Mediadora: Prof.ª Dr.ª Raquel Campos
Local: Auditório Lauro Vasconcelos, Faculdade de História - UFG
Segunda-feira, 09 de setembro de 2024
Possui graduação em História pela Universidade Federal Fluminense (1991), mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1995) e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2002). Professor Associado da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Professor Visitante da Université Paris Diderot - Paris VII (2017). Jovem Cientista Nosso Estado - FAPERJ (2012-2015). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Moderna e História do Brasil Colonial, atuando principalmente nos seguintes temas: igreja católica, irmandades religiosas, culto dos santos e hagiografia, clero secular, escravidão e hierarquias sociais.
Mediador: Prof.° Dr.° Davi Maciel
Local: Auditório Lauro Vasconcelos, Faculdade de História - UFG
Segunda-feria, 09 de setembro de 2024
Possui a graduação em Historia pela Universidade Católica do Salvador (1992), o bacharelado em Teologia pelo Instituto Teológico da Bahia (1996) Mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (1998) e Doutorado em História pela Universidade de Brasília (2005). Pós-doutor pela PUC MInas com pesquisa sobre o catolicismo e a ditadura civil-militar (2023). É professor da Pós-graduação Pontifícia Universidade Católica de Goiás e da Pós-graduação da Universidade Estadual de Goiás (PROMEP). Coordenou o curso de graduação em História da PUC-GO em 2009-10 e foi coordenador do Mestrado em História (2010-16). Membro do Conselho Editorial da Revista Caminhos (Ciências da Religião) e da Revista Mosaico (PUC Goiás). Possui ênfase em História religiosa e Teoria da História, atuando principalmente nos seguintes temas: historia e religião, história do cristianismo, Teoria da história e metodologia de pequisa. Membro do CEHILA, da ABHR e da Rede de Pesquisa em História e Catolicismo.
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Cristina de Cássia
Local: Auditório Lauro Vasconcelos, Faculdade de História - UFG
Terça-feira, 10 de setembro de 2024
Possui graduação em Licenciatura Plena em História e Licenciatura Curta em Estudos Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1991); mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás (1997) e doutorado em História pela Universidade de Brasília (2006). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal de Goiás. Possui em experiência na área de História, com ênfase em História de Goiás (Séculos XIX) e História da Jamaica Pós-Colonial. Também pesquisa e publica sobre Educação Básica (Currículo, Metodologia etc.) e Formação de Professores. Outros temas de interesse e pesquisa incluem: Religiosidade, Cultura Pop e Música Popular Brasileira.
Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em História PROFHISTÓRIA da UFG. Doutora em História pela Universidade Federal de Goiás (2018), com Bolsa de Doutorado Sanduíche na Universidade de Coimbra - Portugal (PDSE-2017-2018); Mestra em História pela Universidade Federal de Goiás (2012); Especialista em Educação Profissional Integrada à Educação Básica pelo Instituto Federal de Educação integrado à Faculdade de Educação-UFG, IFG/FE-UFG (2009); Graduada e Bacharel em História pela UFG (2002). Atua como investigadora colaboradora do Centro de História da Sociedade e da Cultura - Universidade de Coimbra - UC. Atualmente é professora de História da Secretaria de Educação do Estado de Goiás; foi coordenadora do Projeto Mais Educação (2012-2015). Atuou como Tutora a Distância (bolsista) do Programa Nacional Rede E-TEC Brasil de Educação à Distância, ofertado pelo Instituto Federal de Goiás/Pró-Reitoria de Ensino/Diretoria de Educação a Distância - 2013 - (2015-2016). Foi professora de História na Universidade Estatual de Goiás - UEG (UnU Cidade de Goías) e na Faculdade de Inhumas. É membro no Grupo de Estudos e Pesquisas em Transformações Sociais e Educação na Antiguidade e Medievalidade - UEM e no Sapientia - Grupo de Estudos e Pesquisas em História Medieval e Moderna - UFG. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: História do Brasil Colonial; Ensino de História; Didática e Estágio do Ensino de História; História da Cultura Afro-brasileira e Indígena; História da Educação no Brasil; Diversidades Culturais; Antropologia, Sociologia e História do Direito. Tem amplo domínio nas temáticas: Ensino de História; Diversidades Culturais; História de Portugal no período Medieval; Transição da Idade Média para a Moderna; Monarquia Portuguesa; Legislação Portuguesa; D. Dinis; D. Afonso IV; D. Manuel I; Judeus; Cristãos-Novos; Inquisição em Portugal e no Brasil.
