Olá, estudante!
Nesta lição, aprenderemos sobre orçamento (que já vimos algo em lições passadas) e projeções e entenderemos como ambos os conceitos estão interligados. Compreender esse tema é de grande importância para a formação de profissionais da área de gestão financeira em empresas e organizações, uma vez que isso é algo que afeta diretamente a elaboração do planejamento empresarial e, por consequência, os seus resultados. Os principais tópicos que você aprenderá incluem os fundamentos do orçamento e das projeções financeiras, a avaliação de desempenho financeiro, a tomada de decisão informada, a adaptação a mudanças e incertezas e a comunicação eficaz de informações financeiras.
Primeiramente, para conhecer o assunto, você deve adquirir boa compreensão dos conceitos básicos de orçamento e projeções financeiras, que abrangem diferentes tipos de orçamentos e construção de projeções a partir de dados históricos e previsões futuras. Em seguida, por meio desse conhecimento, você aprende a utilizar essas ferramentas como meio de avaliar o desempenho financeiro, identificar desvios entre os valores planejados e os valores reais e tomar decisões com base nessas análises.
Como, para uma empresa, a tomada de decisão informada é outro aspecto crucial, ao aprender a utilizar as informações financeiras derivadas de orçamentos e projeções para tomar decisões, você, estudante, saberá como elas afetam a saúde financeira de uma organização, podendo ser na área de investimentos, expansão de negócios e redução de custos. Além disso, os orçamentos e as projeções podem ser adaptados em resposta a mudanças no ambiente de negócios e incertezas, pois o mundo dos negócios está em constante evolução.
Assim, após a lição, você saberá como os profissionais com conhecimento em orçamento e projeções são valorizados em diversos setores, desempenhando papéis essenciais em funções de gerenciamento financeiro, contribuindo para o controle financeiro, a tomada de decisões estratégicas, a alocação eficaz de recursos e a realização de objetivos financeiros e de negócios.
A elaboração de um orçamento eficaz e a realização de projeções precisas, como indicado na seção anterior, é essencial para o planejamento estratégico de uma organização. No entanto um dos principais desafios é a incerteza, pois o ambiente empresarial está sujeito a mudanças imprevisíveis, como flutuações econômicas, mudanças nas preferências dos consumidores e eventos inesperados, como crises sanitárias (como a pandemia da Covid-19). Isso levanta a questão de como as organizações podem criar orçamentos e projeções que sejam flexíveis o suficiente para se adaptarem a essas mudanças.
Outro desafio relacionado ao tema é a questão da responsabilidade. Em muitos casos, os gestores são responsáveis por atingir as metas orçamentárias estabelecidas, mas essa pressão pode incentivar práticas de “jogar seguro”, levando à subestimação de receitas e à superestimação de despesas, o que afeta negativamente a tomada de decisões e cria um ambiente de trabalho onde o foco em números específicos é mais importante do que a estratégia de longo prazo. Além disso, o tema do orçamento e das projeções, também, tem implicações sociais. Por exemplo, como os cortes orçamentários afetam os funcionários de uma organização? Como as projeções econômicas influenciam a confiança dos consumidores e a estabilidade do emprego? Os desafios incluem a consideração das consequências sociais das decisões financeiras.
Do ponto de vista econômico, a precisão das projeções financeiras é fundamental, dado que projeções errôneas podem levar a decisões de investimento inadequadas, que afetam o crescimento econômico e a estabilidade financeira de uma nação. Isso levanta questões, como: como melhorar a precisão das projeções financeiras e minimizar os impactos econômicos negativos de erros de previsão?
Esse debate, também, é importante na esfera política, pois o orçamento de uma nação é uma ferramenta crucial para o governo atingir seus objetivos políticos, e os desafios incluem distribuir os recursos de maneira equitativa, garantindo que os gastos públicos atendam às necessidades da população e promovam o desenvolvimento econômico.
Imagine a seguinte situação fictícia, mas que poderia facilmente ser real, ilustrando a importância do orçamento e das projeções financeiras:
No coração de uma pequena cidade, José, um empreendedor talentoso, decidiu realizar seu sonho de abrir uma cafeteria. Com uma paixão por café e uma visão de proporcionar um espaço agradável para a comunidade local, José embarcou em sua jornada empresarial. Ele contratou funcionários e investiu em um layout acolhedor. No entanto, logo após a empolgação inicial, ele se viu enfrentando desafios financeiros que ameaçavam seu negócio.
