Cronologia de Rio Pardo, Cachoeira do Sul, Agudo, Paraíso do Sul, Cerro Branco



Abro esta página pedindo desculpas aos autores das informações por não citar as fontes, é que fui recolhendo e recolhendo material, e nem sempre anotei a fonte. Mas reconheço e agradeço o trabalho maravilhoso !

--------------------

Cronologia de Rio Pardo, Cachoeira do Sul , Agudo, Paraíso do Sul e Cerro Branco

1633-1634-R.P.:missionários jesuítas, estabeleceram reduções nos municípios de Candelária (Redução Jesus Maria) e Rio Pardo (Redução São Cristóvão), nos anos de 1633 e 1634. 

RIO PARDO às margens do Rio Jacuí, é um dos municípios mais antigos do Rio Grande do Sul e de grande importância histórica, essencialmente militar. No século XVII e século XVIII, compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território rio-grandense, e de onde se desmembraram mais de 200 municípios. Era habitada pelos índios tapes que eram de boa índole e se dedicavam à agricultura e foram depois civilizados pelos jesuítas espanhóis das Missões Orientais, por volta de 1633. Até então, o Rio Grande do Sul era considerado pelos europeus como “terra de ninguém”.

Pelo Tratado de Tordesilhas, o Rio Grande do Sul pertencia à Espanha.

Porém, os espanhóis não se interessaram de imediato pela região, porque ela não oferecia grandes atrativos para a exploração da época. Suas únicas investidas consistiram em permitir que os padres jesuítas instalassem reduções jesuíticas na região, o que foi feito em duas etapas.

A 1ª com a criação de 18 reduções, que foram arrasadas por bandeirantes paulistas até 1640;

A 2ª a partir de 1682, com a implantação dos Sete Povos das Missões.

1637-Segundo crônicas do Pe.Losano,bandeirantes de Raposo Tavares,em 1637 desbravaram terras na região central do RS,destruindo nas margens dos rios Jacuí,Piratini,Ijuí Grande e outros,aldeamentos indígenas fundados pelos jesuítas.

Em 1680 os portugueses criaram a Colônia de Sacramento, nas margens do rio da Prata, em terras que eram dominadas pelos espanhóis. A partir da existência desses dois pólos - Colônia de Sacramento e Sete Povos das Missões - portugueses e espanhóis passaram a lutar pelas terras do Rio Grande do Sul. Para resolver atritos como estes, as duas coroas ibéricas assinaram o Tratado de Madri (1750), que determinava a troca da Colônia de Sacramento pelos Sete Povos das Missões, permitindo assim que portugueses e espanhóis passassem a explorar terras com fronteiras bem definidas. As demarcações de fronteiras geradas por esse tratado foram entregues a representantes oficiais dos dois países, sendo nomeado chefe da comissão portuguesa o General Gomes Freire de Andrade. Uma de suas primeiras providências foi ordenar a construção de um depósito de provisões para seus soldados, na margem esquerda do rio Jacuí, nas proximidades da foz do rio Pardo.

1715 - chegaram à cidade os primeiros colonizadores portugueses avulsos.

1724 - Estancieiros paulistas e Lagunenses espalharam-se pelo território sem, entretanto,formar povoados

1740-Seguiram-se os capelães militares junto ao Forte dos Dragões em Rio Pardo. 1748-Com a chegada dos açorianos em 1748, que além de Rio Pardo ocuparam as regiões de Mariante, Venâncio Aires, Lajeado e Arroio do Meio, vieram diversos sacerdotes.

1750 -RIO PARDO começou a formar-se como povoação regular a partir de 1750

“Por isso, em 1751, o Gal. Gomes Freire de Andrade, chefe da comissão demarcadora por parte de Portugal, mandou construir um depósito de provisões para seus soldados no local hoje denominado Alto da Fortaleza. Esse depósito ficou sob a guarda de 60 aventureiros paulistas comandados pelo Ten. Francisco Pinto Bandeira

1750 -CACHOEIRA e o início do povoamento:Os soldados Portugueses que receberam grandes extensões de terras(Sesmarias) e grande número de cabeças de gado xucro da Vacaria del Mar, formando-se as primeiras estâncias bovinocultoras.

1752 -R.P. Reconhecendo o valor estratégico deste local, Gomes Freire encarregou o eng. militar João Gomes de Mello de construir no outeiro, em 1752, um forte, que denominou de Fortaleza Jesus Maria José. No decorrer de sua história e função, a Fortaleza sofreu vários ataques, aos quais sempre resistiu bravamente, nunca tombando em poder de inimigos. Por isso, ficou conhecida pela legenda "Tranqueira Invicta", que permanece presente no escudo do município de Rio Pardo.

1753-Controvérsia sobre os casais açorianos trazidos por determinação de Gomes Freire de Andrade.

Casais Açorianos constituem o núcleo inicial do povoamento do então Distrito do

Botucaraí. A província recebeu-os como reforços ao povoamento da antiga região das Missões. Isso não se concretizou pois os açorianos dissiparam-se pelo Rio Grande e um grupo estabeleceu-se nas margens do rio Jacuí em pequenas propriedades minifundiárias.

