FAQ - Perguntas Frequentes

Matriculas nos cursos profissionais

Para a matricula nos cursos profissionais da escola deverá aceder https://portaldasmatriculas.edu.gov.pt/pmat/#/portal/home 

Alunos, E.E. e comunidade Educativa em geral

Perguntas sobre o funcinamento dos cursos 

1. O que é um curso profissional?

Os Cursos Profissionais são um dos percursos do nível secundário de educação, caracterizado por uma forte ligação com o mundo profissional e que concedem dupla certificação. Para uma informação detalhada sugerimos a consulta em ANQEP.

2. Qual a duração dos cursos profissionais?

Os cursos profissionais estão organizados ao longo de três anos do ciclo de formação, equivalendo ao ensino secundário. Têm uma carga horária total de 3100 horas.

3. Qual é o plano de formação dos cursos profissionais?

Os cursos profissionais possuem um plano de estudos que inclui três componentes de formação: Sociocultural; Científica; Técnica. A componente de formação Técnica inclui obrigatoriamente uma formação em contexto de trabalho, vulgarmente denominada de Estágio. Para uma informação detalhada sugerimos a consulta em ANQEP.

4. Qual o tipo de formação proporcionada nos cursos profissionais?

Os Cursos Profissionais podem ser o percurso do nível secundário de educação com uma vertente de ensino mais prático e voltado para o mundo do trabalho. A aprendizagem realizada nestes cursos valoriza o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com o setor empresarial local.

5. Quem pode candidatar-se?

Quem concluiu o 9.º ano de escolaridade ou formação equivalente e procura um ensino mais prático.

6. Qual é a vantagem de ter um curso profissional?

Os Cursos Profissionais são uma modalidade do nível secundário de educação, caracterizada por uma forte ligação com o mundo profissional. Após a conclusão, com aproveitamento, de um Curso Profissional o formando obtém o ensino secundário e certificação profissional, conferindo o nível 4 de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. Permite ainda o prosseguimento de estudos/formação num Curso de Especialização Tecnológica ou o acesso ao ensino superior, mediante o cumprimento dos requisitos previstos no regulamento de acesso ao ensino superior.

7. Um aluno que não tenha realizado exames nacionais de 9º ano pode matricular-se no 1º ano de um Curso Profissional?

Sim, pode.

8. Um aluno com o 12.º ano de escolaridade completo pode matricular-se num curso profissional?

Sim, mas apenas numa escola secundária da rede pública (Despacho n.º 14758/2004, de 23 de Julho, ponto 16). As escolas profissionais privadas, em turmas financiadas, são destinatários dos Cursos Profissionais os jovens que concluíram com aproveitamento o 3.º ciclo do ensino básico ou equivalente e não disponham de habilitação correspondente ao ensino secundário ou equivalente (Portaria n.º 49/2007, de 8 de Janeiro, artigo 3.º, n.º 1).

9. Um aluno que tenha frequentado um curso científico-humanístico e pretenda mudar para um curso profissional tem equivalências?

Os alunos nestas condições poderão reorientar o seu percurso escolar recorrendo ao regime de equivalências/permeabilidade (Despacho Normativo n.º 36/2007, de 8 de Outubro, até 31 de Dezembro).

10. Qual é a certificação atribuída pela conclusão de um curso profissional?

Após a conclusão, com aproveitamento, de um Curso Profissional obtém-se o ensino secundário e certificação profissional, conferindo o nível 4 de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações.

11. O que significa dizer que o curso profissional é de nível de qualificação IV?

Significa que o aluno concluiu o ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação, ou ensino secundário vocacionado para o prosseguimento de estudos a nível superior acrescido de estágio profissional.

12. Porque é que o curso profissional é de dupla certificação?

Porque os cursos profissionais conferem, em simultâneo, uma certificação escolar e uma certificação profissional.

13. Se interromper um percurso de formação profissional em determinado período, posso retomá-lo nos países da União Europeia?

AQNEP-Instrumentos Europeus.

