PRESSÕES ANORMAIS:
No desenvolvimento de suas atividades, os trabalhadores são influenciados pela pressão atmosférica em seu ambiente de trabalho. Em grande parte das
atividades a pressão de trabalho é a atmosférica ou próxima dela pois no
Brasil não temos muitos locais de altitudes elevadas, no entanto algumas
atividades expõe os trabalhadores a pressões acima do normal em trabalhos
de mergulho e em tubulões pressurizados.
PRESSÕES ANORMAIS EFEITOS DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO ORGANISMO:
Como o corpo é constituído de muitas cavidades pneumáticas e o sangue é uma solução que se presta para o transporte de gases, sofre muito com as variações de pressão, que alteram o volume dos gases, bem como a solubilidade dos gases no sangue. Essas alterações são regidas pelas leis dos gases.
PRESSÕES ANORMAIS LEI DE BOYLE
A uma temperatura constante, o volume de um gás é inversamente
proporcional à sua pressão.
PRESSÕES ANORMAIS LEI DE HENRY
A quantidade de um gás que se dissolve em um líquido, a uma determinada temperatura, é proporcional à pressão parcial do gás.
PRESSÕES ANORMAIS
Com o aumento da pressão do ar, aumenta também a solubilidade dos gases no sangue, fazendo com que mais nitrogênio e oxigênio se dissolvam no sangue, alterando oequilíbrio dessa solução. Com a diminuição da pressão diminui também a solubilidade dos gases no sangue.
No caso dessas variações, o sangue atinge o seu equilíbrio em poucos minutos, no entanto o tecido adiposo pode levar horas para liberar o nitrogênio dissolvido. Daí anecessidade de se aumentar ou diminuir a pressão vagarosamente e em estágios que são função da pressão e do período que o trabalhador ficou nessa pressão.
Dessas variações de pressão resulta em alguns tipos de doenças:
BAROTRAUMA
É um acidente que decorre da incapacidade de se equilibrar a pressão no interior das cavidades pneumáticas do organismo com a pressão ambiente em variação.
PRESSÕES ANORMAIS EMBOLIA TRAUMÁTICA PELO AR
No caso de um mergulhador ter que subir rapidamente em uma situação de emergência, tendo respirado ar comprimido no fundo, o ar retido nos pulmões aumento de volume,podendo romper os alvéolos, provocando a penetração do ar na corrente sanguínea. Esse acidente não ocorre no mergulho livre(em apneia).
PRESSÕES ANORMAIS COMPRESSÃO
No caso da Compressão, diversos riscos atinge os trabalhadores como: irritação dos pulmões quando a pressão atinge o nível de cinco atmosferas; narcose pelo nitrogênio com início em 4 atmosferas e até produzir perda da consciência a 10 atmosferas.
EMBRIAGUEZ DAS PROFUNDIDADES
A embriaguez das profundidades é provocada pela impregnação difusa do sistema nervoso central por elementos de uma mistura gasosa respirada além de uma certa profundidade, com manifestação psíquicas, sensitivas e motoras.
A 30m metros de profundidade começam a aparecer os sinais de embriaguez, a 60 metros, com ar comprimido as tarefas são prejudicadas por esse problema. A 90 metros, poucas pessoas conseguem executar as tarefas programadas.
Existe uma proporcionalidade entre a profundidade e a intensidade dos
sintomas, justificando a chamada“Lei Martini” a cada 100 pés de profundidade, correspondem aos efeitos de uma dose de Martini.
DESCOMPRESSÃO:
Na descompressão diversos problemas podem ocorrer como:
- Ruptura dos alvéolos pela expansão brusca do ar nos pulmões.
- Com a descompressão muito rápida, a quantidade de nitrogênio liberada do sangue pode se dar numa velocidade maior que a capacidade do sangue de transportá-la para ospulmões, podendo ocorrer fortes dores em várias partes do corpo.
Dores abdominais ocorrem pela expansão dos gases nos intestinos; dores de dente provocada pela expansão dos gases presos entre o dente e uma obturação; Inconsciência, tonturas e paralisia no caso de atingir o sistema nervoso central.
