Matéria em "O Globo" [2016]

Intervenções artísticas pipocam pela cidade e se descolam do grafite

Manifestações geralmente são feitas de forma anônima

por Gabriel Menezes e Natasha Mazzacaro

11/02/2016 - 05:00 / Atualizado em 11/02/2016 - 18:24

Originalmente em: https://oglobo.globo.com/rio/bairros/intervencoes-artisticas-pipocam-pela-cidade-se-descolam-do-grafite-18644403

Integrantes do Nata Família: arte com mensagem Foto: Fernanda Dias / Agência O Globo


RIO - A dona de casa com bobes no cabelo, a garota de Ipanema que tostava na praia, o executivo com pastinha 007 e as velhinhas que iam para a feira estranharam. Na verdade, não houve quem não tivesse visto ou quem não tivesse desconfiado daquilo. A misteriosa frase “Celacanto provoca maremoto” pipocou nos muros do Rio, no longínquo ano de 1976. Estava aberta a temporada de teorias conspiratórias. Na tentativa de decifrar o significado daquela mensagem secreta que aparecia nas ruas da cidade, um jornal chutou que se tratava de recados deixados por traficantes rivais. Mas houve também quem dissesse que eram sinais extraterrestres e mensagens de grupos comunistas. Foi só alguns anos mais tarde que os cariocas vieram a saber que o aviso emoldurado por uma linha fina, que terminava com uma gotinha, tratava-se apenas de uma vontade incontrolável de se comunicar do hoje jornalista Carlos Alberto Teixeira — um sujeito boa-praça de mais de 1,90 de altura, afeito a camisas havaianas antes que elas virassem moda entre os hipsters. Cat, alcunha pela qual ele atende, tinha 17 anos na época, mas o tal do celacanto já provocava maremoto em sua cabeça desde os 9. Ele lembra de assistir a um episódio do “National Kid” na TV, em que o oceanógrafo dr. Sanada alertava para a existência de um peixe pré-histórico que causava catástrofes naturais.

A frase "Celacanto provoca maremoto": pichação de 1978 Foto: Antônio Nery / Agência O Globo (Na Rua Prudente de Morais, lado esquerdo, logo antes da esquina de Garcia D'Ávila. A gota branca foi contribuição do amigo George Israel)

Antes, durante e depois da revelação, a frase virou febre. Transformou-se em banda de jazz, nome de livraria em Ipanema, tese de mestrado, propaganda de loja de móveis e até pegadinha de um estudante de informática, em 1977. A sabotagem no computador de uma universidade do Rio fazia com que a impressora cuspisse folhas com dizeres como “Coelacantvs agitat mare” e “Celacanto é filho da truta”.

— Apesar do sucesso, só ganhei dinheiro com isso quase dez anos mais tarde. A produção da TV Manchete me ligou e pediu para que eu fizesse uns desenhos para um programa da Angélica — conta.

Mas a grande questão é: por que o celacanto provocou tanto maremoto? Uns dizem que era porque, pela primeira vez, alguém pichava uma frase com uma mensagem completa, com sujeito, verbo e predicado. Outros afirmavam que o grafismo era esteticamente harmonioso: a moldura nunca era fechada e o “V” tinha uma perninha que sempre ia por cima do “O”. Talvez por isso, esse tenha sido um marco não registrado das primeiras intervenções artísticas e urbanas do Rio de Janeiro.

Mistério. Cat provocou maremoto nos anos 1970: suposições iam de ETs a comunistas Foto: Leo Martins / Agência O Globo[O ensaio fotográfico completo pode ser visto aqui]

O que se sabe é que a cidade, de uns tempos para cá, está cheia delas. São manifestações que se descolaram dos grafites e da pichação, feitas com materiais de construção, estêncil, lambe-lambes... Umas têm mensagens políticas, outras poéticas e há um terceiro grupo que não quer dizer absolutamente nada. O que importa é que essas intervenções, a maioria esmagadora anônima, vem transformando o espaço urbano em uma galeria de arte e gerando um ambiente de discussão.