20. Como é que os pais e EE são ouvidos na definição da Rede de Oferta de Cursos Profissionais?

Atualmente cabe às CIM em articulação com a ANQEP a competência de assegurar a articulação das atuações entre os municípios e os serviços da administração central na definição da rede educativa e de formação profissional. As entidades intermunicipais constituem-se, deste modo, como estruturas estratégicas na definição duma rede de educação e formação articulada e integrada no respetivo território. Deste modo os representantes dos Encarregados de Educação das escolas são convidados a participar.

21. Como posso ter acesso à rede de oferta de cursos profissionais do concelho de Matosinhos e da Área Metropolitana do Porto?

Na página da Direção Geral dos Estabelecimento Escolares - DGESTE é possível consultar a rede da oferta formativa dos cursos profissionais.

22. Como posso inscrever-me num curso profissional?

Pode fazê-lo utilizando a ficha de inscrição online (caso exista na página da escola) ou dirigindo-se, pessoalmente, à secretaria da escola onde pretende inscrever-se.

23. O que é necessário para a matrícula?

Para saber o que é necessário para a matrícula de um curso profissional deve consultar a secretaria da escola que pretende.

24. Que documentos/elementos são necessários para efetuar a minha candidatura?

Em regra serão necessários os seguintes documentos:

Certificado de Habilitações do 9º ano

Cartão de Cidadão do aluno

Cartão de Cidadão do Encarregado de Educação

Cartão de Beneficiário do aluno

Boletim de Vacinas (atualizado)

Fotografias

25. Pagam-se propinas?

Os cursos profissionais não incluem propinas.

26. Porque se diz que os cursos profissionais funcionam por módulos e UFCD?O que é um módulo? E uma UFCD?

Todas as disciplinas estão organizadas por módulos. Os módulos são Unidades de Aprendizagem autónomas mas integradas num todo, interligadas e completas em si mesmo, que permitem aos alunos/grupos/turmas adquirir um conjunto de capacidades/competências/ conhecimentos, através de experiências ou atividades de aprendizagem. As Unidades de Formação de Curta Duração são conjuntos estruturados de conteúdos, com a duração de 25h ou 50h, com sequência pedagógica que visam a aquisição de um conjunto de competências.

27. Qual o limite de faltas nos cursos profissionais?

a)A assiduidade do aluno não pode ser inferior a 90% da carga horária de cada módulo de cada disciplina.

b)A assiduidade do aluno, na FCT, não pode ser inferior a 95% da carga horária prevista.

28. Quando o aluno justifica as faltas como pode recuperar as aprendizagens?

a)Com o prolongamento das atividades até ao cumprimento do número total de horas de formação estabelecidas, ou o desenvolvimento de mecanismos de recuperação tendo em vista o cumprimento dos objetivos de aprendizagem;

b) O prolongamento da FCT a fim de permitir o cumprimento do número de horas estabelecido.

29. Como é que o aluno pode recuperar módulos que não fez por ter ultrapassado o limite de faltas injustificadas?

Ultrapassado o limite referido o aluno cumprirá as medidas de recuperação previstas no regulamento interno de cada escola.

30. Como se processa a transição de módulo? e de Ano?

A progressão depende da obtenção em cada um dos módulos de classificação igual ou superior a 10 valores.

31. O aluno pode continuar a frequentar uma disciplina se não obteve aprovação a um módulo?

Pode. Além disso o aluno pode requerer, em condições a fixar pelos órgãos competentes da escola, a avaliação dos módulos não realizados. Só não poderá frequentar o módulo seguinte se os módulos forem sequenciais e o anterior for um módulo de precedência.

32. O aluno pode fazer a melhoria de classificações dos módulos?

Pode. Além disso o aluno pode requerer, em condições a fixar pelos órgãos competentes da escola, a avaliação dos módulos não realizados. Só não poderá frequentar o módulo seguinte se os módulos forem sequenciais e o anterior for um módulo de precedência.

33. Um aluno que concluiu o 10º (Científico Humanístico) com sucesso pode pedir equivalência às disciplinas a que teve avaliação positiva e ingressar no 2º ano de um curso profissional fazendo apenas as disciplinas da componente técnica em falta?

Depende do que o Regulamento Interno da Escola estipular.

9. Tenho acesso a subsídios num curso profissional?

Os cursos profissionais englobam o subsídio de alimentação e de transporte.

40. Estou abrangido por algum seguro?

Está abrangido pelo seguro escolar. Durante a FCT a escola aciona um seguro de responsabilidade civil.