Graduado em Antropologia pela PUC-GO. Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Goiás doutorando no Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina Universidade de São Paulo/USP. Arte-Educador. Diretor e Ator do Grupo Circo Alegria do Povo. Fundador da ONG Espaço Cultural Vila Esperança.Sòcio fundador da Tekohà Pesqisas Patrimoniais. Áreas de atuação: antropologia, antropologia das religiões, arqueologia pública com ênfase em Educação Patrimonial, culturas e religiões Africanas e afrodiàsporicas, educação para as relações etnico raciais. Babalorixá do Egbe Omodua Ode Opo Arole - Templo dos Orixás, na Cidade de Goiás - GO. Grupos de Pesquisa: Estudos Transdiciplinares da Herança Africana CNPq UNIP; GT História da África e africanidades da ANPHU Regional Goiás.
Palestrantes: Gilson Tapirapé e Junio Berewy Javae
Mediador: Prof.° Dr.° Elias Nazareno
Local: sala 29, Faculdade de História - UFG
Quarta-feira, 11 de setembro de 2024
Doutorando em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás, na Área de Estudos Linguísticos (2023). Professor do Curso de Educação Intercultural do Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da UFG. Mestre em Letras e Linguística (Área: Estudos Linguísticos) pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2020). Possui Graduação em 'Educação Intercultural - Ciências da Linguagem' (2011) e Especialização em 'Educação Intercultural e Transdisciplinar: Gestão Pedagógica', também pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2015). Foi professor da Escola Indígena Estadual Tapi'itãwa, onde exerceu a Função de Diretor de 2016 a 2017. Tem experiência na área de Línguas Indígenas, Educação Intercultural e Educação Indígena, com ênfase em Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão Escolar. É Pesquisador na Ação 'Saberes Indígenas na Escola' (Rede UFG/UFT/UFMA). Em 2023, tomou posse como primeiro professor indígena da Universidade Federal de Goiás.
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Armênia de Souza
Local: sala 29, Faculdade de História - UFG
Quinta-feira, 12 de setembro de 2024
'Relíquias e narrativas vicentinas, entre Hagiografia e História'
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1994), mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás (1998) e doutorado em História pela Universidade Federal do Paraná (2005). Realizou estágio de pós- doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/ 2023) . Realizou estágio de pesquisa na Universidade de Oviedo- Espanha (Janeiro de 2019)/ Realizou estágio de pós- doutorado na Universidade do Porto (dez de 2015- 2016, com patrocínio da Capes), e na Universidade Federal do Paraná (2012). