Subida à Pedra Bonita, Rio de Janeiro, Brasil. Domingo, 2000-12-03 (by 5)

Este foi o email convidando o pessoal para a subida:


Participantes da subida

Veja abaixo quem corresponde a cada número da foto. Este álbum foi restaurado a partir apenas dos thumbnails das fotos originais, que por ora estão perdidas. Peço desculpas pela baixa resolução. Esta página vale mais pelo registro do passeio. Tenho esperança de que um dia reencontrarei as fotos mais nítidas. Quando chegar este dia, vou postá-las aqui mesmo.

[Atualização em 2019-01-18: Encontrei as fotos mais nítidas e já substituí aqui as ruins]

1 - Aristóteles Cavalcante Mendes <ari@tce.pe.gov.br> Natural de Teresina, PI, em visita ao Rio a serviço. Morando em Salgueiro, PE. Amigo há mais de 25 anos de 5 e 12. Foi em homenagem a ele que se promoveu esta subida.

2 - Benjamin Azevedo <editor@opiniao.com> Veterano de subidas, marido de 19.

3 - Márcia Rocha <Caliel35@hotmail.com> Amiga de 6, 10 e 13.

4 - Carlindo Lago da Costa <carlindo@pobox.com> Notável financista e animadíssimo amigo, pai da 7.

5 - Carlos Alberto Teixeira <cat@royal.net> Este escrevinhador.

6 - Chrystina Gomes Gonçalves <cggoncalves@cruiser.com.br> Amiga minha, espírito aventureiro, conhecemo-nos via email.

7 - Clarice Costa <Claricecosta@pobox.com> Amiga querida, presença infantil adorável e corajosa.

8 - Cleverson José Ferreira de Oliveira <cjfo@correo.de> Velho companheiro via email, colega de trabalho de 12.

9 - Eberhart Portocarrero Gross <ebhpg@bigfoot.com> Lutador de Kung Fu (Shaolin Norte) e aspirante a alpinista e escoteiro, irmão da 15.

10 - Helena Falcão <helenafalcao@bol.com.br> Ágil e animada caminhante.

11 - Josana Róiz <josana@elasonline.com.br> Executiva do mundo Web.

12 - José Ribeiro Aires <aires@cenpes.petrobras.com.br> Brilhante geólogo, ecologista profissional, velho amigo e meu preceptor nas caminhadas.

13 - Jussara Soares <jusoares@cruiser.com.br> Brava aluna de alpinismo, única mulher a encarar o rapel.

14 - Laiz Assis Ribeiro <laiz@iis.com.br> Restauradora de arte, namorada do 5 à época.

15 - Monica Cara <monica.cara@intelig.net.br> Querida amiga, professora da PUC, fera em sistemas de computação e agente do FBI incógnita, bem, quase.

16 - Pedro Macarrão <pmac@centroin.com.br> Especialista em hardware e emérito fotógrafo digital.

17 - Sérgio Gallo <sgallo@openlink.com.br> Mestre dos mestres nos BBS's.

18 - Diane Costa <dianecost@hotmail.com> Simpática e decidida namorada de 17.

19 - Cristina Monteiro de Azevedo <crismon@br.ibm.com> Engenheira eletrônica, fundadora da firma Amplus de redes locais, Gerente de Co-Marketing IBM Latin America e esposa do 2.

20 - Pedro Aires <--> Filho do 12, escoteiro e professor de alpinismo, entre outras coisas.

21 - Rodrigo Camara Patrício <cao17@hotmail.br> Filho do 12, dono duma bravura sem par, especialmente por ter subido tudo com um tênis retro-jacaré ;^)

Nos dias que antecederam nossa subida, o tempo andou muito chuvoso. Apesar da divulgação maciça via email, à medida que ia chegando perto do domingo, o pessoal começou a amarelar. No sábado, muita gente jurou de pés juntos que ia subir, mas na hora agá, compareceram só 21 pessoas. Sem dúvida, éramos a nata da nata. Para nossa sorte, o domingo amanheceu sem uma nuvem sequer. Prometia um dia lindão e, de fato, foi. Nosso ponto de encontro foi no Pão Biruta em São Conrado, às 7h30 daquele dia.

Ficamos ensebando no Pão Biruta à espera dos retardatários. Aproveitamos para fazer as últimas compras de rango e bebida no mercadinho. Compramos até maria-mole, que lá no topo foi devidamente detonada por todos. Resolvemos começar a subida da Estrada das Canoas às 8h15, numa caravana de sete carros. Logo depois da IBM, entramos à esquerda na íngreme estradinha que leva à rampa de decolagem de asa-delta e parapente. O ideal é chegar assim cedo mesmo, quando o guardinha da associação dos voadores ainda não tomou seu posto na guarita, filtrando quem pode ou não pode subir pela estrada. Como de costume, houve engarrafamento na hora da turma manobrar para começar a subida. Por estar meio úmido o aclive, foi um festival de fritura de borracha, com esses nossos carros de tração dianteira. Pedro Macarrão ofereceu a caçamba da sua pickup para levar uma penca de excursionistas.

Pensamos em estacionar no topo da ladeira mas, já prevendo que aquele larguinho ia se entupir com os carros dos voadores, optamos por estacionar mais abaixo. Foi dito e feito: quando descemos estava a maior confusão no largo. Há dois caminhos para subir a Bonita. Um deles começa perto de onde estacionamos e é bem mais suave. O outro começa mais acima, no larguinho. Este é mais íngreme, mas bem mais curto. Optamos pelo segundo.

Por ter chovido nos dias anteriores, a subida estava meio escorregadia. As corajosas beldades levaram estabacos homéricos e ficaram devidamente carimbadas com o barro da trilha. Isso sem falar nos egos dilacerados. Esta foto mostra uma das inúmeras paradinhas para descanso.

