escoadas, merecendo, portanto, constante manutenção para evitar alagamentos nas partes mais baixas das cidades.

A CHUVA QUE ACONTECE AGORA E TRAZ MEDO E PREOCUPAÇÃO:

 O QUE AS ENCHENTES DE BELO HORIZONTE TEM A ENSINAR PARA JUIZ DE FORA?

Minas não tem mar, porém em todas as chuvas sempre presenciamos enchentes seja no centro como nos bairros.  Grandes avenidas foram se transformadas em rios, onde antes eles passavam e com a urbanização foram colocados aprisionados em galerias de concreto armado e hoje presenciamos desmoronamentos e graves inundações, em mais de 100 pontos da cidade de Juiz de Fora o que já acendem um alerta sobre a capacidade dos municípios em se desenvolverem e ao mesmo tempo agirem para combater o crescimento desordenado, um dos responsáveis pelas enchentes. 

Sem dúvida a impermeabilização que as cidades promovem nos territórios que ocupam agravam essa situação. Quanto mais crescem sem planejamento, menor é a capacidade da absorção de água de chuva. Há uma equação simples nas enchentes urbanas: são volumes crescentes de água, em um tempo sucessivamente menor, sendo escoados para drenagens, construídas ou naturais, progressivamente incapazes de dar vazão. O resultado é enchentes para todos os lados. 

Antes das cidades as áreas eram ocupadas por florestas, as quais absorviam 85% da água de chuva que recebiam. Com o processo de urbanização, exacerbado e sem critério, essa lógica se inverteu e a infiltração no solo passa a ser de apenas 15% nos centros urbanos. 

Juiz de Fora não é diferente de Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. Temos nossas bombas relógio, a galeria assoreada da Av. Presidente Itamar Franco é um bom exemplo. Com sua capacidade de volume de escoamento trabalhando no limite, basta chover um pouco que os alagamentos se formam nas pistas da via na região do bairro São Mateus. E o que dizer dos córregos de Santa Luzia, Yung (Linhares), Tapera (Santa Terezinha) e outros no decorrer do município que já sofrem transbordamentos. 

ENCHENTE EM CENTROS URBANOS

A rua Senador Feliciano Pena, no Mariano Procópio, é exatamente um funil - um ponto final- para toda água da bacia de São Pedro e Borboleta. Ou seja, quando chove toda a rua se inunda. E o drama dos moradores em salvar seus bens da enchente já se tornou rotina.  

Uma alternativa para minimizar os problemas é aumentar a capacidade de vazão da rede de drenagem e diversificar as formas de retenção de água de chuva, além de orientar o crescimento da cidade. Já apresentei na Câmara projetos de leis que visam diminuir os impactos da chuva como a obrigatoriedade dos novos loteamentos instalarem bacias de retenção; aumento de 100% da área permeável nas construções, instalação de sistema de reutilização de água de chuva e revisão do Estudo de Impacto de Vizinhança. É hora de pensarmos na cidade que queremos e adotar medidas que minimizem os danos de um crescimento sem planejamento. 

Não podemos esperar nossas bombas relógio explodirem.

Texto baseado no de meu colega Vereador Garotino de Juiz de Fora.

Solução:

1) Pavimentação permeável aumentando o escoamento;

2) Bacias de Retenção lateral (piscinões)

3) Alargamento de galerias;

4) Túneis de desvio e de retenção;

5) Drenagem periférica desviando das bacias de retenção principas desviando dos talvegs dos grandes centros urbanos, criando bacias de retenção e canais periféricos;

6) Solução de macro e micro drenagem;

Sugestão da turma 04 de Engenharia Geotécnica da RTG Especialização.

EXEMPLOS DE IDÉIAS PARA ALARGAMENTO DE GALERIA E RETENÇÃO DE ÁGUA DURANTE CHUVA E TÚNEL DE RETENÇÃO PROVISÓRIO COM SUMIDOURO PERDIDO POR TEMPO DE RETENÇÃO CALCULADO POR VOLUME E TEMPO DE PRECIPITAÇÃO

Exemplo do funcionamento da execução de uma galeria de drenagem em grande centro urbano 


As Prefeituras devem se preocupar em manter e recuperar as estruturas de galerias de águas pluviais existentes e na ausência delas face a queda da permeabilidade dos solos com a construção das cidades e crescimento do asfaltamento das ruas investir neste tipo de obra executando intervenções de forma prioritária nos locais de alagamento, sempre buscando soluções hidráulicas conjugadas com as soluções geotécnicas e elementos de escavação evasivos e não evasivos.

As obras de recuperação de galerias fazem parte da manutenção corretiva da Prefeitura dos municípios.