Em Ipanema, as intervenções de um veterano no segmento podem ser vistas em diversos pontos do bairro. Mas é preciso olhar com atenção, já que uma das regras básicas de Barata — codinome usado pelo artista de 47 anos, que prefere não se identificar — é não desperdiçar espaço público para permitir que outros também tenham um lugar para se expressar.

— Algumas pessoas têm uma obsessão em deixar a marca delas por todas as partes. Por exemplo, elas chegam e fazem um trabalho num muro, geralmente enorme. A partir daquele momento, o muro passa a ser dela. Ninguém pode mais ocupar. Em alguns casos, se alguém tentar, o caso vira até briga. Tem muita gente na rua e o espaço está ficando apertado — afirma.

Segundo ele, essa é apenas uma das tensões existentes quando o assunto é ocupação urbana. Outros problemas comuns envolvem a “indústria” dos cartazes publicitários ou o simples fato de alguém sentir-se ofendido com algum dos trabalhos.

Orelhão em Ipanema estilizado pelo artista Barata Foto: Fernanda Dias / O Globo

— Existe uma linha tênue entre o vandalismo e a arte. Particularmente, não gosto de invadir. Sempre peço permissão para ocupar determinado espaço. A resposta inicial padrão é sempre o não. Mas existem vários tipos de não. Aquele que se você insistir leva um tiro e aquele que você pode fazer por sua conta e risco — explica.

Recentemente, um trabalho feito por ele numa parede na Praça da Bandeira se tornou pivô de uma confusão.

— Pedi permissão, fui autorizado e um fiz um trabalho supercaprichado. Na semana seguinte, passei e tinham coberto o trabalho com tinta. Fui questionar e me disseram que a figura que fiz estava idêntica a um morador próximo, que passou a ser motivo de chacota — conta Barata, aos risos.

Ele define a intervenção urbana como um ato de provocação, um questionamento e uma quebra de rotina.

— Essa é uma cultura que ainda vem sendo construída no Rio. Em São Paulo, por exemplo, ela está muito mais avançada. Uma característica interessante é a forma como você percebe a aprovação do seu trabalho. Isso acontece pelo tempo em que ele é preservado. Se agrada, os próprios pichadores e grafiteiros zelam por ele. Caso contrário, não dura um dia — diz.

Entre as suas obras estão pequenos pássaros e baratinhas — feitas com estêncil. Os trabalhos podem ser conferidos na página do artista.

NOVOS TERRITÓRIOS

As intervenções urbanas no Rio de Janeiro vêm ultrapassando as fronteiras das ruas e ocupando também a internet e até mesmo galerias de arte. Na web, o site #StreetArtRio <streetartrio.com.br>, criado em agosto de 2013, identifica e mapeia obras de artistas de toda cidade por meio de ações colaborativas. A iniciativa é independente e foi criada pelos amigos Rafo Castro, Marcelo Alves, Joana Palhares e Miguel Athayde.

— Ao passar pelas ruas, sempre nos perguntávamos quem era o responsável por determinado trabalho. Além do nome, sempre havia uma informação a mais, uma história interessante por trás — conta Castro.

Segundo ele, a repercussão do projeto foi muito maior do que a imaginada. Já são cerca de 20 mil obras catalogadas em fotos e vídeos e centenas de novas colaborações recebidas diariamente. A plataforma ganhou também uma versão em São Paulo e em breve chegará em Belo Horizonte e Curitiba. Em paralelo, o grupo trabalha numa versão global que deve abranger mais de cem cidades.

Equipe do #StreetArtRio, plataforma virtual que mapeia as intervenções pela cidade Foto: Daniela Dacorso/14-01-2014 / O Globo

— Em vários lugares do mundo, as intervenções urbanas estão muito mais presentes nas áreas menos nobres. Já aqui no Rio, ela está por toda parte, inclusive na Zona Sul — avalia o sócio do #StreetArtRio.