José não havia elaborado um orçamento sólido antes de iniciar sua cafeteria, e isso se tornou evidente quando as despesas mensais começaram a se acumular, e o aluguel do espaço, a compra de equipamentos de café, os custos de pessoal e os gastos com insumos, rapidamente, superaram suas projeções de receita. Sendo assim, ele estava se aproximando perigosamente de um ponto em que poderia não ser capaz de pagar suas contas e manter a cafeteria funcionando.
Bem, o que podemos tirar desse pequeno relato? Vamos lá! A situação de José ilustra a necessidade crítica de planejamento financeiro e elaboração de projeções realistas para os empreendedores, visto que, se ele tivesse conduzido uma análise de orçamento e projeções antes de abrir a cafeteria, poderia ter identificado os custos que estavam ameaçando seu negócio desde o início, tendo, assim, a oportunidade de ajustar suas estratégias, buscar financiamento adicional ou considerar alternativas para manter seu empreendimento viável. Esse cenário, também, destaca como a falta de orçamento e projeções financeiras pode impactar a comunidade local. A cafeteria de José era um ponto de encontro querido por muitos residentes da cidade, e seu fechamento poderia deixar um vazio tanto social quanto econômico. Os clientes perderiam um espaço valioso, e os empregados poderiam ficar desempregados.
Nesta lição, abordaremos os orçamentos e como eles são importantes para as projeções das empresas. Em lições passadas, aprendemos sobre alguns orçamentos, como o empresarial, o pessoal, o doméstico e o familiar. No entanto, agora, abordaremos, de forma mais específica, o orçamento empresarial e como ele é importante para a tomada de decisão das empresas.
Como já vimos, de acordo com Leite et al., (2008), o orçamento é uma ferramenta gerencial crucial que envolve a alocação planejada de recursos financeiros para atingir metas e objetivos organizacionais específicos. O orçamento fornece para a empresa um plano financeiro detalhado que orienta as operações de uma empresa ao longo de um período determinado, abrangendo várias áreas da empresa, como receitas esperadas, despesas, investimentos em ativos, entre outros (FREZATTI, 2006).
As projeções, no entanto, são estimativas de resultados financeiros futuros com base em dados e suposições atuais que têm como principal função, do ponto de vista empresarial, permitir que a empresa possa antecipar tendências, identificar áreas de risco e oportunidades bem como se preparar para cenários alternativos. As projeções são frequentemente usadas para embasar as decisões de planejamento estratégico e financeiro, ajudando as empresas a se adaptarem às mudanças do ambiente de negócios.
Dessa forma, quando falamos em orçamento e projeções, os gestores estão pensando em uma série de objetivos fundamentais. Em primeiro lugar, por meio do orçamento e das projeções, é possível estabelecer metas financeiras claras que servem como referência para o desempenho futuro, o que permite que as empresas avaliem seu progresso em direção a essas metas e tomem medidas corretivas quando necessário. Além disso, os orçamentos e as projeções auxiliam na alocação eficiente de recursos, garantindo que o dinheiro seja direcionado para as áreas de maior prioridade.
Outro objetivo importante é o planejamento de contingências (eventos não esperados que fogem ao controle do planejamento realizado). As projeções, em particular, permitem que as empresas identifiquem riscos potenciais e desenvolvam estratégias de mitigação, o que pode incluir a criação de reservas financeiras para enfrentar situações inesperadas, como recessões econômicas ou desastres naturais.
Mas, antes de falarmos sobre cada um, que tal aprendermos sobre os tipos de orçamentos que uma empresa pode adotar?
Existem vários tipos de orçamentos, cada um com foco específico e aplicação dentro das empresas. Apresentarei a você cinco tipos, mas é importante que você saiba que existem uma diversidade de tipos de orçamento que são derivados do que serão apresentados.
O orçamento estático, também conhecido como orçamento fixo, é uma abordagem de planejamento financeiro em que as metas e as despesas são estabelecidas, de forma inflexível, no início do período orçamentário e permanecem inalteradas, independentemente das mudanças nas circunstâncias ao longo do tempo. Isso significa que, uma vez definido, o orçamento estático não é ajustado, mesmo que ocorram variações imprevistas nas receitas ou despesas. Essa metodologia é mais apropriada quando as finanças da empresa são estáveis e previsíveis, proporcionando um controle rígido sobre os gastos e as receitas esperados.
O orçamento estático, no entanto, pode ser uma limitação quando condições de mercado, demanda do consumidor ou custos operacionais são voláteis e sujeitos a mudanças significativas. Nesses casos, um orçamento flexível ou ajustável pode ser mais apropriado, permitindo que a empresa adapte suas metas e despesas conforme necessário para responder às flutuações do ambiente de negócios. Portanto, a escolha entre um orçamento estático ou flexível depende da estabilidade e previsibilidade das finanças da empresa e da necessidade de adaptabilidade diante de mudanças imprevistas (PADOVEZE, 2011).
