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Palavras-chave: História da Morte. Tabu. Morte espetacular.
A morte como objeto da História é um interesse cuja projeção costuma-se atribuir a historiadores das mentalidades tais quais Philippe Ariès e Michel Vovelle. No Brasil, ainda na década de 1970, obras como a emblemática “Arte e Sociedade nos Cemitérios Brasileiros”, de Clarival Valladares, abriram espaço ao crescente interesse no tema; ao passo que “A Morte é uma Festa”, publicada pelo historiador João José Ribeiro em 1991, tornou-se referência historiográfica. Tendo por fontes a arte funerária, registros médicos, testamentos, entre outras, as atuais investigações, de um lado, recorrem a construtos teóricos tradicionais como o tabu da morte e a noções como o isolamento dos que a sabem iminente e o silêncio sobre o assunto; de outro, afirmam que temos falado, sim, e cada vez mais sobre a morte. Afinal, a “morte espetacular” proposta por Jacobsen (2016, 2020) circula pelas mídias sociais como mais um elemento mediador das nossas relações além de mercadoria pronta para consumo a uma distância segura; aprofundando a cisão denunciada por Debord (1997), em sua teoria do espetáculo, entre os campos da experiência e da representação. Essa morte que renasce na esfera pública escancara também a ambiguidade de nosso flerte com o tema simultaneamente à recusa à “dança” derradeira. Perguntamos então: Quais manifestações da morte espetacular podemos analisar no Brasil? Quais outras ressignificações fogem ao tabu e à espetacularização da morte, indicando agenciamentos e a pluralidade de nossas culturas? O que temos produzido academicamente, no Brasil, em termos de uma História da Morte? Este Simpósio Temático se justifica para que pensemos essas questões, nos limites dos séculos XIX e XXI, bem como as vias teórico-metodológicas adotadas em nossas pesquisas.
Bibliografia:
ARIÈS, P. O homem diante da morte. Tradução de Luiza Ribeiro. São Paulo: Editora UNESP, 2014.
BORGES, M. E. Arte funerária no Brasil (1890-1930): ofício de marmoristas italianos em Ribeirão Preto. Belo Horizonte: C/Arte, 2002.
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Tradução de Estela Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
ELIAS, N. A solidão dos moribundos. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
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Palavras-chave: Pesquisa. Arquivos. Sociedade.
Uma mirada em depositórios dos programas de pós-graduação indica que a história do Brasil central, sobretudo com ênfase em História Social, permanece pouco pesquisada. Em que pese a existência de trabalhos referentes à escravidão, alforria, famílias, administração, clientelismos, resistências indígenas, avanços do agro, fronteiras e as facetas do golpe militar, muito ainda está por ser perscrutado. Por exemplo: religiosidades em áreas de conquista, as expressões de época, o vocabulário social e político, mobilidade social ascendente e descendente, a cultura política de favores, a circulação de homens e ideias, as relações comerciais entre Goiás e Mato Grosso com o Rio de Janeiro e a Bahia. Quiçá, parte desse silenciamento/apagamento/desinteresse esteja relacionado à dispersão das fontes ou, inclusive, do desconhecimento da localização de arquivos e centros de documentação. Em paralelo, talvez parte desse desinteresse esteja relacionado à falsa ideia de que, por distante dos grandes centros decisórios, pouca coisa interessante acontece no “coração do Brasil”. Para Giovanni Levi, a História é a ciência das perguntas gerais e das respostas locais. Nesse aspecto podemos formular a seguinte questão: como reverberaram as transformações da grande história nessa porção do Brasil? Com efeito, não seria essa a tarefa do historiador? Com o objetivo de congregar estudiosos cujas pesquisas estejam voltadas para responder a esta e outras questões, este simpósio temático propõe ser um espaço de diálogo para abordar as temáticas acima – ou outras que problematizem o Brasil central. Serão bem-vindas pesquisas iniciais, em desenvolvimento, ou consolidadas, com ênfase no Brasil central e amplamente alicerçados em documentos históricos. Tal proposta visa a impulsionar jovens pesquisadores a investigar quanta coisa acontece em lugares onde aparentemente não há dinâmica, movimento, mudanças, rupturas e permanências.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Práticas Religiosas. Identidades. Antiguidade
Existem mais vestígios do Mundo Antigo em nosso tempo do que podemos imaginar. A própria dinamicidade das querelas históricas, que evoca o poder das memórias e das crenças sempre que possível, para legitimar os discursos, acabou deixando marcas perenes. Concordamos com Norberto Guarinello ao afirmar que o ato de memória é um ato de poder e o campo da memória é um campo de conflitos (GUARINELLO, 2014:21). Assim, no uso de recordações, a história forma, transforma e ressignifica suas memórias que são fundamentadoras de identidades e fontes de significação das ações coletivas. Seguimos, então, a premissa de que para analisar a obra histórica “é necessário nos determos nos discursos que estão interpolados na narrativa percebendo por quem ele é proferido, em qual ocasião e para quem ele é emitido” (GONÇALVES, 2010:102). Além disso, sabe-se que o universo religioso permeou profundamente as sociedades e entrelaçou-se nas diversas esferas das civilizações antigas, por isso, foi um instrumento de poder utilizado em discursos e práticas. Deste modo, propomos o escrutínio de memórias e religiosidades que são legitimadoras de poderes, sobretudo, no que se pode apreender do Mundo Antigo e buscando analisar suas reminiscências na atualidade.