Para Cristine Nicolay, coordenadora executiva do instituto EixoRio — órgão municipal criado para valorizar o segmento —, a intervenção na região tem uma característica especial.

— De um modo geral, os trabalhos na Zona Sul têm uma leveza maior, são mais coloridos. Relaciono esse fato às belezas naturais da região. Não é que o morador do Vidigal, por exemplo, não tenha problemas e não queira expô-los. É que, apesar do problema, ele tem o visual do mar, que inspira — explica Cristine.

Para ela, esse é o mesmo motivo que faz com que o segmento tenha tradição e força maiores em São Paulo.

— É a arte usada como uma válvula de escape. Quando não se tem opções como a praia, esse é um recurso ainda mais intenso. Cada vez mais, as pessoas vêm valorizando as intervenções urbanas. É claro, uma cultura não se muda de um dia para o outro. Mas estamos avançando — afirma.

A GaleRio, primeira galeria de arte urbana da cidade — inaugurada em junho do ano passado, em Botafogo —, é prova dessa mudança de visão. Ela ocupa um casarão histórico na Rua São Clemente, onde são promovidas exposições regulares de artistas do gênero. O espaço abriga também a sede do EixoRio

Cristine diz que a ideia não é interferir no processo de intervenção urbana, como algumas pessoas do segmento ainda pensam.

— Nosso objetivo é fortalecer essa cena da forma menos institucional possível. Queremos ajudar esses artistas. Está provado que a intervenção urbana é um atrativo turístico que movimenta a economia no mundo — diz Cristine.

Com o decreto municipal 38.307/2014, a intervenção em espaços públicos — que não sejam tombados como patrimônio histórico — passou a ser legal, sem a necessidade de um pedido prévio.

— A gente sabe que os artistas ainda enfrentam muita resistência por parte das autoridades que desconhecem a legislação. Mas, hoje muitos andam com o decreto impresso por todos os cantos. Ao serem abordados, provam estar amparados pela lei — destaca a coordenadora do EixoRio, que deu apoio ao grupo de grafiteiros que, recentemente, foi agredido no mercado popular da Saara, no Centro.

COMO OBTER UM SORRISO NUM MINUTO

Já aconteceu com quase todo mundo que mora no Rio: você está andando numa rua, olhando para o chão e nem se dá conta de que está bem ao lado de uma das vistas mais bonitas da cidade. Há dois anos, no entanto, um carioca avoado que se encontre numa situação dessas pode ser alertado por uma das mensagens do Oraculo Project. A ideia do criador, outro artista que gosta de permanecer anônimo, é simples: um quadrado feito de estêncil que diz “Pare aqui, aprecie a vida por um minuto e sorria”. Há outros formatos e mensagens, mas essa pioneira faz uma analogia aos bloquinhos do banco imobiliário: em vez de ganhar um hotel, você ganha um minuto para curtir o dolce far niente.

Criador e criatura: Um dos estêncils mais comuns do oráculo Project Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo

O projeto surgiu em 2010 com uns lambe-lambes do Mr. Burns, dos Simpsons, nos quais o interlocutor era estimulado a colar chicletes e emporcalhar a imagem, em protesto contra os políticos do Ficha Limpa. A intervenção das vistas, uma das mais abrangentes, já foi feita mais de mil vezes no Rio e outras 300 em cidades como Londres, Paris, Amsterdã, Colônia e Berlim. Vez por outra, o autor, que trabalha sozinho, senta-se perto de um dos quadrados e fica observando a reação das pessoas. A maioria para por uns dez segundos, respira fundo e continua o seu caminho. De cada dez pessoas, apenas uma saca uma foto e marca o nome do projeto com a hashtag.

— Tenho uns oito mil posts. Então, calculo que dez vezes mais pessoas pararam ali para pensar de alguma maneira. Às vezes, acho a mensagem meio boba, mas, em outras, penso que isso pode fazer diferença no dia de quem está vendo aquilo. O mundo é fantástico, merece que você pare um minuto para pensar nisso — diz.