O orçamento flexível, frequentemente referido como orçamento variável, é uma abordagem altamente adaptável ao planejamento financeiro de uma empresa, pois oferece a capacidade de ajustar metas e despesas em resposta às variações na receita ou nas atividades comerciais. Diferentemente do orçamento estático, que é rígido e inflexível, o orçamento flexível é particularmente útil em ambientes de negócios caracterizados por flutuações imprevisíveis. A principal vantagem do orçamento flexível é a sua capacidade de fornecer uma estrutura que se adapta dinamicamente às mudanças no mercado, demanda do consumidor ou custos operacionais, permitindo, assim, que a empresa mantenha alto nível de agilidade financeira, ajustando suas metas e sua alocação de recursos para otimizar o desempenho em face de incertezas. No entanto, para ser eficaz, a implementação de um orçamento flexível exige um sistema de monitoramento e controle cuidadoso para garantir que as adaptações sejam feitas de forma estratégica e alinhadas com os objetivos de longo prazo da empresa (PADOVEZE, 2011).
O orçamento contínuo, por sua vez, é um tipo de orçamento em que o processo de orçamentação nunca para. Em vez de criar um novo orçamento anualmente, as empresas que adotam o orçamento contínuo revisam e atualizam, constantemente, suas previsões e metas. Isso permite uma abordagem mais ágil à gestão financeira. Esse tipo de orçamento é especialmente útil em ambientes de negócios dinâmicos, em que as mudanças ocorrem frequentemente, o que facilita a rápida adaptação às novas circunstâncias, permitindo que as empresas tomem decisões informadas com base nas informações financeiras mais recentes (LUNKES, 2003).
O orçamento de base zero, por sua vez, é uma metodologia de gestão financeira que se diferencia das abordagens tradicionais, pois exige que todas as despesas sejam reavaliadas e justificadas a partir de uma “folha em branco” a cada período orçamentário, sem considerar os orçamentos anteriores como referência. Essa abordagem demanda uma análise rigorosa de todas as atividades, projetos e gastos, forçando as equipes a apresentarem argumentos sólidos para cada item do orçamento. Essa técnica promove alto grau de responsabilidade e eficiência nas organizações, uma vez que incentiva a eliminação de despesas desnecessárias e o direcionamento dos recursos para iniciativas de maior relevância e impacto (LUNKES, 2003).
O orçamento de base zero é particularmente eficaz quando a empresa enfrenta mudanças significativas em seu ambiente de negócios, pois permite uma reavaliação constante das prioridades financeiras. No entanto sua implementação pode ser intensiva em termos de tempo e recursos, requerendo uma análise minuciosa de todas as operações e um comprometimento organizacional para alcançar seus benefícios de otimização e controle de gastos, sendo, assim, uma abordagem rigorosa que promove uma gestão financeira mais responsável e estratégica, adequada para organizações que buscam maximizar a eficiência de seus recursos (LUNKES, 2003).
O orçamento por atividade, também referido como orçamento baseado em atividades (ABM), é uma metodologia de gestão financeira que visa aprimorar a alocação de recursos nas organizações ao vincular diretamente os recursos financeiros às atividades que verdadeiramente agregam valor. Tal orçamento visa identificar todas as atividades essenciais para o funcionamento da empresa e, também, busca alocar recursos de maneira proporcional à importância de cada atividade para os objetivos estratégicos da organização.
Essa abordagem, de acordo com Lunkes (2003), proporciona uma visão mais precisa e detalhada das operações da empresa, permitindo que os gestores identifiquem áreas em que os investimentos são mais necessários e onde podem ocorrer economias. Além disso, o orçamento por atividade incentiva a eficiência, pois promove uma análise crítica das atividades que consomem recursos sem contribuir significativamente para os resultados. Tal grau de análise, no entanto, faz com que sua implementação seja complexa e demande um sistema de coleta de dados confiável para avaliar o custo e o valor de cada atividade.
Cada um desses tipos de orçamento tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha do tipo certo depende das necessidades e das condições específicas de cada empresa. A capacidade de adaptar o processo de orçamentação às circunstâncias e às metas organizacionais é fundamental para o sucesso da gestão financeira.
Mas quais são as etapas para criação de um orçamento? É possível definir tais etapas mediante a: coleta de dados; identificação das receitas e despesas; definição de metas e revisão; aprovação e o monitoramento; e, por fim, avaliação. Vamos compreender melhor cada uma delas!
