O Brasil vivia em 1977 sobre a tutela do regime militar e diante de graves problemas econômicos. Nesse contexto, o atraso em relação ao desenvolvimento de videogames era apenas um entre vários sintomas do atraso tecnológico do pais na época. Nosso acesso a este tipo de tecnologia só foi possível devido a parceria de duas grandes empresas estrangeiras atuantes aqui: Ford e Philco. A criação da divisão Ford-Philco estava voltada ao desenvolvimento de aparelhos eletrônicos, levando a fabricação do Telejogo em 1977. O primeiro do tipo produzido em âmbito nacional. Para operá-lo, era preciso fazer a seleção do jogo desejado através de botões e chaveamentos. Os controladores são os botões giratórios das extremidades do aparelho, nada mais do que potenciômetros analógicos semelhantes aos seletores de banda de aparelhos de rádio antigos, os dials. Com potenciômetros de fio, era possível estabelecer um ajuste de posição e deslocamento de objetos, isto é, quando o valor do potenciômetro é menor ele vai para cima. Dessa forma os jogadores controlavam as raquetes para jogar.

Diante de tamanho sucesso, a divisão resolveu lançar outro console em 1979, o Telejogo II, cujas maiores diferenças eram: essa versão vinha com 10 jogos ( os adicionais eram modificações dos mesmos já existentes) e os joystick´s, agora vinham separados dos controles. Existem dois modelos para o console: o primeiro reproduzia gráficos em preto e branco e provavelmente são versões de teste, e o segundo com cores pré-definidas. Por causa do sistema de controle por potenciômetro nos jogos deste estilo, quando uma raquete vai para o topo da tela, o mesmo chega ao seu valor máximo, menor ou maior, retornando para sua posição original. Isso fazia com que a raquete saísse de cima da tela de repente e aparecesse embaixo. Se o jogador reiniciar uma partida com a raquete fora da tela, esta voltará com tamanho menor. O console possui entradas nas duas laterais para controles de jogo com fio que podem ser feitos até em casa, comprando os componentes certos.