Minicursos


ALDEAMENTOS E TRAJETÓRIAS INDÍGENAS NAS CAPITANIAS DO NORTE (SÉCULOS XVI-XVIII)

Taylor Uchôa Cavalcanti (mestrando, PPGH-UFRPE) 

Lucas de Lima Silva (mestrando, PGH-UFRPE)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/jkc-zrwj-qse

08/08 e 09/08 período matutino 8h30 até 12hoo

Este minicurso tem como objetivo compreender o papel histórico desempenhado pelas populações indígenas inseridas, através dos aldeamentos, ao projeto colonial empreendido tanto pela Coroa portuguesa quanto pela Igreja católica na América. Destacar-se-á como as ações políticas de grupos indígenas diversos se relacionaram dialeticamente, ressaltando a importância central desses povos no desenrolar dos processos históricos, de modo a solidificar o argumento de que a história do Brasil Colonial não se elaborará completamente à revelia da agência indígena. De igual maneira, se almejará entender as reelaborações e ressignificações das tradições, costumes e de identidades indígenas ao longo de três séculos de contato com diferentes grupos étnicos proporcionada pela colonização. Não dúvidas de que grupos indígenas tiveram enormes perdas ao longo do processo, modificando profundamente seus conceitos de território, política e sociedade, porém, a construção da sociedade colonial dependia essencialmente da participação de tais povos. Ao contrário das narrativas sobre “integração”, “desaparecimento” e/ou “perda de identidade” presente na historiografia tradicional, utilizar-se-á a perspectiva da história indígena contemporânea para abordar como os povos nativos não deixaram de agir de acordo com interesses próprios e de seu coletivo, analisando as situações que pareciam mais vantajosas para eles. Enfim, evitando a polaridade do indígena que vive entre os colonizadores sem vínculos com seu passado ou daquele que se refugia nos sertões para manter seu modo de vida, buscar-se-á uma terceira via: índios coloniais, cristianizados e com vínculos econômicos, que ocupam capitais, fazendas ou sertões, detêm cargos, elementos de distinção e fazem chegar suas demandas às autoridades coloniais. O minicurso será conduzido de maneira remota, os ministrantes farão uso da leitura coletiva de textos e documentos – de forma síncrona e assíncrona – e da exposição oral, auxiliada por mídias digitais. Nitidamente, os objetivos propostos são: a) explicitar a capacidade dos povos indígenas, ocupantes de terras historicamente ocupadas por seus ancestrais, em elaborar estratégias diante de situações desfavoráveis na reivindicação e garantia de direitos; b) evidenciar os indígenas habitantes das capitanias do Norte enquanto agentes ativos, presentes nos processos históricos locais, e; c) compreender o papel dos povos indígenas em uma complexa rede de relações sociopolíticas, envolvendo as dinâmicas de uma sociedade em processos de transformações diversos.


Palavras-chave: História indígena. Aldeamentos. Trajetórias.


Bibliografia


ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013.


________. A atuação dos indígenas na História do Brasil: revisões historiográficas. Revista Brasileira de História, v. 37, n. 75, 2017.


HULSMAN, Lodewijk. Índios do Brasil na República dos Países Baixos: As representações de Antônio Paraupaba para os Estados Gerais em 1654 e 1656. Revista Histórica, v. 154, n. 1, 2006.


OLIVEIRA, João Pacheco de. A viagem de volta: etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004.


________. O nascimento do Brasil e outros ensaios: “pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016, pp. 193-228.


MONTEIRO, John Manuel. Negros da Terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo: Companhia das Letras, 1994.


________. O desafio da história indígena no Brasil. In: SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luiz Donisete Benzi (Org.). A Temática Indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º Graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.



BOLA FORA É NÃO DISCUTIR: REFLEXÕES SOBRE O ESPORTE COMO TEMA GERADOR NAS AULAS DE HISTÓRIA SOBRE RACISMO/ANTIRRACISMO

Me. Harian Pires Braga (Prefeitura Municipal de Campinas)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/eah-kvst-uoc

08/08, 09/08 e 10/08 período matutino 8h30 até 12hoo

Desde o final do século XIX, as várias manifestações esportivas configuraram-se como campo social próprio, com tensões e acomodações que têm dinâmicas que lhes são próprias, mas também ressoando questões amplas, presentes em outros espaços da sociedade. Mais do que dizer que o esporte, em suas multiplicidades, não é neutro, é preciso compreender as representações e os significados que ele possui, tanto do ponto de vista como prática social, como possibilidade de análise e de reflexão. 

Esse processo de valorização do esporte como campo social, próprio das Humanidades, distancia-se de duas ideias estaques, uma que repeti a máxima acrítica de alienação e outra que o instrumentaliza com mero reflexo de temas mais relevantes. Pensar o esporte pelas lentes das Humanidades, e aqui especificamente numa interface entre História e Sociologia, é perceber que grandes temas, como o racismo, também podem ser compreendidos pelas dinâmicas esportivas. A partir desse preceito, este minicurso tem como objetivo apresentar possibilidades de trabalho pedagógico em que o tema racismo/antirracismo possa ser discutido nas aulas de História do Ensino Básico, mobilizando os esportes como eixo condutor. Importante frisar que não se restringi apenas ao futebol, ainda que seja a manifestação esportiva mais evidente no Brasil, a perspectivas e de refletir o esporte em sentido amplo.

