Olá, estudante! Nesta lição, continuaremos o assunto abordado na última lição, que diz respeito à importância do raciocínio no mundo das finanças. Agora, entretanto, nosso foco será o raciocínio analítico, tendo como objetivo principal capacitar os estudantes com as habilidades necessárias para analisar e interpretar dados financeiros de forma crítica e estratégica. Ao desenvolver o raciocínio analítico, você será guiado na compreensão de como aplicar métodos analíticos na interpretação de demonstrativos financeiros, identificação de tendências e avaliação de riscos.
Os principais assuntos abordados incluem alguns indicadores empregados nas finanças, por meio do raciocínio lógico, e a importância dos dados para a abordagem analítica, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de uma abordagem estruturada para a resolução de problemas financeiros, destacando a importância de se realizar análises críticas para embasar decisões fundamentadas.
A aplicação prática desses conceitos no mercado de trabalho é vasta, pois profissionais financeiros equipados com raciocínio analítico aguçado se destacam, visto que são capazes de interpretar dados e tomar decisões embasadas. Analistas financeiros podem utilizar essas habilidades para avaliar o desempenho passado, prever tendências futuras e aconselhar investidores sobre estratégias de portfólio. No contexto empresarial, gestores financeiros podem aplicar o raciocínio analítico na identificação de oportunidades de redução de custos, otimização de recursos e formulação de estratégias financeiras sólidas. Além disso, em um cenário de avanços tecnológicos, a compreensão do raciocínio analítico é crucial para utilizar ferramentas de análise de dados e inteligência artificial, aprimorando ainda mais a capacidade de tomar decisões estratégicas e prever cenários futuros.
A lição visa, assim, prepará-lo para os desafios do mercado financeiro contemporâneo, em que a capacidade de analisar dados de forma crítica e tomar decisões é, cada vez mais, valorizada. Ao enfatizar a aplicação prática do raciocínio analítico, a lição busca não apenas desenvolver competências teóricas, mas também equipá-lo com as ferramentas necessárias para que se destaque em sua futura carreira profissional nas finanças.
O tema da presente lição está repleto de desafios, tanto em termos de compreensão como na prática, pois está diretamente relacionado à complexidade do cenário das finanças. Um dos principais desafios é a interpretação de grandes conjuntos de dados financeiros, exigindo uma análise crítica para extrair informações valiosas, pois em um ambiente dinâmico, como o empresarial, entender como funcionam os indicadores é essencial para antecipar tendências e tomar decisões estratégicas.
O momento certo para usar o raciocínio analítico é em situações que demandam interpretação e compreensão aprofundada. Analistas financeiros, por exemplo, precisam empregar o raciocínio analítico ao avaliar o desempenho de uma empresa, considerando variáveis, como margens de lucro, endividamento e eficiência operacional. O desafio reside na capacidade de transformar dados aparentemente complexos em informações acionáveis. Há, também, os impactos sociais dessa adversidade no que diz respeito à confiança dos investidores e à estabilidade econômica. Decisões financeiras baseadas em análises deficientes podem levar a perdas para investidores individuais e institucionais. Em uma escala macroeconômica, a falta de raciocínio analítico nas políticas financeiras governamentais pode resultar em recessão e instabilidade econômica, afetando toda a sociedade.
Do ponto de vista político, questões como regulação financeira e políticas fiscais também demandam raciocínio analítico. Decisões sobre as taxas de juros, reformas e intervenções governamentais necessitam de uma análise profunda das implicações econômicas. Um exemplo notório foi a crise financeira de 2008, em que a falta de uma análise crítica dos riscos envolvidos em produtos financeiros complexos teve impactos globais.
O desafio, portanto, é levantar questionamentos importantes sobre como as instituições financeiras, governos e investidores individuais podem fortalecer suas capacidades analíticas. Como podemos promover a educação financeira para melhorar a capacidade de análise crítica dos cidadãos? Como as regulamentações podem ser aprimoradas para incentivar uma abordagem mais analítica e menos especulativa? Essas interconexões entre o raciocínio analítico nas finanças e seus impactos sociais, econômicos e políticos destacam a importância de se cultivar habilidades analíticas no cenário financeiro atual.
Vamos aprender mais sobre o assunto?