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Jataí (UFJ), da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Programa de Pós- Graduação em História- mestrado e doutorado. Linha de pesquisa: Poder e Representações). Professora permanente do programa de pós- graduação em História da UFPR. Coordenadora da rede internacional de pesquisa: RELICARIO. RED DE INVESTIGCIÓN SOBRE ARTE E HISTORIA DE LAS RELIQUIAS CRISTIANAS IBÉRICAS. ( https://redepesquisarelicario.com.br/ ) Participante/ Pesquisador do Núcleo de Estudos Mediterrânicos (NEMED/UFPR). Membro- fundadora da Rede de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos (REIA). Representante brasileira e membro titular no Comité Internacional de Expertos del Camino de Santiago (Xunta de Galicia). Primeira secretária da Associação Brasileira de Estudos Medievais (2023-2025). Participante da Rede PEREGRINATIO- Rede de investigação para o estudo da peregrinação na Idade Média/ Research networkforthe study ofpilgrimage in the Middle Ages. Participante do Laboratório de Estudos Medievais (LEME/ UFG). Coordenadora do Grupo de Estudos Ibéricos/ Cnpq. Coordenadora (com Armênia Maria de Sousa), do GT de Medieval/ ANPUH- Go Co- organizadora dos Seminários Mundos Ibéricos. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Península Ibérica. Pesquisa temas relacionados a religiosidade medieval: Relíquias- Santidade- Peregrinações. Também pesquisa temas sobre viagens e viajantes na Idade Média. Idealizadora do site Sacralidades Medievais: https://sacralidadesmedievais.com/ Membro do Conselho Científico de publicações do IEM (Instituto de Estudos Medievais- Universidade Nova de Lisboa (2022-2024). Idealizadora do projeto Tardes Culturais. Publicações (Livros)- Autora do livro Os Sentidos do Sagrado no Ocidente Medieval: Emoções, devoções e culto às relíquias cristãs (2023). É coautora de A Sacralização do Espaço Ibérico: Vivências Religiosas na Idade Média (ÁLVAREZ, Raquel Alonso NASCIMENTO, Renata Cristina de S. CRV, 2020) A Visibilidade do Sagrado: Relíquias Cristãs na Idade Média (COSTA, Paula. P. NASCIMENTO, Renata. C.S. Prismas, 2017, com segunda edição em 2021), e Peregrinos e Peregrinação na Idade Média (FRANÇA, Susani. L LIMA, Marcelo. P. NASCIMENTO, Renata.C. S. Vozes, 2017). Organizadora do livro INVESTIGACIÓN Y DIFUSIÓN DEL CONOCIMIENTO EN RED (Universidad de Barcelona, 2022); do livro de Ensaios: Sacralidades Medievais: Textos temas (Editora Tempestiva, 2021); Co- organizadora de Crises, Epidemias e Fomes: Memórias da Idade Média. (Porto Alegre: Editora Fi, 2021); Dicionário. Cem Fragmentos Biográficos: A Idade Média em trajetórias. (Goiânia: Edições Tempestivas, 2020); Ensaios de História Medieval. Temas que se renovam (CRV, 2019). Cultura, Palavra e Fé: Narrativas e Sacralidades no Mundo Ibérico (Brazil Publishing, 2019); Cultura Política e Poder na Idade Média (Multifoco, 2018); Mundos Ibéricos: territórios, gênero e religiosidade (Alameda, 2017); Entre Europa, África e América: Mundos ibéricos no Atlântico-Sul (Luminária, 2017); A Idade Média; entre a história e a historiografia (Ed. da Puc- Go, 2012), Uma corte européia nos trópicos outros ensaios (Ed. da Puc-Go, 2010); e Historiar: interpretar objetos da cultura (UFU, 2009).