1754-R.P.: para reforçar a defesa desta fortificação, que já sofrera ataque de indígenas, foi enviado de Rio Grande (ocupada pelos portugueses em 1737), um contingente do Regimento de Dragões sob o comando do Cel. Thomaz Luiz Osório. Esse Regimento de Dragões permaneceu na cidade por mais de 80 anos, celebrizando-se com a denominação de"Regimento de Dragões de Rio Pardo". Porém, a demarcação determinada pelo Tratado de Madri nunca foi concluída, pois os índios das Missões não concordaram em entregar as terras dos Sete Povos aos portugueses. Então, portugueses e espanhóis se aliaram para tentar quebrar essa resistência. Enquanto isso, os portugueses avançavam na sua conquista, já tendo criado outros núcleos de povoamento, como Rio Grande, Porto Alegre e Viamão.

Várias vezes os espanhóis tentaram retomar as terras que os portugueses dominavam. Tomaram a Colônia de Sacramento, a Vila de Rio Grande e planejavam dominar todo o território através dos pontos chaves que eram Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo. Foram contidos pelo Regimento dos Dragões da Fortaleza Jesus Maria José de Rio Pardo, que resistiram à várias investidas, tanto dos espanhóis como dos índios. Por nunca ter sido tomada, essa fortaleza recebeu o nome de Tranqueira Invicta.

Concluímos então que Rio Pardo foi criada com função militar e por muito tempo representou um ponto estratégico importante, que determinou a inclusão do Rio Grande no território brasileiro.

1754 -R.P.: Agregando-se aos militares e suas famílias, os açorianos começaram a chegar em Rio Pardo em 1754, trazidos por Gomes Freire de Andrade para ocupar as terras das Missões. Nessa época também foram distribuídas sesmarias a muitos militares da Fortaleza, como forma de povoar e ocupar as terras.O povoado continuou a progredir, mesmo depois que os espanhóis ocuparam a Vila de Rio Grande e seus arredores, em 1763.

1754/56- Guerra Guaranítica, conflito entre tropas luso-castelhanas e índios missionários.

1757-R.P.: foi criada a Aldeia de São Nicolau, com o objetivo de abrigar os índios que foram trazidos dos Sete Povos das Missões por Gomes Freire.

1760 - Em 1760 foi autorizada a ereção da Capela, filial da freguesia de Rio Pardo

1764-A primeira paróquia fundada no território que atualmente abrange a Diocese de Santa Cruz, em 1764, foi “Santo Ângelo de Rio Pardo”, designada, posteriormente, de “Nossa Senhora do Rosário”.Na oportunidade, todo o Rio Grande do Sul pertencia à Diocese do Rio de Janeiro, e somente em 1848, com o Papa Pio IX, foi erigido o bispado de São Pedro do Rio Grande do Sul. Como bispo da nova diocese foi nomeado o pároco da Paróquia Santa Bárbara de Encruzilhada do Sul, Dom Feliciano José Rodrigues Prates. Com a colonização açoriana vieram as irmandades e confrarias, cujo objetivo primordial era “garantir as orações aos confrades e assistir aos agonizantes e defuntos pobres, já que só os ricos tinham procissões fúnebres solenes e podiam pagar por missas perpétuas” (João Batista Costa Sobrinho, in: Documento de Estudo em preparação à 1ª Conferência Nacional dos Leigos de 2000, p. 26).

1769 -R.P. Em 8 de maio de 1769 foi criada a Freguesia de Nª Sª do Rosário de Rio Pardo, a quarta do Rio Grande do Sul, em função do progresso da região, gerado pelo surgimento de grandes estâncias de gado e de desenvolvimento da indústria pastoril.

1769-CACHOEIRA.:Alguns índios missioneiros foram recolhidos pelos portugueses e aldeados nas proximidades do Cerro do Botucaraí e, em 1769, foram transferidos para o Passo do Fandango,e ali costruíram uma pequena capela dedicada a S. Nicolau, no local denominado até hoje de “Aldeia”.

Os habitantes da Aldeia, estabelecidos junto a pequena Capela de São Nicolau, deram início ao núcleo urbano próximo ao rio Jacuí, donde eram avistados as quedas d'água presentes em seu leito, induzindo os moradores a chamar o lugar de “Cachoeira”.Ordenado pelo Governador Geral da Capitania, José Marcelino de Figueiredo.Devido a decadência do aldeamento dos índios de S. Nicolau de Rio Pardo, o Governador do Rio Grande, Coronel José Marcelino de Figueiredo, ensaiou em Cachoeira, que então se chamava Povo Novo, por volta de 1769, o aldeamento indígena dos Butocaris. O cura do aldeamento de São Nicolau passou para a nova povoação, que foi denominada São Nicolau de Cachoeira.Pe Bernardo Lopes e Pe. Francisco Bernardes, jesuítas portugueses, foram encarregados, por Gomes Freire de Andrade, da assistência espiritual dos índios da Aldeia de N. Sra. da Conceição do Estreito, norte do Porto do Rio Grande e da Aldeia de Rio Pardo e conseqüentemente do Povoado de Cachoeira.Houve a construção d'uma pequena Capela sob a invocação de S. Nicolau no local chamado Aldeia. Em 1769 o lugar era oficialmente denominado de "Capela de São Nicolau" e em 1779 passou à "Freguesia de Nª Sª da Conceição".