Imagine uma situação envolvendo uma empresa de tecnologia, a Estudantes Corp, que enfrenta um dilema financeiro devido à falta de raciocínio analítico em suas decisões. Empolgada com a ideia de expansão internacional, a companhia investiu pesadamente em uma nova linha de produtos sem uma análise aprofundada do mercado local e das tendências de consumo. O problema central surge quando ela, incapaz de interpretar corretamente as características do mercado estrangeiro, enfrenta baixas vendas e altos custos operacionais. A ausência de uma abordagem analítica levou a escolhas estratégicas equivocadas, resultando em prejuízos financeiros substanciais.
Nesse contexto, a necessidade de raciocínio analítico é evidente. Os gestores da Estudantes Corp poderiam ter se beneficiado ao conduzir uma análise de mercado abrangente, considerando fatores, como cultura local, concorrência e hábitos de consumo. A falta dessa análise crítica resultou em uma situação em que a empresa se viu com excesso de estoque, custos de armazenamento elevados e presença de mercado insuficiente.
Esse case hipotético destaca que a importância do raciocínio analítico nas finanças é uma forma de lhe desafiar, estudante, a refletir acerca de como a aplicação de métodos analíticos poderia ter evitado essa situação. Questões como a realização de pesquisas de mercado detalhadas, a análise de dados de vendas e a previsão de demanda são aspectos cruciais que poderiam ter sido abordados com uma mentalidade mais analítica.
Esse relato de experiência fictício serve como um estímulo para você explorar o impacto prático do raciocínio analítico nas decisões financeiras e empresariais. Ao analisar detalhes específicos e fatores que contribuíram para a situação problemática da Estudantes Corp, você refletirá sobre como essas habilidades analíticas são importantes para evitar armadilhas financeiras e promover o sucesso empresarial a longo prazo. Essa narrativa não apenas ilustra a importância do raciocínio analítico, mas também instiga a considerar como é possível aplicar esses princípios nos desafios do mundo das finanças.
Assim como na lição passada, continuaremos com a análise de determinados conhecimentos importantes para o profissional de finanças, sendo o tema da presente lição o raciocínio analítico.
A crescente complexidade dos mercados financeiros revela um cenário dinâmico e desafiador para investidores e profissionais do setor e, nesse ambiente, a velocidade das transações, a globalização dos mercados e a interconexão de ativos tornaram-se elementos do cotidiano das empresas. A ascensão de novas classes de ativos, como criptomoedas, e a influência crescente de algoritmos e inteligência artificial amplificaram a complexa teia de variáveis que moldam as decisões financeiras. Nesse contexto, a relevância do raciocínio analítico se destaca como fundamental para a formulação de estratégias financeiras avançadas, visto que o raciocínio analítico não se limita à interpretação de dados brutos, ele é importante para entender padrões complexos, compreender relações não lineares e antecipar eventos imprevistos (MENEZES, 2011). Por exemplo, em mercados altamente voláteis, como os de criptomoedas, o raciocínio analítico é crucial para identificar oportunidades e riscos em meio à incerteza.
A capacidade de análise crítica por meio do raciocínio analítico é ainda mais essencial diante da interconexão global dos mercados, pois eventos econômicos e políticos em uma parte do mundo podem ter repercussões instantâneas em outros locais e é aqui que o raciocínio analítico não apenas fornece uma compreensão detalhada das implicações locais, mas também capacita os profissionais financeiros a antecipar e reagir proativamente a eventos globais que moldam a dinâmica dos mercados. No desenvolvimento de estratégias de investimento, o raciocínio analítico ajuda a incorporar análises técnicas, e em um ambiente complexo, em que as variáveis macroeconômicas interagem com padrões de preços e comportamentos do mercado, o raciocínio analítico capacita os investidores a discernir entre movimentos temporários e tendências de longo prazo, fundamentando decisões de alocação de ativos (MENEZES, 2011).
A crítica à complexidade dos mercados financeiros é também uma reflexão sobre os desafios enfrentados pelos profissionais em meio à avalanche de informações. O raciocínio analítico não apenas envolve a capacidade de processar dados, mas também de filtrar informações relevantes, discernir entre fontes confiáveis e identificar distorções. Isso é vital para evitar decisões precipitadas baseadas em informações distorcidas ou parciais e a exploração das ferramentas quantitativas e qualitativas mais sofisticadas é crucial no contexto financeiro contemporâneo (como observado na lição passada), em que a complexidade dos mercados demanda abordagens analíticas avançadas.