O anexo 6 da NR-15 também fornece as tabelas de descompressão para os mais variados períodos de trabalho em função da pressão.
PRESSÕES ANORMAIS:
TUBULÃO PRESSURIZADO
RESUMO DE EXECUÇÃO
Os tubulões são um tipo de fundação profunda composta por segmentos de seção circular. Sua execução é feita pela escavação de um fuste cilíndrico e de uma base, que costuma ser alargada em formato de cone. As fundações têm armação de aço e seus segmentos são concretados in loco. Em geral, os tubulões têm pelo menos 70 cm de diâmetro e costumam ser usados para obras de carga elevada como pontes, viadutos e edificações de grande porte.
A escavação para os tubulões pode ser feita ao ar livre ou com campânula (câmara) de ar comprimido. Neste segundo método, é instalada uma câmara na parte superior do tubo de concreto, acima do nível da terra, para injeção de ar comprimido no poço. Esse procedimento impede a entrada de água na escavação graças à pressão interna exercida.
1. Terraplanagem e escavação preliminar:
Antes de executar qualquer fundação é feito um mapeamento geotécnico. Os serviços são iniciados com a terraplenagem do local. Em seguida, é feita uma escavação preliminar, a céu aberto, onde se executa um poço (geralmente entre 1,5 m e 2 m de profundidade) de apoio ao assentamento das fôrmas. As escavações para executar o tubulão podem ser feitas manualmente ou mecanicamente, com um trado mecânico.
2. Instalação das fôrmas e montagem das armaduras:
No poço primário, é montada uma fôrma circular (metálica ou de madeira) em volta da qual é armada a ferragem do tubulão. Concluída a armação, é instalada uma fôrma circular externa. Os diâmetros variam conforme o projeto. O comprimento desse primeiro segmento costuma ser em torno de 4 m (cerca de metade dentro do poço e metade acima do nível do terreno).
3. Concretagem da primeira sessão:
É feita a concretagem da camisa (espaço entre as fôrmas interna e externa). Após a concretagem e a cura do concreto, faz-se a desenforma interna e externa. Na extremidade superior da camisa de concreto são fixados chumbadores para acoplar a campânula usada para comprimir o ar.
4. Escavação sob ar comprimido:
Com o primeiro segmento tubular concretado, é montada a campânula sobre o tubulão em execução. A partir daí, os trabalhos de escavação são feitos sob ar comprimido, avançando normalmente em trechos de 1 m a 1,5 m. A campânula é retirada para concretagem de novos segmentos do tubulão - cada segmento é executado com a mesma composição de armação e de fôrmas internas e externas. A sequência concretagem-escavação concretagem é repetida até que se atinja a profundidade prevista em projeto ou determinada pela inspeção.
4.1. Campânula de ar comprimido
A campânula é composta de várias peças, as quais são presas umas as outras através de parafusos, porcas, arruelas e vedações. Uma vez montada, a câmara é pressurizada com compressores. Ela também tem função de segurança para os profissionais: é pela câmara que os operários passam pelo processo de compressão e descompressão para poderem trabalhar sob ar comprimido.
5. Alargamento da base
Ao atingir a cota de assentamento do tubulão, é feita a inspeção do terreno. Caso a exigência (de capacidade de carga, de resistência, entre outros fatores) seja atendida, pode-se então expandir a base. Na maioria dos casos, usa-se base alargada para melhor aproveitamento da capacidade resistente do terreno. Após o alargamento, uma nova vistoria é feita para conferir as dimensões e verificar a armadura da base. Por fim, é feito o preenchimento com concreto, sem remoção da campânula.
6. Liberação da Base por Engenheiro de Fundação Geotécnico
Antes da base ser concretada um engenheiro deverá fazer a inspeção técnica conferindo todas as medidas da base e desaprumo do tubuçlão certificando-se que a base foi executada conforme expectativa da fundação conforme a geologia prevista pelo projeto de fundação em camada de suporte com tensão admissível para o projeto.
Liberação de Base de Tubulão
7. Concretagem da base
O concreto é introduzido na campânula por meio do "cachimbo" de concretagem. Após o preenchimento da base, a execução do tubulão é encerrada. Ele deve permanecer comprimido durante seis horas após a concretagem da base.