A ação de recuperação de galerias poderá fazer parte de um programa do município onde poderemos identificar os problemas críticos e fazer  um programa visando “Operação de Chuvas de Verão”, que visa uma séria de intervenções, como desassoreamento e limpeza nos córregos, limpeza nas bocas de lobo, reforma em galerias e ramais, facilitando a captação das águas das chuvas, buscando a contenção dos pontos de alagamento na região.

Na maioria das cidades as galerias existentes são antigas e ainda construídas de tijolinho o que dificulta o trabalho de limpeza. Com a chegada do verão e as pancadas de chuvas, as equipes da Prefeitura devem localizar os pontos de alagamento e mapear os locais críticos para tomada de ação de recuperação destas galerias, visando minimizar situações de alagamentos que ocorrem no centro da cidade, nos períodos chuvosos.

O trabalho de substituição de antiga galeria de tijolinho por tubo PVC, o alargamento de galerias de forma não destrutiva sem interferencia do transito serão abordados neste artigo. Quando fazemos a inspeção das galerias notamos que geralmente a estrutura das galerias existentes estão danificada pela ação do tempo e será necessário o mapeamento de todos os problemas para um tratamento específico.

Outro problema grave é a retirada do entulho que se acumula ao longo dos anos dentro das galerias reduzindo drasticamente a seção molhada delas, dificultando a passagem e o escoamento de água, este entulho de pequenos detritos deverão ser removidos pela superfície com trabalhos robotizados quando o diâmetro for inferior a 80 cm e manual quando permitir a descida de mão de obra humana desde que com monitoramento de risco contra enchentes durante o trabalho com os trabalhadores dentro da galeria.

Sedimentos e entulhos obstruindo uma galeria

Segundo o Eng. Luiz Naresi, especialista em recuperação e alargamento de galerias de forma não evasiva, comercial da Progeo Engenharia, todo o material retirado (sacos e copos plásticos, garrafas pets, pedaços de panos e areia) foram arrastados pelas águas provocando o entupimento de diversas galerias inspecionadas. 

“É preciso que as pessoas se conscientizem e evitem jogar esse tipo de material nas ruas, próximos aos bueiros para evitar transtornos como esse. Todas as galerias devem ser monitoradas e mapeadas, inclusive definindo as suas patologias. Algumas galerias vistoriadas estavam completamente obstruídas que nem a mangueira do caminhão hidrojateador passava”, explica Naresi, garantindo ainda que alguns esgotos domésticos que estavam ligados à galeria, foram canalizados para a rede coletora de esgoto o que nos tempos atuais é correto e lei em vários municípios.

A equipe técnica deverá acompanhar de perto todo o trabalho de inspeção para poder estudar e verificar a melhor forma de melhoria das galerias, as galerias de alvenaria deverão ser ampliadas e substituídas por tubos PVC, ou paredes de concreto armado rebaixadas permitindo maior seção de escoamento do fluxo d´água facilitando assim a devida manutenção e evitando os alagamentos nesses pontos da cidade.

Elaborando esse trabalho preventivo as Prefeituras irão minimizar o atendimento e riscos de emergência como alagamentos nos grandes centros urbanos em locais mais baixos, buscar coletar 100 % de esgoto coletado e tratado separado da rede de galerias pluviais.

Vale lembra e orientar que seja em galerias, canaletas, tubulações, caixas de passagens, dos tipos subterrâneas ou semi-subterrâneas e /ou tubulações aéreas e vigas calhas ( de telhados), as prefeituras, os síndicos (de prédios) e os departamentos de manutenção das indústrias devem ter programa de inspeções ¨in loco¨, obrigatórias, em períodos nunca maiores que 180 dias, para saberem realmente como cada um dos trechos dos tipos de condutos citados realmente se encontram, seja quanto as suas estruturas, seus graus de desgastes, suas capacidades de absorção das pressões internas e / ou externas, seja gerando infiltrações nas estruturas adjacentes e/ou se estão obstruídas por lixo, entulhos e outros. Geralmente tudo o que está enterrado ou sobre os telhados nunca é lembrado até o momento do colapso, quando na maioria dos casos nada mais há o que fazer além da recomposição total.

Quais são os efeitos da urbanização na Drenagem Urbana?

Com o avanço, muitas vezes, desordenado da urbanização, efeitos são sentidos na drenagem.

Primeiro ponto é a impermeabilização da bacia hidrográfica. 

Com o aumento da urbanização, temos aumento de áreas impermeáveis com uso de concreto, telhados, asfalto, etc... Quanto mais impermeável é a bacia hidrográfica, maior será o escoamento superficial direto.

Segundo ponto é a proximidade com os curso d'água. 

Os rios podem atingir diversos níveis de água, passando do leito menor para uma planície de inundação, e quando edificamos na planície de inundação, estamos no expondo a um risco natural da ascensão do nível d'água.