'Diversidade Religiosa na Arábia Pré-Islâmica'
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (1994), mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás (1998) e doutorado em História pela Universidade Federal do Paraná (2005). Realizou estágio de pós- doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/ 2023) . Realizou estágio de pesquisa na Universidade de Oviedo- Espanha (Janeiro de 2019)/ Realizou estágio de pós- doutorado na Universidade do Porto (dez de 2015- 2016, com patrocínio da Capes), e na Universidade Federal do Paraná (2012). Atualmente é professora titular da Universidade Federal de Jataí (UFJ), da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Programa de Pós- Graduação em História- mestrado e doutorado. Linha de pesquisa: Poder e Representações). Professora permanente do programa de pós- graduação em História da UFPR. Coordenadora da rede internacional de pesquisa: RELICARIO. RED DE INVESTIGCIÓN SOBRE ARTE E HISTORIA DE LAS RELIQUIAS CRISTIANAS IBÉRICAS. ( https://redepesquisarelicario.com.br/ ) Participante/ Pesquisador do Núcleo de Estudos Mediterrânicos (NEMED/UFPR). Membro- fundadora da Rede de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos (REIA). Representante brasileira e membro titular no Comité Internacional de Expertos del Camino de Santiago (Xunta de Galicia). Primeira secretária da Associação Brasileira de Estudos Medievais (2023-2025). Participante da Rede PEREGRINATIO- Rede de investigação para o estudo da peregrinação na Idade Média/ Research networkforthe study ofpilgrimage in the Middle Ages. Participante do Laboratório de Estudos Medievais (LEME/ UFG). Coordenadora do Grupo de Estudos Ibéricos/ Cnpq. Coordenadora (com Armênia Maria de Sousa), do GT de Medieval/ ANPUH- Go Co- organizadora dos Seminários Mundos Ibéricos. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da Península Ibérica. Pesquisa temas relacionados a religiosidade medieval: Relíquias- Santidade- Peregrinações. Também pesquisa temas sobre viagens e viajantes na Idade Média. Idealizadora do site Sacralidades Medievais: https://sacralidadesmedievais.com/ Membro do Conselho Científico de publicações do IEM (Instituto de Estudos Medievais- Universidade Nova de Lisboa (2022-2024). Idealizadora do projeto Tardes Culturais. Publicações (Livros)- Autora do livro Os Sentidos do Sagrado no Ocidente Medieval: Emoções, devoções e culto às relíquias cristãs (2023). É coautora de A Sacralização do Espaço Ibérico: Vivências Religiosas na Idade Média (ÁLVAREZ, Raquel Alonso NASCIMENTO, Renata Cristina de S. CRV, 2020) A Visibilidade do Sagrado: Relíquias Cristãs na Idade Média (COSTA, Paula. P. NASCIMENTO, Renata. C.S. Prismas, 2017, com segunda edição em 2021), e Peregrinos e Peregrinação na Idade Média (FRANÇA, Susani. L LIMA, Marcelo. P. NASCIMENTO, Renata.C. S. Vozes, 2017). Organizadora do livro INVESTIGACIÓN Y DIFUSIÓN DEL CONOCIMIENTO EN RED (Universidad de Barcelona, 2022); do livro de Ensaios: Sacralidades Medievais: Textos temas (Editora Tempestiva, 2021); Co- organizadora de Crises, Epidemias e Fomes: Memórias da Idade Média. (Porto Alegre: Editora Fi, 2021); Dicionário. Cem Fragmentos Biográficos: A Idade Média em trajetórias. (Goiânia: Edições Tempestivas, 2020); Ensaios de História Medieval. Temas que se renovam (CRV, 2019). Cultura, Palavra e Fé: Narrativas e Sacralidades no Mundo Ibérico (Brazil Publishing, 2019); Cultura Política e Poder na Idade Média (Multifoco, 2018); Mundos Ibéricos: territórios, gênero e religiosidade (Alameda, 2017); Entre Europa, África e América: Mundos ibéricos no Atlântico-Sul (Luminária, 2017); A Idade Média; entre a história e a historiografia (Ed. da Puc- Go, 2012), Uma corte européia nos trópicos outros ensaios (Ed. da Puc-Go, 2010); e Historiar: interpretar objetos da cultura (UFU, 2009).
Lançamento de livros
Coquetel e momento cultural
Local: sala 29, Faculdade de História - UFG
Quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Organizadores: Silvana Aparecida da Silva Zanchett, Ary Albuquerque Cavalcanti Junior, Eliene Dias de Oliveira, Jiani Fernando Langaro.