No domínio quantitativo, por exemplo, modelos de precificação de ativos, como o Modelo de Precificação de Ativos de Capital (CAPM) – fique tranquilo, não precisaremos conhecê-lo, apenas sua aplicação – é amplamente empregado, visto que utiliza dados históricos para calcular o retorno esperado de um ativo com base em seu risco sistêmico, permitindo uma alocação eficiente de recursos em portfólios (quase tudo se resume a isso, alocação eficiente). Ademais, ferramentas quantitativas incluem métodos estatísticos avançados, como a análise de séries temporais que possibilitam a identificação de padrões e tendências nos dados financeiros ao longo do tempo. Essa abordagem é valiosa para prever movimentos de mercado e orientar estratégias de investimento.
Já no aspecto qualitativo, a abordagem fundamentalista é uma ferramenta sofisticada, amplamente empregada, que envolve a avaliação de ativos com base em fatores intrínsecos, como saúde financeira da empresa, perspectivas do setor e governança corporativa (como os indicadores de liquidez, rentabilidade, endividamento, liquidez e lucratividade que vimos em lições passadas). Esse tipo de análise é frequentemente aplicado em investimentos de longo prazo, em que a compreensão aprofundada dos fundamentos de uma empresa é essencial. Como exemplo, a análise qualitativa poderia envolver a avaliação da qualidade da gestão e das perspectivas de inovação em uma empresa tecnológica.
Outra ferramenta qualitativa sofisticada é a análise do comportamento do mercado. Com o advento das redes sociais e a disseminação de informações on-line, empresas utilizam algoritmos avançados para avaliar o sentimento do mercado em relação a ativos específicos. Por exemplo, monitorar tweets e notícias on-line fornecem informações sobre a opinião pública, ajudando os investidores a antecipar reações do mercado a eventos específicos. Por fim, a utilização de ferramentas de aprendizado de máquina, ou machine learning, representa uma abordagem avançada tanto quantitativa quanto qualitativa. Algoritmos de machine learning podem analisar grandes conjuntos de dados para identificar padrões não lineares, antecipar tendências e automatizar processos de tomada de decisões. Por exemplo, algoritmos de machine learning podem ser empregados na identificação de padrões complexos de transações que indicam atividades fraudulentas no mercado financeiro.
Essa exploração aprofundada das ferramentas quantitativas e qualitativas mais sofisticadas ilustra como a combinação inteligente dessas abordagens pode oferecer uma visão holística e precisa do ambiente financeiro. A interação sinérgica entre modelos quantitativos e análises qualitativas é essencial para enfrentar os desafios crescentes dos mercados, permitindo que investidores e profissionais financeiros tomem decisões informadas e estratégicas em um ambiente, cada vez mais, complexo e dinâmico, razão pela qual o raciocínio analítico é fundamental para o profissional que atua nessa área.
A análise de indicadores financeiros também é um elemento a ser considerado na análise da saúde e desempenho de organizações e mercados. Dentre eles, a relação Price to Earnings (P/E) destaca-se como uma das principais métricas, visto que a comparação entre o preço das ações e os lucros por ação trazem informações sobre a avaliação de uma empresa. Por exemplo, um P/E elevado pode indicar otimismo do mercado em relação ao potencial de crescimento futuro, enquanto um P/E baixo pode sugerir subvalorização (ALMEIDA; TAVARES; PACHECO, 2019).
Outro indicador complexo é o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation, and Amortization), que representa os ganhos operacionais antes de descontos financeiros e impostos. Esse indicador é particularmente relevante em setores intensivos em ativos, como manufatura, pois proporciona uma visão precisa do desempenho operacional (empresas de tecnologia, por exemplo, podem apresentar altos valores de EBITDA devido à natureza menos intensiva em ativos de suas operações). A relação dívida/capital também é um indicador amplamente utilizado na avaliação da estrutura de capital de uma empresa. Empresas com muita dívida em relação ao capital próprio podem enfrentar desafios financeiros, especialmente em períodos de taxas de juros elevadas (a exemplo prático de empresas que utiliza alavancagem financeira para financiar grandes empreendimentos). Nesse contexto, a relação dívida/capital ajuda a avaliar os riscos associados à estrutura financeira.