1771 -R.P.: Dois anos depois da criação da Freguesia, foi estabelecida a Comarca Eclesiástica de Nª Sª do Rosário do Rio Pardo, tendo como vigário o Padre Manoel da Costa Mata.

1777 - O distrito de CACHOEIRA teve sua criação devido a uma Provisão 8-1-1777 .

1779 -R.P.: Igreja Matriz Nª Sª do Rosário, que foi inaugurada no longínquo ano de 1779; a Igreja de S. Nicolau foi construída num lugar que constituía um arranchamento de índios; possui interessante estatutária de feições indígenas a Capela de São Francisco de Assis, construída pelos idos de 1800.Com a vinda de militares e suas famílias, foi se constituindo esta histórica cidade, formada principalmente por açorianos (portugueses da Ilha de Açores, arquipélago pertencente na época a Portugal

1779 -A Paróquia foi ereta, no tempo do Brasil-Colônia, no dia 10-7-1779 por D. José Joaquim Mascaranhas Castelo Branco,Bispo do Rio de Janeiro,sob o orago de S. Nicolau de Cachoeira e,dois anos mais tarde,foi mudado para Nª Sª da Conceição,na atual Praça Balthazar de Bem.

Foi a levação da Capela à categoria de Freguesia de Nª Sª da Conceição da Cachoeira e inaugurada pelo vigário de Rio Pardo, padre José Antônio de Mesquita, que a administrou durante 1 ano, sendo substituído, em 1780, pelo Pe João Manoel Xavier de Mattos.

Nessa época, apareceram as primeiras referências ao nome de Cachoeira, devido às quedas d'água existentes no Rio Jacuí, próximas ao local da povoação. Data também desse período, a demarcação dos limites da Freguesia.

Em 28 de setembro de 1799, foi inaugurado o novo templo católico, a Igreja Matriz NªSª da Conceição, na atual Praça Balthazar de Bem. A realização dos primeiros ofícios religiosos ocorreu após uma procissão em que foram trasladadas da antiga Capela na Aldeia as imagens dos Santos.

Párocos:O 1º Pároco foi Pe. José Antônio da Mesquita (1779-1780); até o Mons Armando Teixeira foram, 18 Párocos; após Mons. Teixeira seguiram-se Mons. Floriano Cordinunzi, Pe.Orlando Penna, Pe Jerônimo Job, Pe. Ernesto Botton, Mons Breno Simonetti, Pe Nelson Luiz Pappis, Pe. Ruben Natal Dotto e Pe. Hélvio Luiz Cândido.

1780- Padre João Manoel Xavier de Mattos substituiu o Padre José Antônio de Mesquita que inaugurou a Freguesia.

1800 -A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira entrou num período de crescimento demográfico, comercial e urbano.Várias capelas filiais prestavam, na área espiritual, obediência à Freguesia de Cachoeira.O comércio entre as Capelas era crescente;Por dominar este território, como cabeça de vasta região, tornar-se mister que Cachoeira, desagregando-se de Rio Pardo,estendesse sua ação administrativa,judiciária e política às Capelas que lhe eram subordinadas.

1801 -R.P.: Em 1801 nova guerra surgiu na Europa, entre os países ibéricos. Foi então realizada a conquista do território das Missões para Portugal. O rio-pardense José Borges do Canto, acompanhado por Manoel dos Santos Pedroso e Gabriel Ribeiro de Almeida realizaram, com seus companheiros, esta importante conquista. A assinatura da paz entre Portugal e Espanha definiu melhor as fronteiras do Rio Grande do Sul.

1807 - em 1807 foi criada a Capitania de São Pedro 1809 -R.P.: Pela provisão de 07/10/1809, Rio Pardo foi elevado à condição de vila, com o nome de "Vila do Príncipe"; em 7 de outubro de 1809, na primeira divisão administrativa da Capitania do Rio Grande de São Pedro, por Decreto Real, foram criadas as quatro primeiras vilas do nosso estado: Porto Alegre, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Rio Pardo, que ficou com a maior parte do território, abrangendo 156.803 km² , o que hoje corresponde ao território de mais de 300 municípios gaúchos.

1810 -CACH.: Em 24 de maio de 1810 a paróquia foi elevada a Comarca eclesiástica, separando-se de Rio Pardo, por provisão de Dom José Caetano da Silva Coutinho, Bispo do Rio de Janeiro e recebeu sob sua jurisdição as Capelas curadas de N. Sra. da Assunção de Caçapava (1800) e de Santa Maria da Boca do Monte (1812), São Gabriel do Vacacaí (1815),Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete (1820),Santana da Boa Vista(1824) e São Martinho(1832).

