HUMILDADE

Definição Espiritual: É o claro reconhecimento do que sou e de quem realmente sou, seguido por um esforço sincero de ser aquilo que poderia ser."

" AUTÊNTICA HUMILDADE - Só com a extirpação da minha ignorância espiritual através de um estudo voluntário profundo de nossa Literatura e sua prática, é que poderei iniciar o exercício da autêntica humildade".

"Através deste novo aprendizado espiritual poderei sair do meu modo de vida vazio, inútil e destrutivo, fruto da minha ignorância espiritual, resultado do meu orgulho, e passar a viver uma vida de utilidade e felicidade".

"Quando eu deixa de exigir de Deus, dos outros, dos fatos e circunstância da vida, não viverei mais contrariado, magoado, irritado e ofendido. Viverei a liberdade espiritual da qual decorrerá minha verdadeira serenidade, que é a capacidade de viver em Paz com todos os meus semelhantes e com os meus problemas".

Estudando os 12 Passos e as 12 Tradições

Sétimo Passo - Página 48 e 49

"Uma pessoa verdadeiramente humilde é dotada de uma segurança pessoal tão grande, que ninguém consegue fazê-la sentir-se um fracasso"

Compreendendo a Importância do Perdão

Revista Novos Horizontes Nº 49 – Março de 2010 - “Perdão – Uma vitória espiritual”

O Programa dos Doze Passos das Irmandades de Anônimos, entre outras coisas, nos chama a realizar uma análise acurada sobre o nosso relacionamento pessoal e interpessoal, nos convidando a ter “o firme e sincero propósito de nos perdoarmos, assim como a todas as pessoas que nos ocasionaram danos reais ou imaginários” (in Passos e Tradições – A Caminho da Sanidade, página 49)

Qual a razão de ser deste chamado? Será, o ato de perdoar, a si e ao outro, imprescindível para alcance da saúde mental?

Somos forçados a reconhecer que sim. Na verdade, não haverá recuperação da doença mental e emocional se não nos dispusermos a realizar o autoperdão e o perdão a terceiros. Por quê? Porque saúde mental é sentir amor e o perdão é um ato genuíno do Amor. Poucos compreendem que, pelo perdão, abrimos o caminho para que Deus, na forma que O concebemos, possa trazer à nossa alma a cura e a restauração.

Quem está afeto ao nosso Programa de Recuperação sabe que “a mensagem de N/A é única quanto ao seu método de aplicação – a cura da doença emocional e espiritual é pela religação à Centelha Divina, através da aquisição da capacidade de amar” (in Passos e Tradições – A Caminho da Sanidade, página 93). Ora, ninguém consegue se religar a Centelha Divina se não estiver disposto a esquecer o passado, ou melhor, se não estiver disposto a dissipar os ressentimentos e as más lembranças do passado, regenerando o sentimento em relação a si próprio e em relação aos demais.

Quem não perdoa torna-se prisioneiro do seu passado, bem assim prisioneiro das pessoas do passado. E isto se dá pelo fato de que aquele que não perdoa perde a capacidade de viver o presente, seja porque, diante de cada atitude revela dificuldade em analisar a situação como de fato ela é no momento – pois a encara com os olhos do passado, ou seja, porque se ressente constantemente daqueles que foram instrumentos (reais ou imaginários) de magoas.

Perdoar é dar-nos oportunidade de viver em paz com nós mesmos, com nossa consciência e em harmonia com os demais. O perdão nos faz humildes ate nosso Poder Superior. O perdoar nos dá fortaleza e tranqüilidade. O saber perdoar leva-nos ao conhecimento da condição humana dos demais, assim como ao conhecimento da nossa própria condição.

Infelizmente, no momento da aplicação do Oitavo Passo em nossa vida, acabamos esbarrando com o orgulho e relutamos em praticar a proposta apresentada pelo Programa de N/A. Não devemos e não podemos deixar de ter em mente, porém, que o orgulho – assim como a autojustificação – é um forte sabotador da recuperação, já que o Ego se opõe à mudança de personalidade de que se faz necessária para o alcance da saúde mental e emocional. O desafio, então, será o de termos coragem de mudar aquilo que pode ser mudado, na forma que nos sugere a Oração da Serenidade e, aqui, coragem significa prontificação, uma vez que a mudança (regeneração dos sentimentos) é tarefa precípua de Deus.

Mas o que é, afinal, o perdão?

O perdão é uma escolha: a escolha de viver o Amor e não viver o Ego. Por sua total incapacidade de sentir amor, o neurótico se deixou ficar doente. Para se tornar saudável e se recuperar, faz-se necessário adquirir tal capacidade, deixando que o Amor ocupe o lugar antes ocupado pelo Egoísmo.

O perdão é a chave para a libertação do ressentimento. Cada ressentimento que temos nos rouba a tranqüilidade; desgasta-nos emocionalmente; rouba-nos a segurança em nós mesmos; enche-nos de ódio, rancor, inconformidade, faz-nos sentir culpados, invade-nos de um mal estar interior insuportável, pois não suportamos nem a voz, nem a presença, nem as atitudes de quem estamos ressentidos. Perdoar significa não reter a mágoa ou ferida.

O perdoar não depende das emoções. As emoções não são inclinadas a perdoar. Muito pelo contrário, as emoções nos mandam revidar, dar o troco às ofensas etc. O perdão – não obstante ser um ato consciente da vontade humana, ou seja, um ato que se origina no humano – traz em si um elemento sobrenatural (divino), pois é da competência exclusiva de Deus. Sendo uma prerrogativa de Deus, o perdão é uma dádiva concedida na proporção da humildade conquistada. Trata-se de uma questão de bem estar consigo mesmo e com Deus – uma questão de UNIDADE pessoal e interpessoal.

Através do perdão, Deus restaura a nossa alma, as nossas emoções, o nosso amor próprio, modificando o senso pessoal de justiça, libertando-nos da amargura e curando o inconsciente. Esse mover sobrenatural de Deus exige, no entanto, à condição de que se faça a parte que cabe ao ser humano: que o homem seja obediente a Deus, na forma que O conceba; que o homem se recomende incondicionalmente a Ele. Diz-se frequentemente que o neurótico em recuperação é um aprendiz... Aprendiz do amor. Como se sabe, nenhum aprendiz questiona, simplesmente obedece ao seu mestre. Com o neurótico em recuperação não é diferente. Para aprender a amar, o doente emocional deve se entregar aos cuidados de Deus e, simplesmente, realizar a Sua vontade. E o Poder Superior quer que perdoemos.

O doente emocional que não se aventurar a perdoar (a si mesmo e ao outro) restará preso à armadilha do Ego e não alcançará a recuperação que tanto almeja.

Acreditem caros leitores e companheiros, há um poder extraordinário no perdão que nos torna livres do passado; livres dos instrumentos de feridas, livres das mágoas, mas também libertadores.

Sendo um ato de amor, o perdão cura e liberta!

Andar em perdão é andar em vitória. E a vitória do doente emocional é retornar à sanidade emocional e espiritual.

Equipe Novos Horizontes