A opção pela oferta on-line compreende que os tempos de trabalhos de docentes da Educação Básica, um dos públicos alvos, é restrito, mas também que parte da riqueza está em trazer olhares geograficamente distintos sobre o esporte, no Brasil, contribuindo para uma discussão ampla. Como a metodologia está baseada em aula expositiva, debates orais e a resposta de formulário eletrônico, não há perdas pedagógicas, mas sim uma potencialidade a partir do formato escolhido.

No primeiro encontro, haverá a apresentação geral do minicurso, bem como uma fala inicial de cada cursista sobre seus conhecimentos prévios e expectativas. A seguir a exposição oral sobre alguns dos conceitos e produções pertinentes à História e à Sociologia do Esporte, garantindo um início teórico comum a todas e a todos participantes. No segundo momento do encontro haverá a apresentação de reportagens e de fontes históricas que ajudem a compreender a questão racial no esporte, no Brasil e em outros contextos mundiais.

O segundo encontro terá a retoma síntese das discussões do dia anterior, acrescido de um momento para dúvidas e comentários. A seguir, serão apresentadas três propostas de trabalho desenvolvidas em sala de aula que tenham no esporte o eixo norteador para a discussão do racismo/antirracismo. A ideia não é apresentar propostas prontas e de pleno sucesso, mas sistematizar reflexões a partir de vivências próprias, tanto como pesquisador, quanto como professor do Ensino Básico. Esse momento pretensamente expositivo, pode contar também com as interações das/dos cursistas, chamando à participação, a partir de relatos, da formação inicial e/ou da sala de aula sobre o tema. Por fim, a apresentação do questionário on-line que balizará o último encontro. O questionário, de rápida resposta pelo Google Forms, é um instrumento de reflexão em síntese, no qual cada cursista deverá escrever aproximações que consegue enxergar em sua prática docente – atual ou futura – do esporte como eixo norteador de discussões.

Por fim, no terceiro e último encontro, serão retomados os questionários para que seja possível, coletivamente, discutir as práticas pensadas sobre esporte e racismo/antirracismo, em sala e aula. Vale frisar que a ideia não é sair com um plano de aula pronto, mas sim, com caminhos possíveis para trabalhar o tema, seja ele como central da aula ou com apoio a alguma intervenção pedagógicas, pensando o Ensino Fundamental e Médio e a Educação de Jovens e Adultos. 


Palavras-chave: Ensino de História. Futebol. Racismo.


Bibliografia 


ABRAHÃO, Bruno. Otávio. de Lacerda.; SOARES, Antônio. Jorge . “O Que o Brasileiro Não Esquece Nem a Tiro É o Chamado Frango de Barbosa: questões sobre o racismo no futebol brasileiro” Movimento, vol. 15, n. 2, abril-junho, 2009, pp. 13-31.


ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

ALMEIDA, Silvio. O que é Racismo Estrutural? 1 ed. Belo Horizonte: Letramento, 2018. 


BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2009

BLOCH, Marc. O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.


BOURDIEU, Pierre. Como é possível ser esportivo? IN: _____ Questões de Sociologia, Lisboa: Fim de Século, 2003.


BANDEIRA, Gustavo Andrada; SEFFNER, Fernando. O caso Aranha entre o legítimo e o ilegítimo de ser cantado nos estádios de futebol. Esporte e Sociedade. Niterói, v. 10, n. 26, p. 1-23, 2015.


BRAGA, Harian Pires. A doce recordação do que não vivi: a formação de uma identidade nacional no futebol (1938-1950), 2015, 184f. Dissertação de Mestrado – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 2015. 


CARR, E. H. O que é História? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.


DaMATTA, Roberto (org.). Universo do futebol: futebol e sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Edições Pinakotheke, 1982.


DaMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis – para uma sociologia do dilema brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.


DAMO, Arlei Sander.  Do dom à profissão: a formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Aderaldo & Rothschild Ed., ANPOCS, 2007.


ELIAS, Norbert; DUNNING, Eric.  A busca da excitação.  Tradução: Maria Manuela Almeida e Silva. Lisboa: Difel, 1992.


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HALL, Stuart A identidade cultural na pós-modernidade., Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006.


HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Liv Sovik (org). Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003.


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HOBSBAWM, Eric J. & RANGER, Terence.  A invenção das tradições.. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.


KAEFER, Cíntia Miguel. Ser ou não ser racista no caso Aranha: Investigação sobre a propagação, incerteza e circulação midiática. 2016. 125 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-graduação, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2016.


LeGOOF, Jacques. História e memória. Campinas: UNICAMP, 2001.


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SOUZA, Denaldo Alchorne de. Pra Frente, Brasil! Do Maracanazo aos mitos de Pelé e Garrincha, a dialética da ordem e da desordem (1950-1983). São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2018.


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TOLEDO, Luiz Henrique de. No país do futebol. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.