No ambiente específico de investimentos, o índice Sharpe é amplamente utilizado para avaliar o retorno de um investimento em relação ao risco. Esse indicador é particularmente relevante para investidores interessados em maximizar o retorno ajustado ao risco. Por exemplo, ele pode ser utilizado por um gestor de fundos de investimento que, ao comparar dois portfólios, opta pelo que possui um índice Sharpe mais elevado, indicando uma melhor relação retorno-risco (VARGAS, 2001). Além dos indicadores utilizados em uma abordagem analítica, há também o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que é um indicador aplicado em contextos mais amplos, refletindo o desempenho de empresas em critérios ambientais, sociais e de governança. Investidores socialmente responsáveis podem utilizar o ISE para tomar decisões alinhadas com valores éticos e sustentáveis. Exemplificando, uma empresa que busca investir em organizações comprometidas com práticas ambientais responsáveis pode utilizar o ISE como guia na seleção de ativos. Em síntese, a análise de indicadores financeiros complexos é uma prática necessária para investidores e analistas, que buscam uma melhor compreensão do desempenho financeiro e estratégico, e a aplicação de indicadores específicos, em contextos diversos, fornece uma visão estratégica, permitindo decisões mais informadas e alinhadas aos objetivos e valores dos investidores.
A análise de dados de alta dimensão, também conhecida como Big Data, tornou-se uma ferramenta essencial para empresas que buscam compreender e antecipar tendências no mercado. Considere, por exemplo, uma empresa de comércio eletrônico que utiliza dados de navegação, histórico de compras e interações nas redes sociais para personalizar a experiência do cliente e otimizar campanhas de marketing. Na prática, a análise de dados de alta dimensão influencia diretamente as decisões estratégicas de uma organização, visto que empresas de serviços financeiros, como bancos e corretoras, utilizam algoritmos avançados para analisar grandes conjuntos de dados e identificar padrões que indicam oportunidades de investimento ou riscos potenciais (SANTOS et al., 2014). Por exemplo, ao analisar o comportamento histórico do mercado e os indicadores econômicos, uma instituição financeira pode ajustar suas estratégias de investimento para se adaptar a mudanças iminentes nas condições do mercado.
No setor de saúde, essa também já é uma realidade presente, pois hospitais e empresas farmacêuticas usam dados clínicos, genômicos (estudo do DNA) e epidemiológicos para entender melhor as doenças, otimizar tratamentos e desenvolver novos medicamentos. Imagine uma farmacêutica que, ao analisar grandes conjuntos de dados genômicos, identifica padrões únicos em pacientes que respondem bem a determinados tratamentos, permitindo a personalização de abordagens terapêuticas. Outro exemplo prático ocorre no setor de varejo, em que a análise de dados é utilizada para otimizar a cadeia de suprimentos e prever a demanda do consumidor. Uma rede de supermercados, por exemplo, pode analisar dados de vendas, dados climáticos e até mesmo eventos locais para ajustar seu estoque e estratégias de marketing, antecipando-se a variações sazonais ou mudanças nas preferências dos consumidores.
Além disso, a interpretação de dados complexos é comum em empresas de tecnologia que oferecem serviços baseados em análise preditiva. Plataformas de streaming de conteúdo, utilizam algoritmos para analisar o histórico de visualizações de um usuário e recomendar conteúdo personalizado. Essa análise não apenas melhora a experiência do usuário, mas também influencia diretamente as decisões estratégicas da empresa em termos de produção de conteúdo e licenciamento. No contexto financeiro, gestores de ativos fazem uso intensivo de análises de dados para identificar oportunidades de investimento, em que algoritmos são projetados para processar dados em tempo real, analisar eventos do mercado e executar operações automaticamente com base em padrões identificados. Isso não apenas otimiza as decisões de investimento, mas também permite reações rápidas às mudanças nas condições do mercado.
Dessa forma, a coleta e interpretação de dados financeiros têm um impacto tangível nas decisões estratégicas de diversas indústrias. O aprofundamento na análise de dados de alta dimensão não só oferece uma compreensão mais completa do ambiente de negócios, mas também capacita as organizações a tomar decisões estratégicas mais informadas e alinhadas com as dinâmicas do mercado que está em constante evolução. Nesse sentido, não basta apenas obter os dados, mas é necessário ter raciocínio analítico, visto que é ele que fornece uma abordagem crítica para avaliar dados e informações, desempenhando assim um papel fundamental na identificação, análise e mitigação de riscos. Um exemplo prático dessa interseção ocorre no setor financeiro, como já mencionado, em que instituições utilizam o raciocínio analítico para avaliar riscos de mercado, crédito e operacionais. Ao analisar dados históricos, modelar cenários futuros e aplicar algoritmos avançados, as organizações conseguem antecipar e entender a complexidade dos riscos financeiros.