Apresentação
"A presente coletânea é uma produção do grupo de pesquisa Trilhas: Migrações, Fronteiras e Gênero, registrado no CNPq e com sede na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), no Câmpus de Coxim (CPCX). De perfil interdisciplinar, o grupo conta com pesquisadores(as) de diferentes regiões do Brasil, notadamente do Centro-Oeste. Esta publicação que ele traz à tona visa contribuir para ampliar as discussões sobre os temas a que se dedica e atender aos seus objetivos de fomentar a divulgação de investigações acadêmicas focadas em análises históricas, linguísticas e literárias – produções difundidas pelo grupo mediante encontros de estudos, seminários, publicações e participações em eventos de cunhos nacional e internacional"
Autores: Yussef Campos (doutor em História) e Paulo Peixoto (doutor em Sociologia)
Apresentação
A pandemia da covid 19, nos anos de 2020 e 2021, radicalizou, de maneira indelével, o uso da internet como meio de realização de even¬tos acadêmicos, entre outros tipos de eventos. À frente da organização do colóquio Patrimônios Culturais em Países de Língua Portuguesa, oferecido pelo Centro Cultural Brasil-Angola, da Embaixada do Brasil em Angola, pudemos viver uma experiência única com esse cenário de adesão geral à internet. Reunimos, sincronicamente, em duas me¬sas de debate, pesquisadoras e pesquisadores que trabalham com o pa¬trimônio e que são provenientes de lugares que adotam o português como uma de suas línguas oficiais, estando, cada um deles, em seus respectivos países. Sem a tecnologia isso teria sido, obviamente, im¬praticável. O texto de Rodrigo Christofoletti, que introduz os debates deste livro, apresenta cada um destes debates. A maioria dos autores e autoras tem origem nos países sobre os quais discorrem, e as poucas exceções se constituem de pessoas que têm nesses países alguns de seus objetos de pesquisa. A brasileira Maria Helena Mattos Barbosa dos Santos, que pesquisa o patrimô¬nio do Timor-Leste e da Guiné Bissau, tratou do primeiro tema em coautoria com a timorense Laurentina Belo e do segundo com os pesquisadores guineenses Dedinha Domingos Nancassa e Cipriano Correia Landim. Marcela Maciel Santana, também brasileira, viveu em Cabo Verde e estuda o patrimônio deste país. Por fim, meu par¬ceiro de pesquisa e de organização deste livro, o português Paulo Pei¬xoto, tem diversos estudos no e sobre o Brasil. O colóquio Patrimônios Culturais possibilitou uma imensa tro¬ca de conhecimentos, permitindo-nos pensar nas diferentes concepções de patrimônio idealizadas nos diversos contextos que se en¬trelaçam por meio da língua portuguesa e abrindo-nos a percepção sobre o que é o tempo. O encontro atuou ainda como ambiente de¬mocrático onde indivíduos silenciados por governos autoritários e por crises políticas usaram seus momentos de fala como meio de de¬núncia e notificação dos fatos ocorridos em seus países. Pedro Leyva, por exemplo, que se encontra radicado no Brasil, pôde expressar sua fala engajada sobre os problemas da Guiné Equatorial, governada há quatro décadas pelo ditador Teodoro Obiang Nguema. Laurentina Belo também demonstrou que o Timor Leste vive uma crise patente, padecendo dos efeitos de uma batalha de décadas pela independên¬cia diante da ocupação indonésia. A organização desse evento levou em conta os diferentes fusos horários dos nove países participantes, distribuídos em quatro con¬tinentes distintos, e fomentou os seguintes questionamentos: será que podemos refletir, a partir deste colóquio, sobre os conceitos de heterocronia? Não pela evidente diversidade de lugares, representa¬da pelos diversos pesquisadores (espaços das alteridades, segundo Foucault, 2013, em sua “heterotopia”); e não pela diferença de fuso, mas pela “verdadeira transformação na estrutura da temporalida¬de”, como ensina Huyssen (1995), podemos falar em heterocronia? Pelbart (2018, p. 312) também se refere, ainda que indiretamente, a essa transformação ao dizer: o que se anuncia é um regime temporal curioso: não me¬ramente