Terceiro ponto é a contaminação das águas.

 Muitas cidades ainda carecem de saneamento básico, o que favorece a contaminação de córregos, devido o lançamento direto de esgoto nos cursos d'água.

ALGUNS TIPOS DE SOLUÇÕES:

AMPLIAÇÃO DE GALERIAS EXISTENTES:

Executar uma nova galeria maior dentro de uma galeria menor.

Alargamento de galeria existente

Ampliação de galeria com execução de uma galeria de maior diâmetro 

eliminando e substituindo a de menos diâmetro 

RECUPERAÇÃO DE GALERIAS E REFORÇO DE SUA ESTRUTURA:

Em obras de Reforço estrutural com fibra de carbono, aplicação de micro-cimento, recuperação de galerias, recuperação e reforço de pontes ou qualquer estrutura de concreto que venha sofrer desgaste pela ação do tempo ou interferência de agentes químicos, físicos ou biológico ou que ainda necessite de aumento de carga. ou até mesmo aumento da seção plena de escoamento. hidráulico.

Descida em Poço de Visita para inspeção de galerias

PROTEÇÃO MECÂNICA : 

As proteções mecânicas atuam como elemento de manutenção da integridade e estrutura e visam proporcionar uma superfície resistente á ataques físicos, químicos e biológicos.

CONCRETO PROJETADO VIA SECA OU ÚMIDA : 

Permite a execução de recuperação de galerias, o reforço e a proteção estrutural das paredes, a realização de serviços de manutenção com aplicação de tela metálica e na sequencia a projeção da concreto. Também é utilizada para o reforço das paredes quando em muros de arrimo, proteção mecânicas.

Processo Executivo:

O processo executivo de uma recuperação deve se basear nas características e no tipo de construção, além das causas do problema existente. Para o caso de uma recuperação estrutural que envolva o tratamento de um substrato deteriorado, o primeiro passo é a escarificação da superfície para a remoção do concreto danificado. 

Como geralmente o problema é a oxidação das armaduras, faz-se necessário a aplicação de inibidores que retardem o processo corrosivo. Em alguns casos, em que a perda de seção do aço está em estágio avançado, é realizada a troca da armadura. 

Por último, a recomposição da geometria da peça é feita de acordo com a necessidade, com a projeção de argamassas pré-dosadas e tixotrópicas ou jateamento de concreto aditivado.

Já para um reforço de uma estrutura com o aumento das seções resistentes de vigas, pilares, lajes, tabuleiros de pontes e vigas-parede é feita a projeção de concreto sobre a superfície existente de forma a se obter um elemento monolítico com maior capacidade de carga. Podem ser aplicados também polímeros em áreas sob o ataque de químicos ou argamassas pelo processo de jateamento.

FIBRA DE CARBONO:

As fibras de carbono são um sistema compósito para reforço em estruturas de concreto. A função do sistema é de complementar a área de aço necessária, controlar a distribuição das fissuras e limitar suas aberturas, além de enrijecer o elemento estrutural, diminuindo a deflexão. É ideal para aplicação em carregamentos contínuos. Pode ser aplicado no reforço de lajes, vigas, pilares, paredes, chaminés, túneis, tabuleiros de pontes, reservatórios, etc.

Processo Executivo:

Antes do início da aplicação da fibra, é necessário realizar a regularização do substrato, por meio da aplicação de resinas epoxídicas e lixamento da superfície. 

Em primeiro lugar é feito o lixamento para corrigir as imperfeições da região a ser recuperada.

Em seguida são aplicados adesivos químicos para a colagem dos sistemas compostos ao substrato de concreto. 

Estes adesivos estabelecem um meio de transferência das tensões de cisalhamento entre o substrato de concreto e as camadas de compósitos laminados.

Os adesivos são divididos em imprimadores primários, cuja função é penetrar no substrato de concreto, colmatando-os, para permitir a construção de uma ponte de aderência para a resina de saturação.

Aplicação das fibras

Os regularizadores de superfície são utilizados para o preenchimento de vazios – calafetação – ou correção de imperfeições superficiais, propiciando uma superfície lisa e desempenada sobre a qual o sistema compósito será colado. As resinas de saturação são utilizadas para a impregnação das fibras, fixando-as no local. Por último é feita a colagem das camadas de fibra de carbono e, caso necessário, são utilizados revestimentos que protegem a superfície colada de potenciais efeitos danosos produzidos pelo meio ambiente em que está inserido.

PRINCIPAIS PATOLOGIAS QUE COMPROMETEM A VIDA ÚTIL DO CONCRETO EM GALERIAS ENTERRADAS DE ÁGUAS PLUVIAIS

RESUMO:

Mostrar as principais patologias que ocorrem nas galerias de águas pluviais decorrentes de diversos casos de inspeções de investigações realizados no local em galerias de concreto, onde será possível constatar as patologias que comprometem seriamente a durabilidade das estruturas, colocando em risco a integridade de bens e pessoas. Serão abordadas as técnicas utilizadas nas vistorias e os ensaios não destrutivos realizados no local. 

