Entrevista

A nova Escola Básica e Secundária Passos Manuel

Neste número entrevistámos a Sra. Presidente do Conselho Geral, Professora Raquel Ribeiro, que está à frente de toda uma equipa renovada para continuar fazendo do Passos Manuel uma escola de excelência!

Professora Raquel Ribeiro, a cara por detrás de um nome

EsPassos – Se pudesse escolher uma frase célebre ou máxima que a caracteriza, qual seria e porquê?

Raquel Ribeiro - Escolheria a frase da Madre Teresa de Calcutá “Nós não podemos fazer nenhuma grande coisa, só pequenas coisas com grande amor”. Gosto desta frase, porque lembra-nos de que podemos sempre ajudar quem está perto de nós com gestos pequenos. Pensar que as nossas pequenas ações não ajudam a tornar o mundo um lugar melhor é apenas uma desculpa para continuarmos acomodados para não fazer nada pelos outros.

EP – Qual é o seu lema de vida?

RR – Estar ao serviço dos Outros e nunca virar as costas ao que se passa no mundo.

EP – É uma das professoras mais acarinhadas da nossa escola. De tudo o que fez até agora, destaque-nos algum(ns) exercícios de atividade que considerou mais pertinente(s) e em que se sentiu mais realizada?

RR – Ao longo da minha vida, reconheço que podemos sempre aprender com os Outros e, sendo professora, reconheço que posso aprender muito com os alunos, assim como todos os elementos da comunidade educativa (professores, assistentes operacionais, assistentes administrativos, Encarregados de Educação, os Pais e as Mães, parceiros,…). Valorizo muito os momentos de partilha e esforço-me por fazer com que os alunos ultrapassem os seus limites. Não aceito que os alunos digam “Não sei”, sem sequer tentarem. Nessas situações, não desisto de nenhum aluno e ajudo a encontrar a resolução. Gosto de falar com os alunos sobre os problemas, pelos quais passam, e gosto de ajudá-los a encontrar o seu caminho.

EP – Gostaria que nos falasse um pouco da sua experiência como Presidente do Conselho Geral.

RR – Lançaram-me o desafio para fazer parte de uma lista para o Conselho Geral e eu aceitei-o, porque pensei que seria uma forma de dar o meu contributo ao nosso Agrupamento.

Já tinha feito parte de um Conselho Geral noutra escola e sabia os procedimentos e o que envolvia fazer parte de um órgão destes.

Desde o dia que me elegeram para Presidente do Conselho Geral, comecei logo a pensar no contributo que podia dar para melhorar o nosso Agrupamento e é esse o meu foco: tentar potenciar os pontos fortes e melhorar os pontos fracos, com a consciência de que podemos sempre melhorar e querer ultrapassar os nossos limites.

EP – Como professora de alemão da nossa escola já há alguns anos, certamente, deve ter tido experiências gratificantes com os alunos. Revele-nos, por favor, uma ou duas experiências que lhe tenham ficado na memória e que a marcaram enquanto professora da nossa escola.

RR – Lembro-me do espanto e da alegria de alguns alunos do 12º ano do Curso Profissional de Turismo, quando falaram em alemão com hóspedes do hotel em que estavam a estagiar, e perceberam que conseguiam entender e fazer-se entender na língua alemã.

EP – Que mensagem(ns) pretende deixar aos seus alunos?

RR – Aceitem sempre os desafios da vida de forma responsável e respeitadora. Acreditem nas vossas capacidades e na vossa força para mudar as vossas vidas e as vidas dos Outros. Tenham coragem de enfrentar o desconhecido, a vida. Tenham sempre respeito pelos Outros e pela vida!

EP – Assistiu, ao longo dos anos, a várias transformações que sofreu o ensino, bem como a nossa escola. Se tivesse de escolher uma etapa que viveu na sua carreira docente, qual seria e porquê?

RR – Gosto muito de dar aulas, independentemente do sítio e da hora. Dou aulas durante o dia, mas também já o fiz à noite, aquando das unidades e dos módulos capitalizáveis, e também já o diz em estabelecimentos prisionais. Todas estas experiências foram diferentes, mas muito enriquecedoras, porque me permitiu conhecer muitas histórias de vida diferentes da minha. 

Já passei por muitas escolas e sempre gostei dos primeiros dias de aulas, pela novidade das turmas e dos alunos.

Tinha sempre aquele “friozinho na barriga” provocado pelo desconhecido e pela vontade de começar a interagir com os “meus novos alunos”. Os primeiros anos tinham uma magia especial e davam um “nervoso miudinho” saudável. Tudo era novidade para mim.

Fico grata por ter tido colegas que me ajudaram a fazer todo este percurso até aqui, sempre de forma colaborativa e amiga.

EP – Certamente que tem alguns “hobbies” que utiliza nos raros tempos livres que possui. Deseja falar-nos dessas suas atividades extraescolares?

RR – O meu principal gosto é viajar. Gostava de conhecer o mundo... todo! Fora este “projeto de vida”, também gosto muito de fazer atividade física. Faço ginásio e ando de bicicleta. Por último, faço mergulho de garrafa. O contacto com a vida marinha é uma coisa que me deixa boquiaberta. Sou uma apaixonada pela natureza que nos rodeia e, por isso, tento mantê-la e protegê-la da maneira que consigo, dentro da minha casa. Faço a minha parte e todos nós teremos de fazer a nossa. Por muito pequena que a consideremos, será o nosso contributo.

EP – As viagens, para si, serão um meio de evasão das rotinas diárias. Qual o local que ainda não visitou e que gostaria de ir? Porquê?

RR – Eu gosto muito de viajar e é uma coisa que faço com regularidade. Gosto de conhecer outras culturas, porque é uma forma de percebermos que há outras realidades e verdades no mundo, para além da nossa, no nosso cantinho. Viajar ajuda-nos a respeitar os Outros e as suas diferenças / especificidades. Já conheço muitos países e gostava de conhecer todos (sei que alguns será mais difícil, por questões inerentes aos próprios países). Um dos países que me intriga é a Jordânia e espero lá ir em breve.

EP – O ser humano é um ser insatisfeito por natureza. O que lhe falta realizar?

RR – Conhecer o mundo e integrar missões, como voluntária, em qualquer parte do mundo. (A vida deve ser vivida de “mochila às costas”) .⚫

Entrevista Professora Isa Gomes 2023