D. Afonso VI

O Vitorioso

Reinado 1656-1683

Afonso VI (Lisboa, 21 de agosto de 1643Sintra, 12 de setembro de 1683), apelidado de "o Vitorioso", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1656 até sua morte, o segundo monarca português da Casa de Bragança. Era filho do rei João IV e a sua esposa Luísa de Gusmão, com sua mãe servindo como sua regente desde sua ascensão até 1662 quando foi removida por Afonso e seu favorito Luís de Vasconcelos e Sousa, 3.º Conde de Castelo Melhor. O seu reinado viu o final da Guerra da Restauração e o reconhecimento pela Espanha da independência de Portugal. Afonso também negociou alianças com a França através de seu casamento com Maria Francisca de Saboia. No entanto, era fisicamente e mentalmente fraco, o que fez com que seu irmão mais novo Pedro, Duque de Beja, conspirasse em 1668 para o declarar incapaz. Pedro tornou-se regente do reino, anulou o casamento de Afonso e casou-se com Maria Francisca. Afonso passou o resto de seu reinado praticamente como prisioneiro.

Biografia

Nascido apenas como infante de Portugal, Afonso não estava destinado a reinar nem foi preparado para tal, em virtude do herdeiro da coroa ser o seu irmão mais velho, o príncipe Teodósio de Bragança. A sua formação foi pouco cuidada, à semelhança dos restantes irmãos, o que se confirma quando Catarina parte para a Inglaterra, em virtude do seu casamento com o rei Carlos II, quase sem saber falar inglês, embora isso fosse comum na época, onde predominava o uso do francês. Ao contrário dos seus irmãos, Afonso passou a sua infância e juventude em Lisboa, num ambiente tenso e mergulhado em preocupações políticas, governativas, militares, entre outras. Com 3 ou 4 anos de idade, foi atingido por uma «febre maligna», que lhe afectou o lado direito do corpo, e que se repercutirá na sua vida em variados aspectos, desde políticos a familiares e sexuais.[1] Uma doença do sistema nervoso central, pensa-se hoje, talvez uma meningoencefalite, uma doença de foro nervoso, como propõe Montalvão Machado. A morte do irmão mais velho, Teodósio, sucede-se a 13 de maio de 1653 e, a 17 de novembro do mesmo ano, falece Joana. Passa Afonso para a ribalta como novo herdeiro do trono de Portugal.