Normas técnicas
O projeto e a execução de tubulões deve seguir as seguintes normas da ABNT: NBR 6118:2004 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, NBR 6122:1996 - Projeto e Execução de Fundações e NBR 7678:1983 - Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção.
NORMAS PARA PRESSÃO ANORMAL EM TUBULÕES A AR COMPRIMIDO
1) COMPRESSÃO
No caso da compressão deve-se elevar a pressão de 0,3 kgf/cm2 no primeiro
minuto, fazendo-se a seguir a observação dos sintomas e efeitos nos trabalhadores. A partir daí, com uma taxa de no máximo 0,7 kgf/cm2 por
minuto aumenta-se a pressão até o valor de trabalho. No caso de algum
problema em qualquer etapa da compressão, ela deve imediatamente
interrompida.
2) DESCOMPRESSÃO
No caso da descompressão, além da pressão de trabalho é necessário também o tempo de permanência nessa pressão. Na descompressão a
pressão será reduzida a uma taxa não superior a 0,4 kgf/cm2 por minuto até o
primeiro estágio, definido na tabela a ser utilizada. A seguir se mantém a
pressão por um tempo de parada indicado na tabela.
3) CÂMARA DE COMPRESSÃO.
Deve-se controlar a temperatura e o nível dos contaminantes, que sob pressões maiores são mais facilmente absorvidos pelo organismo. O anexo 6 estabelece alguns limites de concentração conforme a tabela:
CONTAMINANTE
LIMITE DE TOLER.
Monóxido de Carbono 20 ppm/v
Dióxido de Carbono 2.500 ppm/v
Óleo/Mat.Particulado: 5 mg/m3 (PT2 kgf/cm2)
Metano 10% do LIE
Oxigênio mais de 20%
O controle da temperatura deve ser feito através de um sistema de
refrigeração do ar e durante a permanência dos trabalhadores no interior do
tubulão, e o limite de tolerância é dado pelo TGU(Temperatura de Globo Úmido) de 27 graus centígrados, medidos através do termômetro de Globo Úmido(Botsball). A taxa de ventilação deve ser de pelo menos de 30 pés cúbicos/minuto/homem.
No caso de pressões elevadas recomenda-se substituir a mistura Oxigênio/Nitrogênio por mistura Oxigênio/Hélio, pois o Hélio não apresenta os inconvenientes dos efeitos anestésicos do Nitrogênio.
O anexo 6 exige a sinalização dos locais de trabalho sob pressão, através de uma placa de identificação, com 4 cm de altura e 6 cm de largura, em alumínio de 2 mm, com os dizeres:
PRESSÕES ANORMAIS
(frente)
EM CASO DE INCONSCIÊNCIA OU MAL DE CAUSA INDETERMINADA TELEFONAR IMEDIATAMENTE PARA O N°_________ E ENCAMINHAR O PORTADOR DESTE PARA ____________.
PRESSÕES ANORMAIS
________________________
NOME DA COMPANHIA
_______________________________
LOCAL E ANO
________________________________
NOME DO TRABALHADOR
ATENÇÃO: TRABALHO EM AR COMPRIMIDO
MEDIDAS DE CONTROLE RELATIVAS AO AMBIENTE
1) Ventilação contínua de, no mínimo, 30 pés3/min/homem.
2) TGU = 27 º C
3) Sistema de telefonia ou similar para comunicação com o exterior
4) A qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza.
5) Pressão máxima = 3,4 kgf/cm2 (Exceto emergência e tratamento médico)
Compressor de Ar Comprimido
Campânula hospitalar Hiperbárica
MEDIDAS DE CONTROLE RELATIVAS AO TRABALHADOR
1)Uma compressão a cada 24 horas
2)18 anos ≤ idade ≤ 45 anos
3)Exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico
4)Uso obrigatório de plaqueta de identificação
5)Inspeção médica antes da jornada de trabalho
6)Proibido o trabalho para alcoolizados, ingestão de bebidas alcoólicas e fumo nos ambientes de trabalho.
7)Deve haver instalações para assistência médica, recuperação, alimentação e higiene
8)Cada trabalhador deve possuir atestado de aptidão ao trabalho, válido por 6 meses.
