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A grama da Unicamp e a ética no Brasil

O conceito de ética muda de acordo com o domínio?

Eu venho reparando, nestes últimos tempos, que as idéias de meus companheiros de curso estão mudando... A gente não discutia política na lista de e-mails com tantos dados, cuidados e consideracões antigamente.

Isso me deixou bastante feliz, porque, oficialmente, nós representamos a fatia instruída da populacão, atuando muitas vezes como formadores de opinião.

Formacão de opinião me remete automaticamente à grama da Unicamp, ao Borin e o Celso. Hoje, dia 26/09/2006, no caminho para o almoco no bandejão, o Borin me explicou a "revolta" dele com as pessoas que pisam na grama na praca do ciclo básico por exemplo.

Admito que, como preguicoso nato que sou, nunca pensava duas vezes antes de cortar caminho pela grama, ignorando totalmente caminhos cimentados/asfaltados, etc.

O que o Borin argumentou foi que a atitude de pisar na grama era errada, por mais que ninguém admitisse que achava o ato de pisar nela errado. Acho que não expliquei convenientemente... Trocando em miúdos, você não estaria sendo anti-ético, visando benefício próprio, ao ignorar os caminhos construídos e pisar na grama, onde teoricamente não era para você pisar?

Esse é exatamente o ponto crítico, a atitude. Admitindo ou não, o que você está fazendo é justamente quebrando regras visando benefício próprio. Oras, mas não é justamente isso que não queremos que nossos governantes eleitos facam?

Com toda esta explicacão feita, eu me pergunto, como podemos cobrar ética dos nossos governantes se pisamos na grama da Unicamp?

Independente da resposta a esta pergunta, eu não consigo mais pisar na grama. Inacreditável né?

Fábio Dias - fabio.dias@gmail.com