Extensão da nova Paróquia: Abrangia um território muito vasto, toda a fronteira do Rio Pardo, isto é, o território da margem direita do Rio jacuí até o Rio Camaquã e a linha de demarcação dos limites do Tratado de Santo Ildefonso (1777).Noutras palavras, abrangia os Municípios de Cachoeira, Santa Maria, Caçapava do Sul, São Sepé, São Pedro do Sul, General Vargas, Jaguari, Cacequi, São Gabriel, Alegrete, Uruguaiana e Santana da Boa Vista. 1811 -R.P.: Em 20 de maio de 1811 foi instalada solenemente a nova vila e o município, com a posse dos primeiros vereadores. A nova Câmara possuía belíssima mobília de jacarandá, do século XVIII, que hoje se encontra, em perfeito estado de conservação, no Museu Municipal Barão de Santo ângelo.Já nessa época Rio Pardo era o centro comercial da parte oeste da Capitania. Seu porto, no rio Jacuí, tinha grande movimento. Ali atracavam continuamente as embarcações que traziam mercadorias de Porto Alegre, para serem conduzidas, por carroças e carretas, a outros locais, principalmente a serra e a fronteira.Pouco depois da elevação de Rio Pardo à condição de vila, sua principal rua, a Rua da Ladeira, foi calçada. Esse calçamento antigo está preservado até hoje, em parte, por força de tomamento federal. 1819 -CACH.: Por Alvará de Dom João VI, de 26 de abril de 1819 a Aldeia de São Nicolau de Cachoeira foi elevada à categoria de Vila-Município, com os mesmos limites da Paróquia. Era o 5° município da Província, na ordem de criação. Foi instalado a 05 de agosto de 1820.

1819- Elevação da Freguesia à categoria de Vila pelo Alvará de 26 de abril de 1819 Vila, por ordem do rei D. João VI, com nome de Vila Nova de São João da Cachoeira, sendo o quinto município a ser criado, precedido de Porto Alegre, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Rio Pardo.A nova Vila permaneceu com o mesmo território da Freguesia, e submetiam-se, administrativamente, à sua jurisdição, as Freguesias de Santa Maria da Boca do Monte, Alegrete, Livramento, São Gabriel e Caçapava.

1820- Instalação do Município a 05 de agosto de 1820, inaugurando o Pelourinho. Eleição dos primeiros vereadores.

1821- Criação de aulas públicas. 1822- Foram providos os cargos de dois juízes Ordinários para São João da Cachoeira. 1822- Desmembramento da justiça da jurisdição de Rio Pardo.

1824 - A imigração alemã ocorreu no Brasil a partir de 1824, quando o Governo Imperial oportunizou a vinda de imigrantes alemães para a Feitoria Imperial do Linho-Cãnhamo, às margens do rio dos Sinos, atual S. Leopoldo;

1827-Ocorreu a divisão do município em distritos providos de representantes legais: Cachoeira, S. Nicolau, Cruz Alta, Piquiri, Irapuá, S. Lourenço, S.Rafael, Formigueiro, Estiva e Águas Mornas. 1829- Organização dos serviços dos Correios. 1830 -Estabelecimento das Posturas Municipais, regulamentando as atividades dos munícipios. 1832 -Desmembramento dos territórios de Alegrete(com Livramento)e Caçapava(com S. Gabriel).

1835 -R.P.: Os Farrapos- devido ao desenvolvimento da pecuária e do comércio, em 1835 Rio Pardo era uma das principais vilas do interior gaúcho. Por isso, foi muito visada durante a Revolução Farroupilha, tendo ocorrido aqui alguns fatos importantes, como o ataque de Antônio Joaquim da Silva, mais conhecido por Menino Diabo, que tomou e saqueou a vila em 1836, e o Combate do Barro Vermelho, ocorrido em 30 de abril de 1838, em que os farrapos derrotaram as tropas imperialistas e tomaram a Vila. Neste combate, foi aprisionada a banda do maestro Joaquim José de Mendanha, autor da música do Hino Farroupilha, composta durante o seu cativeiro em Rio Pardo.

1846 -R.P.:D. Pedro II - em 31/03/1846, a vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade em decorrência de seu progresso, e também como conseqüência da visita do Imperador D. Pedro II, ocorrida em janeiro daquele mesmo ano.

1849 -As estradas eram atravessadas pelos rios Santa Bárbara, Vacacaí, Irapuá e Jacuí, que necessitavam de boas barcas e pontes para facilitar o trânsito,a exemplo da ponte do rio Botucaraí, concluída em 1849, que possibilitou um melhor acesso a Rio Pardo.

1849 - chegaram os primeiros imigrantes alemães a Santa Cruz do Sul. No mesmo ano vieram os primeiros padres de língua alemã (padres jesuítas) para o sul do Brasil. Como esteios tinham a família, a escola particular e confessional, a comunidade paroquial e a imprensa católica.”

1850 -Criação do Comando Superior da Guarda Nacional de Cachoeira e Caçapava.

1855 - Lei de criação da colônia de Santo Ângelo - Agudo -

1857 - Chegado dos imigrantes alemães no vapor Valentim, de PoA

1857- A Freguesia de Santa Maria foi elevada à Vila. 1859- Concessão do foro de cidade à sede do Município de Cachoeira. 1860 -Elevação de Cachoeira à categoria de cidade.

1863 - Paraíso do Sul- início da colonização-Quando chegaram os 1º imigrantes alemães em 1857, que ancoraram às margens do Rio Jacuí,na localidade na época denominada de Colônia S.Ângelo, onde está localizado um monumento em homenagem aos primeiros imigrantes, foram convidados a conhecer o galpão do imigrante, que estaria sendo construído pelo governo brasileiro para que os mesmos ficassem obrigados, quando retornaram para a embarcação com propósito de não ficar, pois o galpão, como combinado, não estava pronto, tiveram a primeira e grande decepção, somente estavam às margens do rio seus pertences. Aborrecidos procuraram subir os morros e, ao subir o primeiro morro e passar para o outro lado, avistaram um lugar muito lindo, plano, verde, ao qual disseram em idioma alemão: "das wirklem aim paradies" (um verdadeiro paraíso).

