Faminta. 2021. Instalação. 

Souplast, garfo e faca trinchante de inox gravados por fotocorrosão; Tinta spray, verniz, toalha, mesa, espelho, taças, guardanapo, caixas de som e arranjo de flores.

Na mesa de jantar, coberta por uma toalha branca, está disposto um sousplat, objeto que segundo as regras de etiqueta deve ser utilizado apenas em refeições completas, que incluem entrada, prato principal e sobremesa, sendo usado tanto como apoio para os outros pratos, quanto para demarcar o lugar do convidado à mesa. Sua cor é dourada e nele está gravada a frase: “Apesar da fome, recusar o alimento podre”. Ao seu lado, está um par de talheres para carne, também dourados. O garfo com a gravação escrita “estou”, ocupa à esquerda, sua posição tradicional à mesa. Enquanto à direita, a faca gravada com a palavra “faminta” se encontra invertida, apontando para o espectador. Taças de água e vinho, um arranjo de flores, uma garrafa de vinho e um guardanapo, terminam de compor a mesa, que possui apenas um lugar e tem à sua frente um espelho. 

Faminta. 2021. Instalação. 

Detalhes da obra: Sousplat e talheres de inox, com gravação por foto corrosão e pintura dourada.

Faminta. 2021. Instalação. 

Detalhes da obra: Garfo trinchante para carne de inox, com gravação por foto corrosão e pintura dourada.

Faminta. 2021. Instalação. 

Detalhes da obra: Faca trinchante para carne de aço inox, com gravação por foto corrosão e pintura dourada.

O ambiente está preenchido por uma colagem sonora feita com uma base de música instrumental característica de lounges e restaurantes, sobreposta com a recitação da poesia “Faminta”, que deu origem ao trabalho, trechos de entrevistas em canais abertos, com pessoas relatando e denunciando situações de vulnerabilidade alimentar e fome, e um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2020.