WISNIK, José Miguel. Veneno Remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. 





DECOLONIALIDADE EM AFROPERSPECTIVA: UM ANÁLISE DA REALIDADE EDUCACIONAL BRASILEIRA ACERCA DAS RELAÇÕES ETNICO-RACIAIS NO CHÃO DA SALA DE AULA

Francisca Cibele da Silva Gomes (Graduada em História-UESPI)

Naiara Ferreira da Silva (Graduada em História-UESPI)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/gia-evaz-dsw

10/08 e 11/08 período noturno 19h00 até 22h

A Lei 10.639/03 instituiu a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileiras nas escolas públicas e privadas brasileiras. Tratou-se de uma reivindicação dos movimentos sociais negros e mobilizações populares sobre a necessidade de aborda a diversidade sociocultural e histórica ao trazerem os olhares em afroperspectiva que foram, por muito tempo e ainda são, excluídas e marginalizadas no seio escolar e na sociedade. Nesse contexto, a decolonialidade pressupõem abrir espaço para as “falas”, expressões e expectativas dos sujeitos que não dispõem de espaços para serem ouvidas em razão de barreiras raciais, atitudinais, psicológicas e físicas amparadas pelo racismo estrutural que cerceia sua expressividade e limita sua condição humana. Pensando sobre a igualdade racial, a abordagem decolonial das relações étnico-raciais assinala para as próprias vivências e lugares de fala daqueles que por muito tempo foram silenciados e invisíveis, expondo suas perspectivas, espaços de visibilidades e construções sociais. Portanto, o presente minicurso convida a todas as pessoas, educandos, educadores, pesquisadores, e comunidade geral a participarem de discursões acerca da realidade educacional brasileira com o objetivo de analisar as implicações da diversidade étnico-racial no ensino e aprendizagem, principalmente na construção da igualdade racial e da inclusão. Provocando indagações acerca do estudo da diversidade cultural, histórica e religiosa em afroperspectiva dentro dos espaços escolares de sociabilidade e escolarização. A metodologia consiste em uma aula dialógica sobre o contexto educacional brasileira, as relações étnico-raciais, o racismo, seguida pela troca de vivências sobre a diversidade racial no ensino das ciências humanas de modo a enriquecer o debate e propor novas abordagens educativas e metodologias para o ensino e aprendizagem no chão da sala de aula. A proposta justifica-se pela necessidade em abordar a temática nas escolas sobretudo pelos problemas estruturais advindos da desigualdade racial, discriminação e violência que ainda permeiam as escolas e a sociedade em geral trazendo condições excludentes e marginalidades para a população afro-brasileira e alimentado o racismo como condição naturalizada das relações sociais. Romper com esses estigmas e preconceitos permite trazer para o debate as problemáticas raciais contemporâneas extremamente pertinentes e necessárias para enriquecer o espaço a educação pensando em uma realidade inclusiva e igualitária. Trazendo olhares decoloniais para o estudo da construção da sociedade brasileira e refletindo sobre apontamentos humanos e sociais ignorados pelas visões segregacionistas e discriminatórias que são empecilhos para a elaboração e reelaboração da cidadania, igualdade e respeito. Provocando a necessidade de uma educação freiriana voltada para a práxis libertária e emancipadora que provoque a criticidade e indague sobre as explorações, exclusões e naturalidade de preconceitos ao trazer para o debate educacional sujeitos excluídos e marginalizados a fim de desmitificar preconceitos e limitações no exercício da democracia. 


Palavras-chave: Decolonialidade. Relações étnico-raciais. Educação.



Bibliografia 


ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. 


GONZALEZ, Lélia; HANSENBALG, Carlos. Lugar do negro. v.3, Rio de Janeiro: Marco Zero, 1982. 115 p. (Coleção 2 pontos). Disponível em: < https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/lc3a9lia-gonzales-carlos-hasenbalg-lugar-de-negro1.pdf>. Acessado em: 11 jan. 2023. 


KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação – episódios de racismo cotidiano. Tradução: Jess Oliveira, Rio de Janeiro: Editora Cobogó, 2019. 244 p. Disponível em:< https://www.ufrb.edu.br/ppgcom/images/MEMORIAS_DA_PLANTACAO_-_EPISODIOS_DE_RAC_1_GRADA.pdf>. Acessado em: 05 jan. 2023. 


QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas Latino-americanas. Colección Sur Sur, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: CLACSO, set. 2005. p.107-130. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf>. Acessado em; 08 jan. 2023.


RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro: Editora Jandaíra, 2021. 116 p.


RIBEIRO, Renata Dias; LIMA, Débora Barreto Costa. O sentido de genocídio e suas tecnologias estruturais do racismo no Brasil. In: BALIEIRO, Marcos Fonseca Ribeiro et al. Filosofia, Vida e morte. 1.ed. Aracaju, SE: Marcos Balieiro, 2021. Disponível em:< https://www.researchgate.net/publication/356814717_Filosofia_Vida_e_Morte>. Acessado em: 22 jan. 2023. 


SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2021. 