9)Após a descompressão o trabalhador deve permanecer no mínimo duas horas no canteiro de obras sob observação médica.
10)Folha de registro de compressão e descompressão.
Referencia Bibliográfica:
https://sites.google.com/site/langeotecniaefundacao/contato/produtos
http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/20/artigo271662-1.aspx
Segurança no Trabalho
RISCOS FÍSICOS
EM TRABALHOS SUJEITOS A
PRESSÕES ANORMAIS
1) CONCEITO DE PRESSÕES ANORMAIS:
Algumas atividades laborais são realizadas em condições diferentes das condições normais de temperatura e pressão.
Trabalhos como de tubulões a ar comprimido, trabalho de mergulho, mineração subterrânea e etc., onde os trabalhadores ficam submetidos a pressões maiores que a atmosférica, alteram significativamente as condições do corpo humano, principalmente provocando a diminuição de oxigênio presente no organismo humano, podendo trazer consequências irreversíveis ao trabalhador.
PRESSÕES ANORMAIS
A Norma Regulamentadora nº 15, estabelece normas, procedimentos para a realização de trabalhos em pressões anormais.
Algumas atividades laborais são realizadas em condições diferentes das condições normais de temperatura e pressão.
Trabalhos como de tubulões a ar comprimido, trabalho de mergulho, mineração subterrânea e etc., onde os trabalhadores ficam submetidos a pressões maiores que a atmosférica, alteram significativamente as condições do corpo humano, principalmente provocando a diminuição de oxigênio presente no organismo humano, podendo trazer consequências irreversíveis ao trabalhador.
EXISTEM DOIS TIPOS DE PRESSÕES ANORMAIS, CAUSADAS PELA VARIAÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA:
PRESSÃO HIPERBÁRICA:
Quando o homem está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem a elevadas altitudes.
PRESSÃO HIPOBÁRICA.
Quando o homem fica sujeito a pressões maiores que a atmosférica.
HIPERBÁRICA:
DEFINIÇÃO DE ESPAÇOS CONFINADOS
Espaços confinados são definidos pelas condições seguintes:
•Não foram concebidos para ocupação contínua.
•Passagens limitadas para entrar e sair.
•Dificuldade para resgate.
•Ventilação insuficiente para remover contaminantes, deficiência/enriquecimento de oxigênio que exista ou possa se desenvolver.
Poço de visita de uma galeria
EXEMPLOS:
Tanques fixos e móveis
Poços
Galerias
Tubulões
Rede de esgoto
Túneis
E etc.
Exemplos de espaços confinados
MÁ ESTATÍSTICA
No Brasil, apesar de não existir dados confiáveis, é reconhecido o número expressivo de acidentes nos trabalhos em espaços confinados pelo desconhecimento dos riscos e das barreiras de segurança necessárias.
Estima-se que 90 % resultam em fatalidade, na maioria das vezes envolvendo mais de um trabalhador.
Simulação de resgate de funcionário que sofreu mal subido no poço
resgate de funcionário em poço na presença de gás
Os riscos à saúde do trabalhador existem diretamente em três fases da atividade:
•Fase de compressão
(período de preparo inicial)
•Fase de pressão constante
(execução do trabalho)
•Fase descompressiva
(período de preparo final)
FASE DE COMPRESSÃO:
Os problemas normalmente ocorrem com o ouvido, afetando principalmente o tímpano.
Pode ocorrer também irritação nos pulmões e efeitos narcóticos.
Deve haver cuidado com o tempo de compressão, que deve ser lento, gradual e controlado, para que se estabeleça o equilíbrio entre o ouvido médio e o externo.
Não devem ser expostos trabalhadores em estado gripal ou outros problemas pulmonares, pois os mesmos apresentam maiores dificuldades de equilibrar as pressões.
PRESSÃO CONSTANTE:
Quando já há equilíbrio entre as pressões internas e externas, não há riscos maiores, com exceção da possibilidade de intoxicação por monóxido de carbono, resultante da combustão incompleta de matéria orgânica.