Este lugar hoje é denominado de Vila Paraíso, mas já foi Marupiara.

Paraíso do Sul limita-se: ao norte, com Agudo e Cerro Branco; ao Sul, com Restinga Seca; a Oeste, com Agudo e Restinga Seca e, ao Leste, com Cachoeira do Sul. Segundo o historiador William Werlang de Agudo, com a expansão da Colônia de Santo Ângelo, uma das primeiras famílias a se estabelecer em Paraíso do Sul foi a de Carlos Halberstadt, e os alemães, em sua maioria, de Neustettin, Pomerânea Oriental, mais precisamente do município de Lubow. 1865 -CACH.:Construção do edifício do Paço Municipal e entrega do mesmo à Câmara.

1865 -R.P.: Em 1865 D. Pedro II passou novamente por Rio Pardo, na viagem que fez à Uruguaiana, onde assistiu à rendição das tropas de Solano Lopes, durante a Guerra do Paraguai.

O município teve importantes participações na conquista da região das Missões do RS, bem como na Revolução Farroupilha (1835-1845) e na Guerra do Paraguai (1865).Logo depois, imigrantes alemães e de outras origens vieram colonizar as redondezas, principalmente a região de Santa Cruz do Sul, que atualmente constitui o principal pólo econômico e cultural da região.

1867-Autorizada a construção de uma capela em Agudo pela Lei Provincial nº469 de 22-11-1867 1872 - A 25-10-1872 Cach.do Sul tornou-se Comarca civil. 1872 - Cerro Branco( início do colonização )

Distritos ou localidades:Serraria Scheidt, Rodeio do Herval, Alto Cerro Branco, Arroio Bonito, Botucaraizinho, Linha Negra, Linha Alta, Linha Alta de Cima, Linha Boa Vista, Linha Garske, Linha Lajeado, Linha Lange, Linha Pfeifer, Linha São Pedro, Linha Schultz, Linha Santo Antonio, Linha São Luiz.

1876 -Cachoeira foi ligada à Capital da Província por linha telegráfica. 1882- Fundação do Clube Republicano. 1883- Chega à Estação Ferroviária de Cachoeira, a primeira locomotiva, inaugurando a estrada de ferro Porto Alegre - Uruguaiana.

1885 - A lei Provincial, que criou a paróquia de Agudo é de 04-12-1885; 1889 -Ereção canônica da Paróquia de Agudo só aconteceu na data de 09-8-1889. Párocos:1. Pe. Francisco Xavier Schuster (1889-1890),Palotino. 2. Pe. João Batista Larcher (1900-1903), diocesano. 3. Pe. Miguel Jungues (1904-1906), diocesano. ( Vacância até 1925, atendimento por diversos Sacerdotes).

Comunidades:01. São José no Rincão do Pinhal ( 1889) 02. Santo Antônio na Linha Pomeranos (1897)03. Santo Osvaldo na Serraria Scheidt (1887) 04. São Pedro na Linha S.Pedro (1944)

05. N.Sra.Perpétuo Socorro na Nova Boêmia (1958) 1889- A Câmara Municipal de Cachoeira aderiu à nova forma de governo. 1890-Instalação da Administração republicana.

1891 -CERRO BRANCO em18-4-1891,tornou-se Distrito sob ato nº 311,da Câm.de Cach.do Sul.

1892- Promulgação da Lei Orgânica do Município. 1892- Nomeação do Intendente de Cachoeira, Olympio Coelho Leal.

1892 - Em 1892 era fundado o 1º Colégio Est. em Cerro Branco nomeado-se o Prof. José Hettwer;

1911 -Pela divisão Adm.de 1911:Cach.,Piquiri,Palma,Restinga Seca,DnªFrª,Agudo,Cerro Branco.

1930 -Nomeação do 1º prefeito municipal, Dr. Leopoldo Souza.

1937 - Em 1937, Cerro Branco tornou-se vila;

1959 -Ttransformação da Colônia Santo Ângelo em 6º distrito, hoje município de Agudo, conforme a Lei nº 3718, de 16-2-1959.

1988 - Em 12 de maio de 1988 dois distritos de Cachoeira do Sul, Paraíso do Sul e Rincão da Porta, uniram- se para criar o Município de Paraíso do Sul, ficando a sede do Município, às margens da RST 287, onde era Rincão da Porta, e onde era Paraíso do Sul ficou acertado em plebiscito como Vila Paraíso.

Para demarcar a linha de fronteira foi designado para vir ao Rio Grande, o Governador e Capitão General do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Gomes Freire de Andrada, Visconde de Bobadela, acompanhado por uma comissão técnica e tropas dos exércitos espanhol e português.

As terras que hoje constituem o Município de Cachoeira, a partir de 1750 foram ocupadas por soldados vindos de São Paulo e que receberam sesmarias da coroa portuguesa, garantindo a posse dessas terras para Portugal.

Segundo Aurélio Porto, estabeleceram-se com estâncias de criação de gado bovino Antônio Gomes de Campos, Alexandre Luiz de Queiroz e Vasconcelos, Manoel Gomes Porto e Manoel Carvalho da Silva.