Na fase da coleta de dados, os dados da empresa são levantados, o que inclui informações financeiras passadas, projeções de vendas, custos operacionais, entre outros. Esses dados servirão como base para a elaboração do orçamento! A etapa de identificação de receitas e despesas só pode começar após a coleta de dados, pois é com os dados em mãos que a equipe responsável identifica todas as despesas e receitas esperadas para o período orçamentário, o que inclui despesas operacionais, investimentos em ativos, receitas de vendas, financiamento, entre outros.
Após o levantamento, definem-se as metas e os objetivos, sendo esse o processo de elaboração do orçamento que inclui a definição de metas e objetivos específicos que a organização pretende alcançar no período orçamentário. Essas metas podem ser quantitativas, como aumentar as vendas em X%, ou qualitativas, como melhorar a satisfação do cliente. A partir das metas e do objetivo definido, a próxima etapa é a de revisão e aprovação, em que o orçamento é revisado e refinado em colaboração com as partes interessadas (gerentes de departamento, diretores e outros membros da equipe de liderança). Uma vez aprovado, o orçamento se torna um plano financeiro oficial para a organização.
Após aprovado, o orçamento é implementado e seu progresso é monitorado, continuamente, ao longo do período orçamentário. Variações em relação ao orçamento são identificadas, e medidas corretivas são tomadas quando necessário (para o caso de um orçamento do tipo flexível se ocorrer dentro do período considerado ou para o estático, contínuo ou OBZ se dentro do período estipulado).
Por fim, a etapa final de qualquer orçamento é a fase de avaliação e aprendizado, na qual o orçamento é avaliado para determinar o sucesso na consecução das metas e dos objetivos estabelecidos, e as lições aprendidas são documentadas para aprimorar o processo de elaboração do orçamento no futuro.
A projeção é um componente crítico na gestão financeira e estratégica das organizações, pois ela envolve a estimativa de resultados futuros com base em informações disponíveis no presente. Para realizar projeções de maneira precisa e informada, as empresas recorrem a diversos métodos, que podem ser divididos em métodos quantitativos e qualitativos.
Os métodos quantitativos de projeção buscam trazer critérios numéricos para sua realização. Dentre esses critérios, podemos destacar:
Método quantitativo que se baseia na análise de dados passados para projetar eventos futuros. Para utilizar esse método, uma empresa coleta e examina dados históricos relevantes, como vendas, receitas ou despesas, ao longo de um período significativo, de forma que, ao estudar esses dados, é possível identificar tendências, como crescimento constante, sazonalidade ou flutuações. Por exemplo, se uma empresa analisar seu histórico de vendas dos últimos cinco anos e observar um aumento consistente de 5% ao ano, pode usar essa tendência para projetar as vendas futuras, estimando um aumento semelhante.
Realiza o cálculo de médias, como a média aritmética simples ou a média ponderada, com base em dados históricos. Por exemplo, uma empresa pode calcular a média das vendas dos últimos três anos somando os valores e dividindo pelo número de anos, sendo que essa média pode, então, ser usada como uma projeção para o próximo ano, motivo pelo qual é considerado um método relativamente simples e útil quando se deseja uma projeção suavizada que leve em consideração o histórico recente. No entanto ele pode não capturar mudanças expressivas ou eventos excepcionais que afetam as tendências. Portanto, é mais apropriado para cenários estáveis.
Os métodos qualitativos, por sua vez, procuram realizar projeções não se baseando em números, mas em julgamentos e opiniões subjetivas para prever tendências futuras, geralmente, utilizando a experiência e o conhecimento de especialistas. Eles podem ser:
Método que depende da experiência e do conhecimento de indivíduos com profundo entendimento da área em questão. Esses especialistas, podendo ser membros da equipe da empresa, consultores externos ou líderes do setor, fornecem projeções com base em sua compreensão da dinâmica do mercado, tendências emergentes e fatores contextuais. Por exemplo, especialistas em energia podem projetar as tendências de consumo de energia com base em mudanças na legislação ambiental e tecnologias emergentes.
O método envolve a criação de diferentes cenários hipotéticos com base em suposições sobre eventos futuros. Cada cenário explora uma série de possíveis resultados com base em diferentes conjuntos de condições, razão pela qual essa abordagem permite que as empresas se preparem para uma variedade de situações possíveis. Por exemplo, um fabricante de produtos eletrônicos pode criar cenários futuros para diferentes taxas de câmbio e suas implicações nos custos de importação e nas margens de lucro.