Perguntas sobre pós curso profissional ( Saídas Profissionais e Ensino Superior)

14. Depois de acabar o curso profissional sou apoiado na procura de emprego?

O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) participa na concertação da rede de cursos profissionais da sua região. Através de inscrição pode usufruir de um serviço que pode ser interativo no âmbito exclusivo da área do emprego, totalmente gratuito para os seus utilizadores, com cobertura nacional e funcionando on-line.

15. Com um curso profissional posso candidatar-me ao ensino superior (ES)?

Sim. A conclusão de um Curso Profissional permite o prosseguimento de estudos/formação num Curso de Especialização Tecnológica ou o acesso ao ensino superior, mediante o cumprimento dos requisitos previstos no regulamento de acesso ao ensino superior.

16. A escola oferece apoio para a preparação dos exames nacionais de acesso ao ES?

Os professores que lecionam os Cursos Profissionais podem orientar e apoiar os alunos que pretendem candidatar-se a cursos do ensino superior. Depende da organização das Escolas / Agrupamento de Escolas.

17. Um curso profissional é reconhecido na União Europeia?

Existem entidades para o reconhecimento das qualificações profissionais em cada País da UE. Deve solicitar o reconhecimento das suas qualificações no país onde pretende trabalhar. O reconhecimento mútuo das qualificações é um princípio geral, mas existem pequenas diferenças na sua aplicação, que pode ser mais ou menos automática, consoante a profissão em causa. De qualquer modo, é sempre necessário solicitar o reconhecimento das qualificações.

18. As empresas da localidade têm reconhecido a qualidade deste tipo de formação?

As entidades empregadoras são consultadas aquando do planeamento e concertação para a definição da rede de oferta formativa da sua região. Em reuniões regionais de rede participam dando o seu contributo relativamente às necessidades de qualificação do seu território.

19. Há facilidade em conseguir empregos no final da formação? Quais são as áreas de formação mais procuradas?

Anualmente a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional em parceria com o IEFP, as CIM e os Serviços de Administração Central definem a rede educativa e de formação profissional. Há qualificações profissionais mais procuradas em detrimento de outras, dependentes da oferta de trabalho e características específicas de cada território. Para uma informação detalhada sugerimos a consulta em ANQEP.

. Quando é que um aluno concluiu o curso e obtém o diploma final de curso?

A conclusão com aproveitamento de um curso profissional obtém-se pela aprovação em todas as disciplinas, na FCT e na PAP ( artº 27º nº 1 da Portaria 74A/2013 de 15 de fevereiro.

Perguntas sobre a Formação em Contexto de Trabalho (FCT) e Prova de Aptidão Profissional (PAP)

34. O que é a FCT?

A FCT integra um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e acompanhamento da escola, que visam a aquisição ou o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil profissional visado pelo curso frequentado pelo aluno. ( artº 3º nº 1 da Portaria 74A/2013 de 15 de fevereiro).

35. Onde se realiza a FCT?

A FCT realiza-se em empresas ou noutras organizações, sob a forma de experiências de trabalho por períodos de duração variável ao longo da formação, ou sob a forma de estágio em etapas intermédias ou na fase final do curso. ( artº 3º nº 2 da Portaria 74A/2013 de 15 de fevereiro).

36. O que é a PAP?

A prova de aptidão profissional (PAP) consiste na apresentação e defesa, perante um júri, de um projeto, consubstanciado num produto, material ou intelectual, numa intervenção ou numa atuação, consoante a natureza dos cursos, bem como do respetivo relatório final de realização e apreciação crítica, demonstrativo de conhecimentos e competências profissionais adquiridos ao longo da formação e estruturante do futuro profissional do aluno. ( artº 6º da Portaria 74A/2013 de 15 de fevereiro).

37. O que acontece se não fizer ou não for aprovado na PAP?

O aluno não conclui o curso, devendo, no entanto, o Regulamento Interno de cada escola prever o modus de o aluno poder realizar a PAP.


41. Quais os apoios a que tenho direito durante a FCT?

O aluno que frequenta um curso profissional tem direito ao subsídio de refeição e ao transporte.