FASE DE DESCOMPRESSÃO:
É que se apresentam os maiores riscos à saúde do trabalhador. A descompressão pode causar ao organismo:doença descompressiva (descompressão abrupta), barotrauma,problemas nos ouvidos, embolia gasosa (bolhas no sangue);embolia nas vísceras (bolhas nos intestinos, pâncreas, fígado,etc.), problemas no coração, pulmão, cérebro, ossos e articulações, enfisema subcutâneo (bolhas sob a pele), intoxicação pelo CO2, exaustão, embriaguez das profundidades
CURIOSIDADE
No passado os mineiros costumavam levar pássaros para as minas. Era uma precaução fundamental para evitar a exposição em ambientes com deficiência de oxigênio e gases tóxicos. Caso o pássaro apresentasse algum sintoma ou morresse, era o sinal para que todos saíssem do local imediatamente.
Hoje em dia existem equipamentos especiais para medir e descobrir a presença de gases tóxicos para esta finalidade;
DEFINIÇÃO DE TUBULÃO:
É um tipo de fundação profunda composta por segmentos de seção circular. Sua execução é feita pela escavação de um fuste cilíndrico e de uma base, que costuma ser alargada em formato de cone. As fundações têm armação de aço e seus segmentos são concretados in loco. Em geral, os tubulões têm pelo menos 70 cm de diâmetro e costumam ser usados para obras de carga elevada como pontes, viadutos e edificações de grande porte.
•TIPOS:
•A CÉU ABERTO:
Sem escoramento
(Não indico a execução, pois fere as normas de escavação sem escoramento em espaço confinado, risco de vida altíssimo ao trabalhador)
Com escoramento
• PNEUMÁTICO:
com revestimento metálico.
com revestimento de concreto.
•PROCESSOS DE EXECUÇÃO:
•1. Terraplanagem e Escavação Preliminar
•Ponte sobre o rio Santo Anastácio 1 –Presidente Epitácio –SP
•Eng. Luiz Antonio Narezi Júnior
•Mapeamento Geotécnico
•Poço entre 1,5m à 2m
•Escavação manual ou mecânica.
Execução do Poço Primário
2- Instalação das fôrmas e montagem das armaduras:
Forma circular metálica ou de madeira
Montagem da armadura
Forma externa
Comprimento em torno de 4m.
Montagem da armação e fechamento das formas
Escavação das camisas de concreto a ar comprimido
3. Concretagem da primeira sessão:
Concretagem da camisa
(espaço entre as forma interna e externa)
Desforma
Fixação de chumbadores para campânula
Fixação dos chumbadores para prolongamento da nova seção de concreto
Nova camisa de concreto
sendo enterrada a céu aberto
4. Escavação sob ar comprimido:
• Montagem da campânula
Escavação avança em trechos de 1m à 1,5m
Retirada da campânula
Concretagem das camisas
5. Campânula de ar comprimido
Campânula pressurizada
Campanula dupla para jornada de trabalho a pressões elevadas considerando a troca de
turno com uma câmara de descompressão separada para não haver perda de produção.
Segurança para trabalhadores
Vista da campânula para a base do tubulão a ar comprimido
Compressão
Descompressão
Escavação
Lay Out de uma campanula a ar comprimido completa mostrando o funcionário finalizando a base do tubulão
6. Alargamento e concretagem da base:
Inspeção do terreno e liberação do terreno por engenheiro de fundação e especializado em geotecnia
Escoramento
Base alargada para melhor aproveitamento da capacidade resistente do terreno Hmáx 2m, α=60°+ rodapé
Escoras na base, caso despressurize.
Concretagem pressurizada
Concreto auto adensável
RECOMENDAÇÕES GERAIS
Sempre que houver trabalho sob ar comprimido deverá ser providenciada assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico;
ASO(atestado de saúde operacional) deverá constar que o profissional está apto para trabalho em ambientes pressurizados. (validade: 06 meses);
As manobras de compressão e descompressão deverão ser executadas através de dispositivos localizados no exterior da campânula ou eclusa.(internamente existem dispositivos para emergências);
As turmas deverão ser dirigidas e orientadas por um encarregado de ar comprimido com responsabilidade de supervisionar e dirigir as operações;
Deverá ser anotado com registro adequado, a hora de entrada e saída da campânula de cada trabalhador, a pressão de trabalho, a hora exata do início e do término da descompressão;
Deverá ser procedida a renovação do ar para se manter a qualidade do ar bem como a temperatura interna do ambiente. (máx. 27oC e ventilação de 30 pés cúbicos / min / homem);
No primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que 0,3 kg/cm2.
