Workshop 2023 (oficina)
ESG & Sustentabilidade
Pelotas Parque Tecnológico
29 e 30 de Junho, em Pelotas, RS
ESG & Sustentabilidade
Pelotas Parque Tecnológico
29 e 30 de Junho, em Pelotas, RS
Recepção/Abertura
*Erasmo Battistella é um dos
mais influentes empresários do agronegócio brasileiro, referência na área de bioenergia e líder na produção de biodiesel no país.
Palestra:
APRESENTAÇÃO Veja mais...
O ambiente de negócios vem ganhando novos contornos e por onde se passa não se fala em outra coisa, todos querem conhecer o significado do ESG, a sigla de apenas três letras que está revolucionando o mercado, com estratégias que reúnem boas práticas de gestão, responsabilidade socioambiental e metas de sustentabilidade para reduzir o risco financeiro do investimento de empresas e corporações.
O ESG (Environmental, Social and corporate Governance) não é algo exatamente novo e está mais para uma forma moderna de abordagem, que remete ao modelo de sociedade que passamos a construir a partir da Revolução Industrial, pois foram os grandes desastres industriais da história que despertam a atenção do mundo financeiro, quanto aos impactos da poluição na vida das pessoas, mortes no ambiente de trabalho, escândalos e toda sorte de prejuízos, com o fechamento de companhias e a rápida evaporação dos investimentos.
A ideia de gestão responsável evoluiu com o tempo e tornou-se um sinônimo de comportamento e direção do campo das decisões corporativas e na governança do poder público, quanto as escolhas tomadas pelas corporações, com repercussão socioambiental. E o que começou nas grandes empresas rapidamente ganhou um vasto terreno nas corporações menores e empresas de menor porte, nos mais variados ecossistemas econômicos do país. Inclusive no nosso.
Vivemos em uma região privilegiada, de potenciais variados, com larga perspectiva de novos investimentos. Empresas surgiram e outras estão chegando. Corporações de todos os tamanhos que, aos poucos, vem transformando o ecossistema financeiro local. Empresas verdes, com pegada sustentável, que necessariamente terão que se relacionar com fornecedores com protocolos ESG.
O relacionamento é a chave entre empresas e corporações que investem nas melhores práticas de sustentabilidade ESG , seja nas relações que estabelecem com fornecedores, seja na forma que participam da vida cotidiana das pessoas que as rodeiam. Empresas ESG investem em relacionamento e procuram ter impacto positivo na comunidade. Uma relação sustentável que deve se estabelecer ao longo de toda cadeia.
Neste primeiro workshop as expectativas são reunir iniciativas locais e experiências consolidadas de ESG e sustentabilidade, tanto na iniciativa privada, quanto na organização pública, assim como esclarecer ao público quanto as diretrizes, normas e conceitos relacionados a esta sigla, que vai revolucionar o ambiente de negócios da nossa região.
JUSTIFICATIVA
Vivemos um momento transformador e as mudanças estão por toda parte. A Nova Economia é verde e as garantias de bem-estar social estão consignadas a uma nova agenda de relacionamento humano com a natureza. Afinal, somos produto do meio e desempenhamos um papel fundamental nas decisões que alteram o ambiente e forma pela qual vamos ser transformados por ele. Afinal, somos a resposta para qualquer mudança e o mercado sinaliza que esta mudança chegou para ficar. Todos querem ser ESG, a sigla de apenas três letras que está revolucionando o ambiente de negócios. A estratégia que reúne boas práticas de gestão, responsabilidade socioambiental e metas de sustentabilidade para reduzir o risco financeiro do investimento de empresas e corporações.
O ESG (Environmental, Social and corporate Governance) não é algo exatamente novo e está mais para uma forma moderna de abordagem, que remete ao modelo de sociedade que passamos a construir a partir da Revolução Industrial. Foram os grandes desastres industriais da história que despertam a atenção do mundo financeiro, quanto aos impactos da poluição na vida das pessoas, mortes no ambiente de trabalho, escândalos e toda sorte de prejuízos, com o fechamento de companhias e a rápida evaporação dos investimentos. O melhor exemplo é o livro da bióloga americana Rachel Carson, "Primavera Silenciosa", publicado em 1948, que destacou os problemas associados ao uso de agrotóxicos e seus efeitos no ambiente e na saúde das pessoas. Naquele momento, a indústria de químicos foi exposta e enfrentou a primeira crise de desconfiança, com declínios, fechamentos e a proibição do uso do DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano) nos EUA.