A diversas práticas religiosas do mundo antigo, a se tornarem objeto de investigação e interpretação, apresentam um entrelaçamento das relações sociais e institucionais como elemento perpassante e circunscrito aos espaços vividos em constante mudança no urbanismo antigo (RÜPKE, 2022: 21). Os variados suportes documentais, quer textuais quer materiais, podem sugerir o papel axial que as interações entre as crenças e práticas religiosas tinham nas vivências fronteiriças das esferas pública e privada (ROSA, 2006: 137-140). A relação entre os homens e as divindades, em suas múltiplas manifestações (rituais, festivais, santuários etc), era uma preocupação constante posto que interessava à comunidade e permeava vários elementos no espaço e tempo (ORLIN, 2007: 58). Logo, ao invés de serem vistas como dadas, as religiosidades na Antiguidades Clássica e Tardia são passíveis de reinterpretações e novos estudos na medida em que são compreendidas a partir de suas alterações e prementes adaptações de acordo com os interesses distintos, visando atender a demandas concretas da experiência humana em sociedade. Por isso, as múltiplas religiosidades e relações de poder do mundo antigo ainda dizem respeito à forma como cada sociedade formula e reformula suas identidades e projeta suas expectativas sobre si mesma.
Bibliografia
GONÇALVES, Ana Teresa Marques; OMENA, Luciane Munhoz de(org.). Literatura, Poder e Imaginário no Mediterrâneo Antigo. Goiânia: Ed. da PUC Goiás, 2010.
GUARINELLO. Norberto. Ensaios sobre História Antiga. 2014, 330f. Tese apresentada para o concurso de Livre-Docência na Área de História Antiga – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.
ORLIN, Eric. Urban Religion in the Middle and Late Republic. In: RÜPKE, Jörg (org.). A Companion to Roman Religion. Cambridge: Cambridge University Press, 2007, p. 58-70.
ROSA, Cláudia Beltrão da. A religião na Urbs. In: SILVA, Gilvan Ventura da; MENDES, Norma Musco (orgs.). Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural. Rio de Janeiro: Mauad; Vitória: EDUFES, 2006, p. 137-159.
RÜPKE, Jörg. Religião Urbana: uma abordagem histórica. Curitiba: Appris Editora, 2022.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Gêneros, Mulheres, Interseccionalidade.
Ao longo da História, e em diferentes sociedades, grupos de mulheres foram marginalizados por diversos motivos e de múltiplos modos. Para existirem e resistirem, utilizaram-se de suas vivências e experiências como instrumentos de ações políticas, econômicas, sociais e religiosas. Segundo Silvia Federici (2004) e Lélia Gonzalez (2020), os estudos de gêneros e das Histórias das Mulheres são fundamentais para pensarmos as pesquisas históricas a partir dessa parcela social, que por muito tempo, foi negligenciada por ensinamentos acadêmicos, que as classificavam aptas somente como “fontes” a serem pesquisadas. De acordo com Michelle Pierrot (2008), todo esse isolamento pode ser combatido a partir de estudos sobre as temáticas, o que também possibilitou a criação da categoria gênero, definida por Joan Scott (1989, p.21), como “elemento constitutivo de relações sociais baseados nas diferenças percebidas entre os sexos” sendo a categoria uma forma de significar as relações de poder.
Ambas afirmam a necessidade de um comprometimento acadêmico e social que busque romper com uma história excludente e para isso faz-se urgente a formulação de outras possibilidades, que ultrapassem também a dimensão binarista de estudos históricos. Por isso, ao propormos estudos nas áreas de pesquisa sobre Mulheres e estudos de gêneros, temos que ter em mente a necessidade de uma formulação interseccional (Akotirene,2019) em que outras características destas sujeitas sejam levadas em consideração, como raça, classe, regionalidade e identidades.
