A pedagogia sideral ensina que há três princípios cósmicos, uníssonos, que constituem o próprio Deus; três manifestações absolutas do Ser Supremo, que na Minguante desta obra assim os resumiremos para um rápido entendimento humano. São eles:
1 - O Princípio Incriado Gerante; a Unidade Cósmica ou o Espírito Eterno; Deus, o Pensamento Original Cósmico;
2 - O Princípio Criado Criante; o Cristo Cósmico, o Amor, que estabelece o equilíbrio entre os opostos, o divino "cimento" que une o pensamento cósmico à forma ou substância; o Elo entre o negativo e o positivo, entre a luz e a sombra; Espírito Eterno que harmoniza a Unidade Cósmica: é a coesão entre os astros, a afinidade entre as substâncias e o amor entre os seres;
3 - O Princípio Criado, que é o Agente, a Ação que plasma o Pensamento de Deus Pai, no desejo do seu filho, o Cristo. É também conhecido na tradição esotérica como o Espírito Santo, que concebe com a "energia virgem" ou forças pré-cósmicas para a "gestação" na matéria.
Mas a pobreza dos vocábulos, desenhando na vossa mente situações limitadas e letárgicas, no tempo e no espaço, de modo algum pode caracterizar-vos a Realidade Cósmica. Trata-se de esforço conceitual para o treinamento do homem, a fim de que, em sucessivas romagens siderais, termine assimilando o "espírito" e não a "forma" da revelação.
No equívoco de excessiva materialização daquilo que é configuração simbólica, já incorreram as religiões tradicionais, por cujo motivo ainda se discute sobre as três "pessoas" da Santíssima Trindade ou a pomba "física" do Espírito Santo, pousada na cabeça de Jesus, olvidando-se que tais expressões são sínteses alegóricas de acontecimentos siderais.
Referindo-nos aos três princípios cósmicos, às três emanações distintas do mesmo Ser Único e Absoluto, aludimos às fases conhecidas como "involução", "descida vibratória" ou "descenso angélico", quando o Espírito atinge o estado substancial distinguível pelos sentidos humanos. Em sentido inverso, o processo denomina-se "evolução", "aceleração vibratória" ou "subida Angélica" em direção à origem iniciática do princípio original.
Essas operações, assim classificadas e algo humanizadas, para o melhor entendimento possível à precariedade da vossa mente, sucedem-se dentro da ocorrência completa de cada Grande Plano, fazendo-se a descida em o Dia de Brama, quando Deus gera e daí resulta o princípio criante, que produz então o princípio criado, para que se cumpra o que é planejado no Pensamento Cósmico Gerante.
A Noite de Brama, ou a "desmaterialização" do panorama objetivo do Cosmo e a libertação do Espírito para o seu estado original, completam então, o Grande Plano ou o Manvantara atuante nos sete mundos.