53. Quais os procedimentos para colocação de um aluno em FCT?

As escolas devem estabelecer protocolos com instituições/empresas que permitam ao aluno desenvolver atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil profissional visado pelo curso frequentado. Compete à escola definir, no Regulamento Específico da FCT, os critérios de distribuição dos alunos pelas entidades de acolhimento.

54. Quem acompanha os alunos na FCT?

A orientação e o acompanhamento do aluno, durante a FCT, são partilhados, sob coordenação da escola, entre esta e a entidade de acolhimento, cabendo à última designar o respetivo tutor. O professor orientador da FCT é designado pelo órgão competente de direção ou gestão da escola, ouvido o diretor de curso, de entre os professores que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica.(Portaria 74A-2013, Capítulo I, artigo 1º, pontos 8 e 12).

55. Como é escolhido/atribuído o tema de PAP a cada aluno?

O professor orientador deve orientar o aluno na escolha do tema, tendo em conta o interesse do aluno e o desenvolvimento de competências previstas no perfil de saída do respetivo curso.

56. A PAP pode ser realizada em grupo?

Sim. Desde que a natureza do projeto o justifique e seja possível em todas as suas fases e momentos de concretização, identificar e avaliar a contribuição individual específica de cada um dos membros da equipa.

57. Quais as fases de concretização (desenvolvimento) da PAP?

Conceção, desenvolvimento, auto-avaliação, elaboração do relatório final e apresentação pública perante o júri/defesa.

58. Que critérios devem ser considerados no processo de avaliação da PAP?

Os critérios de avaliação da PAP devem estar definidos no regulamento específico da escola, respeitando as etapas : conceção, desenvolvimento, auto-avaliação, elaboração do relatório final e apresentação perante o júri/defesa.

59. O que acontece se o aluno não fizer ou não for aprovado na PAP?

Compete a cada escola definir no seu regulamento específico quais os procedimentos a adoptar para que o aluno possa realizar a sua PAP num outro momento.

60. Quem orienta os alunos na elaboração do projeto da PAP?

Os professores da componente técnica são responsáveis pelo acompanhamento da PAP. Aos professores orientadores e acompanhantes da PAP compete, em especial:

a) Orientar o aluno na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final;

b) Informar os alunos sobre os critérios de avaliação;

c) Decidir se o projeto e o relatório estão em condições de serem presentes ao júri;

d) Orientar o aluno na preparação da apresentação a realizar na PAP;

e) Registar a classificação da PAP na respetiva pauta. (Portaria 74A-2013, art 18º, pontos 1 e 2)

61. Que responsabilidade tem o conselho de turma no acompanhamento da PAP?

O diretor de curso, em colaboração com direção da escola e com o diretor turma/orientador educativo, assegura a articulação entre os professores das várias disciplinas, de modo a que sejam cumpridos todos os procedimentos necessários à realização da PAP (Portaria 74A-2013, art 18º, ponto 3).

Professores e Formadores

Perguntas sobre o funcionamento dos cursos  na ótica dos professores e formadores

42. O que é a estrutura modular?

É uma forma de organizar o ensino profissional de uma forma flexível. Cada unidade de ensino-aprendizagem chama-se módulo, com unidades de aprendizagens autónomas integradas num todo, que permitem a um aluno ou grupo de alunos adquirir um conjunto de conhecimentos/aprendizagens, respeitando a diversidade.

43. O que são módulos de aprendizagem? E o que são UFCDs?

Módulos de aprendizagem são unidades de aprendizagem autónomas que compõem uma disciplina. UFCD´s são Unidades de Formação de Curta Duração, criadas no referencial de formação do catálogo Nacional de Qualificações, as quais, integrarão os Cursos Profissionais, na sua componente de formação técnica, organizadas pela escola em 3 ou 4 disciplinas de natureza tecnológica, técnica e prática, tendo em linha de conta a formação qualificante que ao curso diz respeito.

44. Quais são as características distintivas da estrutura modular?

Currículo modular, aberto e flexível;

Organização e progressão modulares;

Desenvolvimento curricular integrado;

Cultura de avaliação essencialmente formativa;

Interação que privilegia a aprendizagem de todos;

Organização nova da escola (horários, tempos de aprendizagem, aos locais de aprendizagem, lideranças pedagógicas, relações com a comunidade);

Liderança pedagógica do diretor de curso, na organização do trabalho pedagógico das equipas pedagógicas dos cursos ;

Formação integral, qualificada e orientada para a mudança.

