Nas últimas eleições para os órgãos do IST, Conselho de Escola, Assembleia de Escola, Conselho Científico e Conselho Pedagógico, apresentamo-nos como Lista T “Todos Somos Técnico - Renovar a ambição, Reforçar a comunidade, Projetar o futuro”. Por entendermos que os princípios que defendemos são os que melhor servem não só o IST mas também a Universidade de Lisboa vimos nestas eleições reforçar o nosso compromisso com a visão anteriormente exposta e com os princípios programáticos que apresentamos nas últimas eleições.
É num contexto de forte transformação e de transição interna que estas eleições se realizam. Entendemos que neste contexto é fundamental renovar e aumentar a ambição, reforçar a nossa comunidade e projetar e redesenhar o futuro, liderando a recuperação e a transformação do país.
Contribuiremos para estes objetivos através dos nossos alunos e alumni, e da ciência, tecnologia e engenharia produzida pelos nossos professores e investigadores, apoiados por toda a comunidade, congregados para contribuir para a melhoria e para o progresso da sociedade.
As lições aprendidas com os desafios recentes devem preparar-nos para o mundo pós-pandémico. Com forte probabilidade, trabalharemos de forma diferente e mais deslocalizada, com maior recurso às tecnologias digitais. Ensinaremos com mais recursos digitais e a concorrer com instituições de todo o mundo que competirão globalmente por alunos, em particular, os melhores. As nossas agendas e fundos de investigação serão cada vez mais determinados pelas preocupações dos nossos concidadãos com a Saúde e o Bem-Estar, a Transição Digital e as Alterações Climáticas. A sociedade e os nossos concidadãos terão expectativas acrescidas relativamente ao papel das universidades, por exemplo na resposta aos desafios em muitas áreas da nossa sociedade, às suas necessidades de formação, à resolução dos seus problemas mais prementes e ao desenvolvimento económico e social.
Os desafios que se colocam à ULisboa e ao Instituto Superior Técnico requerem uma abordagem concertada e uma visão partilhada por toda a nossa comunidade: estudantes, alumni, profissionais técnicos e administrativos, investigadores e docentes.
Tal como anteriormente, identificamos cinco importantes pilares para o desenvolvimento futuro da ULisboa e do Técnico.
O nosso compromisso para com os nosso corpo eleitoral a Escola é, portanto, desenvolver as nossas atividades de acordo com os princípios programáticos enquadrados em cinco pilares:
· Talento;
· Sociedade;
· Comunidade;
· Alterações Climáticas e as Transições Energética e Digital;
· Desenvolvimento Institucional.
Talento
O talento é uma das peças centrais numa Universidade, para o IST e para a ULisboa. Na atualidade esta questão é ainda mais premente e prioritária para qualquer organização moderna e, em particular, para as instituições de ensino superior, ciência e inovação, pois estas afirmam-se como elementos fundamentais quer na formação de talento altamente qualificado, quer na sustentação de um ecossistema de inovação que potencia o talento, colocando-o ao serviço da sociedade. Defendemos o reforço dos instrumentos que promovam a valorização do talento e das carrreiras de toda a comunidade e que reforcem a capacidade da nossa instituição para atrair os melhores e potenciar o desenvolvimento e as contribuições de toda a nossa comunidade.
Sociedade
É fundamental manter e reforçar os instrumentos que aumentem o impacto e o alcance da Universidade e valorizar externamente o impacto social e económico das atividades da nossa comunidade, reforçando os aspectos únicos da nossa instituição e melhorando continuamente a forma e o impacto de todas as nossas actividades.
Comunidade
Os desafios que se colocam ao Técnico e à ULisboa e a visão que ambicionamos podem ser concretizados com a intervenção de todos: estudantes e profissionais técnicos e administrativos, investigadores e docentes. É fundamental reforçar as ligações e as interações entre os membros da nossa comunidade, fomentar a comunicação interna e incentivar a participação de toda a comunidade na vivência universitária.
As Alterações Climáticas e as Transições Energética e Digital
A década em que nos encontramos é a década das alterações climáticas e do reconhecimento dos limites planetários, com todas as suas consequências para os territórios e para a economia. A estes desafios, somam-se os desafios da transição energética e da transição digital e a consequente promoção de melhor educação, melhor emprego e padrões mais elevados de qualidade de vida. Como motor do conhecimento e da inovação, o Técnico e a ULisboa devem assumir um papel de liderança nestes desafios.
Desenvolvimento Institucional
A ULisboa e o Técnico devem continuar a procurar e a desenvolver o enquadramento institucional, a organização e os espaços físicos que melhor permitam desenvolver a sua missão. Os desafios que se colocam à ULisboa e ao Técnico exigem que estes processos de melhoria e aperfeiçoamento sejam continuados.
Os cenários que se colocam a curto e a médio prazo apresentam um elevado grau de incerteza. É por isso que, para além da visão para o futuro que partilhamos, entendemos que é fundamental estabelecer os princípios, normas e valores que nos guiarão, independentemente dos diferentes cenários e contextos em que desenvolveremos a nossa ação. Assim, porque a contribuição de toda a comunidade é determinante para a melhoria contínua das nossas instituições, comprometemo-nos a:
1. Promover sempre uma cultura de lealdade e urbanidade entre toda a comunidade;
2. Assumir a boa vontade e a boa fé de todos os membros da comunidade e reforçar a confiança e o espírito coletivo;
3. Promover uma cultura de mérito, reconhecimento, responsabilização e exigência a todos os níveis, celebrando os sucessos e aprendendo com os erros;
4. Fomentar a inclusão e reforçar a diversidade, incluindo a diversidade intelectual;
5. Promover a liberdade académica, abraçar e promover a discussão e o debate, as visões e os pontos de vista distintos;
6. Promover a transparência nas decisões e a consulta e a participação alargada da comunidade;
7. Promover o risco e a ambição, sendo responsável com os riscos que se correm – estar disponível para experimentar, errar e aprender;
8. Aspirar a fazer sempre melhor e o que é correto, em particular, em decisões difíceis, em alinhamento com a missão, os princípios e valores mais elevados da nossa instituição.