Devido à escassez de terras aráveis no Arquipélago dos Açores, e à explosão demográfica, Gomes Freire de Andrada recebeu a incumbência de trazer os casais açorianos para povoarem a região dos Sete Povos das Missões. A não efetivação imediata dos termos do Tratado de Madri levou-os a espalharem-se pelo Rio Grande, principalmente ao longo do Rio Jacuí e, em 1753, estabeleceram-se em território cachoeirense dedicando-se à agricultura e à pecuária.

Os trabalhos de demarcação dos limites do Tratado de Madri foram interrompidos pela “Guerra Guaranítica” (1754-56), conflito entre tropas luso-castelhanas e índios missioneiros, que se recusavam a entregar suas terras e foram derrotadas no Combate de Caiboaté, onde morreu o líder Sepé Tiaraju.

Com o término da Guerra Guaranítica, Gomes Freire de Andrada trouxe índios aculturados da região das missões, instalando-os nas proximidades do Botucaraí. Em 1769, José Marcelino de Figueiredo, Governador da Província, mandou aldeá-los junto ao Passo do Fandango, onde construíram uma pequena “Capela sob a invocação de São Nicolau” no local chamado Aldeia.

A solenidade de instalação do Município ocorreu a 5 de agosto de 1820, inaugurando-se o Pelourinho, antigo símbolo da autonomia municipal, na presença do Dr. Joaquim Bernardino de Sena Ribeiro da Costa, Ouvidor Geral, Corregedor e Provedor da Comarca de São Pedro e Santa Catarina. Foram eleitos os primeiros vereadores da Câmara, João Soeiro de Almeida e Castro (Presidente), Joaquim Gomes Pereira e Francisco José da Silva Moura; o Procurador da Câmara, Antônio Xavier da Silva; o Tesoureiro, Francisco de Loreto; o 1º Tabelião do Público, Judicial e Notas e Escrivão da Câmara, Almotaçaria e Cisas, Joaquim dos Santos Xavier Marmello e o 2º Tabelião do Público, Judicial e Notas e Escrivão dos Órfãos, Manoel Alves Ferrás. Em 7 de agosto, foram eleitos os Almotacés, Capitão José Custódio Coelho Leal e Manoel José Pereira da Silva.

Após a criação da Vila, iniciou-se um período de organização política, social e administrativa do novo Município. Por Alvará de 19 de dezembro de 1822, foram providos os cargos de dois Juízes Ordinários, sendo a Justiça, definitivamente, desmembrada da Jurisdição de Rio Pardo. Em 1827, ocorreu a divisão do município em distritos providos de representantes legais: Cachoeira, São Nicolau, Cruz Alta, Piquiri, Irapuá, São Lourenço, São Rafael, Formigueiro, Estiva e Águas Mornas.

Na sede do município, evidenciou-se o desenvolvimento nos seguintes aspectos: criação de aulas públicas (1821, Ignácio Custódio de Souza, mestre de primeiras letras); organização dos serviços dos correios (1829); estabelecimento das Posturas Municipais, regulamentando as atividades dos munícipes (1830); construção do edifício do Paço Municipal e entrega do mesmo à Câmara (1865).

A Lei de 12 de novembro de 1832 separou do Município de Cachoeira, os de Alegrete (com Livramento), e Caçapava (com São Gabriel), elevando-os à condição de Vilas. Em 1857, separou-se a Freguesia de Santa Maria que foi elevada à Vila, por decreto de 16 de dezembro daquele ano.

Em 1850, foi criado o Comando Superior da Guarda Nacional de Cachoeira e Caçapava, com a nomeação de José Gomes Portinho para o Comando Superior.

Em 1859, a Lei de 15 de dezembro concedeu o foro de cidade à sede do Município de Cachoeira, e a solenidade de elevação à categoria de cidade ocorreu na sessão da Câmara de 10 de janeiro de 1860, presidida pelo Vereador Miguel Cândido da Trindade.

Em 1876, Cachoeira foi ligada à Capital da Província por linha telegráfica. Alguns anos depois, em 7 de março de 1883, chegou à estação ferroviária de Cachoeira, a primeira locomotiva, inaugurando a estrada de ferro Porto Alegre - Uruguaiana.

Com o Advento da República, a Câmara Municipal de Cachoeira aderiu à nova forma de governo em sessão de 18 de novembro de 1889. A 20 de setembro de 1892, foi promulgada a Lei Orgânica do Município e, no mesmo ano, foi nomeado como Intendente de Cachoeira, Olympio Coelho Leal.

Por Decreto-lei n.º 720, de 29 de dezembro de 1944, assinado por Ernesto Dornelles, Interventor Federal no Rio Grande do Sul, o município passou a denominar-se Cachoeira do Sul.

Fonte: Livro “Cachoeira do Sul em busca de sua história” pág. 19 a 24.

MAIS HISTÓRIA:

LIMITES:

A primeira planta e cadastro da sede da Vila da Cachoeira foram concluídos em 1850 pelo engenheiro da Comarca João Martinho Buff e entregues à Câmara nesse ano.

O recinto da Vila em 1855 era o que se achava traçado desde a sua criação e ficava compreendido entre o córrego Lava-Pés e o rio Jacuí, na direção norte a sul, o arroio Amorim e o córrego denominado Sanga da Aldeia na direção leste a oeste.

