Canal deferente

Canal deferente

A função do canal deferente no sistema reprodutor masculino é conduzir os espermatozoides dos testículos até a uretra.

Quanto a sua anatomia, partindo da cauda, o canal deferente ascende seguindo a borda posterior do testículo, medianamente ao epidídimo. Vai acompanhado de vasos sanguíneos e nervos e envolvido por coberturas provenientes da parede abdominal anterior, cuja parte inferior central atravessa, na região denominada canal inguinal.

O canal deferente, com os vasos e nervos acompanhantes e as citadas coberturas proporcionadas pelos tecidos da parede abdominal anterior, constituem uma formação, chamada cordão espermático.

Estrutura do canal deferente

O canal deferente é uma estrutura substancial, facilmente palpável através da pele e do tecido subcutâneo. Sua consistência é firme. Decorre de sua parede muscular muito grossa e da luz ser relativamente estreita. A mucosa é constituída por um revestimento epitelial e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas.

O canal deferente, contido no cordão espermático, cruza o canal inguinal, que atravessa os músculos e aponeuroses da parede abdominal, para penetrar na cavidade abdominal (o canal, entretanto, segue por fora do peritônio). É como uma continuação do epidídimo.

Nesse ponto, o canal deferente fica livre de seus envoltórios, e depois de penetrar na pelve e seguir um trajeto de certa extensão (percurso esse que não é necessário estudar detalhadamente aqui), alcança a parte posterior da bexiga urinária.

Na face posterior da bexiga e em sua porção externa encontra-se um saco alongado, dotado de revestimento epitelial, chamado vesícula seminal (que é uma evaginação cega do canal deferente).

Para além do ponto onde a vesícula seminal deságua no canal deferente, este último, que passa então a ser comum ao testículo e à vesícula seminal, recebe o nome de canal ejaculador. Este atravessa a superfície superior da glândula prostática (ou próstata) e se abre na uretra que, por sua vez, atravessa a citada glândula, em seu percurso da bexiga em direção ao pênis