Além das placas de estêncil, nosso amigo leva para onde vai, dentro de sua mochila, uma lata de tinta vermelha para pintar os tocos de árvores que encontra pelo caminho. Outras espécies categorizadas como “ex-árvores” são apontadas por desconhecidos no Facebook do projeto. Em pouco mais de um ano, já foram coloridos mais de 260 tocos.

— Você corta, cimenta e depois nem lembra que tinha uma árvore ali. Desse projeto, o pessoal não gosta muito de postar. Mas a intenção é a pessoa não gostar mesmo. A intervenção urbana tem muito a ver com a resposta da pessoa, né? Você não foi a um museu consumir arte. Você só foi comprar um cigarro ou ao banco e pum: recebe aquilo goela abaixo. Você acaba sendo exposto, não estava preparado, com a cabeça pronta para fazer aquela leitura — teoriza.

E como não pensar no porquê do macaco de terno que pula de poste em poste (muros, fradinhos e no que mais tiver) da cidade? O primata nasceu depois que um dos integrantes do coletivo Nata Família viu uma imagem similar num protesto na Síria. Bastou isso para que o símio fosse tropicalizado.

Os macacos de terno são um clássico do Rio: de protesto na Síria até relação do homem com a natureza Foto: Fernanda Dias / Agência O Globo

— Quando eu fiz o desenho, tinha um pensamento em relação a ele. Oito anos depois, essa concepção já mudou diversas vezes. Hoje, tem a ver com o quanto o homem se afasta da natureza, sendo que ele mesmo faz parte deste meio. De que não existe separação. Mas já ouvi interpretações muito mais interessantes do que a minha — diz.

Para outro integrante do grupo, a cidade é lugar de provocação. Tanto do que se faz na rua, quanto da escolha de qual muro pintar, passando pela seleção de uma figura em detrimento de outra. Depois de fases bem políticas, de músicos e anônimos (principalmente negros e mulheres), a Nata Família anda cativada por divindades astecas, egípcias, etíopes.

Um dia desses brotou uma imagem de Padmasambhava na Lapa. Quem viu, jura que estava linda, uma obra-prima, até, é claro, ser apagada por uma camada de tinta branca, depois de menos de três semanas de exposição. Para não deixar por menos, a Nata Família tascou um macaco de terno com os dizeres: “Eu voltei” na parede. O primata gozador está lá até hoje.

— O poeta Paulo Leminski dizia que um muro branco é uma afronta, uma página em branco que pede para você se expressar ali. É a coisa mais pobre de criatividade. Estar na rua é um ato político também, né? — questiona um deles.

SUPER BITCH BROS. ATACA NOVAMENTE

Atenção: a exposição às peças do 8-Bitch Project provoca reações involuntárias, que variam de sorrisos espontâneos a sonzinhos fofos, como “ownnn”. As interjeições são ativadas pela parte do cérebro responsável pela nostalgia. E o perigo pode estar em qualquer esquina. A assessora de imprensa Carolina Mello e o produtor Luca Bastolla são os responsáveis por esse fenômeno e espalham, há mais de dois anos, figuras de videogames antigos pela cidade. Graças às pastilhas (dessas usadas para revestir banheiros e cozinhas), a dupla consegue dar aos bonecos um efeito pixelado.

Rua apropriada: Carolina e Luca comandam o projeto "safado" dos bonequinhos pixelados de videogame Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo

Um dos musos inspiradores da dupla é o Mário. Além das estrelinhas de vida, corações, cogumelos e princesas Peach, o projeto apresenta variações divertidas, como um “Mario Bowie” (do David Bowie, com raiozinho no rosto e tudo mais) feito na Lapa. Outra graça do casal é aproveitar imperfeições das paredes e muros para fazer brincadeiras.