45. Como se desenvolve o currículo organizado por módulos?

A estrutura curricular organizada por módulos,permite uma maior flexibilidade e respeito pelos ritmos de aprendizagem de cada aluno. O plano de estudos inclui três componentes de formação: Sociocultural; Científica;Técnica. Os cursos estão organizados em harmonia com referenciais de formação aprovados para famílias profissionais que se regem por uma matriz curricular. A cada curso é atribuída uma carga horária global não compartimentada pelos três anos do ciclo de formação, a gerir pela escola, no âmbito da sua autonomia pedagógica, acautelando o equilíbrio da carga horária anual, de forma a otimizar a gestão global modular e a formação em contexto de trabalho. O aluno escolhe uma língua estrangeira. Se tiver estudado apenas uma língua estrangeira no ensino básico, iniciará obrigatoriamente uma segunda língua no ensino secundário. Disciplinas científicas de base a fixar em regulamentação própria, em função das qualificações profissionais a adquirir. Disciplinas de natureza tecnológica, técnica e prática estruturantes da qualificação profissional visada. A formação em contexto de trabalho visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir.

46. Como se pode fazer uma gestão flexível e diferenciada do currículo?

Pode fazer-se de acordo com o meio envolvente da escola, com o perfil dos alunos e as necessidades do mercado de trabalho.

47. O que é a aprendizagem baseada em projetos?

A aprendizagem baseada em projetos (ABP) ou Project-Based Learning (PBL), promovendo aprendizagens significativas, é um modelo que envolve os alunos em atividades de pesquisa para dar resposta a problemas previamente identificados. Desta forma, o aluno trabalha autonomamente para construir o seu próprio saber num processo de investigação-ação através de tarefas/produtos da vida real, mobilizando, de forma integrada, conhecimentos de diferentes áreas.

48. Que autonomia tem a escola e os professores para definirem as disciplinas e os módulos em cada ano letivo?

Toda. A escola decide, em cada ano letivo, as disciplinas e módulos a lecionar.

49. Que tipo de avaliação é privilegiada nos cursos profissionais? Porquê?

Formativa. Porque permite ao aluno, num processo de autorregulação, evoluir nas aprendizagens. A avaliação formativa é contínua e sistemática e tem função diagnóstica, permitindo ao professor, ao aluno e ao encarregado de educação obter informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens, com vista ao ajustamento de processos e estratégias. O feedback proporcionado pela avaliação formativa a todos os intervenientes no processo constituiu um poderoso mecanismo de regulação e progressão nas aprendizagens. O professor concretiza a avaliação formativa sempre que, antes, durante e após uma parte substancial/importante da matéria, coloca à disposição dos alunos instrumentos de autoavaliação formativa que constituam referenciais do perfil de desempenho esperado, permitindo, desta forma, que o aluno identifique os seus pontos fortes ou melhorias a fazer.

50. Quais as principais competências requeridas a um professor/formador no ensino profissional?

Como “treinador de aprendizagem”, a flexibilidade, a versatilidade, a adaptabilidade a novas situações, a capacidade de diálogo/consensos e, acima de tudo, a apetência para a formação profissional são as principais competências requeridas.

51. Como se elabora a planificação de disciplinas/módulos/UFCD?

A planificação deve ter por base a informação disponibilizada no Catálogo Nacional de Qualificações da ANQEP (http://www.anqep.gov.pt/). A planificação deve dar ênfase, não a critérios de programação lineares do currículo, mas antes a critérios de planificação que respeitem um desenvolvimento integrado do currículo nos domínios do saber ser/estar, do saber e do saber fazer. Em conselho de turma deve ser feita uma articulação de modo a dar mais significado às aprendizagens. Sempre que possível a planificação deve proporcionar uma aprendizagem por projetos interdisciplinares. Na planificação de aula deve considerar-se três momentos com tempos de duração diferentes.