Sendo assim, o nosso simpósio temático (ST) tem como intuito propor um espaço de debate e discussões em que sejam apresentados estudos que dialoguem com as propostas de estudos de gênero e História das Mulheres. Para um debate mais amplo e enriquecedor, optamos por não delimitar um específico recorte temporal, permitindo que pesquisas e conexões sejam construídas a partir dos trabalhos a serem apresentados. Pois, este ST tem como objetivo principal abarcar trabalhos que versem sobre as multiplicidades de gêneros, suas vivências e resistências, apresentando-nos de que maneira se posicionaram na História, utilizando-se de instrumentos para reivindicar e construir seus lugares, espaços e fazer bradar as suas vozes.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Governo, Instituições, Época Moderna.
Durante a Época Moderna, novos diálogos e práticas de organização política emergiram na Europa e seus territórios colonizados. Os processos de centralização de poder pelos monarcas europeus não só tornaram possível a atuação de homens de Estado que cumpriam funções políticas, administrativas e burocráticas cada vez mais necessárias para o controle de conjuntos territoriais amplos e díspares, como também inauguraram períodos de prestígio e debilidade de instituições políticas – parlamentos, tribunais e conselhos, por exemplo. O fenômeno de concentração de poder político nas mãos dos reis por vezes enfrentou duras oposições e mobilizações sociais. Basta lembrar do caso das revoluções inglesas do século XVII. Há de se sublinhar, ainda, que foi neste contexto que os europeus empreenderam grandes esforços para estabelecer domínios coloniais em África, América, Ásia e Oceania.
O simpósio proposto se justifica pela necessidade de aprofundamento do entendimento de como as práticas de organização política, os dilemas inerentes à centralização de poder político pelos monarcas e conseguintes processos de oposição influenciaram não apenas a Europa, mas também os vastos territórios colonizados pelos europeus. Ao analisar as dinâmicas das instâncias de decisão e instituições políticas, a atuação de homens públicos e a gestão de recursos naturais praticadas na Época Moderna, o presente simpósio busca contribuir para preencher lacunas historiográficas e discutir novas interpretações sobre o período. Ao fim e ao cabo, o estudo das estruturas e dinâmicas governamentais da Época Moderna se mostra fundamental para que se tenha uma percepção mais acurada do âmbito político das sociedades europeias e seus espaços coloniais entre os séculos XV e XVIII.
Este simpósio tem por objetivo proporcionar um espaço para reflexões e debates de temas relacionados à história política da Europa e seus espaços coloniais entre os séculos XV e XVIII. Intencionamos abarcar trabalhos que tratem das instâncias decisão, instituições políticas, atuação de homens públicos e a utilização de recursos naturais pelas administrações das monarquias da Época Moderna e seus territórios coloniais. O simpósio acolherá especialmente comunicações que tenham como foco: I) trajetórias individuais de operadores da política na Época Moderna; II) choques entre o ímpeto centralizador das Coroas, privilégios corporativos e instâncias tradicionais de poder colegiado; III) o exercício das prerrogativas e deliberações de parlamentos, câmaras municipais e demais órgãos deliberativos; IV) intelectuais que desenvolveram concepções políticas originais sobre o papel a ser desempenhado pelos governantes; V) o processo de racionalização dos recursos naturais nas monarquias modernas e seus espaços de conquista.
Modalidade: Presencial
Faculdade de História - UFG
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Palavras-chave: História da Historiografia. Teoria da História. História Intelectual.
Com o intuito de contribuir para a consolidação de uma cultura historiográfica orientada para a pesquisa e mais próxima de reflexões de caráter teórico, sem, no entanto, negligenciar seus aspectos práticos e materiais, bem como de fomentar um debate contemporâneo e enriquecedor, este simpósio temático propõe-se a reunir pesquisadores(as) de diversos níveis de formação acadêmica com a intenção de abordar as distintas perspectivas e abordagens pertencentes aos campos da história da historiografia e da teoria (e filosofia) da história, que incluem reflexões sobre os fundamentos teórico-metodológicos, epistemológicos e ontológicos da disciplina histórica. Além disso, o simpósio temático busca abrir espaço para pesquisadores de outras áreas de estudo interessados em compartilhar reflexões de história da historiografia e teoria da história decorrentes de suas pesquisas em andamento. Com isso em mente, o simpósio acolherá comunicações que visem a investigar questões historiográficas, conceituais, heurísticas, hermenêuticas, intelectuais e curriculares associadas à produção, disseminação e preservação do conhecimento histórico. De forma mais específica, espera-se receber contribuições que se enquadrem ou se relacionem com uma variedade de temas, tais como: história da historiografia, escrita da história (incluindo as interações entre história e verdade, história e memória, história e representação, história e ficção, entre outros), história dos conceitos, história intelectual e das ideias, o problema do tempo e da temporalidade (envolvendo conceitos e noções como historicismo, historicidade, multiplicidade temporal, tempo presente, entre outros), história e filosofia das ciências, história global e transnacional e, por fim, a relação entre história, mídias e linguagens. Esses temas abrangentes visam proporcionar uma plataforma inclusiva para discussões interdisciplinares e frutuosas.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Gênero. Violências. Interssecionalidades.