Após este ponto, a pressão somente poderá ser aumentada depois de se constatar que todas as pessoas na campânula estão em boas condições.
A partir deste ponto a pressão poderá ser aumentada a uma velocidade não superior a 0,7 kg/cm2/min
Caso algum trabalhador tenha mal estar, dor no ouvido ou na cabeça, a pressurização deverá ser interrompida e proceder-se-à a redução da pressão até o trabalhador se recuperar.
Sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula, e seus períodos de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes, deverá ser respeitada a descompressão do trabalhador que tinha ficado submetido ao maior tempo de trabalho ou à maior pressão de trabalho.
A descompressão será feita na base de uma velocidade não superior a 0,4 kg/cm2/minuto.
Atividades ou operações realizadas sob ar comprimido serão consideradas insalubres de grau MÁXIMO.
TABELA DE COMPRESSÃO E DESCOMPRESSÃO PARA TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO
LAN CONSULTORIA DE FUNDAÇÕES PESADAS E GEOTECNIA - RPA
Especialista em Fundação Pesada e Geotecnia
LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR
naresi@naresi.com
skype name: naresijr
(32) 3212-9170 / (31) 99230-1333
PRESSÕES ANORMAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO - PRESSÃO HIPERBÁRICAS E HIPOBÁRICAS
A Norma Regulamentadora nº 15
estabelece normas, procedimentos para a realização de trabalhos em pressões anormais
Existem dois tipos de pressões anormais, causadas pela variação da pressão atmosférica.
PRESSÃO HIPERBÁRICA
Estas situações ocorrem quando a pessoa está abaixo do nível da terra, mergulhadores, homens rãs, metroviários, escavadores de minas, por exemplo. Nesse caso, quanto maior a profundidade maior será a pressão exercida sobre a pessoa.
PRESSÃO HIPOBÁRICA
Estas situações ocorrem quando o colaborador está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica, exemplo: no topo de algum arranha-céu, pilotos de avião, paraquedista, alpinista quanto mais alto estiverem.
Pressão atmosférica é o peso que o ar exerce sobre a superfície terrestre. Sua manifestação está diretamente relacionada à força da gravidade e à influência que essa realiza sobre as moléculas gasosas que compõem a atmosfera.
O ar seco contém, em volume, cerca de 78,09% de nitrogênio, 20,95% de oxigênio, 0,93% de argônio, 0,039% de gás carbônico e pequenas quantidades de outros gases.
A pressão hiperbárica é considerada uma pressão anormal e por isso também é classificada como “risco físico”.
Insalubridade: Vale lembrar que o trabalho sob condições hiperbáricas dá direito ao trabalhador de receber adicional de insalubridade Grau Maximo conforme NR 15 anexo 6.
Aposentadoria especial: O trabalho em condições hiperbáricas confere ao trabalhador o direito á aposentadoria especial após 25 anos de trabalho dedicados á atividade.
Exames médicos: Anexo 6 da NR 15, item 2.9.7: Os exames médicos dos mergulhadores serão realizados nas seguintes condições:
a) por ocasião da admissão;
b) a cada 6 seis meses, para todo o pessoal em efetiva atividade de mergulho;
c) imediatamente, após acidente ocorrido no desempenho de atividade de mergulho ou moléstia grave;
d) após o término de incapacidade temporária;
e) em situações especiais, por solicitação do mergulhador ao empregador.
2.9.6 O médico concluirá os seus laudos por uma das seguintes formas:
a) apto para mergulho (integridade física e psíquica);
b) incapaz temporariamente para mergulho (patologia transitória);
c) incapaz definitivamente para mergulho (patologia permanente e/ou progressiva)
Normas técnicas O projeto e a execução de tubulões deve seguir as seguintes normas da ABNT: NBR 6118:2004 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, NBR 6122:1996 - Projeto e Execução de Fundações e NBR 7678:1983 Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção.