Empresas de tecnologia também exploram essa interseção para gerenciar riscos em projetos de inovação. Ao aplicar o raciocínio analítico na avaliação de riscos tecnológicos e na análise de cenários de implementação, essas empresas podem antecipar desafios e garantir uma integração eficaz de novas tecnologias. Isso é evidente em projetos de desenvolvimento de software, em que a análise de dados pode prever possíveis falhas e melhorar a qualidade do produto final. No campo da logística e supply chain, a relação entre raciocínio analítico e gestão de riscos é essencial para garantir operações suaves, dado que, ao analisar dados de fluxo de mercadorias, prever demandas sazonais e antecipar problemas logísticos, as empresas podem minimizar riscos de atrasos, escassez de produtos e impactos adversos na cadeia de suprimentos – como já mencionado, tudo, no campo das finanças empresariais, gira em torno da eficiência (VAZ; LOTTA, 2011). Por exemplo, uma empresa de comércio eletrônico pode usar análise preditiva para gerenciar riscos relacionados a atrasos na entrega durante períodos de alta demanda.
O exame de casos emblemáticos de organizações que implementaram estratégias analíticas eficazes na gestão de riscos oferece exemplos de como abordagens inovadoras podem fortalecer a resiliência empresarial em ambientes dinâmicos. Uma notável exemplificação desse conceito é uma empresa de telecomunicações global, que utilizou análise de dados avançada para antecipar as demandas dos clientes, mitigar riscos operacionais e otimizar a eficiência da cadeia de suprimentos. Ao integrar análise preditiva em suas operações, a empresa conseguiu identificar tendências de mercado e ajustar proativamente suas estratégias. Outro caso de grande destaque é o de uma gigante do comércio eletrônico, conhecida por sua abordagem inovadora na gestão de riscos, incorporando análise de dados em diversas áreas, desde previsão de demanda até segurança cibernética. A empresa utiliza algoritmos para prever comportamentos de compra, gerenciar estoques de maneira eficiente e personalizar a experiência do cliente e, além disso, ela emprega análise de dados em tempo real para identificar potenciais ameaças cibernéticas, protegendo, assim, a integridade de suas operações.
Esses casos ilustram como organizações visionárias estão integrando estratégias analíticas na gestão de riscos para alcançar resultados significativos. A aplicação de métodos avançados não apenas melhora a capacidade de antecipação de ameaças, mas também cria oportunidades para inovação e crescimento sustentável, e a análise de casos reais oferece um panorama prático de como empresas líderes estão transformando dados em informações, fortalecendo, assim, suas capacidades de gestão de riscos em um mundo empresarial em constante evolução.
Nessa lição, que teve por tema a importância do raciocínio analítico nas finanças, tem grande importância para estudantes de administração financeira e orçamentária, pois fornece novas ferramentas para o enfrentamento dos desafios do ambiente financeiro. O conteúdo estudado nessa lição serve como uma base para o desenvolvimento do pensamento analítico, capacitando-lhe a interpretar dados financeiros, a antecipar tendências e a tomar decisões fundamentadas.
Na prática, a aplicação do raciocínio analítico nas finanças é bastante diversificada. Profissionais financeiros, como analistas e gestores de investimentos, utilizam essas habilidades para avaliar o desempenho de ativos, identificar oportunidades de investimento e gerenciar riscos e essa capacidade analítica é vital para interpretação de dados econômicos e financeiros, e, assim, entender o mercado e tomar decisões estratégicas que impactam diretamente os resultados financeiros.
Os impactos reais dessa abordagem analítica são observados nos resultados das organizações e no desempenho de carteiras de investimentos, dado que empresas que adotam uma mentalidade analítica podem otimizar suas operações, antecipar mudanças no mercado e alcançar maior eficiência financeira. Da mesma forma, investidores que aplicam o raciocínio analítico estão mais aptos a construir portfólios robustos e alcançar retornos mais consistentes. A realidade de mercado exige, cada vez mais, profissionais com habilidades analíticas aguçadas, pois a volatilidade econômica, as mudanças nas preferências do consumidor e a rápida evolução tecnológica são desafios que exigem uma compreensão e uma análise criteriosa para garantir a sustentabilidade e o crescimento das organizações.