A partir da segunda metade do século XX, mudanças significativas aconteceram na História gerando impactos nas fronteiras que delimitavam a disciplina, assim como, seus objetos de interesses, metodologias e a própria maneira de compartilhar os conhecimentos produzidos em seu meio. Entre os elementos que contribuíram para a renovação do campo estão a emergência da histórias(s) da(s) mulher(es) na década de 1970, impulsionado pelos movimentos feministas da época e pelo desejo de superar a invisibilidade da agência feminina na narrativa histórica. A partir dos anos 1990, o acúmulo de experiência e reflexões, possibilitou a ampliação do olhar para as relações de Gênero e, no início do século XXI, o desejo de uma História plural e democrática impulsionou reflexões e inserções de categorias e reflexões até pouco tempo ignoradas, tais como, a cisheteronormatividade, a decolonialidade e a interseccionalidade, expressando não apenas o desejo de uma escrita da História que abarque os sujeitos femininos, mas que também seja reflexiva e capaz, inclusive de criticar e desvelar os mecanismos que colaboraram para a sua construção, colocando em evidência suas interdições, exclusões e possibilidades. Desta feita, tendo em vista as questões acima expostas, este simpósio temático tem como proposta reunir pesquisas concluídas e/ou andamento que versem sobre a(s) história(s) da(s) mulher(es) e das relações de gênero. Serão bem vindas, investigações que abordem as lutas políticas e o movimentos sociais em busca de igualdade e respeito a diversidade, a hierarquização dos corpos e suas interseccionalidades (gênero, classe, raça/etnia, deficiência, sexualidade, geração, entre outras), as construções dos modelos de masculinidades e feminilidades e as múltiplas violências que cercam, expõem, marcam ou mutilam esses corpos, bem como, discussões que envolvem práticas de cuidado, as práticas reprodutivas e as discussões sobre famílias.
Bibliografia
BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.
BEAVOUIR, Simone de. O Segundo Sexo. São Paulo: Difusão Europeia de Livros, 1967.
BELLOTI, Elena Gianini. Educar para submissão: o descondicionamento da mulher. Petrópolis, Vozes, 1981.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre los limites materiales y discursivos del “sexo”. – 2º Ed. 2ª reimp. – Buenos Aires: Paidós, 2012.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
PEDRO, Joana Maria. Relações de Gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi, v. 12, n.22, jan-jun. 2011, p. 270 -283.
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Palavras-chave: Goiás. Sertão. Região.
Apresentamos algumas justificativas enquanto fundamentais para a estruturação deste simpósio temático. A primeira delas é que a história de Goiás ainda é um campo pouco explorado e marginalizado pela categoria de história regional, apesar da riqueza de elementos que seu enredo proporciona. Com isso, as/os pesquisadoras/es com trabalhos que investigam essa lacuna percebem a urgência de uma maior produção de trabalhos acadêmicos que retratem a História de Goiás e a necessidade de criação e/ou fomento de espaços de diálogos entre os pares que exploram a historicidade goiana. Acrescentamos às justificativas que, após vivermos um momento de isolamento social, vimos a ampliação do caráter solitário do ofício das/os historiadoras/es, dificultando a manutenção e/ou a criação de redes de discussões sobre os trabalhos que estão sendo desempenhados. A partir dessas questões, a proposta desse simpósio temático consiste em estabelecer um espaço de diálogos entre as/os pesquisadoras/es que atuam resgatando a História do estado de Goiás. Buscamos abarcar pesquisas e comunicações com diferentes temáticas, recortes temporais, fontes documentais, metodologias e delimitações teóricas; mas que confluem em um mesmo ponto: a reconstituição do passado goiano. Assim, a partir do espaço desse simpósio temático, propomos visibilizar os trabalhos em desenvolvimento ou já desenvolvidos e estabelecer diálogos entre as/os pesquisadoras/es em questão.