TUBULÃO PRESSURIZADO
Os tubulões são um tipo de fundação profunda composta por segmentos de seção circular. Sua execução é feita pela escavação de um fuste cilíndrico e de uma base, que costuma ser alargada em formato de cone.
As fundações têm armação de aço e seus segmentos são concretados in loco. Em geral, os tubulões têm pelo menos 70 cm de diâmetro e costumam ser usados para obras de carga elevada como pontes, viadutos e edificações de grande porte.
A escavação para os tubulões pode ser feita ao ar livre ou com campânula (câmara) de ar comprimido. Neste segundo método, é instalada uma câmara na
parte superior do tubo de
concreto, acima do nível da terra, para injeção de ar comprimido no poço. Esse procedimento impede a entrada de água na escavação graças à pressão interna exercida.
1. terraplanagem e escavação preliminar Antes de executar qualquer fundação é feito um mapeamento geotécnico. Os serviços são iniciados com a terraplenagem do local. Em seguida, é feita uma escavação preliminar, a céu aberto, onde se executa um poço (geralmente entre 1,5 m e 2 m de profundidade) de apoio ao assentamento das fôrmas. As escavações para executar o tubulão podem ser feitas manualmente ou mecanicamente, com um trado mecânico
2. Instalação das fôrmas e montagem das armaduras
No poço primário, é montada uma fôrma circular (metálica ou de madeira) em volta da qual é armada a ferragem do tubulão. Concluída a armação, é instalada uma fôrma circular externa. Os diâmetros variam conforme o projeto. O comprimento desse primeiro segmento costuma ser em torno de 4 m (cerca de metade dentro do poço e metade acima do nível do terreno)
3. Concretagem da primeira sessão
É feita a concretagem da camisa (espaço entre as fôrmas interna e externa). Após a concretagem e a cura do concreto, faz-se a desenforma interna e externa. Na extremidade superior da camisa de concreto são fixados chumbadores para acoplar a campânula usada para comprimir o ar.
4. Escavação sob ar comprimido
Com o primeiro segmento tubular concretado, é montada a campânula sobre o tubulão em execução. A partir daí, os trabalhos de escavação são feitos sob ar comprimido, avançando normalmente em trechos de 1 m a 1,5 m. A campânula é retirada para concretagem de novos segmentos do tubulão - cada segmento é executado com a mesma composição de armação e de fôrmas internas e externas. A sequência concretagem-escavação concretagem é repetida até que se atinja a profundidade prevista em projeto ou determinada pela inspeção
4.1. Campânula de ar comprimido
A campânula é composta de várias peças, as quais são presas umas as outras através de parafusos, porcas, arruelas e vedações. Uma vez montada, a câmara é pressurizada com compressores. Ela também tem função de segurança para os profissionais: é pela câmara que os operários passam pelo processo de compressão e descompressão para poderem trabalhar sob ar comprimido.
5. Alargamento da base
Ao atingir a cota de assentamento do tubulão, é feita a inspeção do terreno. Caso a exigência (de capacidade de carga, de resistência, entre outros fatores) seja atendida, pode-se então expandir a base. Na maioria dos casos, usa-se base alargada para melhor aproveitamento da capacidade resistente do terreno. Após o alargamento, uma nova vistoria é feita para conferir as dimensões e verificar a armadura da base. Por fim, é feito o preenchimento com concreto, sem remoção da campânula
6. Liberação da Base por Engenheiro de Fundação Geotécnico
Antes da base ser concretada um engenheiro deverá fazer a inspeção técnica conferindo todas as medidas da base e desaprumo do tubulação certificando-se que a base foi executada conforme expectativa da fundação conforme a geologia prevista pelo projeto de fundação em camada de suporte com tensão admissível para o assentamento da base.
7. Concretagem da base
O concreto é introduzido na campânula por meio do
"cachimbo" de concretagem. Após o preenchimento da base,
a execução do tubulão é encerrada. Ele deve permanecer comprimido durante seis horas após a concretagem da base
NORMAS PARA PRESSÃO ANORMAL EM
TUBULÕES A AR COMPRIMIDO
O anexo 6 também fornece tabelas para descompressão para vários períodos de trabalho levando em consideração a pressão exercida.
