Álcool

As suas propriedades euforizantes e intoxicantes são conhecidas desde os tempos pré-históricos e praticamente, todas as culturas têm ou tiveram alguma experiência com a sua utilização.

Os árabes foram os primeiros a produzir álcool destilado, por volta do ano 800, técnica que os europeus aprenderam e que fez com que a destilação do vinho e a maior alcoolização das bebidas se tenha generalizado na Europa a partir do século XI.

Egípcios, gregos e romanos são exemplo de povos que conheceram e desenvolveram as artes do fabrico de bebidas alcoólicas, assim como os efeitos do seu uso pelo Homem.

O conceito de Alcoolismo como doença, e não apenas vício, desenvolve-se só na segunda metade do século XIX.

O álcool surge muitas vezes associado a situações de relacionamento social, de natureza ritual, comemorativa, recreativa, para além de fazer parte do imaginário, dos estilos de vida ou mesmo das identidades de muitos grupos sociais.

Atualmente a sua comercialização e consumo são legais.

Efeitos imediatos:

Os efeitos imediatos do álcool no cérebro podem ser de caráter depressor ou estimulante, em função da quantidade absorvida.

Após a sua ingestão, o álcool é inteiramente absorvido pelo tubo digestivo sem sofrer prévia digestão, entra diretamente no sistema circulatório, atingindo valores máximos até cerca de uma hora e meia, difundindo-se a todo o organismo.

Nos indivíduos em jejum a absorção faz-se em 15-20 minutos, influenciada pela concentração de álcool, a composição da bebida, o estado da mucosa gástrica e duodenal, a ingestão simultânea de alimentos, nomeadamente açúcares e leite, que podem alongar o período de absorção até três horas, entre outros fatores que podem alterar a velocidade dessa absorção.

O álcool afeta as capacidades cognitivas e perceptivas, em especial a visão e a audição. Reduz o campo visual, a capacidade de reação, aumenta a descoordenação motora e a capacidade de avaliação das distâncias, promove a tendência para a sobrevalorização das capacidades e, consequentemente aumenta o risco de acidentes.

Apesar de ter um efeito estimulante inicial, induzindo um estado de euforia, desinibição, e perdendo muitas vezes a noção do perigo, na fase seguinte, os efeitos depressores começam a tornar-se mais notórios, surgindo a falta de coordenação motora (ex. andar a cambalear), sonolência e lentificação do pensamento (ex. dificuldade em falar), diminuição da capacidade de reação, de atenção e de compreensão.

Se as doses ingeridas forem muito elevadas, caso de intoxicação alcoólica aguda, pode surgir depressão respiratória, coma etílico e eventualmente morte.