Bibliografia:
Amado, Janaína. Região, sertão, nação. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, volume 8, número 15, p. 145-152, jan./jul. 1995.
Arrais; Cristiano Alencar; Sandes, Noé Freire (Orgs.). A história escrita: percursos da historiografia goiana. Goiânia: Gráfica UFG, 2017.
Campos, Francisco Itami. Coronelismo em Goiás. Goiânia, Ed. da Universidade Federal de Goiás, 1987.
Chaul, Nasr Fayad. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia: Editora UFG, 2010.
Magalhães, Sônia Maria de. Alimentação, saúde e doenças em Goiás no século XIX. 2004. Tese (Doutorado em História) – UNESP, Franca, 2004.
Sandes, Noé Freire; Arrais, Cristiano Alencar. História e memória em Goiás no século XIX uma consciência da mágoa e da esperança. Varia História, Belo Horizonte, Volume 29, Número 51, p. 847-861, set/dez 2013.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Literatura. América Latina. Memória.
A instituição das Ciências Sociais no século XX e a intenção de substituir a doxa pela episteme científica, não esgotaram a tradição de subordinar a arte da escrita à arte política. Se, na América Latina oitocentista, as literaturas de fundação buscaram criar as nações recém independentes a partir de uma posição de verdade, política ou moral, os escritos literários novecentistas – frequentemente associados ao sonho e ao fantástico – não deixaram de abordar o real. Insurgentes, esses textos bastardos, autodeclarados híbridos, que se recusavam a reafirmar dicotomias como verdade/ficção, tinham como proposta não a supressão da “realidade”, mas o enjeitamento de uma realidade encarada como apreensão unilateral dos fatos, isto é, como estrutura imaculada, íntegra, intocável, apartada da linguagem. Indissociáveis do campo da memória – categoria que passou a ser valorizada e vigorosamente disputada no centro dos debates historiográficos –, essas escrituras serviram como espaços de exposição de experiências traumáticas em função das ditaduras instituídas; como refúgio de escritores exilados em decorrência das crises governamentais e, ainda, como sítio de reconstituição identitária diante das diversas formas de desabrigo na modernidade. Nesse sentido, este simpósio temático propõe reunir e discutir trabalhos que se ocupam de objetos literários, apresentando como mote central a narrativa histórica do vivido, da intriga, da instituição e/ou subversão de racionalidades. São bem-vindos os estudos que se ocupam das dimensões simbólicas da escrita, abordando categorias como experiência, trauma e identidade, bem como, pesquisas que por meio da análise de revistas, romances, epístolas e escritos testemunhais de intelectuais e seus grupos, versam sobre as Revoluções, ditaduras e processos exílicos na América Latina do século XX.
Bibliografia
ARFUCH, Leonor. O espaço biográfico: dilemas da subjetividade contemporânea. Trad. Paloma Vidal. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2010.
CHARBEL, Felipe. O historiador face a ficção. In: MEDEIROS, Bruno. Teoria e Historiografia: debates contemporâneos. São Paulo: Paco Editorial, 2015, p. 15-33.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Trad. Sergio Faraco. Porto Alegre: L&PM, 2012.
RICOEUR, Paul. O esquecimento e a memória manipulada. In: A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François. Campinas: Editora Unicamp, 2007.
SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio. In: Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. Trad. Pedro M. Soares. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p. 46-60.
SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Trad. Rosa F. d’Aguiar. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René. Por uma história política. Trad. Dora Rocha. Ed. 2. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003, p. 231-271.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Idade Média. Idade Moderna. Conexões.