Tabelas: Existem tabelas de mergulho elaboradas por organizações que visam estipular o tempo de duração do mergulho, e profundidade recomendada, a fim de garantir condições de mergulho seguro. Essas tabelas também são itens de segurança que devem ser seguidos.
DOENÇAS PROVOCADAS POR PRESSÃO EM MERGULHO
Doença descompressiva.
Ela é uma doença disbárica causada pela liberação de bolhas de gás dissolvidas nos tecidos ou no sangue. ... Elas ocorrem quando o indivíduo é exposto a uma redução na pressão ambiente, a chamada descompressão, causando os sinais e sintomas da doença descompressiva.
A osteonecrose é uma consequência da má circulação sanguínea dentro do osso causando a morte de células
BAROTRAUMA PULMONAR
É a lesão pulmonar causada por alterações de pressão barométrica.
É a segunda causa mais comum de acidentes em mergulho amador.
·Fatores desencadeantes - subida rápida sem exalar corretamente o ar, prender a respiração durante a subida, ar retido nos pulmões por crise de asma, excesso de muco ou aspiração de água.
Se houver ruptura dos pulmões por pressão aérea excessiva, pode ocorrer:
EMBOLIA ARTERIAL GASOSA
Ocorre imediatamente após a subida com sintomas dramáticos
· Alterações neurológicas, dor torácica, palpitações, falta de ar, edema no pescoço, alteração na voz de aparecimento súbito.
· Hemorragia, e choque.
BAROTRAUMA DE OUVIDO
Sensação de pressão dentro do ouvido, dor de ouvido, diminuição da audição, tonteiras, náuseas e vômitos.
Sangramento pelo nariz, boca ou ouvido.
MEDIDAS DE CONTROLE EPI'
Roupas de Mergulho Existem de várias espessuras algumas mais grossas outras mais finas depende do clima da água de estiver muito frio você utiliza uma roupa mais grossa senão você utiliza uma mais fina variando conforme a necessidade do tempo
Sistema de Transporte Ergonômico Fornece movimento irrestrito e máximo conforto ajustável a qualquer tamanho de dorso. Distribuição Drager 3
Cinto de Lastro Serve para nivelar o peso/ação do mergulhador e o equipamento de mergulho
Mascara de proteção. Tem uma linha de vedação dupla para segurança máxima, que se adapta bem a diferentes formatos de cabeça e rosto
Luvas de Proteção Útil nos trabalhos onde existe a possibilidade de contato com corais, ouriços do mar, ou qualquer outro agente agressivo. Podem ser de algodão grosso, tecido ou couro plastificado, etc
Gaiola de Proteção
Câmara Hiperbárica:
São equipamentos de paredes sólidas, com janelas que permitem a visualização do que está acontecendo dentro e fora do equipamento, no qual o paciente entra para se tratar respirando oxigênio puro (a 100%), sob uma pressão correspondente a aproximadamente 10 a 20 metros de profundidade no mar. Dentro desse equipamento o paciente está em constante contato com a equipem médica, podendo assistir televisão e se movimentar dentro dos limites físicos do mesmo. Câmara Hiperbárica:
MEDIDAS DE CONTROLE RELATIVAS AO AMBIENTE
1) Ventilação contínua de, no mínimo, 30 pés3/min/homem.
2) TGU = 27 º C
3) Sistema de telefonia ou similar para comunicação com o exterior
4) A qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza.
5) Pressão máxima = 3,4 kgf/cm2 (Exceto emergência e tratamento médico)
Luiz Antonio Naresi Júnior é engenheiro civil com ênfase na área de Saneamento, possui pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Ánalista Ambiental pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e em Engenharia Geotécnica pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo). É especialista em obras de Fundação Profunda, Contenções de Encosta, Obras de Artes Especiais, Projetos de Contenção, Infraestrutura Ferroviária e Rodoviária. Atualmente é professor do curso de pós graduação da PUC / INBEC, sócio da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), diretor do Clube de Engenharia de Juiz de Fora (MG), consultor, comercial e assessor da diretoria da Empresa Progeo Engenharia Ltda.
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