O livro da Carson caiu como uma bomba na sociedade, que já vinha discutindo os efeitos da industrialização e formas de melhorar o controle. Foi o princípio de uma grande mobilização global, marcada pela primeira conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (1972), em Estocolmo. Em seguida, pela criação da Comissão Mundial sobre Meio ambiente e Desenvolvimento, durante a Assembleia Geral da ONU (1983), presidida por Gro Harlem Brundtland Primeira-ministra da Noruega, responsável pelo relatório "Nosso Futuro Comum" (1985). Foi neste relatório que a expressão Desenvolvimento Sustentável foi empregada pela primeira vez, no mesmo em que foi realizado em Viena, na Itália, a convenção para a proteção da camada de ozônio, que culmina com o protocolo de Montreal único protocolo ambiental multilateral assinado por 197 países. Daí em diante, uma série de encontros, cúpulas, tratados e acordos foram sendo definidos e realizados, como o que acabou de acontecer no Egito, para discutir questões climáticas e políticas de redução das emissões de gases do efeito estufa, a COP27.
A princípio, dois modelos teóricos definiram o que mais tarde ficou conhecido como a cultura ESG. A teoria dos stakeholders (1984), na qual Edward Freeman sustenta que empresas não podem fazer o que querem, sem avaliar as consequências e o Triple Bottom Line de John Elkington (1994), conhecido como o pai da sustentabilidade e sua teoria do tripé Sociedade, Meio Ambiente, Economia , que abrange o conceito da gestão sustentável, no qual companhias deve considerar os efeitos na sociedade e os impactos na natureza. Mas a sigla surgiu só dez anos mais tarde, na publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins, a partir de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan, dirigida à 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Desde então, o sistema financeiro nunca mais foi o mesmo e vem mudando rapidamente.
O ESG tornou-se a sigla do mercado responsável, que até pouco tempo operava pela ideia do investimento responsável, mas que acaba de ganhar novos contornos. O que perecia ser algo exclusivo das grandes empresas e corporações começa ganhar importância de empresas menores e entra no radar de médias, pequenas e até microempresas, pois empresas grandes têm forte relacionamento com empresas menores e os princípios do ESG exigem uma forma de relacionamento em que os parceiros de negócio também sigam boas práticas de interesse social e ambiental. Do contrário, todos podem sair perdendo, pois a agenda ESG começa a ser fortemente cobrada em operações de seguro e empréstimos bancários. O que leva a entender que a sustentabilidade do ambiente de negócios depende de quanta atenção a organização dispensa para os riscos associados às mudanças climática, desastres ambientais, origem e procedência dos insumos, segurança no ambiente de trabalho, reputação e imagem dos empreendimentos, multas e embargos nas operações, além de toda sorte de certificações, selos e objetivos para o desenvolvimento sustentável adotados pela organização para se enquadrar nos objetivos do desenvolvimento sustentável (ODSs da ONU), para afastar estes riscos.
Assim, o ESG evoluiu, as questões de mercado avançaram e a discussão sobre sustentabilidade não está mais restrita a empresas de grande porte ou corporações. Pelo contrário, é um assunto em destaque em empresas de todos os tamanhos e na organização pública, por meio da Agenda A3P do Ministério do Meio Ambiente, no caso do Brasil. É um assunto que vem ganhando espaço nas micro e pequenas empresas, mudando a cara do ecossistema de negócios. No entanto, não se tem a exata dimensão deste alcance, nem que práticas de sustentabilidade vem sendo efetivamente utilizadas por estes pequenos e micronegócios, tampouco como estão estruturados nesta categoria de empresas.
Conhecer este ambiente de negócio é de fundamental interesse para o desenvolvimento regional e inserção das empresas, ainda não habilitadas, em programas de conhecimento e aperfeiçoamento das práticas e princípios de sustentabilidade ESG. Para tanto, é preciso buscar, em cada uma, as ações e práticas que utilizam ou não, para que se possa formar uma impressão desenvolvida e consistente do cenário. Um trabalho detalhado e exaustivo, porém fundamental para reconhecer a dimensão ESG dos princípios socioambientais do ecossistema econômico do município do Rio Grande.
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