“1º Momento - Abertura

Enunciar de forma sumária o plano de aula, como vai ser organizada a aula de modo atingir os objetivos de aprendizagens pretendidos (projetados, distribuídos em papel, registados no caderno diário, de forma que cada aluno saiba muito bem o que tem de aprender e como deve evidenciar essas aprendizagens), a organização dos grupos e as atividades que vão realizar, o tempo disponível e as estratégias de ensino.

2º Momento - Desenvolvimento

Estipular o tempo de realização de cada uma das atividades. Sempre que o tempo o permita os alunos devem realizar atividades de aprendizagem e, a seguir, atividades de consolidação. Avaliar de forma contínua e sistemática as aprendizagens dos alunos para obter e dar feedback imediato e inteligente.

3º Momento- Encerramento: Síntese e Avaliação da aprendizagem

Resumir os aspetos principais (o professor e o professor envolvendo os alunos). Reflexão sobre se os objetivos foram ou não atingidos. Estabelecer relação com as aprendizagens da próxima aula. “ – In Plano de aula proposto por Luísa Orvalho .

52. Como se processa a progressão/avaliação dos alunos no plano de estudos e em cada uma das disciplinas?

A progressão no plano de estudos realiza-se mediante a consecução de aprendizagens significativas definidas para cada módulo, macromódulo (conjunto de módulos) ou projetos integradores de módulos unidisciplinares ou pluridisciplinares, previamente definidos. A diversidade das progressões é determinada pelos ritmos e estilos de aprendizagem dos alunos, pelo que devem ser criadas condições organizacionais, pedagógicas e didáticas, que permitam: agrupar os alunos por níveis de consecução de aprendizagens, ou de estilos cognitivos, ou de níveis de interesses, ciclicamente organizados em função das progressões ou das atividades propostas. (Orvalho, L. 1992, pag. 29 e 30) Os momentos de avaliação qualitativas previstos na portaria de avaliação implicam propostas de planos de recuperação que incluam estratégias diferenciadas e diversificadas para apoiar e promover aqueles alunos que não estão a acompanhar o(s) ritmo(s) dos demais. A aprovação em cada disciplina depende da obtenção em cada um dos respetivos módulos de uma classificação igual ou superior a 10 valores. A aprovação na FCT e na PAP depende da obtenção de uma classificação final igual ou superior a 10 valores em cada uma delas. No âmbito da sua autonomia, os órgãos competentes da escola definem, em sede de regulamento interno, critérios e modalidades de progressão, nomeadamente quando, por motivos não imputáveis à escola, o aluno não cumpriu, nos prazos previamente definidos, os objetivos de aprendizagem previstos para os módulos. (Portaria 74A-2013, Secção III, artigo 26º, pontos 1,2 e 3)



Perguntas sobre a Formação em Contexto de Trabalho (FCT) e Prova de Aptidão Profissional (PAP)

53. Quais os procedimentos para colocação de um aluno em FCT?

As escolas devem estabelecer protocolos com instituições/empresas que permitam ao aluno desenvolver atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil profissional visado pelo curso frequentado. Compete à escola definir, no Regulamento Específico da FCT, os critérios de distribuição dos alunos pelas entidades de acolhimento.

54. Quem acompanha os alunos na FCT?

A orientação e o acompanhamento do aluno, durante a FCT, são partilhados, sob coordenação da escola, entre esta e a entidade de acolhimento, cabendo à última designar o respetivo tutor. O professor orientador da FCT é designado pelo órgão competente de direção ou gestão da escola, ouvido o diretor de curso, de entre os professores que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica.(Portaria 74A-2013, Capítulo I, artigo 1º, pontos 8 e 12).

55. Como é escolhido/atribuído o tema de PAP a cada aluno?

O professor orientador deve orientar o aluno na escolha do tema, tendo em conta o interesse do aluno e o desenvolvimento de competências previstas no perfil de saída do respetivo curso.

56. A PAP pode ser realizada em grupo?

Sim. Desde que a natureza do projeto o justifique e seja possível em todas as suas fases e momentos de concretização, identificar e avaliar a contribuição individual específica de cada um dos membros da equipa.

57. Quais as fases de concretização (desenvolvimento) da PAP?

Conceção, desenvolvimento, auto-avaliação, elaboração do relatório final e apresentação pública perante o júri/defesa.