uma sincronicidade universal, mas, no interior dela, a gestação de novas condutas temporais que alte¬ram o estatuto da memória, da repetição, da gênese, afe¬tando assim, forçosamente, nossa relação com a ideia de projeto, de história e, principalmente, de sentido. Essa relação distinta com a ideia de sentido será observada neste livro na maneira pela qual os pesquisadores concebem o patrimô¬nio: ora como meio de emancipação, como Laurentina o compreen¬de em seu texto sobre o Timor, ora como categoria ambígua, como demonstrou Canivete sobre Moçambique, ou ainda como identida¬de pela diversidade, a exemplo do que ocorre no Brasil. Agradecemos às autoras e aos autores pela dedicação, disponibili¬dade e generosidade, e à Faculdade de História da Universidade Fe¬deral de Goiás, Brasil, que possibilitou a materialização deste livro, um dos frutos dos estudos desenvolvidos no grupo de pesquisa Lu¬gares e Patrimônios (Lupa), por meio do CNPq.
Autor: Ulisses do Valle
Apresentação
Gilberto Freyre tornou-se daqueles autores mais criticados do que efetivamente lidos e interpretados. A seu nome geralmente vêm associados determinados rótulos, como “democracia racial” e “miscigenação”, que funcionam como verdadeiros atalhos hermenêuticos através dos quais sua obra ou é imediatamente descartada ou irremediavelmente empobrecida. O primeiro objetivo deste livro é oferecer uma leitura de Freyre desapegada desses rótulos, evidenciando os aspectos de distanciamento, de violência e de crueldade que se deram paralelamente àqueles de aproximação, integração e associação ao longo da formação da sociedade brasileira. O segundo é o de compreender como tais aspectos foram “ocultados”, não por Gilberto Freyre, mas pelas leituras que sua obra recebeu. E, por fim, para elucidar a constituição dos padrões sádico-masoquistas de relação interpessoal, propomos dois conceitos: o “manejo escravocrata” e a “educação para o patriarcado”. Este último passo nos permitiu perceber como tais padrões, além de resistirem aos tempos, se dispersam por diversas esferas da cultura e da sociedade brasileiras: em especial, a esfera política, na qual formas masoquistas de comportamento alimentam as mais grotescas e mesmo sádicas formas de populismo e autoritarismo. Com isso, esperamos chamar a atenção para a atualidade do pensamento de Gilberto Freyre, o modo como sua obra ainda fala diretamente a nosso presente sobre coisas que gostaríamos de esquecer ou de continuar ignorando, mas que de tempos em tempos se manifestam na história brasileira com escandalosa ostensividade.
Disponível: Amazon/Editora Milfontes
Apresentação
O livro “Narrativas Históricas da Saúde e das Doenças” tem no conteúdo e no contexto de sua criação elementos que demarcam fortemente a relação entre o historiador - enquanto aquele que se esforça para pensar o passado – e o seu presente e experiência de vida. Aqui se reúne o resultado do empenho de dezoito pesquisadores de instituições acadêmicas brasileiras e estrangeira para analisar a história da saúde e das doenças. Olhando para o passado, os investigadores elaboraram um balanço dos caminhos da escrita histórica; buscaram identificar a possibilidade de encontrar ensinamentos nos eventos epidêmicos transcorridos em épocas anteriores; avaliaram as reações políticas e sociais a outras enfermidades que foram motivo de preocupação coletiva; acompanharam os debates e a elaboração de legislações para a saúde pública; pontuaram as ações sociais e a luta pela humanização do cuidado com enfermos institucionalizados; pensaram a constituição de espaços de ciência e de assistência aos doentes; avaliaram o olhar de médicos sobre as condições ambientais e climáticas, etc. A produção criteriosa do conhecimento fez-se em uma conjuntura de imersão nas preocupações que delimitavam aquele tempo. Ele foi construído por mentes e corpos de sujeitos que viviam a experiência – para muitos a primeira – de uma pandemia. Em síntese, um livro, que como documento, carrega em si, o sentido profundo do contexto de sua criação.