Em 1856, a Cidade do Rio Pardo, as Vilas de Cruz Alta, São Gabriel, Caçapava e Encruzilhada faziam limites com o nosso Município.

VIAS DE ACESSO

As estradas eram atravessadas pelos rios Santa Bárbara, Vacacaí, Irapuá e Jacuí, que necessitavam de boas barcas e pontes para facilitar o trânsito, a exemplo da ponte do rio Botucaraí, concluída em 1849, que possibilitou um melhor acesso a Rio Pardo.

O engenheiro contratado pelo Governador da Província, Frederico Heydtmann fez, em 1854, os orçamentos para a construção de pontes de madeira no passo da Ferreira e no arroio junto ao passo do Jacuí.

A principal estrada, que ligava toda a Província, era a que partia de Rio Pardo, atravessava os rios Botucaraí, Jacuí, Freguesia de Santa Maria, coxilha de Pau Fincado e seguia em direção de Alegrete e Uruguaiana. Desta grande via, partiam outras para municípios vizinhos.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Pecuária

Em 1854, o principal ramo de produção do Município era o rebanho bovino que, a partir de 1842, sofreu considerável perda devido aos carrapatos e ao mal de Tourner ( mal triste), que se alastrou pela Província e reduziu, em pouco tempo, ricos proprietários a simples senhores de sesmarias despovoadas.

Os constantes roubos de gado, verificados especialmente desde 1854, fizeram com que a Câmara solicitasse providências à Assembléia Legislativa Provincial.

Agricultura

Em alguns lugares, o trigo era plantado para o consumo dos próprios cultivadores. No rincão de São Pedro, plantava-se mandioca em maior quantidade do que em outras localidades do Município, e consta que dali se exportava farinha para Alegrete e outros pontos da nossa fronteira.

Em 1860, devido ao desenvolvimento da cultura do trigo na região, a Câmara encomendou um moinho para a produção de farinha.

O feijão era exportado em pequena escala.

O Comércio

A pedido dos caixeiros, em 1857, a Câmara inclui em suas Posturas, a proibição da abertura das casas comerciais aos domingos e dias santos. As lojas de varejo e botequins poderiam abrir até 10 horas.

Os contraventores estavam sujeitos à multa ou a três dias de prisão e, ao dobro, na reincidência.

Não estavam incluídos nessa determinação quanto aos horários, as farmácias, restaurantes, hospedarias e açougues.

Os vendedores de frutas ou de qualquer espécie de grão não podiam comercializar seus produtos com revendedores, sem antes colocá-los à disposição dos consumidores, no mínimo, por três horas, na Praça da Igreja.

A carne podia ser comercializada de porta em porta, desde que fosse transportada em carroça toldada, e após a inspeção de qualidade e o pagamento dos impostos.

Instrução Pública

Em cumprimento às ordens do Vice-presidente da Província, em Portaria de 3 de junho de 1852, a Câmara determinou aos professores de primeiras letras que ministrassem aulas apenas uma vez ao dia, durante seis horas, no período que julgassem mais conveniente.

O vereador João José Rodrigues foi nomeado inspetor das aulas públicas em 1852, sob protestos de Antônio Vicente da Fontoura que não o considerava apto para o cargo. Em 1853, o médico José Pereira Goulart foi nomeado para a inspetoria.

Cachoeira possuía, em 1855, duas aulas públicas que funcionavam em prédios alugados, e uma particular. Das primeiras, uma destinava-se apenas a meninos e, nesse ano, sob responsabilidade do Professor Rodrigo Alves Ribeiro, era freqüentada por 39 alunos. A outra, para meninas, contava com 60 alunas sob a regência de Dª Cândida Rodrigues Pereira.

A escola particular, com 31 alunos, era atendida pelo Prof. Manoel Marques dos Santos Torres.

A Câmara recebia, semestralmente, a relação nominal dos alunos, o dia da matrícula, a freqüência, as faltas e suas justificativas, e o aproveitamento de cada um.

Constatou-se, em 1854, a necessidade da criação de uma nova escola para meninos no passo do Jacuí, onde já existia um expressivo núcleo populacional.

Saúde

Em 1854, estavam registrados na Câmara, o médico José Pereira da Silva Goulart e o boticário Narciso Peixoto de Oliveira, residentes na sede da Vila. Os demais registrados residiam na Freguesia de Santa Maria.

Com a invasão do cólera nas províncias do Norte, e a ocorrência de alguns casos em Pelotas, a municipalidade tratou do saneamento da Vila e da preparação de enfermarias para qualquer eventualidade. A Câmara propôs, em 1855, que o Governo Provincial solicitasse à Junta de Higiene, a formulação e publicação de instruções contra o cólera, que compreendessem os preceitos higiênicos a serem observados pela população para prevenir o mal, a descrição minuciosa da enfermidade, seu desenvolvimento, duração e tratamento. Ainda em 1855, a Câmara designou uma comissão para examinar as condições de higiene das habitações mais pobres, a fim de providenciar os meios necessários para melhorar-lhes o asseio e a habitabilidade e até, se necessário, oferecer novas moradias.

O Município possuía o “médico vacinador”, responsável pela aplicação das vacinas. A ele competia publicar os editais com as datas e os locais determinados para a vacinação; distribuir o medicamento aos demais médicos; treinar pessoas para atuarem nas povoações vizinhas. Os resultados das vacinas eram registrados em relatórios.