58. Que critérios devem ser considerados no processo de avaliação da PAP?

Os critérios de avaliação da PAP devem estar definidos no regulamento específico da escola, respeitando as etapas : conceção, desenvolvimento, auto-avaliação, elaboração do relatório final e apresentação perante o júri/defesa.

59. O que acontece se o aluno não fizer ou não for aprovado na PAP?

Compete a cada escola definir no seu regulamento específico quais os procedimentos a adoptar para que o aluno possa realizar a sua PAP num outro momento.

60. Quem orienta os alunos na elaboração do projeto da PAP?

Os professores da componente técnica são responsáveis pelo acompanhamento da PAP. Aos professores orientadores e acompanhantes da PAP compete, em especial:

a) Orientar o aluno na escolha do projeto a desenvolver, na sua realização e na redação do relatório final;

b) Informar os alunos sobre os critérios de avaliação;

c) Decidir se o projeto e o relatório estão em condições de serem presentes ao júri;

d) Orientar o aluno na preparação da apresentação a realizar na PAP;

e) Registar a classificação da PAP na respetiva pauta. (Portaria 74A-2013, art 18º, pontos 1 e 2)

61. Que responsabilidade tem o conselho de turma no acompanhamento da PAP?

O diretor de curso, em colaboração com direção da escola e com o diretor turma/orientador educativo, assegura a articulação entre os professores das várias disciplinas, de modo a que sejam cumpridos todos os procedimentos necessários à realização da PAP (Portaria 74A-2013, art 18º, ponto 3).

Portaria n.º 235-A/2018  AQUI

Entidades de acolhimento e FCT

Perguntas sobre FCT e PAP na perspetiva das  entidades de acolhimento

62. Que vantagens tem uma empresa em recrutar um colaborador diplomado com um curso profissional?

O facto de poder contar com um colaborador detentor de uma certificação profissional nível 4 de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações.

63. Quais as competências que distinguem os diplomados com um curso profissional relativamente aos outros?

Destacam-se competências técnicas, relacionais e organizacionais pois a formação de um aluno de um curso profissional é desenvolvida de forma muito próxima ao mundo do trabalho e às empresas.

64. Que condições devem ter as entidades para receberem alunos para a FCT?

As entidades devem ter um monitor preparado para o acolhimento do aluno de modo a ser cumprido o plano de formação acordado, a desenvolver no período de estágio. Estes requisitos devem ser protocolados por todos os intervenientes.

65. A FCT tem custos para a empresa?

Não, a empresa não tem qualquer custo adicional. Os seguros, transporte e subsídio de alimentação são da responsabilidade da entidade formadora.

66. A escola está aberta à assinatura de mais protocolos de parceria?

Sim. Qualquer protocolo de parceria que traga vantagens para as duas entidades é sempre uma mais-valia.

67. Um aluno pode desenvolver a FCT numa entidade no estrangeiro?

Sim. Desde que se cumpra o regulamento da FCT.

68. Quem participa na avaliação da FCT?

O aluno, o professor orientador da FCT e o tutor designado pela entidade de acolhimento.

69. Como posso contactar diplomados com curso profissional?

Contactando diretamente as escolas que já lecionaram o curso profissional com o perfil de saída pretendido.

70. Existe algum observatório que permita acompanhar o trajeto do aluno diplomado?

Sim, desde 2016-17. O Projeto Educativo Municipal de Matosinhos tem em vista a valorização dos percursos de dupla certificação. As escolas concelhias com cursos profissionais reportam à Divisão da Educação esta informação.

71. Como é que a escola sabe as taxas de empregabilidade e de prosseguimento de estudos de cada ciclo de formação?

Cada escola tem uma estrutura de apoio que faz esta monitorização após o término do ciclo de formação. Estes contactos são feitos através do email, do telemóvel, redes sociais, etc.

72. Como participam as empresas na definição da rede de Oferta de cursos profissionais?

A ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional dispõe de estudos realizados a nível nacional, regional e local, que elucidam sobre as necessidades de formação em cada comunidade. Os cursos profissionais são organizados tendo em conta estes pareceres, havendo, por isso, uma ligação estreita às necessidades das empresas.

