“Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem de forma flexível, interligada e híbrida” (MORAN,2018).
A professora Behar (2013) também já destacava que a prática pedagógica deveria levar em conta atividades que possibilitassem o aluno aprender perguntando, pesquisando, colaborando, planejando e organizando as atividades, com uma clara alusão as metodologias ativas.
A inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política e escola desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados na atividade do aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem, caracterizam as metodologias ativas.
Conforme Barbosa e Moura (2013), para descrever o conceito de Metodologias Ativas é possível lançar mão de um provérbio chinês que diz: “Aquilo que escuto eu esqueço, aquilo que vejo eu lembro, aquilo que faço eu aprendo".
Conforme Araújo e Sastre (2011), a metodologia conhecida como aprendizagem baseada em problemas tem o ensino baseado na metodologia construtivista em que o aluno busca o conhecimento e o professor o autodirige com auxílio de um problema.
Aprendizagem Baseada em Problemas, tem original em inglês, "Problem-Based Learning" (PBL).
Conforme Araújo e Sastre (2011), o PBL foi utilizado pela primeira vez em 1969 no curso de Medicina da Universidade McMaster, no Canadá.
Essa prática foi sendo disseminada em outros países, como EUA, chegando na década de 70, no curso de medicina da Universidade do Novo México e posteriormente, na década de 1980, no curso de Medicina de Harvard.
No Brasil, essa metodologia chegou na década de 1990, nos cursos de Medicina de Marília, em 1997, e de Londrina, no ano de 1998 (LOPES et.al.,2019).
Para Lopes et al. (2019), os problemas apresentados devem ter um contexto interdisciplinar e seus desdobramentos devem abranger as diversas disciplinas do currículo, assim é importante que professores das diversas áreas do conhecimento participem da construção de um problema.
Para Lopes et al. (2019), a interação social é o veículo fundamental para o conhecimento e essa interação implica em um mínimo de duas pessoas compartilhando conhecimentos e experiências com um bom nível de reciprocidade entre os interlocutores desse intercâmbio.
Com a pandemia do Covid-19, o uso de ensino remoto emergencial acabou por reforçar a sensação de isolamento dos alunos, causando desmotivação, por consequência, o aumento da evasão escolar. O retorno as atividades presencias estão exigindo outras práticas metodológicas, em que os alunos trabalhem em conjunto, dialogando e trocando conhecimentos.
Os estudantes, ao trabalharem em grupos, devem ajudar uns aos outros, e serem responsáveis não só pelo seu próprio comportamento, mas também, pelo comportamento da célula e pelo produto de seu trabalho. Para além de ouvir com atenção o professor, agora o estudante deve ouvir com atenção, também os colegas (FIRMIANO,2011).