ESTUDOS CRÍTICOS DA BRANQUITUDE E PACTO DA BRANQUITUDE NO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL

Márcia Santos Severino (mestranda Profhistoria - UFG)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/dou-rmje-kvy

08/08, 09/08 e 10/08 período matutino 8h30 até 12hoo

Quando se estuda as relações raciais no Brasil e no mundo observa-se que a narrativa sempre se deu a partir da problematização do papel dos negros nessas relações assim é comum, por exemplo, em nosso país ouvirmos termos como “a questão do negro”, ou o “problema do negro” como forma de pensar o racismo enquanto construção social. Desde o século XX autores importantes como Frantz Fanon, William Edward Burghart Du Bois e Guerreiro Ramos já apontavam a necessidade de mudar o enfoque da investigação e pensar as relações raciais a partir do “papel do branco” na constituição do racismo, no entanto, o campo de pesquisa que hoje chamamos de “estudos críticos da branquitude” surge com maior impacto no mundo acadêmico só a partir dos anos de 1990 nos Estados Unidos da América ganhando escopo no Brasil a partir dos anos 2000, constituindo-se, portanto, em um debate que só se aprofundou teoricamente mais recentemente. (JESUS, 2018).

A psicóloga, pesquisadora e professora brasileira Maria Aparecida Bento lançou no ano de 2022 o importante livro “O Pacto da Branquitude”, em que através de suas pesquisas de mestrado e doutorado, já estabelecidas há algumas décadas, e a partir de sua prática como mulher negra que trabalhou durante anos em departamentos de recursos humanos na seleção de trabalhadores e trabalhadoras para cargos de diversas empresas do setor corporativo, além de sua própria experiência e de seus irmãos no mercado de trabalho, identificou que havia um padrão nessas triagens que se constituía basicamente na opção deliberada pela contratação de pessoas brancas, mesmo que possuíssem um currículo igual ou, muitas vezes, inferior ao de pessoas negras. Segundo a autora, há um pacto de autopreservação tácito e narcísico de pessoas brancas em postos de poder e instituições diversas. (BENTO, 2022). Tal pacto possui uma dimensão estrutural e ao mesmo tempo implícita que está presente para além do mercado de trabalho, como já ressaltado, e aqui buscaremos compreender sua conformação dentro também do ambiente escolar e mais precisamente no próprio ensino de história.

A proposta desse minicurso é problematizar de que forma a própria narrativa constituída a partir de uma história de nação no país forjada a partir de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e, posteriormente, a implementação efetiva dessa narrativa no ensino a partir da disciplina história nos diversos contextos escolares existentes ao longo da formação escolar brasileira, constitui em si já um importante elemento para a estruturação do pacto da branquitude brasileiro. Entre outras perspectivas que podemos apontar a partir dessa problematização está a constituição de uma visão de formação histórica do Brasil integrado e harmonizado e sem conflitos de ordem racial, visão essa que se perpetuou por séculos no imaginário social brasileiro e que, podemos hipostasiar, até hoje nutre permanências no ensino de história dentro do atual chamado ensino básico. 

O minicurso será centrado em textos de autores de referência na área dos estudos críticos da branquitude no Brasil e no mundo e também aprofundará a implementação da disciplina história no ensino básico no país para problematizar o pacto da branquitude presente na constituição do ensino de história no país.


Palavras-chave: Ensino de História; Estudos críticos da branquitude; Pacto da branquitude.



Bibliografia:


BENTO, Maria Aparecida. O Pacto da branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.


CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco anti-racista. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, Manizales, v. 8, n. 1, p. 606-630, enero. 2010.


CARDOSO, Lourenço. Retrato do branco racista e anti-racista. Disponível em: http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/viewFile/1279/1055 , 2010. 


CARONE, Iray e BENTO, Maria Aparecida da Silva (org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002. 


FERREIRA, Lígia F. “Negritude”, “Negridade” , “Negrícia”: história e sentidos de três conceitos viajantes. USP: Via Atlântica nº 9 jun/2006; 163 - 183. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dlcv/posgraduacao/ecl/pdf/via09/Via%209%20cap12.pdf. Acesso em 30 de abril de 2023. 


FRANKENBERG, Ruth. A miragem de uma branquidade não-marcada. In: WARE, Vron (org.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, p. 307 – 338. 


JESUS, Camila Moreira de. Anais, Encontro Baiano de Estudos em Cultura, 3., 2018, Recôncavo Baiano. Branquitude x Branquidade: Uma análise conceitual do ser branco. Recôncavo Baiano: Brasil, 2018. 14 p.


MILLS, Charles W.. Ignorância Branca. Griot Revista de Filosofia, Amargosa, v. 17, n. 1, p. 413-438, jun. 2018.


OLIVEIRA, Lúcio O. A. Expressões de Vivência da Dimensão Racial de Pessoas Brancas: representações de branquitude entre indivíduos brancos; Dissertação de Mestrado. orientação: Dr. Antônio Carlos Chagas. Salvador: 2007. Disponível em: http://www.pospsi.ufba.br/Lucio_Oliveira.pdf. Acesso em: 30 de abril de 2023. 


