Em homenagem à antiga presidenta da SAMEST, Dona Lourdes, o projeto que concretiza o sonho da Horta Comunitária carrega seu nome. Dona Lourdes e seu marido por muitos anos foram os responsáveis por cuidar e administrar a SAMEST, e a persistência dos dois se demonstraram fundamental na construção do que hoje é o espaço que abriga a Horta Comunitária e tantos outros projetos sociais. Apesar das adversidades causadas pela recente pandemia, Dona Lourdes se manteve presente na SAMEST e o seu sonho continuou vivo no que se concretiza hoje na Horta Comunitária que orgulhosamente carrega seu nome.
A Horta tem como objetivo a retomada da discussão sobre a necessidade de uma Reforma Agrária Popular no Brasil, o país que bate recordes e recordes na exportação de alimentos enquanto o povo está fazendo fila para comer ossos. Quebrar a política de nutricídio do Estado burguês, colocando comida orgânica no prato da comunidade e incentivar a construção de hortas urbanas. Retirando os ultraprocessados da cozinha e dando espaço ao alimento orgânico.
Não nos enganemos com as soluções liberais que são propagandeadas, enquanto não houver uma transformação radical do modelo produtivo que trata tudo e todos enquanto mercadoria, não haverá uma superação da crise ambiental e climática que estamos. A luta pela terra é essencialmente uma luta anticapitalista.
“Que possamos enquanto coletivo, com os pés sujos de barro, contribuir na construção da soberania alimentar: por uma comida sem veneno, em busca da reforma agrária popular e um futuro de esperança. Pela construção de uma Hortolândia em contínua luta pela Terra.”
Carta de Princípios do Coletivo de Educação Popular Flor de Maio.