Ada Lovelace viveu entre 1815–1852, foi uma matemática e escritora britânica, considerada a primeira programadora da história. Recebeu uma educação voltada para matemática e lógica, algo raro para as mulheres de sua época. Seu talento para as ciências exatas a levou a colaborar com Charles Babbage, criador da Máquina Analítica, um dispositivo mecânico precursor dos computadores modernos. Ada não apenas traduziu um artigo sobre a máquina, mas acrescentou extensas notas, incluindo um algoritmo projetado para ser processado pela máquina, tornando-se o primeiro programa de computador da história. Além disso, ela teve a visão inovadora de que a máquina poderia manipular símbolos e criar arte, antecipando conceitos da computação moderna.
Apesar de sua contribuição pioneira, seu trabalho foi amplamente ignorado por décadas e só recebeu o devido reconhecimento no século XX. Hoje, Ada Lovelace é celebrada como uma visionária da computação e um símbolo da participação feminina na ciência e tecnologia. Seu legado é lembrado no Dia de Ada Lovelace, criado para incentivar a presença das mulheres nas áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), destacando sua importância na história da computação.
Algumas produções que mencionam/ retratam Ada:
"Conceiving Ada" (1997) – Filme independente de ficção científica, estrelado por Tilda Swinton, que mistura elementos históricos e ficção.
"The Machines of Loving Grace" (2011) – Documentário da BBC sobre a história da computação, incluindo Ada Lovelace.
"Calculating Ada: The Countess of Computing" (2015) – Documentário da BBC apresentado por Hannah Fry, explorando sua vida e legado.
Marie Curie (1867–1934) foi uma cientista polonesa naturalizada francesa, pioneira no estudo da radioatividade. Ela fez descobertas fundamentais, como o isolamento dos elementos rádio e polônio, que possibilitaram avanços na medicina e na pesquisa nuclear. Curie foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, em 1903, e, em 1911, se tornou a primeira pessoa a receber um segundo Nobel, dessa vez em Química, pelo isolamento do rádio puro.
Apesar das dificuldades enfrentadas, como o preconceito e as limitações educacionais, Curie se destacou pela sua dedicação e perseverança. Seu trabalho impactou profundamente a ciência, influenciando a radioterapia no tratamento do câncer e a pesquisa nuclear. Seu legado continua sendo um símbolo da luta feminina por reconhecimento nas ciências.
Algumas produções que retratam / mencionam Curie:
"Radioactive" (2020) – Filme que explora a vida pessoal e científica de Marie Curie, baseado na graphic novel Radioactive.
"Marie Curie" (2016) – Filme que aborda os desafios de Marie Curie coo mulher na ciência e sua luta por reconhecimento.
"Madame Curie" (1943) –Filme que retrata a trajetória de Marie e Pierre Curie, com uma abordagem mais romantizada e inspiradora.
Alguns documentários e produções que é mencionada:
"The Atomic Café" (1982) – Documentário que explora a história do desenvolvimento da energia nuclear, incluindo as contribuições de Mayer.
"Hidden Figures" (2016) – Filme que destaca o papel de mulheres na ciência, embora não tenha foco em Mayer, menciona as cientistas da época.
Maria Goeppert Mayer, que viveu entre os anos de 1906–1972, foi uma física alemã-americana, premiada com o Nobel de Física em 1963, por suas contribuições fundamentais para o entendimento da estrutura nuclear, especialmente pelo desenvolvimento do modelo de camadas nucleares. Ela foi a segunda mulher a receber o prêmio após Marie Curie, e suas pesquisas ajudaram a explicar como os núcleos dos átomos se organizam, o que teve um grande impacto na física nuclear e na física de partículas.
Em uma época em que as mulheres enfrentavam grandes obstáculos para ingressar na ciência, Mayer superou dificuldades significativas para seguir sua carreira. Embora tenha começado sua jornada acadêmica sem um cargo formal, trabalhou em instituições renomadas como o Argonne National Laboratory, onde realizou grande parte de suas pesquisas. Sua dedicação à ciência, seu intelecto e suas descobertas lhe garantiram um lugar entre os maiores nomes da física, quebrando barreiras para as futuras gerações de mulheres na ciência. O prêmio Nobel que recebeu em 1963 reconheceu não apenas sua genialidade, mas também sua perseverança em um campo predominantemente masculino.
Dorothy Crowfoot Hodgkin foi uma química britânica que revolucionou a cristalografia de raios-X, contribuindo para a compreensão da estrutura molecular de substâncias como penicilina e vitamina B12. Em 1964, ela recebeu o Prêmio Nobel de Química por seus estudos, que tiveram um grande impacto na bioquímica e farmacologia, ajudando a melhorar tratamentos médicos ao revelar o funcionamento das moléculas em nível atômico.
Durante sua carreira, Hodgkin enfrentou os desafios de ser mulher em um campo científico dominado por homens. Após obter seu doutorado na Universidade de Oxford, ela se tornou uma das cientistas mais respeitadas, lecionando na mesma universidade por grande parte de sua vida. Suas descobertas pioneiras na cristalografia não apenas impulsionaram a medicina, mas também inspiraram mulheres a seguir carreiras científicas, deixando um legado de perseverança e inovação.