— Fizemos um cogumelo numa parede rachada que dá a impressão de que o jogo deu pau. O videogame é uma referência importante para a nossa geração, no mesmo patamar do cinema, das músicas e dos livros. E até os menores curtem! Só que eles acham que os bonecos são do Minecraft — conta Bastolla.

O projeto nasceu, como explica Carolina, de uma maneira safada — por isso, o bitch (cadela, em inglês, para ficar na definição mais familiar) é escrito com um “CH” e não com um “T” mudo.

"Super Mario Bowie" sendo colado na Lapa Foto: Bárbara Lopes / Agência O Globo

— Nós nos apropriamos das coisas: nos inspiramos num projeto semelhante de um artista francês e usamos personagens que já existem. É muita safadeza! — resume ela, soltando uma gargalhada.

Grande parte da razão do projeto está na inquietação que Carolina sentia logo quando se mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro. Para ela, a capital paulista está à frente das terras cariocas no que se refere à arte de rua devido à distribuição do espaço urbano. Apertadinhos entre as montanhas, os bairros daqui têm “menos muros e menos concreto” do que os de lá.

O critério da dupla é poupar as obras de outros artistas, monumentos históricos e prédios tombados... o resto é muro. Dificilmente eles pedem autorização; se o dono não gostar, ele tira.

— Ainda há casos de truculência, mas nunca passamos por nada assim. Pelo contrário, quando a prefeitura pinta o muro, geralmente contorna os bonecos. As pessoas já entendem arte de rua como patrimônio, uma coisa que agrega valor àquele espaço. E também sentem vontade de se apropriar dela! — defende Carolina.

Para Lala Deheinzelin, especialista em economia criativa e uma das fundadoras do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC, o crescimento no segmento faz parte de um movimento mundial.

— Pela primeira vez na história da humanidade, as pessoas comuns se tornaram protagonistas de suas vidas. Antigamente, elas eram espectadores. Essas intervenções são como tatuagens no corpo de uma pessoa, refletem o perfil da cidade — diz.

Segundo Lala, ainda num paralelo com as tatuagens, hoje o movimento está saindo das sombras e se mostrando para o mundo.

— A tatuagem antigamente era algo marginalizado e mal visto. Hoje, tornou-se um item de desejo, assim como as intervenções — ressalta.

Para a especialista, o fato de o segmento ter nascido como uma ferramenta de protesto não impede que haja parcerias com o poder público.

— Essa relação entre a intervenção urbana e o estado melhorou bastante, mas ainda não é a ideal. Ainda é preciso avançar — opina.

INTERVENÇÕES QUE VALEM MILHÕES

Homem fotografa obra de Banksy na S2Gallery, em Londres Foto: Neil Hall / Reuters

As intervenções artísticas que apareceram em profusão nas ruas das grandes cidades na última década estão cada vez mais valorizadas no mercado de arte. E nessa corrida de galeristas e colecionadores, o britânico Banksy se tornou uma verdadeira celebridade mundial. Um pedaço de parede pintada por ele já chegou a ser vendido por cerca de R$ 1,38 milhão num leilão em Miami, nos Estados Unidos.

A obra de muitas cifras foi pintada na parede de um pub na cidade inglesa de Bringhton, em 2004, e mostra dois policiais se beijando. Chamado de “Kissing coppers”, o painel foi feito com a técnica do estêncil, que se tornou bastante difundida entre os artistas urbanos graças à popularidade de Banksy.

O que mais intriga no fenômeno do artista de rua mais famoso do mundo é a sua identidade ser completamente desconhecida. Sabe-se que ele é de Brixton, distrito de Londres, onde começaram a surgir suas primeiras intervenções há mais de dez anos. Hoje, há pinturas suas espalhadas por diversas cidades dos Estados Unidos e até do Oriente Médio. Críticos e curadores de arte creditam o valor de suas obras ao fato de usar a interação do meio urbano para transpor mensagens de alto teor político com um toque de humor. (Leonardo Sodré)

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