Este Simpósio Temático tem por objetivo agregar e promover debates sobre as pesquisas desenvolvidas, e em desenvolvimento, nas áreas relacionadas aos campos da História Medieval e Moderna. No que se refere ao diálogo entre a Idade Média e a Modernidade, a imaginação histórica permaneceu, por muito tempo, concentrada na análise do nível concreto das relações de poder, das relações entre realeza e aristocracia, entre senhor e camponês, ou mesmo no modo mais evidente da manifestação do poder: a violência. Desse modo, estabeleceu-se um imaginário no qual tais aspectos foram superados apenas pelo empreendimento de uma burguesia revolucionária à luz do resgaste das influências e heranças da Antiguidade clássica, implementando-se assim uma cisão entre períodos contíguos. Entretanto, sabe-se que essa pretensa cisão se efetuou como elemento tardio, a fim de estabelecer uma alteridade que se configurasse como definidora identitária, e que oscilou entre distanciamentos e aproximações no decurso dos séculos. Nas últimas décadas, as pesquisas dedicadas a estas áreas têm se beneficiado extraordinariamente dos estudos pautados em novas abordagens historiográficas, contemplando os diversos elementos em constante interação no tecido social, tais como os elementos de ordem religiosa, econômica, moral e política. Não somente, o aumento significativo de estudos locais, realizados dentro de recortes espaço-temporais mais precisos, abandonando a abordagem secular, contribuíram grandemente para as novas perspectivas desenvolvidas nessas áreas. Sobretudo, destaca-se a notável renovação epistêmica estabelecida pelos estudos dos fenômenos de circulação/conexão, reinterpretando seus objetos de estudos como elementos que, ao circularem, se metamorfoseiam e influenciam os seus espaços de presença.
Se, por um lado, esses estudos tornaram mais preciso e diversificado o conhecimento do período, de forma a sofisticar o diálogo e a coerência interna de seus elementos; por outro lado, os mesmos estudos são menos eficazes no que diz respeito ao diálogo entre estas duas áreas, a despeito de sua continuidade temporal e espacial. Em virtude dessas considerações, este Simpósio Temático tem por objetivo lançar mão destes aspectos em proveito mútuo, de forma a dialogar com as rupturas e continuidades, bem como as conexões e interações entre o medievo e a modernidade. Portanto, interessam aos nossos debates um vasto leque de possibilidades de investigação e de abordagens teórico-metodológicas, tais como: as relações de poder, a vida política e econômica, os saberes universitários, a cultura popular e erudita, as questões de gêneros e sexualidade, a literatura, as práticas e representações culturais, as experiências sociais da morte, a história da saúde e das doenças, as intelectualidades, os diálogos entre o Ocidente e o Oriente, além de outras possibilidades de investigação que estejam inseridas no recorte temático aqui proposto.
Modalidade: Presencial
Faculdade de História - UFG
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Palavras-chave: Ensino de História. História Plural. Aprendizagem Histórica.
Ensinar História é se atentar às multiplicidades das narrativas históricas, tendo em vista que são construtos produzidos em um determinado tempo e, consequentemente, impossíveis de apreender o passado em toda a sua complexidade. Na escola, o mesmo ocorre com os sujeitos presentes nas salas de aula, sendo cada aluno único, pertencentes à sua história e, portanto, detentores de experiências e de modos de vida diversos. Desconsiderar tais aspectos é relegar o ensino de História ao que a escritora nigeriana Chimamanda Adichie (2019) chama de “história única”, cujo perigo se concentra em perpetuar narrativas simplistas até serem consideradas como “oficiais”, apagando da História a sua pluralidade. Diante disso, o presente Simpósio Temático tem como objetivo reunir professores-pesquisadores para partilhar suas experiências e práticas docentes, pesquisas concluídas ou em andamento que coloquem em evidência a pluralidade da disciplina. Desse modo, este simpósio se justifica pela necessidade de abranger as mais diversas temáticas que relacionam ao ensino de História, levando em consideração as práticas, os debates e as novas perspectivas adotadas a fim de articular o passado e o presente de modo plural. Como destaca Walter Benjamin (2016), é preciso escovar a contrapelo o passado dos subalternos, para que os vencidos não sejam repetidamente derrotados. Logo, cabe a nós, professores-pesquisadores, colocar em perspectiva um ensino que inclua todos os sujeitos e suas especificidades, aprendizagens e interesses que fujam do método tradicional que foi e ainda vigora em muitos espaços, desde a educação básica até o ensino superior.
Sendo assim, o simpósio proposto torna-se relevante na medida que busca discutir ideias práticas e eficazes de intervenção em sala de aula que possibilitem uma história plural, tendo como finalidade um ensino que vai além dos métodos comuns. Nessa perspectivas, mesmo com a legislação brasileira abarcando a temática, a exemplo da Lei 11.645/2008, que tornou obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira no ensino fundamental e médio, as lacunas continuam e são perceptíveis, sejam nos livros didáticos ou no fato dessa obrigatoriedade não se estender à formação do professor, isto é, ao ensino superior. Assim, resta apenas uma esperança para os docentes, que por iniciativa própria, inserem em suas aulas uma perspectiva decolonial.