Ainda não tem um filme biográfico dedicado à sua vida, mas seu trabalho é mencionado em algumas produções científicas:
"The Secrets of the Crystal" (2010) – Documentário que explora o uso da cristalografia de raios-X, destacando as contribuições de Hodgkin na determinação das estruturas da penicilina e da vitamina B12.
"The Human Body" (1998) – Série documental que menciona as descobertas de Hodgkin, especialmente no campo da cristalografia e suas aplicações na ciência e na medicina.
Alva Myrdal (1902–1986) foi uma socióloga e diplomata sueca, premiada com o Nobel da Paz em 1969 por seu trabalho em prol do desarmamento nuclear. Ela foi uma das pioneiras na luta pela paz no contexto da Guerra Fria, defendendo ativamente a redução das armas nucleares e a promoção do diálogo internacional. Myrdal teve uma carreira notável como diplomata, servindo como embaixadora da Suécia na Índia e em outros países, e como defensora da paz nas Nações Unidas, onde exerceu grande influência em questões de desarmamento.
Além de sua atuação diplomática, Alva Myrdal também foi uma figura importante no campo das ciências sociais, escrevendo obras sobre a educação e o bem-estar social. Ela acreditava firmemente que a paz duradoura poderia ser alcançada por meio da justiça social e do respeito aos direitos humanos. Seu trabalho no desarmamento nuclear foi fundamental, contribuindo para as negociações que levaram à assinatura de tratados de controle de armas. O Nobel da Paz que recebeu em 1969 não apenas reconheceu seus esforços pela paz, mas também a consolidou como uma das maiores defensoras do desarmamento global. Seu legado permanece como um exemplo de liderança em prol de um mundo mais seguro e justo.
Algumas produções sobre desarmamento e paz:
"The Fog of War" (2003) – Documentário que explora questões de guerra e paz, com menção ao trabalho de Myrdal em prol do desarmamento nuclear.
"The Arms of the World" (2005) – Documentário que discute o movimento pelo controle de armas e inclui referências ao trabalho de Myrdal e sua contribuição para o desarmamento.
Mayana Zatz é uma geneticista brasileira, com formação direcionada para genética humana e médica. Concluiu o curso superior em "Ciências Biológicas" pela USP em 1968, onde também concluiu seu doutorado em "Genética" no ano de 1974. Após isso, ainda realizou seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA).
Hoje, Zatz atua como professora titular do Instituto de Biociências da Usp e é coordenadora do Centro de Pesquisas sobre Genoma Humano e Células-Tronco da mesma.
A pesquisadora ficou internacionalmente reconhecida por descobrir a relação entre genes e doenças neuromusculares, além de sua contribuição para pesquisas acerca da Terapia Gênica e o impacto da genética no envelhecimento e em doenças como o câncer, sendo esses apenas umas das suas diversas descobertas.
Com isso, fundou a Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM); Foi voz tiva na aprovação da Lei de Biossegurança, a qual autorizou as pesquisas com células-tronco embrionárias no Brasil e dirigiu o Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco.
Assim, foi eleita uma das 100 mulheres mais influentas do mundo pela BBC, virou membro da Academia Brasileira de Ciências, ganhou o prêmio Lóreal-Unesco para Mulheres na Ciência e muitos outros reconhecimentos.
Nascida na Bahia, há 35 anos, Jaqueline, Biomédica, Pesquisadora e Doutora em Patologia Humana e Experimental pela Universidade Federal da Bahia, UFBA. Com 31 anos, a profissional da área da saúde foi uma dentre as várias mulheres responsáveis pela Sequenciação do Genoma do Coronavírus, SARS-CoV-2 no Brasil, apenas 48h após o primeiro caso identificado de Covid-19 no país. Este feito foi fundamental para entender a evolução do vírus e para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos. Além de sua pesquisa sobre a Covid, a cientista já tinha obtido outras experiências com pesquisas na área.
Em 2018, a biomédica em seu estágio na Universidade de Birmigham, na Inglaterra, desenvolveu e aprimorou protocolos de sequenciamento de genomas completos, usando a tecnologia de nanoporos do vírus Zika, além de protocolos de sequênciamento direto do RNA, que teve consequência em seu trabalho com o SARS-COV-2. Em um trabalho conjunto de Jaqueline com sua equipe, foi identificado que o vírus que infectou o primeiro brasileiro era diferente do vírus identificado na China, sendo esse mais próximo das versões presentes na Alemanha.
Como reconhecimento de sua contribuição para o fim da pandemia, Jaqueline recebeu uma série de prêmios e homenagens, como: Prêmio Faz Diferença (2020); Medalha de Honra ao Mérito da Iniciativa Mulheres Brasileiras que Fazem a Diferença (2021); Homenagem no livro didático da Rede Estadual de São Paulo (2022); Boneca Barbie Cientista (2021); Destaque na lista Forbes Under 30 (2021).
Hoje, Jaqueline integra o Centro Conjunto Brasil - Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genoma e Epidemologia de Arbovírus (projeto de monitoramento de epidemia, para dar respostas em tempo real).