Essas paradas eram curtas, apenas para os batimentos cardíacos se aquietarem um pouco e para secar a suadeira. Tinha logo um apressadinho que dizia "Vamunéssa!" e a subida prosseguia.

Não demorou nem 40 minutos e chegamos ao topo. O cercadinho de grade que se vê na foto é uma antiga estação de microondas que, por sorte, foi desativada. Os vândalos de sempre se encarregaram de incendiar a cabine de fibra de vidro, deixando a estrutura bem feiosa. Para quem temia o sol forte, foi uma beleza ficar na sombrinha embaixo da base de concreto dessa cabine.

Muita gente levou câmera fotográfica, mas quem humilhou mesmo foi o Pedro Macarrão, com sua Olympus 2100 Ultra Zoom. A lente dessa maldita tem zoom ótico de 10x e um viewfinder eletrônico.

Nesta foto, Carlindo nos mostrava onde pretende erigir seu novo empreendimento imobiliário na Barra da Tijuca.

O lugar ideal para relaxar não é propriamente o topo da Pedra Bonita, onde ficava a antena de microondas. É mais abaixo, bem na beira do paredão que dá de frente para a Pedra da Gávea.

Foi lá que estabelecemos nossa base. Lá papeamos, trocamos piadas, contamos mentiras, tiramos fotos e ficamos relaxando. O benemérito Aires trouxe até carvão para assar salsichão na brasa.

Havia um buraco com cerca um metro de profundidade onde se acumulou a água da chuva. Depois de umas fungadas para avaliar se a poça fedia, aventurei-me a tomar um banho de imersão. Clarice e Carlindo estavam a postos para qualquer emergência, inclusive com celular de prontidão, caso eu desaparecesse nas entranhas da pedra. O primeiro mergulho foi uma maravilha, a água estava bem fresca. Mas no segundo, a quantidade de barro que levantou do fundo foi uma coisa estupenda. Desnecessário dizer que ficou o barro todo acumulado dentro da minha cueca, causando um desconforto medonho.

Em dado momento, algumas mulheres se aglutinaram num grupo separado, certamente para falar de assuntos totalmente impublicáveis. O grupo era liderado pela Laiz, e contava com Mônica, Josana e Diane. Segundo espiões treinados que tangenciaram o grupelho, o tema era, como não poderia deixar de ser, homens.

O visual lá de cima. As fotos falam por si. Eis a Barra da Tijuca.

Detalhe do shopping Città América.

O Corcovado surgia no meio duma névoa seca. Belíssimo ver a pedra ainda molhada.

Volta e meia, depois das 11h00, surgiram umas nuvens. Essa foto do Dois Irmãos foi tirada num momento assim.

Essa máquina do Macarrão é um absurdo. São Conrado, Dois Irmãos e, lá no fundo Ipanema e até o lado de lá da entrada da Baía de Guanabara.

Dentre as árvores, novamente Ipanema City.

A imponente imagem da esfinge da Gávea, com seus 842m de altitude.

Detalhe da praia do Pepino, São Conrado.

Não foi fácil juntar a turma à beira do abismo para a foto oficial. Eram várias câmeras, todo mundo queria guardar suas recordações.

A foto oficial foi obra do Benjamin.

Depois começaram as variações sobre o mesmo tema. Nessa, o fotógrafo sacrificou o rodapé.

Nunca é demais ter foto desse grupo tão legal.

Essa foi com a máquina da Chrys.

E essa com a do Sérgio Gallo.

No último grampo da via Lionel Terray, Pedro armou o circo e pôs-se a fazer evoluções alpinísticas. Veio muito bem equipado e deu um verdadeiro show.

Só o Eberhart e a Jussara toparam experimentar o rapel, sob a supervisão atenta do Pedro.

Com tanta engenhoca metálica presa à corda, o mancebo quase não fazia força para subir o paredão.

Depois de muito rango, conversa mole, maria mole e belas paisagens, começamos a descida, lá pelas 12h30.

Alguns repetiram o caminho íngreme da subida. Outros, mais sábios, preferiram a opção suave que, apesar de mais longa, dizem ter sido muito mais agradável.

Tombos eram inevitáveis. Na foto, Sérgio se reequilibra depois duma dessas escorregadelas. Seu orgulho foi salvo.

Já no final da descida, alguém teve a idéia de ir até a rampa, que fica bem ali perto.

Ficamos quase uma hora descansando sob a sombra da rampa e vendo a turma pular. Houve até duas quedas de parapente, sem gravidade, por sorte.

Tem que ter muito peito para pular dali. Os mais experientes começam a correr de costas com o parapente, só se virando para a frente quando têm certeza que o bichão está devidamente inflado de ar. A princípio parecia exibicionismo besta, mas provou ser o procedimento mais prudente.

O mar estava alto e o reflexo prateado do sol deu um toque a essa foto, em que o parapente preparava-se para descer na praia.

Lá do chão, na Praia do Pepino, vê-se a imponente Pedra da Gávea, nosso próximo desafio. Um morro bem misterioso...

A primeira versão desta página foi postada com as fotos em baixa resolução. Mas, por sorte, em 2019-01-18 encontrei um CD com fotos melhores e substituí as ruins. As fotos em alta resolução foram originalmente postadas online. Mas, por azar, os sites escolhidos morreram logo depois: Zing e i-Drive. Viva os CDs perdidos no fundo da gaveta!

O álbum no Google Fotos está aqui.

Obrigado por ter lido até o final. Poucos meses depois houve uma nova subida grupal, desta vez à Pedra da Gávea.

Esta página foi originalmente criada em 2018-08-03.

- c.a.t.