Os escravos trabalhavam no campo, nas residências e nas cidades. Os escravos que trabalhavam no campo eram extremamente mal vestidos e muitos não tinham contato direto com seu senhor, apenas com o feitor, trabalhavam na produção da cana-de-açúcar, na qual cortavam a cana, a levavam para a moenda, retiravam as impurezas do caldo da cana ou transportavam o açúcar. Os escravos domésticos tinham contato direto com o senhor e sua família.

Com condições de trabalho precárias os escravizados trabalhavam de 12 a 15 horas por dia recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade geralmente na senzala (onde eles dormiam). A palavra senzala tem origem banta, que significa "povoado", eram habitações feitas geralmente de pau a pique e cobertas de sapé. As senzalas faziam parte do engenho, que também era composto pelo moinho que transmitia força para a moenda, a moenda onde era feito o caldo da cana, a casa das caldeiras, o canavial e por fim a casa grande, moradia do senhor do engenho.

Os escravos eram castigados por qualquer pequeno erro, entre os instrumentos utilizados para a punição estavam a palmatória, a gargalheira e a máscara de flandres, máscara que permitia a respiração e visão mas impedia a alimentação. Os escravos eram punidos em público, algo feito para naturalizar seu sofrimento e opressão, participando do cotidiano de diversos brasileiros no período colonial. Com o tempo foi proibido o uso de instrumentos de ferro nas punições para evitar revoltas da população e manter um certo controle quanto ao poder dos senhores de engenho