Modalidade: on-line
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As grandes áreas dos estudos da literatura e da história frequentemente têm diálogos teóricos e críticos importantes com implicações em ambos os campos de pesquisa. Nos estudos da literatura, teorias de abordagem cultural, sociocultural e sócio-históricas são ferramentas importantes e transversais para compreensão de fenômenos literários, constituição e produção de determinados gêneros em diferentes tipos de suporte e períodos. O texto, literário, por sua vez, pode constituir rica fonte documental e histórica de acontecimentos, eras, períodos históricos determinados ou mesmo da vida cotidiana de determinado espaço e tempo, além de ser, por si só, o objeto de investigação histórico-social, histórico-cultural, histórico-literária. Assim, a interrelação entre história e literatura tem permitido a pesquisadores dessas duas áreas responder a problemas ou fazer sondagens que as teorias da literatura ou as teorias da história não dão contam isoladamente.
As relações que podem se estabelecer em pesquisas em ambos os campos vão além, por exemplo, como a escrita da história lança mão de recursos literários ou retóricos, ou a escrita literária recorre a elementos históricos? Como a literatura absorve e representa a história nos variados gêneros literários? De que forma as narrativas dialogam com os aspectos históricos de seu tempo e com seu contexto de produção e publicação, como jornais e revistas? Qual o papel dos diferentes agentes atuantes na existência e circulação do texto literário, como tipo de suporte, editores, leitores, críticos e, claro, autores? Qual é o papel de letrados, escritores e escritoras na criação (e na problematização) dos símbolos históricos de um país, da identidade nacional e no reconhecimento internacional de sua nação e de sua literatura?
Considerando essa estreita relação das áreas em questão, este simpósio tem por objetivo discutir questões relativas à literatura e à história, discutindo trabalhos que contemplem perspectivas como: historicidade da literatura e literariedade da história; romance e história; romances históricos; produção, circulação e recepção de textos literários; literatura produzida na imprensa – crônicas, narrativas históricas, contos e romances, e suas relações com a história; a conjuntura histórica e literária de escritos e suas relações com editores, críticos, tradutores e leitores; entre outras questões em torno das relações e implicações entre história e literatura.
Por meio desses temas, pretende-se criar um espaço de discussão interdisciplinar e transversal, em que perspectivas e abordagens das áreas de história e de letras possam despertar o diálogo entre pesquisadores de ambas as áreas, além de contribuir com as reflexões dos participantes.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Relações entre Igreja e Estado. Controle social-religioso. Religião e poder.
As Coroas espanhola e portuguesa, no período moderno, eram sociedades permeadas por uma cultura religiosa de base católica que também se fez presente nos movimentos de conquista colonial do continente americano. Através desse processo, as Américas espanhola e portuguesa foram submetidas a intensas transformações que afetaram povos indígenas, africanos que foram escravizados, mulheres e também os colonizadores europeus que se estabeleceram nesses territórios desde as primeiras décadas do século XVI. Vários foram os mecanismos elaborados para o controle dessas sociedades, sendo que em muitos casos o religioso e o secular se associaram para garantir a ordem social, união que atingiu os campos da política, da cultura, entre outros. Essa estrutura de vínculo entre as duas esferas perdurou até o século XIX, momento de emergência dos movimentos de emancipação política das colônias ibero-americanas. Entretanto, vale destacar que esta permanente aliança entre a religião e o poder político foi alvo de resistências e reformas ao longo desse período. Diante da importância do religioso para as sociedades em tela, este simpósio temático tem como objetivo discutir as diversas questões suscitadas a respeito dessa temática no recorte temporal mencionado. Dentre os temas correlatos a essa problemática podemos citar: o processo de evangelização das populações nativas das Américas; as relações entre Igreja e Estado para o êxito do projeto colonizador; os mecanismos de controle social, como, por exemplo, a Inquisição, a Extirpação de Idolatrias, entre outros; a inserção de religiões acatólicas, como o Judaísmo, o Protestantismo e o Espiritismo; a imprensa religiosa; as relações de gênero e a religião; mulheres e religião; ordens religiosas e processos de secularização dos Estados independentes.
Bibliografia
BOXER, Charles R. A Igreja militante e a expansão ibérica: 1440-1770. Trad. Vera Maria Pereira. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GOMES, Francisco José Silva. A Igreja e o poder: representações e discursos. IN: RIBEIRO, Maria Eurydice de Barros (org.). A vida na Idade Média. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1997, p. 33-60.
NEVES, Guilherme Pereira das. A religião do império e a Igreja. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. (org.). O Brasil Imperial, volume I: 1808-1831. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014, p. 377-428.
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Palavras-chave: América Portuguesa. Economia. Inquisição Portuguesa.