O trabalho apresentará também uma recuperação estrutural utilizando concreto com sílica ativa, visando o aumento da durabilidade e resistência do concreto.

1 – Introdução

 O concreto de cimento Portland é o material de construção mais utilizado no planeta, mas para ter “vida eterna” é necessário que ele receba manutenção periódica e sistemática.

Este conceito de manutenção, lamentavelmente, ainda não está completamente incorporado na cultura dos técnicos que trabalham no ramo da construção civil. 

É importante que os engenheiros e arquitetos conheçam os mecanismos de deterioração do concreto e os conceitos atuais de durabilidade das construções, para que as obras que utilizam o concreto de cimento Portland possam ter um desempenho satisfatório, com custos de manutenção aceitáveis, por um longo período, ou seja, uma grande vida útil.

Ter conhecimento dos conceitos de durabilidade implica automaticamente em valorizar os processos de manutenção preventiva, vitais para o bom desempenho das estruturas. 

Observa-se que os responsáveis pela manutenção das obras públicas ainda não estão devidamente sensibilizados da necessidade de se executar um programa de manutenção, periódica e sistemática, nas obras construídas com concreto de cimento Portland. É necessário que se crie uma conscientização de realizar vistorias de inspeções rotineiras, com o cadastramento das anormalidades e um planejamento de intervenções técnicas. 

O que foi dito acima é extensivo a todas as obras de concreto, mas é particularmente importante para as galerias de águas pluviais, muitas delas contaminadas com esgotos clandestinos, que por estarem localizados sob as ruas e avenidas, longe dos olhares, fogem do controle de sua deterioração. 

Este trabalho irá apresentar a experiência do autor na execução de vistorias técnicas em galerias, principalmente na cidade de Belo Horizonte, mostrando patologias que comprometem seriamente a durabilidade das estruturas de concreto, colocando em risco a estabilidade da obra e a integridade de bens e pessoas.

Vistoria e Inspeção em Galeria para análise das patologias com lage de fundo rompida devendo ser recuperada

2 – Procedimentos Básicos de Segurança para Realização de Vistorias Técnicas em Galerias:

Para a realização das vistorias em ambientes confinados é necessário a execução de diversos procedimentos de segurança, pois trata-se de um trabalho de alto risco, em função da presença de gases tóxicos, armaduras expostas, buracos profundos, obstruções, etc. 

Abaixo estão listados alguns procedimentos que visam garantir a segurança e integridade física dos vistoriadores.

· Os investigadores deverão estar clinicamente aptos para a realização dos trabalhos;

· Deverão portar macacão sanitário, botas de borracha (preferencialmente até a virilha), máscara de filtro combinado para gases tóxicos e partículas suspensas, luvas de PVC e lanternas; 

· A equipe deverá ser a menor possível, recomendando-se a entrada na galeria de quatro pessoas. Duas irão à frente, com a finalidade básica de garantir a segurança da operação. Ambas deverão carregar um bastão com 1,50 m de comprimento, testando constantemente o fundo da galeria. Uma destas pessoas deverá carregar um aparelho detector de gases tóxicos. Os trabalhos técnicos e ensaios serão desenvolvidos somente pelos dois vistoriadores, que vem logo a seguir à equipe de segurança. 

· A entrada na galeria é feita através de escadas colocadas convenientemente nos poços de visita ou grelhas, abertos previamente para ventilação. Caso necessário deve-se acionar sistema de ventilação forçado na galeria;

 · O sentido da vistoria será sempre de montante para jusante, acompanhando a corrente da água, que dobra as pontas de ferro, facilitando o pisar sobre as ferragens expostas; · Deverá ser executado um plano de resgate por emergência, contando para isto com o Corpo de Bombeiros, se possível;

 · O aparelho detector de gases deverá estar devidamente calibrado para dar alarme quando necessário. Os gases encontrados nas galerias fechadas são: gás sulfídrico, monóxido de carbono, gases combustíveis e oxigênio. Para que os resultados técnicos da vistoria sejam satisfatórios é importante a presença constante de um engenheiro especializado em patologia de concreto, que será o responsável pela coordenação dos trabalhos.