73. Quantas horas tem de cumprir por dia o aluno?

O horário da FCT é ajustado ao horário de funcionamento da entidade de acolhimento, não devendo ultrapassar as trinta e cinco horas semanais, nem as sete horas diárias.

74. O que fazem os alunos durante a FCT?

A Formação em Contexto de Trabalho visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para a qualificação profissional a adquirir. O aluno deverá, por isso, sob a supervisão de um tutor, executar tarefas relacionadas com o seu perfil de saída, similares ao contexto real de trabalho, e obter formação prática no âmbito da sua área de estudo, dando cumprimento a um plano de trabalho individual elaborado com a participação da escola e da entidade de acolhimento.

75. Quais as responsabilidades do tutor?

O tutor é designado pela entidade de acolhimento e, em colaboração estreita com o professor orientador, contribui para a elaboração do plano de trabalho do aluno. É o tutor que acompanha e supervisiona o aluno, atribuindo-lhe tarefas a cumprir durante a FCT. O tutor é responsável pela transmissão dos conhecimentos e das competências relacionadas com o perfil profissional do aluno. Para além disso, o tutor colabora com a escola, no sentido de fornecer informações e de avaliar o desempenho do aluno na FCT.

76. Quem avalia a FCT?

O tutor designado pela entidade de acolhimento, em colaboração estreita com o professor orientador, avalia o desempenho do aluno na FCT. Esta avaliação deverá ter em conta a aquisição dos conhecimentos, o desenvolvimento de capacidades no âmbito da área de formação e o desempenho das tarefas referentes ao perfil profissional. A classificação é proposta é depois ratificada pelo conselho de turma.

77. A empresa/instituição tem algum papel na definição do tema da PAP?

O tema da PAP é escolhido pelo aluno, sendo que se deve centrar em temas e problemas perspectivados e desenvolvidos pelo aluno em estreita ligação com os contextos de trabalho.

78. A empresa/instituição tem de garantir FCT que permita a realização da PAP?

O contexto de trabalho está inevitavelmente ligado com o projeto da PAP. No entanto, apesar da entidade de acolhimento não ter de estar inteiramente relacionada com o tema escolhido, é desejável que a FCT possa contribuir para o desenvolvimento das competências necessárias à realização da PAP.

79. A empresa/instituição participa no júri da PAP?

O júri da PAP pode ser constituído por representantes das associações empresariais ou das empresas de setores afins ao curso e por personalidades de reconhecido mérito na área da formação profissional ou dos setores de atividades afins ao curso. Contudo, não está previsto a obrigatoriedade da presença de um representante das entidades de acolhimento.

80. De que forma a PAP pode ser uma mais valia para a entidade de acolhimento em FCT?

A PAP pode ser uma mais valia para a entidade de acolhimento pois é nela que o formando integra os seus saberes e as competências adquiridos ao longo da formação. No fundo, é uma reflexão do formando não só sobre as aprendizagens, como também sobre as dificuldades e uma cartão de visita para a entidade que eventualmente procure um colaborador. A entidade rentabiliza recursos, pois já conhece o candidato para o lugar que procura. A PAP é o saber fazer técnico que as entidades procuram nas entrevistas de emprego.

81. Pode a PAP ser utilizada, como uma forma de empreendedorismo, ao serviço da entidade de acolhimento?

A PAP é muitas vezes usada pelo aluno como uma mostra do trabalho que pretende realizar e/ou que já realizou, podendo a empresa contribuir com ideias e/ou materiais para a sua melhoria. Outras vezes é a própria empresa que sugere um projeto que necessita e que será desenvolvido pelo aluno durante o período de permanência na entidade acolhedora e que poderá ser simultaneamente apresentado como PAP para conclusão da sua formação. Neste caso, a empresa poderá usufruir do trabalho final realizado pelo aluno na empresa. A Prova de Aptidão Profissional (PAP) é um projeto transdisciplinar consubstanciado num produto, numa intervenção ou numa atuação, acompanhado de um relatório final, demonstrativo de saberes e competências profissionais adquiridos pelo aluno ao longo da sua formação e que terá que ser apresentado e defendido perante um júri. Os projetos de PAP devem, preferencialmente, ser elaborados em paralelo com a Formação em Contexto de Trabalho (FCT), tirando-se partido da aproximação ao mercado de trabalho.


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