Contato: soniademagalhaes@ufg.br
Apresentação
O LUPA, grupo de onde nasceu a proposta dessa coleção “Sobre Patrimônios”, propicia estudos sobre os conceitos de lugar e de território, através de algumas leituras das Ciências Sociais, Filosofia, Arqueologia e Geografia, e, especialmente, da História, sem, contudo, esgotá-las, para demonstrar o quão impossível é desvinculá-los do Patrimônio, seja conceitualmente, seja na vivência dos grupos ou na sua gestão. Indica como as políticas públicas incluem, ou não, os territórios e lugares como requisitos indispensáveis para a emancipação dos grupos envolvidos com os bens patrimonializados. Para isso, divide-se em duas as linhas de pesquisa. A primeira, “Lugar e território na concepção dos patrimônios”, analisa como esses conceitos – lugar e território – são indissociáveis, mas como negociações políticas os utilizam em processos de patrimonialização e de criação legislativa para o patrimônio. Essa linha abriga pesquisas nas quais lugar e território são meios de abrandamento, flexibilização, negação e/ou confirmação de direitos ao territórios, vinculados ao patrimônio cultural e sua transação via políticas públicas. Já a linha “Patrimônio, Memória e Identidade Social” estuda as relações entre os processos de patrimonialização, ou a rejeição aos mesmos, a memórias e identidades, e mostra como o patrimônio é perpassado por disputas e conflitos. Perscrutá-los pode identificar as tensões que engendram essa expressão política da memória. Os estudos e pesquisas a essa linha relacionados são meios para compreensão de como o patrimônio pode recalcar memórias, resgatar traumas ou conciliar divergências. Assim, esse livro que o leitor traz em suas mãos, evidenciará, no mínimo, uma dessas linhas. O projeto “Sobre Patrimônios”, desenvolvido em parceria com a Letramento, editora que vem se consolidando na área do Patrimônio Cultural, propiciará ao público acesso às pesquisas desenvolvidas pelos membros desse grupo, brasileiros e estrangeiros, sejam teses ou dissertações, ou outros resultados passíveis de publicação em formato de livro. Convidamos a você que conheça nossa coleção “Sobre Patrimônios”.
Trecho do livro: “(...) o processo da transição foi em grande medida determinado e configurado pelo projeto político dirigido pelos militares, a partir de sua própria posição cesarista diante do bloco no poder, no sentido de pluralizar e dinamizar os mecanismos de participação politica presentes no poder legislativo e no sistema partidário e eleitoral de modo a ampliar os canais de interlocução entre as classes dominantes e o Estado e de canalizar a perspectiva antiautocrática das classes subalternas para mecanismos de luta política passivizadores, ou seja, devidamente formatados para esvaziar o conteúdo crítico e radical de sua força mobilizatória e de seu programa alterando sua própria práxis politica. Para tanto foi necessário promover sucessivas “reformas institucionais”, que começam em 1977 e continuam mesmo após o fim da Ditadura ao sabor da luta político-social, transferindo parte dos mecanismos de controle político e social do âmbito do poder Executivo, particularmente do aparato repressivo e de informações, para os poderes Legislativo e Judiciário, fortalecendo a esfera de representação política e a disputa política institucional. Este procedimento permitiu a passivização da perspectiva antiautocrática representada pelo movimento político e social dos trabalhadores, fragmentando suas lutas entre as esferas partidário-eleitoral e sindical-corporativa e fortalecendo procedimentos burocráticos, aparelhistas e eleitoreiros em sua práxis. Também garantiu a reforma, não a abolição, da autocracia burguesa. Isto se deu com a preservação, mesmo que metamorfoseada, dos elementos fundamentais constituidores da institucionalidade autoritária, instalada nos primeiros dez anos da Ditadura Militar (1964-1974), na nova institucionalidade democrática que ia sendo criada. Além da preservação da supremacia do poder Executivo sobre os outros poderes, da tutela estatal sobre os sindicatos, da legislação partidária e eleitoral favorecedora do burocratismo, do aparelhismo e do institucionalismo na vida dos partidos, e do aparato repressivo e de informações, o cesarismo militar se metamorfoseou em tutela militar, mantendo a autonomia e a força politica dos militares na nova institucionalidade. Em nossa avaliação, esse movimento foi capaz de condicionar a continuidade do processo de transição democrática e a própria constituição de 1988, mesmo que sob a direção politica de outros atores. Daí um processo de democratização que apenas reformou a autocracia burguesa, criando uma democracia limitada, “de cooptação”, e estruturada pela “herança” da Ditadura.”