3 – Descrição das Principais Patologias

Abaixo estão caracterizadas as patologias mais importantes encontradas durante as vistorias em galerias e as causas mais prováveis:

3.1. Armaduras Expostas

Esta patologia é caracterizada toda vez que for encontrada a exposição de ferragens do concreto Causas prováveis :

· Corrosão da armadura

· Desgaste por abrasão

· Desgaste por cavitação

· Brocas devido a erro de lançamento e adensamento do concreto

· Deformação da estrutura por motivo de sobrecarga

· Cobrimento insuficiente da armadura 

· Destacamento do concreto 

3.2. Desgaste por Abrasão

Esta patologia é caracterizada sempre que for verificada uma redução na espessura da estrutura, a partir da superfície de contato interna da galeria, motivada pela passagem de líquidos, com ou sem partículas sólidas, que por fricção causam o desgaste da superfície de

concreto.

Causas Prováveis :

· Presença de partículas sólidas abrasivas

· Baixa resistência do concreto

· Uso de agregados inadequados

· Acabamento inadequado do concreto

3.3. Desgaste por Cavitação

Esta patologia é caracterizada sempre que for verificada uma redução na espessura da estrutura, a partir da superfície de contato interna da galeria, provocado pela formação de bolhas de vapor sobre pressão, nas regiões de degraus, que junto com o fluxo de água em alta velocidade e pressão, causam impactos na superfície do concreto.

Causas Prováveis :

· Existência de degraus ou superfícies curvas

3.4. Infiltrações

Esta patologia é caracterizada sempre que for constatado o aparecimento de água ou outros líquidos dentro da galeria, através de sua estrutura, oriundos do exterior.

Causas prováveis :

· Trincas

· Porosidade do concreto

· Defeitos na concretagem

· Defeitos nas juntas

· Aberturas nas galerias

3.5.Trincas no concreto

Esta patologia é caracterizada sempre que for constatado o aparecimento de fissuras no concreto que demonstre uma deficiência do comportamento estrutural, podendo levar a degradação do concreto ou perda da estabilidade da estrutura. 

Causas prováveis :

· Atuação de sobrecargas ou concentração de tensões acima do previsto 

· Deformabilidade excessiva da estrutura 

· Recalques diferenciados

· Corrosão das armaduras

3.6. Brocas no concreto

Esta patologia é caracterizada sempre que for constatado cavidades no concreto em forma de ninhos de pedra.

Causas prováveis :

· Fuga de nata através da forma, durante o processo de concretagem 

· Segregação, devido a lançamento incorreto do concreto.

· Falha no adensamento

3.7. Recalques

Esta patologia é caracterizada sempre que ocorrer o aparecimento de desnível resultante de uma acomodação diferenciada da galeria.

Causas prováveis :

 · Terreno de suporte com taxa de resistência insuficiente 

3.8. Carreamento de Material

Esta patologia é caracterizada sempre que surgir dentro da galeria material fino oriundo do exterior, provocando vazios que poderão desestabilizar os aterros que envolvem as estruturas.

Causas prováveis :

· Juntas abertas

· Janelas de passagem sem vedação

· Janelas de passagem sem acabamento

· Trincas

· Brocas

3.9.Destacamento do Concreto

Esta patologia é caracterizada sempre que se verificar um lascamento da estrutura do concreto.

Causas prováveis :

· Quebra do concreto para instalação de tubos de contribuições

· Corrosão das armaduras

· Falta de aderência concreto / aço

· Atuação de sobrecargas ou concentração de tensões acima do previsto

3.10. Desagregação do Concreto 

Esta patologia é caracterizada sempre que ocorrer uma desintegração do concreto, devido a perda do caráter aglomerante do cimento, ficando os agregados soltos pela perda da função da pasta de cimento. 

Causas prováveis

· Reação alcali- agregados

 

· Ataques químicos 

· Presença de sulfatos 

· Ataques biológicos. 

Nas galerias contaminadas por esgotos acontece a deterioração por ataques biológicos. 

No interior do esgoto, em condições anaeróbicas (sem oxigênio) as bactérias produzem ácido sulfídrico (composto pouco agressivo ao concreto). Ao escapar de dentro do esgoto para o ar, o ácido sulfídrico vai colocar-se ao alcance de bactérias aeróbicas, que habitam a superfície livre. Estas bactérias transformam o ácido sulfídrico em ácido sulfúrico, que é bastante agressivo, dando-se um ataque de ácidos de sulfatos, que vai provocar a rápida degradação do concreto.  

4. Ensaios Executados no Local 

As patologias caracterizadas no item anterior são identificadas visualmente, quantificadas e cadastradas na vistoria técnica (preliminar). Para a execução de um projeto de recuperação ou outro estudo mais profundo, é muitas vezes necessário a realização de investigações complementares utilizando-se de ensaios especiais, o qual dá-se o nome de vistoria técnica detalhada. Em função das patologias encontradas, o grau de intensidade e nível de comprometimento da estrutura, poderão ser realizados diversos ensaios no local, a saber: 

4.1. Localização das barras de aço e espessuras de cobrimento

Utilizando o equipamento “PROFOMETER” (Rebar Locator), é executado um rastreamento na superfície do concreto para se determinar/ confirmar as dimensões das amaduras utilizadas, sua distribuição, assim como medir a espessura de cobrimento do concreto (ensaio não destrutivo). 