Os portadores de doenças epidêmicas eram conduzidos a locais especiais de tratamento, os quais eram obrigatoriamente desinfetados após a cura ou a morte do paciente.

Aspectos ligados a colonização:

A população cachoeirense são uma mescla de várias etnias. A partir de 1750, esta região foi ocupada por soldados portugueses vindo de São Paulo e que receberam sesmarias do governo de Portugal. A seguir, chegaram Açorianos que vieram para o Brasil devido à explosão demográfica e à escassez de terras ar aráveis no Arquipélago dos Açores. Em 1769, índios guaranis aculturados foram aldeados no local até hoje chamado Aldeia. Estes índios vieram com o objetivo de fornecer mão-de-obra para a nova povoação que surgia. Durante este tempo, e ainda depois, chegavam negros escravos, pois, como sabemos, a escravidão sustentava o modo de produção na éoca. A imigração alemã ocorreu no Brasil a partir de 1824, quando o Governo Imperial oportunizou a vinda de imigrantes alemães para a Feitoria Imperial do Linho-Cãnhamo, às margens do rio dos Sinos, atual São Leopoldo, por ser necessária a presen de maior número de elemento humano para ocupação e desenvolvimento econômico do Rio Grande. Tal força de trabalho impulsionou o desenvolvimento da Província, tanto na agricultura como na indústria. Em Cachoeira, a imigração ocorreu a partir de novembro de 1857, pois conforme conta a nossa documentação, aqui chegou o Vapor Valentim, em 5 de novembro, vindo de Porto Alegre com imigrantes alemães que seguiriam do porto desta Vila para a Colônia Santo Ângelo, criada pela Lei Provincial de 30 de novembro de 1855, em terras pertencentes ao município de Cachoeira. Entre os primeiros imigrantes alemães que chegaram à colônia, encontravam-se as famílias Frantz Pötter, August Pötter, Julius Neujahr, Daniel Fiess, Wilhelm Holz e Peter Finger. No segundo grupo, encontravam-se as famílias: Roggenbach, Bartz, Streeeck, Fenner, Leusin, Wilke, Roos, Laasch, Ritter, Seubert, Becker, Graffunder e um solteiro, Hermann Raatz. O terceiro grupo compunha-se de August Brendler, Heinrich Haidmann, Wilhelm Köhn, Heinrich Eckert, Karl Koblens, Karl Homrich, Heinrich Ehlers, Wilhelm Buckow, Luiz Berger e Luiz Zimmermann. Os imigrantes alemães dedicaram-se primeiramente à agricultura e o seu desenvolvimento justificou a transformação da Colônia Santo Ângelo, num dos mais importantes distritos de Cachoeira do Sul, o 6º distrito, hoje município de Agudo, conforme a Lei nº 3718, de 16 de fevereiro de 1959. Expandindo-se financeiramente, vieram para a cidade e dedicam-se ao ramo da indústria e do comércio. O Colégio Rio Branco, a Igreja Evangélica Luterana e a Sociedade Rio Branco consolidaram a cultura alemã na comunidade.

A imigração italiana regular, para a serra gaúcha, ocorreu em 1875 e, dois anos depois, registra-se sua chegada à Quarta Colônia, Silveira Martins, na nossa região. Nossa documentação comprova a presença de italianos em janeiro de 1880, no Cortado, zona rural que pertenceu, até 1995, ao nosso município – hoje integra o município de Novo Cabrais. O primeiro nascimento de filho de italianos, localizado, é o de Eliza Luchese “nascida aos dezenove de março de mil oitocentos e oitenta, em Cortado, filha legítima de João Luchese e Orsola Zambon”. Mas, através de pesquisa realizada nos livros da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, já a partir de 1860, são encontrados alguns batizados de pessoas oriundas da Itália, assim como de Portugal, Bélgica, Espanha e França. Documento datado de 8 de março de 1878 cita o negociante italiano Francisco Scordillia, estabelecido na rua do Imperador. Também o registro civil em 17 de junho de 1877 da menina Aldronda, nascida a 22 de maio, e cujos pais, Vicente Curto (italiano) e Rosa Flora da Motta, residiam na Praça da Matriz. Outros registros como o de Felipe, em 1877, filho de Francisco Maria Montano (italiano) e Luiza Pereira Alonço; Adelina, filha de Antonio Vicente Pessolano e Julia Soares de Oliveira; Angélica, em 1881, filha de Caetano Alário, natural da Itália e de Maria do Carmo, brasileira. Em relação de compradores de terras, a partir de 1880: Antônio Caprioli, Pedro Cimando, Pedro Negri, Bortolo Sichel, Henrique Lorenzatti, Antônio Bandiera, Constancio Pavanatto, Paschoal Zafanello, Jacob Unfer Junior, Bortolo Marzutti, Lourenço Caprioli, Jacob Tonellotto, João Arcari, Henrique Ceschini, Patrício Unfer, Victorio Chiste, João Fardin, Moderat Biscaglia, Poliferino Fuzer, João Sartori, Antônio Motter, João Luchese, João Pradella, Francisco Wollmann Júnior, Nicolau Furlan, Francisco Furlan. Além destes dois povos – alemães e italianos – vários outros imigraram para nosso município.