NERVELL, J. A brancura desconfortável das classes médias brasileiras. In: Raça como retórica: a construção da diferença/ organizadoras Yvonne Maggie e Claudia Barcellos Rezende – Rio de Janeiro, Civilização Brasileira: 2001, p. 245 – 269. 


PIZA, Edith. Adolescência e racismo: uma breve reflexão. An. 1 Simp. Internacional do Adolescente May. 2005. Disponível em: http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000082005000100022&script=sci _arttext 


PIZA, Edith. Porta de vidro: entrada para branquitude. In: CARONE, Iray e BENTO, Maria Aparecida da Silva (org.). Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002. 


RACHLEFF, Peter. “Branquidade”: seu lugar na historiografia da raça e da classe nos Estados Unidos. In: WARE, Vron. Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, (org.) 2004, p. 97 – 114. 


SOVIK, Liv. Aqui ninguém é branco: hegemonia branca no Brasil. In: WARE, Vron. Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, (org.) 2004, p. 363-386. 


WARE, Vron (org.). Branquidade: identidade branca e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Garamond, 2004











HISTÓRIA CULTURAL EM PERSPECTIVA: FONTES, PROCEDIMENTOS E ESTRATÉGIAS NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Ma. Ana Raquel Costa Dias (SME Goiânia; PPGE-FE/UFG)

Ma. Danielly Cardoso da Silva (UFG-CEPAE; PPGE-FE/UFG)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/zbw-bftb-hgy

10/08 e 11/08 período noturno 19h00 até 22h

As transformações em suas diferentes nuances, modificam as relações sociais e acontecem em ciclos de ruptura e continuidade, impondo-se como objetos de estudo para pesquisadoras/es de diferentes linhas de investigação. Tais mudanças dispõem consigo, motivações políticas, culturais, econômicas, religiosas, que perpassam, diversos aspectos das conjecturas humanas, manifestando-se no campo histórico educacional. Isto posto, problematizar, as questões inerentes às transfigurações propostas, por meio do aporte historiográfico da história cultural, é sobretudo um modo de investigar objetos singulares, chegando no que Pesavento (2005) alerta sobre reduto de sensibilidades. Essa escolha contempla uma concepção ampliada de fontes, compreendendo que a análise se relaciona com elementos de cultura e representações do imaginário social. Considerando que a história é um produto humano, e que o seu fazer pressupõe ampliação e reflexão, de elementos constituidores de passado. Lepick & Cunha (2018) afirmam que a história cultural “[...] rompe com a forma tradicional de fazer história, propondo novos problemas, abordagens, objetos de estudo, fontes, impondo um novo ordenamento no campo disciplinar” (p. 190). Ou seja, as fontes representam parte do passado, são uma impressão, um registro, que situa as pessoas conceitualmente no tempo e no espaço. São esses elementos que subsistem perante o desgaste do tempo, que se fixam na memória coletiva, e segundo Burke (2011), tornam algo memorável. Essas fontes que representam momentos históricos, se reconstroem a partir do olhar humano, no processo de pesquisa. Trabalhar nesta perspectiva implica considerar que nem o/a pesquisador/a, nem as fontes são neutras, carecem de interpretação e olhar crítico indispensável. Existem representações do passado, consolidadas no imaginário social, que para Chartier (1988), se traduzem como “[...] instrumento de um conhecimento mediato que faz ver um objeto ausente através da sua substituição por uma “imagem” capaz de o reconstituir em memória e de o figurar tal como ele é” (p.20). O minicurso “História Cultural em Perspectiva: Fontes, Procedimentos e Estratégias na História da Educação” prevê abordar a perspectiva teórico-metodológica da História Cultural e sua utilização nas pesquisas realizadas no âmbito da História da Educação. Propõe-se explanar e desenvolver exercícios metodológicos através do uso de algumas plataformas digitais, como a Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, o Catálogo de Teses e Dissertações da Capes, a Hemeroteca Digital Brasileira, bem como o caso dos acervos digitais de imprensa periódica. Objetiva-se problematizar os procedimentos de pesquisas nas plataformas digitais listadas, apresentar estratégias para organizar os dados levantados, como definir palavras-chave e combinar os diferentes filtros disponíveis nos repositórios. Pretende-se ademais, discutir os caminhos percorridos, ao que tange os conceitos sobre as metodologias e as fontes para a elaboração de um estudo bibliográfico. Segundo Gil (2002), essa etapa constitui um estudo exploratório, objetiva delimitar a área de estudo que o/a pesquisador/a pretende abordar e potencializar a problematização clara e precisa do objeto. O levantamento bibliográfico é um procedimento fundamental na construção de pesquisas, que possibilita localizar e compreender quais os principais recortes sobre o tema abordado pelo/a pesquisador/a. Os repositórios digitais escolhidos, sobretudo aqueles que contemplam as teses e dissertações, permitem acessar um grande número de trabalhos, reunidos em uma base de dados ampla. Os procedimentos a serem abordados no minicurso, possibilitam compreender as ferramentas e percursos, utilizados por outros/as pesquisadores/as, para acessar os elementos constitutivos do passado, sobretudo no âmbito da História da Educação. Como exemplo de estratégia, serão apresentadas algumas experiências diante do processo de levantamento de dados nas plataformas estabelecidas. 