Como vimos, os avanços tecnológicos, como o uso de inteligência artificial e Big Data, também impactam diretamente a aplicação do raciocínio analítico nas finanças e as ferramentas analíticas avançadas permitem uma análise mais rápida e aprofundada de grandes conjuntos de dados, o que ajuda, e muito, para tomadas de decisão mais informadas.
Que tal explorar casos práticos de organizações que obtiveram sucesso ao aplicar o raciocínio analítico em suas estratégias financeiras? Seu papel será investigar como essas empresas utilizaram dados para tomar decisões assertivas e superar desafios. Esse desafio não apenas promoverá uma compreensão mais profunda da teoria, na prática, mas também lhe incentivará a explorar continuamente as inovações e avanços no campo do raciocínio analítico nas finanças. Vamos para nosso habitual desafio?
Esse desafio objetiva desenvolver seu raciocínio analítico por meio de um desafio envolvendo uma Caixa Financeira com objetos surpresa. Para esse desafio, a turma precisará de uma caixa contendo objetos variados que podem ser relacionados a uma empresa como calculadora, setas coloridas, cofrinho, gráfico de barras, moeda, folha de papel com gráficos e tabelas etc. Essa caixa pode ser feita de forma colaborativa e caso não tenha a possibilidade de ter os itens físicos em mãos, pode ser utilizado o desenho desses objetos para representá-los.
A ideia desse desafio é que você e seus colegas explorem a Caixa Financeira e, com base nos objetos ali presentes, desvendem os segredos financeiros de uma empresa. Para esse desafio, você e seus colegas serão divididos em grupo e uma pessoa do grupo sorteará um objeto. Assim, cada objeto na caixa estará representando um conceito financeiro básico (por exemplo, a calculadora pode representar o cálculo de lucros; a seta pode representar o crescimento; o cofrinho pode representar os investimentos etc.). Mas, cada objeto será associado a um conceito financeiro por você e seus colegas.
Ainda em grupo, vocês realizarão a associação do objeto sorteado a um conceito financeiro e juntos aplicarão o objeto sorteado à análise de uma empresa fictícia. Sendo assim, vocês registrarão em um papel suas observações sobre como esses conceitos financeiros (representados pelos objetos) podem influenciar as decisões financeiras de uma empresa. Lembre-se de registrar suas observações em um papel e manter o foco em conceitos básicos, como receitas, despesas, lucros, investimentos etc.
Por fim, cada grupo criará uma apresentação visual (pode ser um cartaz, uma colagem etc.), representando as associações feitas e os impactos financeiros. Você e seus colegas podem usar os objetos da Caixa Financeira como elementos visuais em seus cartazes para ilustrar seus pontos. Durante a apresentação, você e seus colegas podem discutir acerca de cada conceito e sua influência nas decisões financeiras de uma empresa.
Ao participar desse desafio, você e seus colegas serão estimulados a pensar de maneira analítica, conectar teoria financeira com aplicação prática, interpretar dados e comunicar suas conclusões de forma eficaz. Essas são habilidades essenciais para o desenvolvimento do raciocínio analítico em um contexto financeiro e empresarial. Bom trabalho!
ALMEIDA, L. A. G.; TAVARES, F. O.; PACHECO, L. M. Determinantes do price-to-earnings ratio: uma aplicação ao mercado português. Revista Espacios, [s. l.], v. 40, n. 25, p. 4, 2019.
MENEZES, W. F. Escolha e decisão em situação de incerteza e risco. Nexos Econômicos, Salvador, v. 5, n. 2, p. 59–106, 2011.
SANTOS, B. M. et al. A importância e o uso da estatística na área empresarial: uma pesquisa de campo com empresas do município de Elói Mendes–MG. In: SEGET – SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 13., 2016, Resende. Anais [...]. Resende: AEDB – Associação Educacional Dom Bosco, 2016.
VARGAS, G. Índice de sharpe e outros indicadores de performance aplicados a fundos de ações brasileiros. Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 5, n. 3, p. 215-245, 2001.
VAZ, J. C.; LOTTA, G. S. A contribuição da logística integrada às decisões de gestão das políticas públicas no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 45, n. 1, p. 107-139, 2011.