Esta aparelhagem, de altíssima precisão irá determinar a real espessura de cobrimento do concreto que protege a armadura. 

4.2. Determinação da resistência a compressão 

 A avaliação da resistência a compressão do concreto poderá ser feito por ensaio não destrutivo utilizando o esclerômetro pendular, ou através da retirada de corpos de prova para rompimento em laboratório.

4.3. Determinação da densidade e homogeneidade do concreto 

Utilizando o ensaio de ultrassonografia, através do aparelho PUNDIT (Portable Ultrasonic Non Destrutive Digital Indicating Test) são determinadas características importantes do concreto. A velocidade de propagação de pulsos ultrassônicos no interior do concreto determinam as características de densidade e propriedades elásticas do material. A medição desta velocidade mostra a homogeneidade do concreto, a presença de vazios, fissuras e outras imperfeições, além de determinar a compacidade e resistência do concreto. 

4.4. Permeabilidade do concreto

O conhecimento dos mecanismos de transporte de líquidos e gases nos poros do concreto é determinado pelo ensaio de permeabilidade à água sob pressão, ensaio “in situ” utilizando o permeabilímetro. Poderá também ser realizado este estudo em laboratório, utilizando corpos de prova extraídos da estrutura.

4.5. Medida da profundidade de carbonatação 

Através da retirada de corpos de prova de 1 ½” de diâmetro será determinado a profundidade de carbonatação. A medição será realizada utilizando um indicador de PH, com aspersão de fenolftaleína na superfície do corpo de prova.

4.6. Medição do conteúdo de cloretos e sulfatos

São retiradas amostras de pó, através de furadeiras elétricas, em profundidade pré – determinadas. Estas amostras são devidamente ensacadas e enviadas a laboratório para serem quantificadas através de ensaios específicos. Para agilizar os resultados no campo poderá ser utilizada maleta kit CL1000 – Chloride Test System, que fornece em forma digital a quantidade de ppm de cloretos e a porcentagem de cloretos por peso de amostra. 

4.7. Estudo da corrosão das armaduras

Através de ensaios utilizando técnicas eletroquímicas poderão ser realizados diversos estudos a respeito da evolução dos processos corrosivos do concreto. São utilizados equipamentos especiais, de última geração, que combinando os resultados fornecem elementos precisos sobre a evolução do nível de corrosão eletroquímica presentes na armadura de concreto. 

4.7.1. Potencial de corrosão:

A medida do potencial de corrosão se baseia em determinar a diferença de potencial entre o aço da armadura e um eletrodo de referência em contato com a superfície do concreto. A medição em diversos pontos da armadura identifica as áreas com altos gradientes e consequentemente com forte risco de corrosão. É utilizado o “Canin – Corrosion Analysing Instrument”, que irá traçar um mapa de equipotenciais, permitindo identificar as possíveis áreas de corrosão. 

4.7.2. Resistividade do concreto:

A resistividade do concreto é um parâmetro que está relacionado com a velocidade de propagação do processo corrosivo. 

A corrosão do aço é um processo eletroquímico com a presença de uma corrente elétrica no interior do concreto, que funciona como eletrólito. Uma vez iniciado a corrosão, a velocidade de propagação depende das características do meio.

Quanto mais resistivo for os componentes do concreto, menor será a velocidade da corrosão da armadura.

Esta resistividade é medida pelo equipamento “Resi- Resistivity Meter”, ensaio não destrutivo.

 5. Projeto de Recuperação de Galeria sem rebaixamento da mesma utilizando concreto especial 

 Exemplo Prático:

Uma vistoria técnica realizada constatou profundo desgaste na laje de fundo da galeria de uma Avenida, com perda de parte da estrutura, provocando o surgimento de enormes erosões abaixo da estrutura, com eminente risco de acidente de grande proporção, por se tratar de uma movimentada avenida.

 A dimensão da galeria é de 4,5 m de largura por 3,6 m de altura, e as erosões chegavam a atingir a profundidade de até 300m abaixo do nível da laje de fundo, que não era armada.

FOTO: Exemplo amigo Eng. Fábio Cabral Pereira

RECUPERAÇÃO DA LAJE DE FUNDO

Desgaste do fundo da galeria com ruptura parcial da laje de fundo provocando erosão

 e carreamento de material superficial para dentro da erosão correndo risco de afundamento e recalque de toda a estrutura

Em caráter de emergência a Prefeitura executou com sucesso o seguinte trabalho :

· Execução de barragem e canalização da água para ensecamento da galeria. 