Palavras-chave: Metodologia; História da Educação; História Cultural. 


Bibliografia


BURKE, Peter. Variedades de história cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.


CHARTIER, Roger. A história cultural entre práticas e representações. Lisboa: Difusão Editora, 1988.


GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.  


LEPICK, Vanessa; CUNHA, Tânia Rezende Silvestre; MORAES, Andréia Demétrio Jorge. A história da cartilha como objeto da cultura material escolar: um percurso metodológico. In: SANTOS, Sônia Maria dos; ROCHA, Juliano Guerra. (Org.). História da Alfabetização e suas fontes. Uberlândia: EDUFU, 2018.


PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.













HISTÓRIA ORAL NO BRASIL: PERCURSOS E CAMINHOS

Me. Gustavo Silva de Moura (Doutorando, PPGHB/UFPI)

Me. Pedro Vagner Silva Oliveira (Doutorando, PPGH/UFF)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/aor-coyv-tsy

08/08, 09/08 e 10/08 período matutino 8h30 até 12hoo

No Brasil, com a ascensão dos debates da memória nas últimas décadas, a História Oral se tornou um procedimento importante e constante nos estudos e na pesquisa histórica. Com uma tradição que remonta desde os anos 1970, formando ali os primeiros núcleos e investigações, essa metodologia culminou no século XXI com diferentes formas de pensar e fazer a arte da escuta dentro das ciências humanas e sociais. Tão rica e diversa quanto a realidade brasileira, a História oral desenvolvida no país é reflexo de um debate plural feito a partir de suas cinco regiões. Muito mais que uma forma de acessar o passado ou obter informações sobre esse, a História oral ao longo dos anos vem ampliando a produção do conhecimento histórico nos mais diversos temas. De maneira democrática, a partir do trabalho da escuta, outras vozes como a de mulheres, comunidades e povos tradicionais, trabalhadores, imigrantes e LGBTQIAPN+ renovaram e complexificaram os estudos feitos sobre o passado, seja em sentido micro ou macro. A História Oral é feita em parceria, isto é, com/para/e/do público, além de valorizar a experiência e protagonismos das comunidades de sentido, torna a ciência histórica um campo do conhecimento mais engajado e preocupado socialmente. Parte da academia e diversos grupos sociais reivindicaram interpretações e abordagens historiográficas que privilegiam suas experiências e espaços, pluralizando sujeitos, vozes e ações do/no pretérito e no presente. Nesse sentido, as memórias de determinados indivíduos e grupos têm sido de fundamental importância para a compreensão de fatos sociais, culturais e históricos, pois se trata de um viés que tem como pressuposto a experiência – direta ou indireta – dos sujeitos de determinados públicos na multiplicidade brasileira. Com isso, o presente minicurso objetiva apresentar a História Oral no Brasil e explicitar suas diversas possibilidades dentro dos estudos históricos contemporâneos. Desse modo, a partir das diferentes “escolas”, conceitos, principais procedimentos adotados e as formas de difusão do conhecimento, o programa do minicurso passará pela História e historiografia da História oral; Primeiras experiências e produções nacionais: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC/FGV), Núcleo de Estudo em História Oral (NEHO/USP), Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI/UFF) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) anos 1990; Passos para elaboração de um projeto de História Oral; Discussões sobre: Técnica, Metodologia, Campo ou Procedimento?; Questões sobre o por quê, de quem, para quem, quando e Como usar a História Oral?; Entrevistade: informante, depoente ou colaborador?; Autoridade compartilhada?; Gêneros de História Oral e momento da entrevista; Tipos de História Oral; Questões técnicas da entrevista e os desafios atuais;  Formas de devolução e experiências de Pesquisa. Diante o apresentando, o minicurso proposto tem por objetivo expor uma proposta de leitura para pesquisadoras e pesquisadores. Assim, pretende-se alcançar estudantes e profissionais que tenham interesse na História Oral e as possibilidades de seu uso como intérprete das particularidades em que estão envolvidos. 


Palavras-chave: História Oral; Metodologia, Pesquisa em História


Bibliografia


ALBERTI, Verena. “Histórias dentro da História”. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.


ALBERTI, Verena. Manual de história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.


ALBERTI, Verena. O acervo de história oral do CPDOC: trajetória de sua constituição. Rio de Janeiro: Centro de Pesquisa e Documentação Contemporânea, 1998. Disponível em: http://hdl.handle.net/10438/6840


ALBERTI, Verena, FERNANDES, Tania Maria; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). História oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000. Disponível em: https://static.scielo.org/scielobooks/2k2mb/pdf/ferreira-9788575412879.pdf 


ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; PIMENTA,Denise Nacif; LIMA, Lívia (Org.). (Im)permanências: História oral, mulheres e envelhecimento na pandemia - Volume 1. São Paulo: Letra e Voz, 2021.


ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; PIMENTA,Denise Nacif; LIMA, Lívia (Org.). (Im)permanências: História oral, mulheres e envelhecimento na pandemia - Volume 2. São Paulo: Letra e Voz, 2021.


AMADO, Janaína. O Grande Mentiroso: tradição, veracidade e imaginação em História Oral. Revista História São Paulo. História, São Paulo, vol. 14, p. 125-136, 1995. Disponível em: https://www.gpmina.ufma.br/wp-content/uploads/2015/03/AMADO-O-grande-mentiroso.pdf


BENJAMIN, Walter. “O narrador. Considerações sobre a obra de Nicolai Leskov”. In: Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. V. 1. São Paulo: Brasiliense, 1987.


BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.


BOSI, Ecléa. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.


CAMARGO, Aspásia. Como a História Oral chegou ao Brasil: entrevista com Aspásia Camargo por Maria Celina d'Araújo. História Oral, [S. l.], v. 2, 2009. DOI: 10.51880/ho.v2i0.15. Disponível em: https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/15. Acesso em: 22 ago. 2022.


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DUARTE, Luiz Fernando Dias. Prática de poder, política científica e as ciências humanas e sociais: o caso da regulamentação da ética em pesquisa no Brasil. História Oral, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 9–29, 2014. Disponível em: https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/401. Acesso em: 22 ago. 2022.


FERREIRA, Marieta de Moraes. História Oral: velhas questões, novos desafios. In: CARDOSO, Ciro Flamarion Santana; VAINFAS, Ronaldo. Novos domínios da história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.


FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). História Oral e Multidisciplinaridade.  Rio de Janeiro: Diadorim, 1994.


FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (orgs). Usos e abusos da História Oral.  Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. 


FREITAS, Sônia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas, 2006.


GOMES,  ngela de Castro. Associação Brasileira de História Oral, 20 anos depois: O que somos? O que queremos ser?. História Oral, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 163–192, 2014. Disponível em: https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/371. Acesso em: 22 ago. 2022.


HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. SP: Centauro, 2003.


JOUTARD, Philippe. História oral: balanço da metodologia e da produção nos últimos 25 anos. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes. (Orgs.) Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. p. 43-62.


JOUTARD, Philippe. “Reconciliar história e memória?”. In: Escritos: Revista da Casa de Rui Barbosa. RJ: Edições Casa de Rui Barbosa, ano 1, pp. 223-235, 2007. Disponível em http://escritos.rb.gov.br/numero01/FCRB_Escritos_1_9_Philippe_Joutard.pdf. 


LE GOFF, Jacques. História e Memória. SP: Editora da UNICAMP, 2003.


MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. “A História, Cativa da Memória? Para um mapeamento da memória no campo das Ciências Sociais”. In: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, SP, v. 34, pp. 09-24, 1992. Disponível em http://www.revistas.usp.br/rieb/article/download/70497/73267.


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PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente. Projeto história, São Paulo, (14), fev. 1997. Disponível em https://revistas.pucsp.br/revph/article/view/11233.  


PORTELLI, Alessandro. Ensaios de História Oral. São Paulo: Letra e voz, 2010.


PORTELLI, Alessandro. Um trabalho de relação: observações sobre a história oral. Revista Trilhas da História.Três Lagoas, v. 7, nº 12 jul-dez, 2017, p. 182-195.

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SANTHIAGO, Ricardo. História oral e as artes: Percursos, possibilidades e desafios. História Oral, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 155–187, 2013. DOI: 10.51880/ho.v16i1.278. Disponível em: https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/278. Acesso em: 22 ago. 2022.


SANTHIAGO, Ricardo; MAGALHÃES, Valéria Barbosa de. Rompendo o isolamento: reflexões sobre história oral e entrevistas à distância. Anos 90. Revista do Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v.27, 2020. Disponível em https://seer.ufrgs.br/anos90/article/view/102266.


SANTHIAGO, Ricardo; ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. (Orgs.) . História oral como experiência: reflexões metodológicas a partir de práticas de pesquisa. Teresina: Cancioneiro, 2021.


SCHMIDT, Benito Bisso. “Entre a filosofia e a sociologia: matrizes teóricas das discussões atuais sobre história e memória”. In: Estudos Ibero-Americanos. PUCRS, v. XXXII, n. 1, p.85-97, junho 2006.


SILVA, Sinésio Jefferson Andrade. Memória musical como acontecimento: categorizando uma fala sobre o sonoro. Música e Cultura, vol. 7, n. 1, p. 104-119, 2012. Disponível em: https://www.abet.mus.br/wp-content/uploads/2022/04/7_vol_7_andrade_silva.pdf


THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. 3ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.


THOMPSON, Paul. História de vida como patrimônio da humanidade In: WORCMAN, Karen et al (coords.). História falada: memória, rede e mudança social. São Paulo: SESC SP: Museu da Pessoa: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.


THOMSON, Allistair. “Histórias (co) movedoras: história oral e estudos de migração”.  Revista Brasileira de História. SP, vol. 22, n. 44, pp. 341-364, 2002. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbh/v22n44/14003.pdf.

















