Laboratório de Hidrometeorologia Experimental
LHydEx - UFRJ
LHydEx - UFRJ
Laboratório de Hidrometeorologia Experimental (LHydEx)
Departamento de Meteorologia
Instituto de Geociências - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza
Universidade Federal do Rio de Janeiro
IGEO-CCMN-UFRJ
Link do novo site em projeto: https://lhydex.igeo.ufrj.br/
O Laboratório de Hidrometeorologia Experimental (LHydEx) se dedica à pesquisa hidrometeorológica, modelagem numérica, sistemas de medição de variáveis meteorológica, incluindo análise de variáveis de radar meteorológico e reconstrução de série de dados de superfície, além de desenvolver modelos de previsão de curtíssimo prazo (nowcasting) para tempestades (com modelos de mesoescala e análise de imagens de radar) e riscos naturais associados ao ciclo de água na atmosfera e superfície. Também investiga a formação e desenvolvimento de ilhas de calor urbanas tropicais, o risco de epidemias de doenças infecciosas como a Febre de Dengue, além de propor softwares computacionais e parametrizações. Por exemplo, um dos programas que destacamos aqui permite a previsão de deslizamentos de terra de encostas e enchentes repentinas. O laboratório estabelece facilidades numéricas e observacionais em hidrometeorologia, contribuindo para a formação de meteorologistas, mestres e doutores em ciências (área: Meteorologia), habilitados à previsão de tempo de fenômenos iminentes (nowcasting) e análise do tempo e clima e das condições de riscos naturais.
Hidrometeorologistas pesquisam a chuva e seu papel na formação de rios e outros corpos de água. Assim, ajudam cientistas, governantes e empresários a entender o quanto poluentes e alterações da superfície natural diminuem o suprimento de água potável e destroem o bioma, fauna e flora. Eles propõem programas numéricos de base física e estatística para representação do ciclo da água e energia na atmosfera e superfície. Os hidrometeorologistas se dedicam à solução de problemas teóricos e práticos, por exemplo, acoplando modelos atmosféricos e hidrológicos, para formar um sistema computacional integrado de característica dinâmica e operacional. Hidrometeorologistas também podem estar à frente na comunicação da previsão de tempo e emissão de alertas de risco da mídia (TVs e rádios), principalmente se considerarmos a especialização dos hidrometeorologistas na utilização e interpretação dos produtos e imagens dos radares meteorológicos para previsão de curtíssimo períodos (de minutos a horas, também conhecida por nowcasting meteorológico).
Vários fenômenos meteorológicos associados ao ciclo da água apresentam-se como riscos para a população. Entre esses tem-se furacões, tornados, tempestades, ventanias, downbusts, microbursts, raios, precipitações intensas ou contínuas, etc, associados ao ramos atmosférico e superficial do ciclo da água do planeta. Quando ocorrem em áreas populadas apresentam-se como riscos, provocando deslizamentos de terra de encostas, enchentes, interrupções de fornecimento elétrico, de água potável, de gás combustível, quedas de árvores, torres de comunicação e transmissão elétrica, destruição ou danos a edificações, residências, instalações industriais, etc.
Efeitos secundários também podem surgir, como isolamento de áreas afetadas, interrupção de abastecimentos, falta de leitos ambulatoriais e hospitalares, interrupção de refrigeração, das condições de assistência etc. A gravidade depende da existência ou não de planejamento e de ações de mitigação, além do própria intensidade do perígo e de sua recorrência (i.e., duração e/ou repiques).
Uma das consequências da urbanização marginalizada e excludente nas cidades é o grande aumento do número de áreas de risco e da susceptibilidade aos riscos naturais e tecnológicos. Medidas de mitigação devem ser prescritas, baseadas no conhecimento científico e no dinamismo das transformações da superfície do planeta e mudanças climáticas. A participação das pessoas das áreas de risco na gestão pública e na implementação das medidas de mitigação é muito importante. A gestão do risco vai além da emissão de alertas de risco com base em modelos atmosféricos, hidrológicos e geofísicos, envolvendo por exemplo treinamento da população e formação em risco dos estudantes universitários.
Hugo Abi Karam, Prof.