Fuga de água na base da galeria devido a falta de fundo de concreto armado que foi erodido pelo tempo.

1a Fase, Desvio da água e ensecamento da área a ser tratada

· Demolição do concreto da laje de fundo, nas regiões onde havia deficiência de suporte. 

2a Fase, Demolição de concreto da laje de fundo

· Preenchimento e compactação hidráulica das cavidades com material britado, tipo bica corrida. 

3a Fase, Preenchimento das cavidades erodidas com material tipo brita ou 

pedra de mão, colocação dos tubos de injeção.

· Colocação de tubos de injeção. 

· Instalação de tela Bematel Q-138, fixados por pinos Walsywa, após limpeza do concreto remanescente por hidrojateamento (desenho 5). 

4a Fase, Limpeza do concreto remanescente inclusive com hidrojateamento, colocação e aplicação da tela metálica tipo Bematel Q-138 e fixação com pinos Walsywa, execução do reforço da laje com concreto convencional com fck > = 25 Mpa, espessura de mínima de 12 cm nas regiões sobre a laje remanescente e 25 cm nas regiões sobre o material britado.

· Execução de reforço da laje de fundo, com concreto de Fck = 25 Mpa, utilizando sílica ativa.

. Execução das injeções com calda de cimento argila e bentonita

5a Fase, execução das injeções com calda de cimento, argila e bentonita controlando as

 pressões de injeção e os níveis de absorção através dos tubos manchetados.

Traço do concreto Fck 25 Mpa 

Cimento Ari Plus 300,000 Kg 

Areia natural lavada 0,550 m³ 

Areia artificial 0,200 m³ 

Brita 1 calcária 0,700 m³

Microsílica 26,000 m³ 

Aditivo Rx 104 R 0,650 lt 

Água 200,000 lt

· Execução das injeções de calda de cimento, argila e bentonita para consolidação do preenchimento das cavidades. 

Traço da calda Cimento 50,00 kg 

Bentonita 20,00 kg 

Argila 0,11 m3 

Água 85,00 lt

6. Projeto de Recuperação de Galeria com "Rebaixamento do Fundo da Galeria" utilizando concreto bombeado especial:

6.1 - Sequencia Executiva :

6.1.1 - Instalação e proteção dos poços de visita nos locais de acesso

6.1.2 -  Execução de barragem e canalização da água para ensecamento da galeria.

Consiste na execução de ensecadeira provisória para se permitir trabalhar a jusante da galeria a seco, canalizando a água em tubos de PVC de grandes diâmetros que permitam trabalhar em determinado trecho a seco sem risco de presença d´água.

6.1.3 Ancoragem das paredes laterais.

Para garantia da estabilidade lateral das paredes da galeria existente a fim de permitir a segurança para escavação do rebaixo da galeria sem risco da instabilidade das paredes.

6.1.4 Demolição da laje de Piso em nichos alternados

Para garantia da ampliação e rebaixo da galeria existente para a finalidade de ampliação da seção da mesma, após a instalação dos chumbadores nas paredes laterais e permitido o início das escavações em nichos alternados de tal forma que se tenha segurança na escavação segundo orienta as norma regulamentadoras para evitar risco de desabamento ao funcionário.

Delimitamos a área dos nichos alternados e executamos o corte da laje com a máquina de corte para concreto e na sequencia a demolição da laje com marteletes e rompedores pneumáticos rotopercussivos, para a medida que for saindo o entulho efetuar o transporte interno na galeria com carrinhos de mão especiais até o poço de visita onde o material escavado será retirado.

6.1.5 Escavação em nichos Alternados

Avanço da escavação em nichos alternados com auxílio de marteletes e rompedores a percussão automáticos, e na sequencia deverá ser apicoada toda a área de contato entre o novo concreto armado proveniente doo rebaixamento com a nova concretagem da ampliação da galeria, sendo removido o material até o poço de visita mais próximo.

6.1.6 Aplicação de concreto projetado com fibras metálicas

6.1.8 6.1.7 Armação e formas das paredes laterais e da nova laje de piso

6.1.8 Execução da armação e forma do piso rebaixado

6.1.9 Desprotensão e retirada da placa de ancoragem após a cura do concreto.

7. Conclusão 

 As patologias citadas neste trabalho são progressivas e inevitavelmente reduzem a durabilidade das estruturas de concreto das galerias de águas pluviais, podendo comprometer estabilidade da obra. É fundamental que os órgãos públicos ou privados responsáveis pela manutenção destas obras façam vistorias técnicas periódicas e sistemáticas, coordenadas por engenheiro patologista de concreto, possibilitando a realização de planejamento com intervenções corretivas e preventivas, visando a durabilidade das galerias e evitando acidentes graves. 