Contato: macieldavid275@gmail.com
Autora: Maria Lemke
Apresentação
Trata-se da apresentação e transcrição das visitas diocesanas que ocorreram em Goiás durante os anos de 1734-1834. A obra visa a proporcionar possibilidades de estudo sobre a religião e a religiosidade e suas facetas no sertão. Trata-se de documento inédito a partir do qual também é possível compreender melhor os mecanismos de instauração da disciplina social católica.
Ver: De verbum ad verbum
Autora: Armênia Maria de Souza e Renata Cristina de S. Nascimento
Apresentação
O livro que ora se apresenta, é resultado de um movimento marcado pelo desenvolvimento dos estudos medievais no Brasil nos últimos anos. Para além do quantitativo de publicações na área, de artigos e livros por exemplo, os estudos em Idade Média tem alcançado relevante espaço nos âmbitos nacional e internacional a partir de grupos e laboratórios de pesquisa, intercâmbio entre os historiadores mediante a promoção de eventos, missões de estudo no exterior, dentre outros. Além do processo de digitalização da documentação que possibilitou o maior acesso de pesquisadores e estudantes às fontes documentais. Tudo isto trouxe uma ampliação dos objetos de pesquisa, permitindo o diálogo da História com outras ciências como Literatura, Artes, Religião, Direito, Antropologia, Ciência Política, dentre outras. Nesse livro trazemos pesquisas que tratam de diversas questões relacionadas a poder, justiça, política, imaginário, religião e religiosidade, etc., balizados pelos eixos conflitos, discursos e temporalidades.
Mediadora: Prof.ª Dr.ª Dulce Amarante
Local: Auditório, Faculdade de Letras - FL
Sexta-feira, 13 de setembro de 2024
João Oliveira Ramos Neto é bacharel e licenciado em História pela Universidade Federal de Goiás. Bacharel em Teologia pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro. Mestre em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutor em História pela Universidade Federal de Goiás. Atualmente é professor efetivo de História do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Goiás, em regime de dedicação exclusiva. Realizou pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Foi professor do quadro permanente do Mestrado Profissional em Ensino para a Educação Básica do IF Goiano, inclusive como parte da comissão que instituiu o respectivo programa junto à Capes. Tem experiência administrativa em gestão escolar como coordenador. Tem experiência na modalidade EaD. Foi responsável pela criação da Especialização em Ensino na Educação Básica do IFG. Autor do best-seller História dos Evangélicos para quem tem pressa. Faz divulgação científica através do canal no YouTube Professor João Neto. Atualmente coordena o eixo de humanas no Polo de Inovação do IFG e o laboratório Observatório da Democracia do IFG. Atua como pesquisador nas áreas de História Medieval e Moderna, História das Religiões, Ensino de História, Ensino Religioso, Ciência das Religiões e Ciência Política. Tem orientação política progressista.