O GRANDE PLANO OU O MANVANTARA
Assegura a vossa ciência que o Universo se encontra em fase de contínua expansão; assemelha-se a gigantesca explosão que se dilata em todos os sentidos. Efetivamente, a imagem está próxima da realidade; entretanto, como o tempo no vosso mundo é relativo ao calendário humano, não podeis avaliar essa explosão na eternidade da Mente Divina! Para Deus, esse acontecimento é tão instantâneo como o explosivo que rebenta no espaço de um segundo terrestre! Mas essa expansão não se verifica apenas na estrutura da matéria cósmica que anotais através de vossos instrumentos científicos, pois o envoltório físico é o vestuário exterior e provisório dos Augustos Espíritos do Senhor, cujas auras consciências também se expandem em todos os sentidos, no indescritível processo de criar e evoluir.
Cada um dos Grandes Planos ou Manvantaras, correspondente ao total de 4.320.000.000 de anos do vosso calendário, no tempo que gasta para se concretizar completamente, significa para Deus a sensação de uma explosão comum que efetuais com fogos de artifício no Cosmo, eliminada a idéia de tempo e espaço, é apenas uma eterna "Noite Feérica" e infinita festa de Beleza policrômica, decorrendo sob a visão dos Espíritos Reveladores da Vontade e da Mente Criadora dos Mundos.
A consciência espiritual do homem, à medida que cresce esfericamente, funde os limites do tempo e do espaço, para atuar noutras dimensões indescritíveis; abrange, então, cada vez mais, a magnificência real do Universo em si mesma, e se transforma em Mago que cria outras consciências menores em sua própria Consciência Sideral.
Visto que a Criação, que é o produto do Pensamento de Deus, nunca teve começo, assim como não terá fim, nem se subordinará nunca ao tempo e ao espaço, os Mentores Siderais procuram expressar o seu processo criador tanto quanto seja possível ao entendimento humano, por cujo motivo. Situam, idiomaticamente, em duas fases distintas e compatíveis com a compreensão humana. É óbvio que Deus não traçou divisões em si mesmo, porquanto a sua manifestação é eterna, contínua e ilimitada. Mas a filosofia oriental procurou distinguir, no Onipotente, a fase da sua "descida" à forma exterior-matéria e, depois, o "retorno" ou a dissolução da substância, corno a libertação do Espírito Cósmico da forma. Em conseqüência, a "expiração" é a descida Angélica para fora, ou exterior, e que no Oriente se denomina o "Dia de Brama", isto é, quando Deus cria. A segunda fase é a "aspiração", ou seja, a "Noite de Brama", quando então Deus dissolve o Cosmo exterior.
O "Grande Plano" denominação mais apropriada para a mente dos ocidentais ou o "Manvantara", da escolástica oriental, abrange, então, essas duas fases de expirar e aspirar, ou seja, a Noite de Brama e o Dia de Brama. Perfaz cada fase o tempo de 2.160.000.000 de anos terrestres, somando arribas o total de 4.320.000.000 de anos, em cujo tempo Brama, ou Deus, completa urna "Respiração", ou seja, um Grande Plano ou Manvantara.
Há que notar a precisão desses Manvantaras ou Grandes Planos, já enunciados no tempo de Antúlio, na Atlântida, o qual, devido a esse conhecimento, pôde prever a precessão dos equinócios, que mais tarde os egípcios confirmaram, assinalando-a na edificação das pirâmides e oculta sob as suas medidas enigmáticas.
Cada signo zodiacal dura exatamente 2.160 anos, e um Grande Ano Astrológico compreende a passagem completa do Sol pelos 12 signos, perfazendo, então, 25.920 anos. Os antigos atlantes não se referiam ao Grande Plano nem ao Manvantara, mas ao "Supremo Giro de Ra", ou seja, o "Supremo Giro do Sol", que devia compor-se exatamente de dois milhões de signos zodiacais. Sendo cada signo de 2.160 anos, conforme a tradição astrológica, dois milhões de signos somam 4.320.000.000 de anos terrestres, ou seja, um Grande Plano ou Manvantara.
Os velhos iniciados dos Vedas e os instrutores da dinastia de Rama costumavam afirmar que a respiração macrocósmica de Brama corresponde à respiração microcósmica do homem. Essas são as características principais de um Grande Plano, ou Manvantara.