🌧A CHUVA QUE TRAZ MEDO: O QUE A TRAGÉDIA DE BH TEM A NOS ENSINAR?

Minas não tem mar, mas nas últimas semanas uma maré de enchentes tomou conta da capital mineira. Grandes avenidas foram transformadas em rios, desmoronamentos e graves inundações, em mais de 80 pontos da cidade, acendem um alerta sobre a capacidade dos municípios em se desenvolverem e ao mesmo tempo agirem para combater o crescimento desordenado, um dos responsáveis pelas enchentes. 

Sem dúvida a impermeabilização que as cidades promovem nos territórios que ocupam agravam essa situação. Quanto mais crescem sem planejamento, menor é a capacidade da absorção de água de chuva. Há uma equação simples nas enchentes urbanas: são volumes crescentes de água, em um tempo sucessivamente menor, sendo escoados para drenagens, construídas ou naturais, progressivamente incapazes de dar vazão. O resultado é enchentes para todos os lados. 

Antes das cidades as áreas eram ocupadas por florestas, as quais absorviam 85% da água de chuva que recebiam. Com o processo de urbanização, exacerbado e sem critério, essa lógica se inverteu e a infiltração no solo passa a ser de apenas 15% nos centros urbanos. 

Juiz de Fora não é diferente de Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. Temos nossas bombas relógio, a galeria assoreada da Av. Presidente Itamar Franco é um bom exemplo. Com sua capacidade de volume de escoamento trabalhando no limite, basta chover um pouco que os alagamentos se formam nas pistas da via na região do bairro São Mateus. E o que dizer dos córregos de Santa Luzia, Yung (Linhares), Tapera (Santa Terezinha) e outros no decorrer do município que já sofrem transbordamentos. 

A rua Senador Feliciano Pena, no Mariano Procópio, é exatamente um funil - um ponto final- para toda água da bacia de São Pedro e Borboleta. Ou seja, quando chove toda a rua se inunda. E o drama dos moradores em salvar seus bens da enchente já se tornou rotina.  

Uma alternativa para minimizar os problemas é aumentar a capacidade de vazão da rede de drenagem e diversificar as formas de retenção de água de chuva, além de orientar o crescimento da cidade. Já apresentei na Câmara projetos de leis que visam diminuir os impactos da chuva como a obrigatoriedade dos novos loteamentos instalarem bacias de retenção; aumento de 100% da área permeável nas construções, instalação de sistema de reutilização de água de chuva e revisão do Estudo de Impacto de Vizinhança. É hora de pensarmos na cidade que queremos e adotar medidas que minimizem os danos de um crescimento sem planejamento. Não podemos esperar nossas bombas relógio explodirem.

José Márcio - Garotinho

Vereador e Engenheiro em Juiz de Fora

Caso de sucesso de obra:

 A Macrodrenagem Túnel de Natal é composta por um sistema integrado de reservatórios de detenção, implantados nas lagoas existentes, que alimentam galerias em túneis de pequeno diâmetro escavados pelo método não destrutivo denominado Tunnel Liner, que conduzem as águas pluviais ao Rio Potengi. O principal objetivo é garantir um sistema de drenagem macro, eficiente e econômico em seu funcionamento para as zonas oeste e sul de Natal, além da área do estádio Arena das Dunas.

O projeto visa a eliminação de pontos críticos de alagamentos como condição essencial à fluidez do trânsito, melhorias gerais nas condições de deslocamento da população e consequente melhoria da qualidade de vida, sob o ponto de vista urbano-ambiental. Além da redução de doenças por veiculação hídrica, uma vez que as áreas atingidas por alagamentos não são somente as vias públicas, mas também áreas residenciais e não residenciais.

Sob a execução da CQG, um empreendimento deste porte, com incontáveis benefícios socioambientais, contemplará em seu processo construtivo 4.897m de túneis com diâmetro entre 1,40 a 3,00m, 27 poços de visita, 4 reservatórios de retenção e 450 m de galeria em PEAD. 

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

Luiz Antonio Naresi Júnior é engenheiro civil com ênfase na área de Saneamento, possui pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Analista Ambiental pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e em Engenharia Geotécnica pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo). É especialista em obras de Fundação Profunda, Contenções de Encosta, Obras de Artes Especiais, Projetos de Contenção, Infraestrutura Ferroviária e Rodoviária. Atualmente é sócio da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), diretor do Clube de Engenharia de Juiz de Fora (MG) desde 2005, participa como voluntario pela ABMS como apoio a defesa civil de Belo Horizonte, consultor, comercial e assessor da diretoria da Empresa Progeo Engenharia Ltda.

LAN CONSULTORIA DE FUNDAÇÕES PESADAS E GEOTECNIA - RPA

Especialista em Fundação Pesada e Geotecnia

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