MatematiQueer

Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática

Sobre o Grupo MatematiQueer

O MatematiQueer é um grupo de pesquisa e extensão universitária criado em 2020 e sedidado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem como principal objetivo investigar as relações que pessoas que fogem às normas socialmente impostas, em relação a gêneros e sexualidades, e outras interseccionalidades, desenvolvem com matemática. 

Como Grupo de Pesquisa, o MatematiQueer está registrado como "MatematiQueer: Estudos de Gênero e Sexualidades em Educação Matemática" no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, e que atualmente conta com três linhas de pesquisa:

Como Projeto de Extensão, o MatematiQueer está registrado como "MatematiQueer: Gêneros, Sexualidades e Educação Matemática" junto à Pró-Reitoria de Extensão da UFRJ.

As pesquisas e ações extensionistas do grupo MatematiQueer emergem da inquietação com os discursos hegemônicos que colocam as ciências ditas exatas em um local de neutralidade, no qual as questões históricas, sociais, culturais e políticas não devem se fazer presentes. Tal concepção toma por base uma visão da matemática enquanto um conhecimento fechado em si mesmo e independente de quem o produz. Adiciona-se a isso o fato de que o saber matemático é, por vezes, tido como referência para determinar as pessoas que são inteligentes e as que não são. Práticas como essas geram exclusões, tal qual o mito de que meninas não são boas em matemática e, por consequência, não devem seguir carreiras envolvidas com ciências, tecnologias, engenharias e matemática.

Nesse sentido, é comum que marcadores sociais como gênero e sexualidade, quando abordados na escola, estejam restritos a disciplinas como filosofia, sociologia ou biologia, e limitados a uma perspectiva discursiva centrada nos corpos heterossexuais e cisgêneros.

Nosso objetivo é promover reflexões sobre por que discutir gêneros e sexualidades é importante para a área de educação matemática e como professories dessa disciplina podem contribuir com essas discussões sem se limitarem às visões hegemônicas.

É importante, ainda, afirmar que entendemos gênero como um conceito referente à construção sociocultural coletiva dos atributos de masculinidade e feminilidade e nos remetemos a gêneros, no plural, para romper com uma lógica binária que invisibiliza outras identidades e subjetividades. Já por sexualidades, entendemos uma descrição geral para uma série de crenças, comportamentos, relações e identidades socialmente construídas e historicamente modeladas. No que tange à educação, partimos do pressuposto que gêneros e sexualidades são temas transversais a todo o currículo e por isso nenhuma disciplina deve se furtar dessas discussões.

Além disso, cabe destacar que entendemos "queer" na perspectiva do "estranhamento", de modo que o MatematiQueer foca, mas não se limita, aos estudos de gêneros e sexualidades, se interessando por outras possibilidades que "estranhem" os campos da matemática e da educação matemática, questionando e rompendo com paradigmas impostos sobre quem pode produzir, ensinar e aprender matemática. Nessa perspectiva, estamos afinados com a virada sociopolítica da educação matemática, em uma perspectiva de educação matemática para a justiça social.

O MatematiQueer conta, em 2024, com cerca de 200 pessoas envolvidas diretamente na promoção de nossas ações extensionistas e de pesquisa. Além de licenciandes em matemática e mestrandes e doutorantes na área de educação em ciências e matemática, temos estudantes de ciências matemáticas e da terra, estatística, física, letras, ciências sociais, psicologia e outros cursos, assim como profissionais da pedagogia e professories de matemática, física e química da educação básica e superior. Temos colaboradories em redes públicas e privadas da Educação Básica e Superior nos seguintes estados: BA, CE, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PR, RO, RJ, RS, SC, SP.  Assim como temos parcerias com pesquisadories das instituições: Colégio Pedro II, IFES, IFPR, IFRJ, IFSP, UFMA, UFPA, UFRGS, UFRPE, UFSC, UNIR, UNIRIO, USP.  

Nossos projetos de pesquisa e ações extensionistas tem sido fomentados direta ou indiretamente pela CAPES, pelo CNPq, pela FAPERJ, pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM).

O MatematiQueer faz divulgação científica por meio de seu perfil no Instagram, de seu canal no YouTube e por meio do MatematiQueer Podcast em seis dos principais agregadores: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Amazon Music, Castbox e Google Poscasts.

Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo Esquincalha (UFRJ).

Contato: matematiqueer@im.ufrj.br.

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