Este simpósio temático propõe uma análise multifacetada da América Portuguesa durante os séculos XVII a XIX, destacando a interação entre trajetórias individuais, instituições e economia. Ao explorar as instituições políticas e religiosas, as trajetórias dos diferentes grupos sociais e a dinâmica econômica, buscamos oferecer uma visão ampla da América Portuguesa na Época Moderna. No eixo das trajetórias, serão aceitas pesquisas que exploram as agências de diferentes grupos sociais (povos indígenas, africanos escravizados, mulheres e outros grupos subalternos) que revelam aspectos culturais, do cotidiano, os conflitos e as formas de resistência que condicionaram a sociedade colonial. O segundo eixo temático do simpósio se concentra nas instituições políticas, religiosas e sociais que organizam a vida durante o período. Aceitam-se investigações que discutam os papéis das câmaras municipais, das ordens religiosas, da ação do Tribunal do Santo Ofício português, bem como o funcionamento das estruturas de poder e suas diretrizes na governança colonial. No que tange à economia, serão aceitas pesquisas que tratam da utilização e exploração dos recursos naturais, como a exploração de minerais, da fauna e da flora, bem como os impactos ambientais dessa exploração, as quais evidenciam a relação entre sociedade e meio ambiente na época. Por fim, o simpósio estará aberto para discussões sobre as relações da América Portuguesa com outras possessões coloniais e as conexões transatlânticas que influenciaram a dinâmica social, política e econômica da época.
Bibliografia
ARRAES, Damião Esdras Araújo. Rio dos currais: paisagem material e rede urbana do rio São Francisco nas Capitanias da Bahia e Pernambuco. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, São Paulo, v. 21, n.2, p. 47-77, jul.-dez., 2013. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-47142013000200003>. Acesso em 27 nov. 2022.
BETHENCOURT, Francisco. A fundação. In: ________ História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália – séculos XV-XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2000
DUARTE, Regina Horta. História & Natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
Modalidade: on-line
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Palavras-chave: Interseccionalidade. Ensino de História.
A categoria de interseccionalidade é criada por educadoras negras, lésbicas e periféricas nos Estados Unidos da América em meados dos anos 1970. Envolvendo os conceitos de gênero, sexualidade, classe e raça este Simpósio Temático busca abrigar as reflexões acerca do Ensino de História alinhada a perspectiva interseccional. Propõe ser um espaço para a crítica de experiências epistêmicas hegemônicas eurocêntricas.
A experiência do ensino de história na educação básica é marcada pela presença da diferença e de seus múltiplos marcadores o que exige um processo de reflexão constante sobre as práticas e as estratégias pedagógicas aplicadas pela comunidade escolar. Compreendendo que essa é a realidade da maioria das estudantes do ensino básico e público do Distrito Federal e Goiás. A proposta é que esse Simpósio Temático (ST) seja um desafio aos educadores para que contribuam com suas narrativas e destaquem as múltiplas perspectivas que moldam as experiências históricas.
Esse ST propõe uma reflexão crítica sobre como a interseccionalidade pode informar práticas pedagógicas mais inclusivas, promovendo o reconhecimento da diversidade e da complexidade da experiência humana ao longo do tempo. Serão explorados temas como a representação diversificada na narrativa histórica, o papel das experiências marginalizadas na construção do conhecimento histórico e estratégias pedagógicas para incorporar a interseccionalidade no currículo de história. Espera-se que este ST inspire educadores a adotar abordagens mais inclusivas e reflexivas em sua prática de ensino, capacitando os estudantes a compreenderem o passado de maneira mais crítica e inclusiva, enquanto reconhecem a interconexão entre as diversas dimensões da identidade humana.
Bibliografia
CARNEIRO, Sueli. Mulheres em Movimento. Estudos Avançados, v. 17 n. 49, 2003.
CHARTIER, Roger. A história Cultural entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela Galhardo. 2ª edi. Algés: Difel, 2002.
CHIMAMANDA, N. A. O Perigo de uma História Única. TED TALK. 2019.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Ed. Boitempo, 2016.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: A vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. – 10ªed. – Rio de Janeiro / São Paulo, Paz e Terra, 2020.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, 1984
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. 2ª ed. – São Paulo: Editora Martins Fontes, 2017.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995.
PEDRO, Joana; VERAS, Elias. “Os silêncios de Clio: escrita da história e (in)visibilidade das homossexualidades no Brasil”. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 6, n.13, set./dez. 2014, p. 90-109. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180306132014090.
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. Trad. Angela M. S. Côrrea. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2019.