Para encerrarmos nossa lição, é importante destacar que é necessário, sempre que utilizar o planejamento orçamentário e projeções, comparar o orçamento/projeção com os resultados reais, pois isso servirá como um mecanismo de avaliação do desempenho financeiro da organização, permitindo a identificação de discrepâncias entre as projeções orçamentárias e os números reais. Esse processo fornece uma visão objetiva de quão eficazmente a empresa está alcançando suas metas financeiras e estratégicas e, uma vez que as variações são identificadas, a empresa pode tomar medidas para corrigir o curso e, caso necessário, realinhar o orçamento com a realidade operacional.
O estudo sobre orçamento e as projeções é fundamental para a formação de profissionais financeiramente competentes e bem preparados para atuar no mundo dos negócios. Esperamos que o conteúdo desta lição tenha o ajudado para se tornar o tipo de profissional que entende o propósito e a aplicação prática desses conceitos bem como os desafios e avanços envolvidos.
Em sua essência, o orçamento e as projeções financeiras servem para fornecer um roteiro financeiro para uma organização. Como vimos, um orçamento é um plano detalhado que estabelece as receitas esperadas e as despesas planejadas durante um período específico, geralmente um ano, enquanto as projeções, por sua vez, envolvem estimativas financeiras futuras com base em dados históricos e previsões. Juntos, eles auxiliam na alocação eficiente de recursos, no controle financeiro e na tomada de decisões estratégicas.
Na prática, os profissionais da gestão utilizam essas ferramentas para uma variedade de finalidades, seja para elaboração de orçamentos, seja para monitorar o desempenho financeiro em relação às metas e identificar desvios, por exemplo. As projeções, por outro lado, são valiosas para prever tendências e tomar decisões informadas, como expandir operações, lançar novos produtos ou buscar financiamento adicional. Os impactos reais dessas práticas são significativas, pois empresas que aplicam efetivamente o orçamento e as projeções tendem a ter melhor controle sobre suas finanças, o que pode resultar em maior lucratividade, crescimento sustentável e capacidade de se adaptar a mudanças no mercado. Por outro lado, a falta de planejamento financeiro adequado pode levar a problemas financeiros, à descontinuidade de negócios e, até mesmo, à falência.
Na realidade de mercado, os avanços tecnológicos têm revolucionado a forma como o orçamento e as projeções são realizados por meio das ferramentas de software, e a análise de dados permite análises mais precisas e rápidas, facilitando o processo de tomada de decisões. No entanto essas inovações, também, introduzem desafios relacionados à segurança de dados e à necessidade de profissionais financeiros se adaptarem a novas tecnologias.
Dessa forma, como exercício de fixação, que tal um desafio? Vamos montar um orçamento e uma projeção para você de suas despesas durante um mês? Para isso, siga os seguintes passos:
Registro de gastos: primeiramente, mantenha um registro de todos os seus gastos pessoais (como lanches, transporte, entretenimento etc.) por duas semanas. Você pode usar um caderno ou um aplicativo de celular para isso.
Crie um orçamento simples: com base nos registros de gastos, você deve criar um orçamento mensal simples, dividindo seus gastos em categorias, como alimentação, transporte, entretenimento e outros.
Projeção de gastos futuros: agora, você fará uma projeção dos gastos para as próximas três semanas. Eles podem considerar despesas sazonais ou futuras, como presentes de aniversário, material escolar etc.
Comparação de orçamento e gastos reais: no final do mês, compare seus gastos reais com o orçamento que criou, isso o ajudará a identificar desvios e oportunidades de economia.
Reflexão e ajustes: por fim, reflita sobre o desafio e identifique quaisquer áreas em que possam melhorar seu planejamento financeiro (economizar mais ou ajustar seus hábitos de gastos).
Esse desafio simples permite que você, estudante, aplique o conteúdo da lição de forma prática. Você aprenderá a gerenciar seu dinheiro de forma mais eficaz e tomar decisões informadas sobre seus gastos. Além disso, essa atividade o ajudará a desenvolver habilidades financeiras valiosas que serão úteis ao longo de sua vida.
FREZATTI, F. Orçamento Empresarial: planejamento e controle gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
LEITE, R. M. et al. Orçamento empresarial: levantamento da produção científica do período de 1995 a 2006. Revista Contabilidade Financeira, v. 19, n. 47, p. 56-72, maio/ago. 2008.
LUNKES, R. J. Manual de orçamento. São Paulo: Atlas, 2003.
PADOVEZE, C. L. Orçamento Empresarial. São Paulo: Prentice Hall, 2011.