RACIALIZANDO A PESQUISA ACADÊMICA: ABORDAGENS E ESTRATÉGIAS AFRODIASPÓRICAS

Jéser Abílio de Souza (Doutorando em Relações Internacionais, IRI-PUC-Rio)


Modalidade: on-line

Link para reunião: meet.google.com/zsc-exei-rtw

08/08, 09/08 e 10/08 período matutino 8h30 até 12hoo

A pesquisa acadêmica é monopolizada por um conjunto de epistemologias e metodologias brancocêntricas nas universidades ocidentalizadas, que invalidam e desconsideram sujeitos racializados, generificados e sexualizados como portadores e produtores de conhecimento. Isso ocorre devido um imaginário social que situou e ainda continua situando a produção de conhecimento no eixo do Ocidente, e que remonta desde a colonização com processos de epistemicídio (GROSFOGUEL, 2008). Além da aniquilação física de populações, povos e comunidades africanas e indígenas, a colonização empreendeu diversos processos de destruição de maneiras de conhecer e agir no mundo, como uma forma de dominação. Por exemplo, sujeitos africanos e seus descendentes foram proibidos de cultuar seus deuses e sua cultura e de falar a sua própria língua. Sendo assim, esses processos de epistemicídio promoveram a atribuição de uma insuficiência epistemológica e ontológica às populações, comunidades e sujeitos negros (GROSFOGUEL, 2008).

Por outro lado, o sujeito branco está sempre posicionado hierarquicamente como detentor de conhecimentos e fatos objetivos, uma vez que se coloca como parâmetro universal, neutro e racional. Como explica Grada Kilomba (2019), a “boca simboliza a fala e a enunciação” (p. 34) e no contexto do racismo, ela se torna um órgão de opressão, em que sujeitos brancos querem controlar e censurar severamente a fala do oprimido nas relações de poder. E esta lógica de dominação e repressão também se localiza nas estruturas das universidades, provocando um prejuízo na capacidade cognitiva material e na autoestima de tais sujeitos, em virtude das diversas práticas de discriminação racial existentes (CARNEIRO, 2005). Portanto, não é possível desvincular a produção do conhecimento e as práticas de pesquisa das dinâmicas raciais. 

O presente minicurso tem como proposta refletir a pesquisa acadêmica a partir dos estudos afrodiaspóricos, no sentido de oferecer caminhos teóricos e estratégias metodológicas para a construção de uma pesquisa e escrita científicas afrocentradas. Dentre os objetivos, estão: 1. Questionar a estrutura do conhecimento e a academia ocidental por meio de discussões sobre epistemicídio e racismo; 2. Apresentar um conjunto de conceitos que problematizam as práticas acadêmicas que subjugam e oprimem saberes e vivências negras, como colonialidade (MALDONADO-TORRES, 2019), racialização (NASCIMENTO, 2019), fetichismo (BHABHA, 2013) e neurose cultural (GONZALEZ, 1984); 3. Introduzir algumas abordagens teóricas dentro do pensamento afrodiaspórico, como a epistemologia feminista negra (COLLINS, 2019), a abordagem decolonial afrodiaspórica (MALDONADO-TORRES, 2019) e o paradigma da afrocentricidade (ASANTE, 2009); 4. Propor algumas posturas metodológicas crítica como forma de recentralizar raça na pesquisa e escrita científica; e 5. Apresentar estratégias e posturas metodológicas, como a interseccionalidade (COLLINS, 2022), a afrocentricidade analítica (ASANTE, 2009), a autonarrativa/autoetnografia (SANTOS, 2017) e a cartografia social (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009).

A proposta do minicurso se justifica pela necessidade de promover e valorizar saberes e práticas de pesquisa afrodiaspóricas, tendo em vista as estruturas raciais do conhecimento e, consequente, das universidades ocidentais que recorrem a invalidação de epistemologias e metodologias “outras”. Ainda, consiste em um esforço de agenciar vozes negras e politicamente engajadas na produção de conhecimento científico a partir de olhares, linguagens e vivências negras que tensionam e desafiam o que está imposto como universal pelas perspectivas brancocêntricas. Assim, espera-se que o minicurso possibilite a criação de um espaço criativo, produtivo e de solidariedade para cultivar pesquisas acadêmicas na História, mas também em outras áreas do conhecimento, com a inclusão de reflexões teóricas e posturas metodológicas plurais. 


Palavras-chave: Pesquisa acadêmica; Pensamento afrodiaspórico; Estratégias metodológicas.



Bibliografia


ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade: notas sobre uma posição disciplinar. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org.) Afrocentricidade: uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 93-110.


BHABHA, Homi. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013. 


CARNEIRO, Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. f339. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.


COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.


COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo, 2022.


GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista de Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244. 


GROSFOGUEL, Ramon. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 80, 2008, p. 115-147.


KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2020.


MALDONADO-TORRES, Nelson. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, R. (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Ed. Autêntica, 2019, p. 27-54.


NASCIMENTO, Gabriel. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento, 2019. 


PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2020.


SANTOS, Silvio M. A. O método da etnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. Plural – Revista do Programa de Pós-graduação em Sociologia da USP, v. 24, n. 1, 2017, p. 214-241.